ANGOLA GROWING
Valor Económico

Valor Económico

O Governo atribuiu, nos últimos dias, a construção de milhares de habitações em novas centralidades a distribuir por três províncias, num negócio global de mais de 100 milhões de dólares.

kilamba 2 fase 10 01 65 620x414

Em causa estão três despachos presidenciais, a que a Lusa teve hoje (31) acesso, autorizando a contratação dos projectos e construção destas verdadeiras cidades edificadas de raiz, como é o caso da centralidade de Carreira de Tiro II, na província de Malanje, que vai contar com 4 mil apartamentos, numa área de 350 hectares.

Esta centralidade, com 544 edifícios previstos, representa um investimento público de 35,1 milhões de dólares, cuja contratação é feita directamente pela empresa Imogestin e deverá estar concluída dentro de 18 meses.

Um segundo contrato, aprovado igualmente por despacho presidencial de 12 de Julho, entregou à construtora Griner, também através da Imogestin, a concepção e construção da Centralidade de Saurimo, na Lunda-Sul, num negócio de 33,8 milhões de dólares.

A primeira fase deverá estar concluída dentro de 15 meses e envolve desde já a construção de oito edifícios com 212 apartamentos.

Nos mesmos moldes, a construtora de origem portuguesa Omatapalo foi escolhida para a concepção e construção da Centralidade de Mbanza Congo, no Zaire, devendo disponibilizar as primeiras 200 habitações dentro de 12 meses. Este contrato, igualmente autorizado por despacho presidencial de 12 de Julho, envolvendo a contratação por parte da Imogestin, está avaliado em 32,8 milhões de dólares.

Estas novas centralidades, construídas de raiz em todas as províncias do país, integram-se no Plano Nacional de Habitação e a sua aquisição, sobretudo por funcionários públicos, é anunciada pelo Executivo como possível com preços controlados e mais acessíveis. A Imogestin já gere pelo menos 15 centralidades construídas ou em fase final de construção, distribuídas pelas províncias de Luanda, Bengo, Namibe, Huíla e Benguela.

Um grupo privado chinês vai investir 12 milhões de dólares para instalar na província do Huambo, uma unidade agrícola e pecuária, gerando 200 postos de trabalho.

0beba661a 804a 488a a439 a05c54cb82e0 r NjQweDM0NQ

De acordo com o contrato de investimento entre o grupo de origem chinesa Jiangzhou Agriculture e o Estado, através da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), o projecto vai levar 10 anos a implementar.

Será instalado no município de Tchicala Choloanga e segundo os promotores permitirá abastecer o mercado interno com produtos agrícolas e agropecuários e "reduzir as importações" angolanas. Ao grupo privado chinês serão atribuídos benefícios fiscais por parte do Estado, ao abrigo da Lei do Investimento Privado, nomeadamente a redução de 65% no pagamento de impostos Industrial, sobre Aplicação de Capitais e de Sisa, por um período de oito anos.

A Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) foi premiada na passada quinta-feira, em Saint Thomas, Estados Unidos, com o ‘Bizz Americas 2017’, da Confederação Mundial de Negócios (World Confederation of Businesses - Worldcob).

NORBERTOGARCIAANGOP

Uma nota de imprensa indica que a UTIP recebeu reconhecimento pelo seu contributo à diversificação da economia nacional e excelência nas categorias de liderança empresarial, sistema de gestão, qualidade de serviços, criatividade e inovação, conquistas e responsabilidade social. O prémio foi entregue ao director-geral da UTIP, Norberto Garcia, num acto em que o embaixador nos Estados Unidos, Agostinho Tavares, apresentou Angola como “um país que cresce a cada dia com muitas oportunidades de investimento, recursos naturais abundantes e de uma grande beleza.”

Integraram ainda a delegação da UTIP o chefe do departamento de Administração e Finanças, Gunther Costa, e o analista de projectos e mercado Hélio Alves. Fundada em Setembro de 2004 em Houston, Texas, a Worldcob, é uma organização internacional que promove a excelência empresarial e a geração de novos negócios para os seus membros.

O prémio pretende honrar e distinguir as experiências empresariais bem-sucedidas e reconhecer a excelência dos negócios em pequenas, médias e grandes empresas. O objectivo principal preconizado pela organização internacional é desenvolver e promover mecanismos que gerem relações comerciais entre os seus membros e outras empresas em todo o mundo.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, doou cerca de 100 mil dólares do próprio salário ao Ministério da Educação norte-americana, valor referente ao seu segundo trimestre de remuneração.

presidente eleito dos eua donald trump nomeou nesta quarta feira 23 a milionaria betsy devos para chefiar o departamento de educacao 1479931997923 615x470

Fiel à promessa lançada em campanha eleitoral de que doaria todo o seu salário de Presidente dos EUA a entidades públicas, Donald Trump entregou um cheque de cerca de 100 mil dólares à secretária de Estado norte-americana da Educação, Betsy DeVos.

O valor, referente ao segundo trimestre de remuneração presidencial, anualmente fixado em cerca de 400 mil dólares brutos, surge depois de uma primeira doação, efectuada ao serviço de conservação e manutenção dos parques naturais.

Segundo a secretária de Estado Betsy DeVos a verba servirá sobretudo para financiar programas de incentivo ao ensino da Matemática, Ciência, Tecnologia e Engenharia entre as crianças.

A Sonangol, em reestruturação, gastou quase 10 milhões de euros em festas de confraternização e acção social em 2016, ainda assim menos 83% face ao ano anterior.

thumbnail sonangolB

Os números constam do relatório e contas da empresa liderada por Isabel dos Santos, com a administração a sublinhar tratar-se de uma "redução significativa" que "é reflexo das medidas de redução de custos implementadas no grupo".

Durante o ano de 2015, a Sonangol gastou 11,5 mil milhões de kwanzas com festas de confraternização e acção social, rubrica que desceu no ano passado para 1,8 mil milhões de kwanzas. Conforme análise feita pela Lusa, trata-se de uma das 15 rubricas que integram os Custos com Pessoal da Sonangol, que em 2016 atingiu os 157,8 mil milhões de kwanzas, contra os 135 mil milhões de kwanzas de 2015.

Este aumento é justificado pela petrolífera com a rubrica dos salários, devido ao "efeito cambial da desvalorização do kwanza face ao dólar". A Sonangol gastou 105,4 mil milhões de kwanzas em salários pagos durante todo o ano de 2016, contra os 71,6 mil milhões de kwanzas de 2015.