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Valor Económico

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O banco português BPI anunciou ontem (26) resultados negativos de 102 milhões de euros (quase 19 mil milhões de kwanzas) no primeiro semestre, metade dos quais provenientes da sua operação angolana, o BFA, que, em Janeiro, deixou de ser maioritário.

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O resultado é comparado com os 106 milhões de euros (19,7 mil milhões de kwanzas) obtidos nos primeiros seis meses do ano passado e é atribuído pelo presidente do banco, Pablo Forero, à venda de 2% e de consolidação do Banco de Fomento Angola – menos 212 milhões de euros (39,5 mil milhões) após impostos – e também ao custo total de 106 milhões de euros com um programa de saídas voluntárias.

Sobre a venda de 2% do BFA Angola, o responsável disse que, para já, o BPI não vende mais participação, revelando uma recomendação forte do Banco Central Europeu para vender ou reduzir participação assim que possível.

O BFA “não é uma prioridade”, garantiu. Pablo Forero considerou que o BPI teve, entretanto, “um semestre positivo”, durante o qual reforçou a solvabilidade e liquidez e ganhou clientes.

O Ministério do Comércio apreendeu mais de 12 mil sacos de arroz, importado da Tailândia, na sequência de denúncias nas redes sociais e de alguns consumidores, que alegam que o produto é feito de plástico. Segundo o director nacional de inspecção do Ministério do Comércio, Heleno Antunes, trata-se do arroz de marca Cordão Azul, que está a ser a analisado em laboratório, para ser aferida a sua qualidade.

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O mesmo responsável referiu que o produto foi apreendido a um único importador, estando a ser igualmente realizado o rastreio desse tipo de arroz aos revendedores. “Esse produto foi apreendido de forma temporária, para que o laboratório nacional de controlo de qualidade do Ministério do Comércio possa desenvolver as suas análises e atestar se, de facto, o produto é próprio ou impróprio para consumo humano", disse.

Sobre outra denúncia, igualmente feita nas redes sociais, relativamente ao queijo proveniente de Portugal, alegadamente impróprio para consumo porque não derrete exposto a altas temperaturas, o inspector frisou que as análises atestam o contrário. "É preciso dizer que se trata de um produto com baixo teor de gordura, por ser queijo de mesa e não de cozinha, que facilmente se derrete quando é usado em omeletes, em hambúrgueres ou outros pratos", explicou.

Heleno Antunes acrescentou tratar-se de um "é um queijo diferente, amarelado, semiduro e de consistência firme", que "não era impróprio para consumo como se veicula". Relativamente a um tipo de manteiga, de marca Mesa, também considerada por consumidores imprópria para consumo porque não derrete a altas temperaturas, "acontece a mesma coisa", disse Heleno Antunes. "Também procedemos à apreensão deste produto, trabalhamos com uma grande superfície comercial e elaborou-se os testes todos em laboratório e o produto foi tido como próprio para consumo", referiu.

O Governo dos Estados Unidos da América vai disponibilizar 13 milhões de dólares para a assistência de emergência aos 30 mil refugiados da República Democrática do Congo (RDC) em Angola, anunciou ontem (26) a embaixada dos EUA, em Luanda.

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Segundo informação transmitida pela embaixadora norte-americana acreditada em Luanda, Helen La Lime, este apoio vai financiar a actividade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e do Programa Alimentar Mundial, organizações que coordenam a primeira assistência aos refugiados que chegam à Lunda-Norte.

Em conferência de imprensa no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Luanda, a diplomata justificou o apoio norte-americano com a emergência do apelo lançado em Junho, pelas Nações Unidas. Aquela organização estima necessitar, até final deste ano, de 65,5 milhões de dólares para acudir a crise de refugiados congoleses, que fogem dos conflitos ético-políticos na região do Kasai.

Estes refugiados, milhares de famílias completas ou separadas pela violência do outro lado da fronteira, sobrelotaram os dois campos de acolhimento provisório criados pelas autoridades angolanas em Cacanda e Mussungue, no Dundo, capital da Lunda-Norte.

Na origem dos conflitos, estão as milícias de Kamwina Nsapu, que provocaram centenas de mortos na RDC e levaram à fuga de mais de um milhão de pessoas, desde Agosto de 2016, das quais 30 mil fugiram para Angola desde Março.

O Governo, em conjunto com o ACNUR, já está a construir um novo centro de acolhimento, para colocar, em definitivo, estes refugiados, que terá capacidade para 50 mil pessoas e que dista 90 quilómetros do Dundo.

O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) manteve uma cotação elevada na mais recente avaliação do Índice de Transparência de Linaburg-Maduell para o segundo trimestre de 2017, consolidando o seu posicionamento entre os fundos soberanos mais bem geridos do mundo.

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Em comunicado, o Fundo Soberano de Angola informa que em observância do dever de comunicar “regular e transparentemente o estado dos seus investimentos, património e registos contabilísticos”, em 2016 concluiu o processo de transição das normas contabilísticas nacionais das instituições financeiras (CONTIF) para as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tornando-se a primeira instituição angolana a apresentar demonstrações financeiras de acordo com as regras dos mercados financeiros e de capitais internacionais.

De acordo com Hugo Gonçalves, membro do conselho de administração do Fundo Soberano de Angola, a avaliação positiva do Fundo Soberano de Angola pelo SWFI atesta o compromisso com os padrões mais elevados de relato financeiro a nível mundial.

“Esta cotação reflecte o bom entendimento que os analistas internacionais e grandes investidores institucionais têm sobre a estratégia de actuação e investimento doméstico, regional e internacional do Fundo Soberano de Angola.”

O Índice de Transparência Linaburg-Maduell foi criado por Carl Linaburg e Michael Maduell para o Instituto de Fundos Soberanos (SWFI) em 2008. Trata-se de um método de classificação reconhecido internacionalmente, que avalia periodicamente o grau de transparência dos fundos soberanos.