Nações Unidas pressiona eleições
A Organização das Nações Unidas (ONU) instou no fim-de-semana, em Genebra, a República Democrática do Congo (RDC) a publicar “rapidamente” um calendário eleitoral “realista”, tendo em vista a aproximação da data limite para organizar as eleições gerais no país, que devem culminar com a sucessão do actual Presidente congolês Joseph Kabila, noticiou a agência de notícias France Press. Uma resolução sobre essa matéria, depositada pela Tunísia em nome dos países africanos, foi adoptada pelo Conselho dos Direitos Humanos por 45 votos, um contra (EUA) e uma abstenção (Coreia do Sul). A resolução aprovada insta as autoridades congolesas a “publicar, o mais depressa possível, um calendário eleitoral realista”, em conformidade com o acordo de 31 de Dezembro de 2016, e encoraja o Governo congolês a “criar sem delongas as condições necessárias à realização de eleições livres, transparentes, abertas e pacíficas, em particular na perspectiva das eleições legislativas e presidenciais”. A ONU analisou, em Nova Iorque, à margem da sua 72.ª Assembleia-Geral, que terminou recentemente, o impasse na RDC, quando se aproxima o 31 de Dezembro, fim do prazo para, à luz do acordo de São Silvestre, serem realizadas as eleições presidenciais. O encontro decorreu à porta fechada, sem a presença do Chefe do Estado congolês, mas com a dos seus principais opositores, Félix Tshisekedi e Moïse Katumbi, que exigiram uma “transição” sem Joseph Kabila para a preparação das eleições e apontam àquele responsabilidades “no desrespeito da Constituição e do acordo de 31 de Dezembro de 2016”. Kinshasa prometeu publicar em breve um calendário eleitoral “realista”, após ter recenseado mais de 40 milhões de eleitores, sem incluir a região do Kasai. A Comissão Eleitoral Independente considerou que a publicação do calendário estava ligada aos vários pré-requisitos, nomeadamente o voto de algumas leis no Parlamento.
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