Valor Económico

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INOVAÇÃO. Ciclomotor C1 nunca se desequilibra, nem mesmo a empurrões. Inventores garantem que é um veículo ágil, divertido e ideal para o trânsito e “uma maravilha da tecnologia”.

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Em 2010, e sem que ninguém o conseguisse prever, Daniel Kim fundou a Lit Motors, em São Francisco, Estados Unidos. O objectivo da nova empresa era criar um veículo de duas rodas suportado por sofisticadas tecnologias, destinadas a torná-lo mais seguro e fácil de utilizar, mesmo por condutores que não tenham o necessário equilíbrio.

Denominada AEV (auto-balancing electric vehicle), mas conhecida apenas por C1, a mota criada por Kim é eléctrica, como a sua designação indica, mas está equipada com dois giroscópios, que garantem que não cai e se tenta equilibrar, mesmo que a empurrem, ou durante um embate.

Com a capacidade de transportar duas pessoas, condutor e passageiro, a C1 possui dois motores eléctricos, um por roda, não só para serem mais pequenos, como para ultrapassar perdas de tracção e poder contribuir para equilibrar a mota em determinadas situações. O veículo da Lit Motors é alimentado por uma bateria de 13 kWh (que carrega em quatro a seis horas, consoante a potência da rede a que está ligada) e assegura uma velocidade máxima de 160 km/h e uma autonomia de 270 km, a uma velocidade média de 90 km/h.

Daniel Kim afirma ter mais de 1.000 encomendas para a C1, mas a verdade é que, apesar de ter como financiadores indivíduos como Larry Page, fundador da Google e CEO da Alphabet, e Mark Pincus, fundador e CEO da Zynga (criador de jogos online e para telemóvel, como FarmVille), o projecto ainda está em fase de desenvolvimento e aperfeiçoamento dos protótipos, antes de passar à produção em série. Quando tal acontecer, Kim espera que, inicialmente, o preço ronde os 24 mil dólares, com o valor a cair rapidamente, à medida que a produção aumente, para cerca de metade. E, caso seja produzida na China ou na Índia, onde os veículos de duas rodas são mais populares, o menor custo de mão-de-obra (e uma maior produção) pode baixar o preço para apenas 5.000 dólares, nesses mercados.

Mas Kim e a Lit Motors podem ter de se preparar, em breve, para uma surpresa desagradável.

De acordo com o Observador, os chineses, que copiam tudo e mais alguma coisa, com um descaramento total, apresentaram no último Salão Automóvel de Pequim um veículo similar, ou seja eléctrico, com duas rodas e dois giroscópios para se equilibrar. E, num acesso de criatividade, a startup chinesa registou como nome da companhia ‘Lit’ (de Lingyun Intelligent Technology). Curiosamente, o nome da empresa originalmente criadora do conceito.

POLUIÇÃO. Em Setembro, um estudo identificava que o excesso de emissões do cancerígeno óxido de nitrogénio dos motores a gasóleo era responsável por 10 mil mortes prematuras por ano na União Europeia, Noruega e Suíça.

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O fim de carros a gasóleo trará benefícios para a saúde das cidades, mas só haverá ganhos em termos de alterações climáticas se o mundo se virar para as energias renováveis de vez.

Em declarações à Lusa, o investigador Filipe Duarte Santos, da Universidade de Lisboa, disse que o fim do diesel trará melhorias na qualidade do ar, mas só haverá efeito se “diminuir a tendência para a utilização de combustíveis fósseis”.

O ‘carbono negro’, ou a fuligem provocada pela combustão de diesel, também contribui para o aquecimento global, quando, por força dos ventos, vai parar aos picos gélidos “dos Himalaias ou dos Alpes, por hipótese”, escurecendo-os e fazendo aumentar a radiação e a temperatura.

Especialistas acreditam que passar do diesel para as energias limpas, como os carros eléctricos, vai diminuir a presença no ar de “partículas sólidas que se acumulam nos pulmões”, mas o impacto do fim do diesel a nível global “vai depender da velocidade a que se muda da produção de energia a partir de fontes fósseis para fontes renováveis”.

