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Valor Económico

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O Governo vai gastar 80 milhões de euros com a manutenção de mais de 1.700 quilómetros de linha ferroviária, contratando para o efeito as mesmas empresas chinesas que reabilitaram as infraestruturas, edificadas ainda no período colonial.

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A informação consta de duas autorizações do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, relativamente à necessidade de assegurar a manutenção das linhas do caminho-de-ferro de Luanda (428) e de Benguela (1.344).

No caso do Caminho de Ferro de Luanda (CFL), cuja linha férrea começou a ser construída em 1881, durante a ocupação colonial por Portugal, a reabilitação, após a guerra civil, foi concluída em 2011, pela empresa China Railway International Group (CRIG).

Agora, num despacho presidencial deste mês, foi aprovado o contrato com a mesma empresa para garantir os trabalhos de manutenção da linha, por 42,9 milhões de dólares.

A contratação da CRIG para o efeito é justificada no mesmo documento face à "incapacidade técnica" da empresa CFL para "levar a cabo os trabalhos de manutenção da linha, que permitam assegurar a segurança da sua exploração".

A mesma argumentação é utilizada num outro despacho presidencial, consultado, em que o chefe de Estado autoriza o Ministério dos Transportes a contratar, por 55 milhões de dólares, a China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20) para garantir, neste caso, a manutenção da linha explorada pelos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB).

A reabilitação daquela linha férrea foi concluída pela CR20 em 2015, voltando assim a fazer-se a ligação, por comboio, entre o litoral, no Lobito, e a fronteira com a República Democrática do Congo, no Luau. A reabilitação da rede ferroviária angolana - incluindo ainda o Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) -, destruída por cerca de 30 anos de guerra civil, custou, entre 2005 e 2015, cerca de 3,5 mil milhões de dólares, e foi garantida por empresas chinesas. "Muitas vezes, e nem sempre de boa-fé, alguns perguntam onde é que vai o nosso dinheiro.Pois bem, a resposta está aí.

Parte da reposta está aqui no Luau, na extensão do CFB", ironizou, em fevereiro de 2015 o ministro dos Transportes de Angola, Augusto da Silva Tomás, na inauguração do troço final daquela linha.

A reabilitação das três linhas nacionais edificadas durante o período colonial envolveu 2.612 quilómetros de rede e a construção de raiz de 151 estações ferroviárias.

Durante estes dez anos, a reabilitação da rede foi utilizada para a passagem de uma linha própria de fibra ótica, tendo sido ainda adquiridas 42 locomotivas, 248 carruagens de várias tipologias e 263 vagões.

As províncias do Bengo, Cabinda e Zaire já têm resultados definitivos das eleições gerais de 23 de Agosto.

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Os resultados nestas províncias estão de acordo com os provisórios divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral e já foram aceites pelos partidos da oposição, segundo o ‘Novo Jornal’.

De acordo com os resultados definitivos nestas províncias e já aceites pela UNITA e pela CASA-CE, no Bengo, o MPLA obteve quatro deputados e a UNITA um. Na província de Cabinda, o MPLA e a CASA-CE elegeram dois deputados e a UNITA um.

No Zaire, o partido que sustenta o governo conquistou três deputados, enquanto a CASA-CE e a UNITA elegeram um deputado cada. Angola realizou eleições gerais a 23 de Agosto deste ano, às quais concorreram o MPLA, a UNITA), a CASA-CE, o PRS, a FNLA e a APN.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convidou nesta segunda-feira (28), todos os movimentos políticos e sociais nacionais e internacionais para participarem na Cimeira Internacional de Solidariedade Mundial com a Venezuela, que terá lugar em Setembro.

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A cimeira está marcada para 16 e 17 de Setembro e estará centrada em condenar as sanções financeiras e "ataques" à revolução bolivariana, feitas pelo "poder económico mundial". "Companheiros de todo o mundo, de toda a América, das Caraíbas, dos EUA e da Europa (...): espero ver-vos a 16 e 17 de Setembro.

O mundo inteiro está convidado para a jornada de diálogo, paz e soberania do povo da Venezuela", afirmou, num vídeo divulgado através da rede social Twitter.

Segundo Nicolás Maduro, a Venezuela "está a ser ameaçada - como nunca antes -pelo império do norte". "Os supremacistas que governam os Estados Unidos ameaçaram a Venezuela com sanções, perseguições financeiras e ameaças militares e temos uma só resposta: a solidariedade e a vitória", avançou.

A Casa Branca impôs na sexta-feira novas sanções financeiras à Venezuela, entre as quais a proibição de comprar obrigações emitidas pelo Estado venezuelano ou pela companhia petrolífera nacional. "Não ficaremos parados perante o desmoronamento da Venezuela", disse a Casa Branca no comunicado que anunciava as sanções.

Pelo menos 13 pessoas morreram e outras 19 ficaram feridas na sequência de um atentado suicida durante a passagem de um veículo do exército afegão na província de Helmand, no sul do Afeganistão, noticiou hoje (28) a ‘Reuters’.

