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Valor Económico

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O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola vai financiar com 28,8 milhões de dólares (25,2 milhões de euros) projectos envolvendo pequenos agricultores do Kwanza-Sul e da Huíla.

angola empresario defende fundo para relancar agricultura no huambo

A informação consta de um recente despacho presidencial em que José Eduardo dos Santos autoriza os termos do financiamento a atribuir por aquele organismo internacional, para a cobertura do Projecto de Desenvolvimento e Comercialização de Agricultura de Pequenos Agricultores (SAMAP) naquelas duas províncias do centro e sul do país.

O IFAD (International Fund for Agricultural Development), criado em 1976, é a agência da Organização das Nações Unidas responsável pela mobilização de recursos financeiros complementares para garantir o desenvolvimento agrícola dos países em desenvolvimento, nomeadamente em África.

De acordo com informação do IFAD consultada hoje (21) pela Lusa, o programa SAMAP pretende contribuir para o "aumento da produtividade dos pequenos agricultores", através da formação das competências técnicas, organizacionais e de gestão. Também vai permitir apoiar o desenvolvimento de políticas "mais propícias e um ambiente favorável para a agricultura de pequenos agricultores".

O programa SAMAP será apoiado ainda pela FAO, a organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, na área da formação.

Malanje deverá ter, nos próximos tempos, uma casa da juventude que permitirá acolher dezenas de alunos da província que pretendam seguir os estudos universitários.

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A construção da infra-estrutura, que vai custar aos cofres do Estado quase 39 milhões de euros, faz parte de um projecto que foi aprovado por despacho de 7 de Julho pelo Presidente, José Eduardo dos Santos, e que é justificada pela "necessidade de acomodar os estudantes que tenham concluído o ensino secundário e queiram dar continuidade aos estudos universitários em Malanje".

"Por ser o único que possui instituição de ensino superior na província", refere o documento. Trata-se de uma empreitada atribuída à empresa China Camc Engineering, segundo o mesmo documento, que autoriza o governador provincial a celebrar o contrato, e que, além da construção propriamente dita, envolve ainda o seu apetrechamento.

A Ferrangol, empresa estatal responsável pela exploração de ferro de Cassinga, na Huíla, está a negociar com um parceiro estrangeiro o investimento necessário à retoma da actividade, interrompida face à baixa do preço daquela matéria-prima.

Francisco Queiroz

A informação foi avançada pelo ministro da Geologia e Minas de Angola, Francisco Queiroz, tendo acrescentado que a produção de ferro de Cassinga, na Jamba, deverá avançar em breve. Salientou mesmo que, neste momento, o projecto está com a Ferrangol, que está a negociar com um "grande investidor de classe mundial" para o regresso à exploração.

"Cassinga já esteve numa fase boa, já chegou a empregar 1.200 pessoas, mas, infelizmente, o preço do ferro no mercado internacional baixou e os promotores do projecto começaram a ter dificuldades de manutenção do ponto de vista financeiro", disse Francisco Queiroz. Segundo o ministro, citado pela Angop, devido à conjuntura, houve necessidade de se negociar a saída desses parceiros e o Estado assumir, através da Ferrangol, o projecto.

"As negociações estão a decorrer bem, e, em breve, voltam [investidores] ao país para mais um levantamento em Cassinga", informou o ministro, manifestando esperança que o projecto arranque "dentro de pouco tempo".

O titular da pasta da Geologia e Minas referiu que as reservas de Cateruca, uma das minas do projecto integrado de Cassinga, já podem ser exploradas, augurando que o novo parceiro da Ferrangol se interesse pela mesma.

O projecto integrado de Cassinga conta com as minas de Cassinga e Cateruca, apresentando um potencial de 15 milhões de toneladas de ferro para uma década de exploração, numa ordem anual de 1,5 milhões de toneladas.

ELEIÇÕES. CNE deve receber, no domingo (23), cadernos eleitorais para as eleições de Agosto. Produção está a cargo da empresa espanhola Indra.

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Uma delegação da CNE está em Madrid, Espanha, para acompanhar a produção de mais de 25.000 cadernos eleitorais, que deverão chegar até domingo a Luanda, conforme informação avançada pela porta-voz daquele órgão, Júlia Ferreira, que integra a delegação de comissários do órgão eleitoral.

"Constatamos 'in loco' todas as fases inerentes à produção dos cadernos eleitorais, deram-nos uma explicação técnica, em que foi demonstrado todo o processamento que foi feito até à impressão dos cadernos eleitorais, que, neste momento, já estão impressos, produzidos aqui a partir de Madrid", disse Júlia Ferreira.

Em declarações à RNA, a responsável acrescentou que a delegação constatou que o trabalho está a ser executado "com grande eficiência", salientando a "envolvência" na produção do material. "Notámos uma envolvência muito grande, há um trabalho automatizado, uma programação do ponto de vista técnico, que obedece a uma celeridade nesse processo", referiu.

"Há uma previsão de, pelo menos, até domingo nós termos esse material em Luanda", sublinhou. A delegação presente em Madrid visitou o centro de produção de cadernos eleitorais da Indra, estando ainda agendada visita às instalações da empresa e ao centro de produção de kits eleitorais, em Guadalajara.

Angola vai gastar mais de 100 milhões de euros de financiamento público para constituir um banco de peças sobresselentes para assegurar a manutenção de 21 centrais de produção de electricidade em funcionamento no país.

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A decisão, aprovada por despacho presidencial, refere a necessidade de contratação dos serviços de fornecimento e assistência técnica para a realização de revisões capitais e constituição de um banco de peças sobresselentes e de reposição, consumíveis, conjuntos de peças para manutenções planeadas e ferramentas, a utilizar em 18 centrais termoeléctricas e três aproveitamentos hidroeléctricos.

O despacho assinado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, de 13 de Julho, autoriza o Ministério da Energia e Águas a contratar a empresa AEnergia para o efeito, por 119.914.591 kwanzas.