E explicam que a combustão do diesel liberta “partículas finíssimas” para a atmosfera e que, quando estas se depositam em zonas de glaciares, ficam a absorver radiação e a gerar calor que os derrete.

Em Setembro deste ano, investigadores noruegueses, austríacos e suíços publicaram um estudo em que identificavam o excesso de emissões do cancerígeno óxido de nitrogénio dos motores de veículos a gasóleo como responsável por 10 mil mortes prematuras por ano na União Europeia, Noruega e Suíça.

Metade dessas mortes, de doenças respiratórias e cardiovasculares, decorria do desrespeito das marcas pelos limites do óxido de nitrogénio permitidos.

Com 100 milhões de carros a gasóleo em circulação só na Europa, a proporção é o dobro do resto do mundo, concluíram os investigadores, que recordam que 80% das fontes de energia primária vêm do carvão, petróleo e gás natural”, a mais poluente das quais é o carvão.

MERCADO AUTOMÓVEL. Representantes de automóveis perspectivam pagar 50% de uma dívida de 180 milhões de dólares até ao fim do ano para garantir crescimento nas vendas em 2018.

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O conjunto de concessionárias de automóveis conseguiu amortizar, recentemente, cerca de 11% de uma dívida avaliada em cerca de 180 milhões de dólares com os fornecedores externos, valores acumulados devido à dificuldade de acesso a divisas.

A informação foi avançada, ao VALOR, pelo presidente da Associação dos Concessionários de Equipamentos de Transportes Rodoviários (ACETRO), Nuno Borges, explicando que a operação só foi possível devido a uma melhoria verificada na “capacidade de os bancos comerciais executarem algumas operações, apesar de não serem suficientes. “No que se refere a atribuições do BNA para o nosso sector, a situação está exactamente igual [não são contemplados]”, referiu.

A dívida era resultado de um acumulado de 14 meses (até Agosto último) e Nuno Borges acreditava no pagamento da mesma até ao final do ano em curso, o que representaria um crescimento das vendas do sector em cerca de 18% no próximo ano, segundo estimativas do gestor.

“Somos de opinião que, em termos de mercado automóvel, 2018 será um ano de alguma recuperação da procura, correspondendo à expectativa de alguma recuperação económica de Angola. Consideramos ser possível um crescimento de 18,5 %. Esta previsão dependerá significativamente de pagamento de parte da dívida a fornecedores externos de acordo com a disponibilidade de divisas na segunda metade de 2017. Sem amortização de alguma parte desta dívida, não será possível repor os stocks de viaturas e assim irá afectar o volume de vendas previsto para 2018”, estimou, em outra ocasião, ao VALOR.

Apesar de reconhecer que as dificuldades para o acesso às divisas continuarão, Nuno Borges mantém a esperança para o próximo ano. “A nossa perspectiva até ao fim do ano é de que se irão manter enormes dificuldades para pagamentos a fornecedores externos, mas estamos moderadamente optimistas para 2018.”

Enquanto isso, as empresas deparam-se com a quebra das vendas, iniciada em 2015 quando se registou uma redução de 53,8% face às 44 mil e 536 viaturas vendidas em 2014. Seguiram-se quebras anuais de 55,4%, e 42,5%. A tendência mantém-se para o ano em curso, considerando os números do primeiro semestre, que registam uma redução de cerca de 56%, comparativamente às vendas de 5.698 unidades no período homólogo. Para os últimos seis meses, a associação perspectiva vender 2.785 unidades, o que representaria uma quebra de cerca de 20% face ao mesmo período do ano passado. Nos 12 meses de 2016, as concessionárias venderam 9.178 unidades e projectam para 2018 a venda de 6.253 unidades.

A Comissão Nacional de Eleições de Moçambique (CNE) adiou o recenseamento eleitoral piloto, inicialmente marcado para começar segunda-feira (06), devido a razões técnicas e logísticas, anunciou sexta-feira em comunicado. O recenseamento visava um ensaio para as eleições autárquicas de 10 de Outubro de 2018.

