Valor Económico

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O júri da sétima edição dos Prémios Sirius, promovidos anualmente pela consultora Deloitte, acaba de revelar a lista de nomeados aos prémios deste ano, que tem marcada a cerimónia de entrega de troféus para o dia 29 deste mês.

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As categorias da sétima edição dos Prémios Sirius são 10, tendo sido nomeados para a ‘Empresa do Ano do Sector Financeiro’ os bancos Angolano de Investimento (BAI), Comercial do Huambo (BCH), de Fomento Angola (BFA), Millennium Atlântico (BMA) e Standard Bank.

Na categoria de ‘Empresa do Ano do Sector Não Financeiro’ estão mencionados a Biocom, Carnes Valinho, Lactiangol, Multitel, Planad e Refriango. Para a categoria ‘Melhor Relatório de Gestão e Contas do Sector Financeiro’ aparecem os bancos BAI, BIC, BFA e Standard Bank e as seguradoras ENSA – Seguros de Angola e Nossa Seguros, enquanto que para ‘Melhor Relatório de Gestão e Contas do Sector Não Financeiro’ são encontradas empresas como Angolissar, Casais Angola, EPAL, Infrasat, Omatapalo e Sociedade Mineira de Catoca.

Nomes como António Nunes, da Angola Cables, Carlos Duarte, da Nossa Seguros, Dias dos Santos, da Clínica Multiperfil, Guilherme Mogas, da Tri-Alumínio, e Jaime Freitas ou Elisabeth Izidoro, do grupo empresarial Cosal, aprecem entre os eleitos para a Categoria ‘Gestor do Ano’. Na categoria de ‘Melhor Programa de Responsabilidade Social’ foram nomeados a Casais Angola, Refriango, Siemens, Sociedade Mineira de Catoca, Total e Unitel.

No ‘Melhor Programa de Desenvolvimento do Capital Humano’ encontram-se o banco Caixa Angola e as empresas Griner, Insulana, Refriango, Siemens e Unitel. Já na categoria de ‘Empreendedor do Ano’ surgem nomes como João Macedo (Novagrolider), Manuel Monteiro (Fertiangola), Nelson Carrinho/Rui Carrinho (Grupo Leonor Carrinho), Nelson Gaspar (Insulana) e Victor Alves (INAR – Indústrias Alimentares Reunidas).

As empresas Fabrimetal, Novagrolider, Refriango e Vidrul aparecem nomeadas para a categoria ‘Melhor Empresa Exportadora’ e a Acail Angola, Fabrimetal, FIL - Tubos de Angola e Suave estão nomeadas para ‘Melhor Investimento Directo Estrangeiro’.

Os presidentes de Angola, João Lourenço, e da África do Sul, Jacob Zuma, já não se deslocam esta quarta-feira (22), a Harare, em face dos últimos desenvolvimentos da situação no Zimbábue e que levaram a resignação do Chefe de Estado, Robert Mugabe, soube hoje a Angop de fonte oficial.

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No quadro da crise no Zimbábue, havia sido decidida pelo órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança a deslocação dos dois presidentes para avaliar a situação no terreno e buscar mecanismos para solucionar o impasse instalado com as contestações em torno da liderança de Mugabe, e pressões para sua renúncia.

A decisão foi tornada pública no final da cimeira da Troika do órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança da SADC, realizada nesta terça-feira, em Luanda.

A participação dos dois estadistas deve-se ao facto de Jacob Zuma ser o líder da organização regional e de João Lourenço, o responsável pelo órgão de cooperação política, defesa e segurança.

A organização manifestou a sua profunda preocupação com o desenrolar da situação política neste Estado membro.

Na noite de 13 deste mês, militares cercaram a residência do Presidente da República do Zimbábue, Robert Mugabe, tomando de assalto as instituições públicas e detiveram personalidades influentes da política e sitiaram a cidade capital, Harare, o que deteriorou a situação política e militar naquele país.

Manuel Miguel da Costa Aragão é o novo Juiz Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional, substituindo no cargo Rui Ferreira, por designação do Presidente da República, confirmando-se a informação avançada pelo Jornal de Angola.

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De acordo com a Casa Civil do Presidente da República, o Chefe de Estado designou igualmente Júlia de Fátima Leite Ferreira para o cargo de juíza conselheira do mesmo Tribunal.

As duas designações têm em conta o facto de alguns juízes do Tribunal Constitucional terem terminado o seu mandato, havendo por isso necessidade de serem designadas outras entidades.