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O atentado verificou-se às 18h30 locais, no distrito de Naea, quando um atacante suicida detonou os explosivos que transportava à passagem de um veículo militar, informou o porta-voz do governador provincial, Omar Zwak. O chefe distrital, Agha Mohammad, confirmou o atentado contra a patrulha do exército afegão, assinalando que não existe nenhum posto de controlo onde a explosão ocorreu, pelo que o veículo foi o alvo escolhido.

Os talibãs reivindicaram o atentado através de um comunicado, onde destacam o "heroico" combatente que perdeu a vida contra as "tropas mercenárias". O atentado surge dias depois de um outro ataque suicida contra uma mesquita da minoria muçulmana xiita em Cabul, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico, em que morreram pelo menos 28 pessoas e mais de 50 ficaram feridas.

Esse ataque foi o primeiro de grande envergadura ocorrido no Afeganistão desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na passada segunda-feira uma nova estratégia, que inclui o envio de mais tropas norte-americanas.

Segundo informações do Inspector Especial norte-americano para o Afeganistão divulgado este mês, a guerra no Afeganistão está "estancada", com os insurgentes a controlarem 40 porcento do país.

O Banco Nacional de Angola (BNA) vendeu, nos últimos sete dias, 169,4 milhões de euros (equivalente a USD 189,3 milhões) ao mercado financeiro, dos quais 59,4 milhões de euros foram vendidos por via de cartas de créditos asseguradas pelo banco central angolano.

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Os 59,4 milhões de euros serviram para cobertura de operações dos sectores da agricultura, industria, pescas e bens alimentares, segundo o relatório semanal de mercado monetário e cambial do banco central. De acordo com o documento, observa-se a redução de 34,4 milhões de euros, uma vez que no período anterior foram vendidos 203,8 milhões de euros ao mercado financeiro.

O BNA disponibilizou, neste período em balanço, 53,7 milhões de euros para cobertura de operações do sector petrolífero, 33,0 milhões de euros para cobertura de operações de diversos sectores, nove milhões de euros para viagens, ajuda familiar, saúde e educação. Foram de igual modo disponibilizados nove milhões de euros para cobertura de operações de cartões de crédito, 1,1 milhões para o sector da Saúde, 2,4 milhões de euros para órgãos auxiliares do Estado, 1,6 milhões para reposição cambial e 207,4 mil para cobertura de operações de salário dos expatriados.

Neste relatório, o banco central destaca a taxa de câmbio média de referência de venda do dólar americano do mercado cambial primário, que manteve em USD=Kz 166,746. Para o Euro, a taxa de câmbio média de referência apurada até o final de semana foi de EUR=Kz 186,300. Para a gestão corrente do Tesouro Nacional, o BNA, enquanto operador do Estado, colocou no mercado primário Títulos do Tesouro no montante de Kz 72,8 mil milhões, sendo 55,8 mil milhões de kwanzas em Bilhetes do Tesouro (BT), 17,0 mil milhões de kwanzas em Obrigações do Tesouro indexadas ao câmbio (OT-TXC), 174,6 milhões em Obrigações do Tesouro Não Reajustadas (OT-NR).

As OT-TXC emitidas foram nas maturidades de três anos à taxa de juro nominal de 7,00% ao ano, ao passo que as OT-NR emitidas foram nas maturidades de dois anos à taxa de juro nominal de 20,00% ao ano, respectivamente, indica o relatório. As taxas de juro médias apuradas para os BT nas maturidades de 91, 182 e 364 dias situaram-se em 16,15%aa para 91 dias, 20,25%aa para 182 dias, 23,90%aa para 364 dias.

No segmento de venda directa de títulos ao público foi colocado o montante de 4,5 mil milhões kwanzas, em BT nas maturidades de 91, 182 e 364 dias e OT na maturidade de três anos. Para efeitos de regulação monetária, o BNA realizou operações de mercado aberto (Oma) no montante de 61,9 mil milhões de kwanzas, nas maturidades de 7, 14, 28 e 63 dias, às taxas médias de juro de 7,50%, 9,00%, 11,00% e 13,00% ao ano, respectivamente.

Para o mercado interbancário, os bancos comerciais realizaram entre si operações de cedência de liquidez sem garantia de títulos, no montante acumulado de 44,2 mil milhões de kwanzas, em maturidades de 1 a 30 dias, a taxa média de juro entre 15,00%aa à 22,09%aa.

A LUIBOR overnight (1 dia), apurada no último dia da semana, com base nas cedências de liquidez acima referidas, situou-se em 22,09%aa, sem variação face à semana anterior, enquanto que para as maturidades de 30, 90, 180, 270 e 360 dias situou-se em 18,34%aa., 19,21%aa., 20,67%aa., 21,60%aa. e 22,70%aa., com variação de -0,56pp, a -0,29pp em todas maturidades, excepto na maturidade de 30 dias.