Valor Económico

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Uma organização norte-coreana pediu nesta quinta-feira (14) um ataque "até a morte" contra os Estados Unidos, devido as novas sanções imposta pela ONU contra Pyongyang, ao mesmo tempo em que afirmou que o Japão deve ser "afundado no mar".

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O Conselho de Segurança da ONU aprovou na segunda-feira, por unanimidade, a oitava série de penalizações contra a Coreia do Norte, após este país ter executado o sexto teste nuclear. "O exército e o povo da Coreia pedem unanimemente que os principais culpados que prepararam a resolução de sanções sejam linchados como merecem os cães raivosos", afirma um comunicado publicado pela agência oficial KCNA.

A Coreia do Norte tem o hábito de proferir ameaças dramáticas contra os Estados Unidos e aos seus aliados, mas não chega a executá-las. A Coreia do Norte justifica os seus programas balístico e nuclear pela necessidade de protecção das forças americanas "hostis".

O texto das novas sanções impõe um embargo às exportações de gás para a Coreia do Norte, um limite para as vendas de petróleo e produtos refinados, assim como a proibição de importação de têxteis norte-coreanos. Um porta-voz do Comité Coreia da Paz na Ásia-Pacífico denunciou uma "resolução sanções odiosas" e afirmou que os pedidos aumentam no Norte a favor de fortes represálias contra os Estados Unidos e os seus aliados.

A República Democrática do Congo (RDC) tem 20 das suas 26 províncias afectadas por uma vasta epidemia de cólera que já se prolonga há pelo menos quatro anos, o que levou, agora, as autoridades sanitárias do país e a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar "guerra" à doença.

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Com mais de 1.500 novas infecções registadas todas as semanas, o Ministério da Saúde e a representação da OMS na RDC deixaram de poder ignorar a dimensão da presente epidemia de cólera, que já se espalhou a quase todo o país, o que pode levar ao seu alastramento para os países vizinhos, como, por exemplo, Angola.

Situado no coração do continente africano e com fronteiras abrangendo nove países, o descontrolo da epidemia de cólera, e outras, no Congo-Democrático representa um risco acrescido de dispersão para a vasta África subsaariana.

Face a este cenário, o responsável pelo gabinete de resposta urgente da OMS na RDC, Ernest Dabire, explicou em conferência de imprensa na capital congolesa, Kinshasa, que, em conjunto com o ministério, foram criadas sete comissões para "reforçar a resposta em todo o país" ao alastramento da epidemia de cólera, estando ainda em preparação a organização de equipas em todas as províncias.

A ideia é aplicar o plano de combate que passa, entre outras respostas, pela melhoria da qualidade da água consumida pelas populações, pela criação de condições hospitalares para tratamento de doentes, a criação de campanhas de sensibilização para os cuidados a ter com a higiene nas comunidades, nas famílias e individualmente... "Esta epidemia já atingiu proporções inquietantes e está em crescendo nas últimas semanas, onde se destacam os mais de 1500 cassos semanais desde Julho, abrangendo 20 das 26 regiões do país", adverte a OMS.

Uma das provinciais que geram mais preocupação é a do chamado Grande Kasai, que abrange o Kasai e o Kasai Central, cuja fronteira a sul é partilhada com Angola, muito por causa da violência que ali grassa há mais de um ano pela mão das milícias Kamwina Nsapu, as mesmas que estão na origem dos milhares de refugiados na Lunda Norte.

Com a insegurança chegou a degradação das condições sanitárias que, por sua vez, devido ao deslocamento das suas casas de mais de 1,3 milhões de pessoas devido à instabilidade, permitiu não só o agravamento das consequências da doença sobre os indivíduos como também a sua dispersão.

Os mais recentes números oficiais, embora as ONG admitam que estes estão sempre aquém da realidade num país como a RDC, onde falham as vias de comunicação e existem vastas regiões isoladas, apontam para cerca de 550 mortos e cerca de 25 mil infecções ou suspeitas sólidas de infecções.

A seguradora Universal Seguros mudou hoje (14) de denominação passando a chamar-se Fidelidade Angola, aliando-se assim à seguradora portuguesa Fidelidade.

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O acto de transição da designação foi anunciado pelo presidente da empresa lusa, Jorge Manuel Correia, em conferência de imprensa realizada num dos hotéis de Luanda, tendo revelado que serão investidos 500 milhões de kwanzas na referida campanha de mudança de nome.

Segundo o CEO da extinta Universal Seguros, Armando Mota, a aliança da seguradora angolana com a portuguesa Fidelidade resulta da suficiente maturidade das pessoas e processos da empresa portuguesa, o que permitirá retirar a mais-valia em "know-how" do grupo. "Hoje estamos mais capazes de aproveitar melhor a experiência dos mais de 200 anos do grupo Fidelidade e dar uma nova dimensão à nossa actividade em Angola", sustentou Armando Mota.