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Em comunicado, a CNE informa que será agendada uma nova data para a sua realização. A nota de imprensa acrescenta que a província de Nampula vai ser retirada da lista dos círculos eleitorais que vão acolher o recenseamento piloto, devido à morte, no dia 04 de Outubro, do presidente do município, Mahamudo Amurane.

Nampula será substituída pela província de Cabo Delgado, também no norte do país. As outras províncias onde se vai realizar o ensaio são Maputo (sul) e Sofala (centro). O processo está avaliado em 18 milhões de meticais (253 mil euros). Com o recenseamento autárquico piloto, a CNE pretende aferir o grau de operacionalidade dos equipamentos e das aplicações ('software') a usar pelas brigadas de recenseamento

A empresa de auditoria e consultoria PwC passa a auditar as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Sonangol e suas subsidiárias, referentes aos exercícios de 2017, 2018 e 2019, na sequência do concurso público promovido pela empresa, a partir do dia 30 de Agosto.

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Em comunicado, a concessionária do petróleo nacional refere que, para a contratação, a Sonangol não só salvaguardou o cumprimento de todos os trâmites legalmente previstos como lhe compete, mas optou por incluir algumas etapas adicionais de interacção directa entre as partes, no sentido de reforçar a transparência, equidade e aplicação dos princípios éticos, adequados aos padrões internacionais que, presentemente, regem a actividade da empresa.

O processo implicou a criação de uma Comissão de Avaliação Independente Multidisciplinar, constituída por elementos de áreas especialistas relevantes nomeadamente a financeira, “procurement”, jurídica, ética e técnicos especializados no objecto do concurso.

A comissão geriu de forma autónoma todas as fases do processo, desde a pré-qualificação incluindo ainda o envio de carta-convite; sessão de esclarecimento aos concorrentes com apresentação do caderno de encargos e partilha de expectativas da Sonangol, sessão de realinhamento dos trabalhos em curso com instruções prévias e abertura das propostas em sessão pública; apresentações individuais e presenciais dos termos de cada proposta por parte dos concorrentes.

“Só após o cumprimento rigoroso destas etapas, a Comissão de Avaliação ficou em condições de decidir sobre as entidades que passaram à fase de negociação”, ressalta a nota. Da fase de pré-qualificação resultou o convite para apresentação de propostas a cinco empresas, BDO, KPMG, GB- Consultores Reunidos, PwC e E&Y, das quais, apenas quatro submeteram propostas para avaliação, passando à fase de negociação, a PwC e a E&Y. De acordo com a carta-convite apenas seriam elegíveis para a fase de negociação as duas empresas que apresentassem a melhor pontuação mediante a matriz definida pela área contratante.

Na fase de negociação, que durou aproximadamente duas semanas, e em que tanto a PwC como a E&Y tiveram oportunidade de melhorar as suas propostas, a Sonangol foi informada pela Ernst & Young sobre a existência de uma potencial incompatibilidade de projectos, identificada pela sua estrutura internacional, que motivou a sua retirada do processo de negociação neste concurso.

Em face disto, a Comissão de Avaliação acabou por indicar como vencedora a proposta da empresa PwC. Esta recomendação foi submetida ao Conselho de Administração que decidiu de acordo com a proposta elaborada pelo órgão gestor, optando pela adjudicação dos serviços de Auditoria Independente às Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas da Sonangol à consultota PwC.

Findo este procedimento, o resultado do concurso foi comunicado a todas as partes envolvidas. A Sonangol regista o facto de todo o processo ter decorrido num clima de confiança e parceria, com total cooperação por parte de todas as entidades envolvidas, encontrando-se disponíveis para consulta todas as peças de suporte à tomada de decisão e respectivos fundamentos sobre a mesma.

A Sonangol lançou, a 30 de Agosto de 2017, o Concurso Público Limitado por Prévia Qualificação para contratação de uma Entidade que vai prestar serviços de Auditoria Independente às Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas da Sonangol EP e suas subsidiárias, referentes aos exercícios de 2017, 2018 e 2019.

A Sonangol está com dificuldades de honrar com as suas obrigações económicas e financeiras relacionadas com o pagamento da quota-parte dos custos incorridos pelos grupos empreiteiros nas operações petrolíferas. Petrolífera garante trabalhar para honrar as obrigações.