Manuel Aragão era até à data Juiz Presidente do Tribunal Supremo, enquanto Júlia Ferreira era comissária e porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

Em outros despachos, o Titular do Poder Executivo, João Lourenço, nomeou Bartolomeu Nunes para o cargo de director-adjunto do cerimonial do Presidente da República e um novo conselho de administração da Imprensa Nacional, liderado por Lando Sebastião Teta, em substituição de David de Assunção de Barros.

Robert Mugabe, o mais velho presidente do mundo, demitiu-se hoje (21), aos 93 anos e após 37 anos no poder no Zimbábue, “com efeito imediato”.

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O anúncio foi feito pelo presidente da câmara baixa do parlamento, que se reuniu para debater a destituição do presidente que resistiu durante vários dias a abandonar o poder, depois de uma intervenção dos militares.

No poder no Zimbábue desde a independência do país, em 1980, Robert Mugabe prometeu um dia festejar os seus 100 anos no poder e era considera a encarnação do déspota africano pronto a fazer qualquer coisa para perpetuar o seu reinado. Nascido perto de Harare a 21 de Fevereiro de 1924, filho de um carpinteiro e de uma professora, Mugabe frequentou escolas maristas e jesuítas e tornou-se professor, tendo tirado vários cursos por correspondência. Descobre a política na universidade de Fort Hare, a única aberta a negros na África do Sul do ‘apartheid’, e é seduzido pelo marxismo.

Em 1960 envolve-se na luta conta o poder na Rodésia (actual território do Zimbábue) e quatro anos mais tarde é detido, tendo passado 10 anos na prisão. Pouco depois da libertação refugia-se no vizinho Moçambique, onde assume a liderança da luta armada, até à independência da colónia britânica e da sua chegada ao poder.

Um dos signatários dos acordos que deram origem à República do Zimbábue, em 1980, mostrou durante o percurso uma determinação sem falhas. O herói da independência tornou-se primeiro-ministro e alguns anos depois, em 1987, afastados os opositores numa repressão brutal que terá causado cerca de 20.000 mortos, instituiu um regime presidencial.

Os anos 2000 marcam o início da sua queda, com decisões polémicas, como uma reforma agrária que levou a expropriações de quintas de proprietários brancos para distribuir a terra entre a população negra do país.

A cada nova reeleição como presidente sucedem-se as acusações de fraude e, em 2008, Mugabe perde a maioria no parlamento num escrutínio marcado pela violência, que causa centenas de mortos.

Elogiado pela sua política de reconciliação em nome da unidade do país quando tomou as rédeas do Zimbábue, Mugabe não aceita bem as críticas pelas atitudes de ditador e responsabiliza o Ocidente pelos males do país, nomeadamente a sua ruína financeira.

Sanções internacionais, hiperinflação, um desemprego superior a 90% da população não impedem a reeleição de Mugabe em 2013 com 61% dos votos. E nem a crise nem a sua saúde frágil impediram o seu partido, a União Nacional Africana do Zimbábue – Frente Patriótica (ZANU-PF), de o indicar como candidato às próximas presidenciais em 2018.

No entanto, crescem as suspeitas de que não resiste às tentativas da sua segunda mulher, Grace, de lutar pela sua sucessão. Depois do afastamento da vice-presidente Joyce Mujuru em 2014, Grace conseguiu a demissão do vice-presidente Emmerson Mnangagawa há algumas semanas, o que terá levado os militares a intervirem na noite do passado dia 14.

Mugabe ainda resistiu uma semana a fazer a vontade aos que pretendiam o seu afastamento, numa demonstração da verdade das críticas que lhe faziam de sede inextinguível de poder.

Os Presidentes da África do Sul, Jacob Zuma, e de Angola, João Lourenço, viajam quarta-feira (22), para Harare para avaliar a situação política no Zimbábue, foi hoje divulgado em Luanda no final de uma reunião tripartida da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

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Luanda acolheu hoje uma reunião de emergência de chefes de Estado da Comunidade de Desenvolvimento de Países da África Austral (SADC), presidido por Angola, em que participaram os Presidentes de Angola, Zâmbia, África do Sulva, além do ministro dos Negócios Estrangeiros da Tanzânia.

A crise política no Zimbabué teve início há uma semana e o Presidente da República, Robert Mugabe, tem sido pressionado para deixar as funções por militares e várias organizações da sociedade civil.