Já o presidente do grupo Fidelidade, que tem expandida a actividade em países como Macau, França, Espanha, Cabo Verde e Moçambique, considerou que a experiência da empresa em Angola representa a operação modelo da sua experiência internacional. "Tem sido a operação mais bem-sucedida e por isso também é a primeira na qual investimos nesta mudança de marca, porque sentimos que falar de Fidelidade em Portugal e em Angola é exactamente o mesmo", acentuou.

O grupo Fidelidade de Portugal resulta da fusão de várias companhias ao longo dos anos. Desde 1995 já teve quatro fusões. Era Império, depois passou para Segurança e mais tarde Mundial Confiança.

Em Angola no período colonial chamava-se Confiança e Mundial Angola, depois integrou-se na estatal ENSA e ultimamente passou para Universal Seguros e agora Fidelidade, detida 85% do capital por um grupo privado chinês FuSun e 15% pela Caixa Geral de Depósitos de Portugal.

A ex-Universal Seguros criada em 2011 conta entre os accionistas angolanos, a concessionária automóvel Cosal e o jurista Mota Liz. Com 200 colaboradores e um capital social inicial de 784 mil milhões de kwanzas, passando depois para 1.8 mil milhões de kwanzas, não por integração de resultados, mas pela entrada de dinheiro fresco, segundo o CEO, Armando Mota.

Vinte milhões de dólares norte-americanos é o valor a ser investido gradualmente pelo Fundo Soberano de Angola na fazenda Pedras Negras, em Cacuso, província de Malanje, para produção agrícola e promoção da auto-sufiência alimentar das famílias no âmbito do processo de diversificação da economia.

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A informação foi prestada ontem (13) pela responsável para área de relações públicas da Quantum Global Group, empresa gestora da Fazenda, Reginalda Pedro, à margem de uma visita de constatação das acções que têm sido desenvolvidas na fazenda, pelo Fundo Soberano de Angola.

Referiu que o investimento iniciou em 2016, tendo até ao momento sido aplicados 4,2 milhões de dólares na compra de equipamentos e ‘in puts’ agrícolas, que contribuirão para produção e transformação de cereais, como a massambala, soja e milho em fuba e ração.

Por outro lado, Reginalda Pedro fez saber que neste momento estão a ser preparados três mil e 500 hectares para a sementeira de milho, 900 hectares para massambala e 500 para soja, com previsão de colheita de 14 mil toneladas de milho, mil e 250 de soja e duas mil e 800 toneladas de massambala. Com isso, acrescentou, a fazenda pretende atender o mercado local e posteriormente exportar, por meio de uma cadeia de distribuição, a ser criada tão logo se atinja a meta preconizada no que toca a auto-sufiência alimentar nacional.

Entretanto, a responsável disse que o Fundo Soberano de Angola dispõe de 250 milhões do valor geral para financiamento das Fazenda Pedras Negras de Malanje e outras das províncias o Uíge, Cunene, Bié, Zaire e Cuando Cubando.

Criada em 2012, a Fazenda Pedras Negras está implantada numa área de 13 mil hectares.

 

Os juízes do Tribunal Constitucional terminaram ontem (13), as deliberações do contencioso eleitoral, com a constatação de que "não se verificaram anomalias e irregularidades susceptíveis de prejudicar o livre exercício do direito de voto e o resultado da votação".

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No prazo de 72 horas previsto na lei, o Tribunal Constitucional (TC) encerrou o contencioso eleitoral, declarando improcedentes todos os recursos apresentados sobre as eleições gerais. "A decisão transitou automaticamente em julgado, e por isso é definitiva e inapelável", explicou o juiz-presidente do TC, Rui Ferreira.

Em conferência de imprensa, o magistrado destacou que "não se verificaram anomalias e irregularidades susceptíveis de prejudicar o livre exercício do direito de voto e o resultado da votação" de 23 de Agosto.

Segundo a declaração final do colectivo de juízes, lida por Rui Ferreira, "as eleições gerais, que decorreram sob adequado nível organizatório, participativo e ordeiro, foram livres, transparentes, universais e justas", nos termos previstos pela Constituição da República de Angola e pela Lei.

"Consequentemente, são julgadas válidas as referidas eleições gerais e os resultados constantes da acta de apuramento nacional, aprovada pelo plenário da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) aos 6 de Setembro de 2017 e tempestivamente enviada ao TC", declarou o juiz-presidente.

Na comunicação, Rui Ferreira sublinhou ainda que a CNE está autorizada a fazer a publicação, em Diário da República, dessa acta de apuramento nacional dos resultados das eleições gerais de 23 de Agosto. "Por consequência, e em conformidade ao previsto na Constituição da República e na Lei, devem ser investidos nas respectivas funções o Presidente da República eleito, o vice-Presidente da República eleito, e os deputados à Assembleia Nacional eleitos", rematou o magistrado que, em nome do colectivo de juízes felicitou os vencedores.