Valor Económico

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24 Sep. 2017

Alemães votam hoje

Os alemães vão hoje às urnas para eleições legislativas com todas as sondagens a atribuírem uma vitória à União Democrata-Cristã (CDU) da chanceler Angela Merkel, embora aquém da maioria parlamentar, prevendo-se, por isso, longas negociações para uma coligação.

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Os colégios eleitorais na Alemanha abriram neste domingo (24), às 3 horas locais, para as eleições gerais nas quais 61,5 milhões eleitores foram convocados às urnas para escolher os seus representantes no Parlamento e seu futuro Governo. Além disso, as sondagens prevêem que o partido ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD) vai entrar para o Bundestag como terceira força parlamentar, com cerca de 11% dos votos.

Algumas iniciativas também serão votadas em forma de referendo em certas regiões e cidades. Em Berlim, os eleitores são convidados, por uma iniciativa popular que recolheu assinaturas suficientes para forçar a convocação da consulta, a pedir ao governo da cidade-estado para abandonar os planos de encerramento do aeroporto de Tegel.

Em Bremen, os cidadãos terão que decidir sobre uma ampliação da legislatura do parlamento regional de quatro para cinco anos.

O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) divulgou uma nota onde informa que foi decidida a suspensão laboral na terça-feira, dia em que o Presidente eleito, João Lourenço, vai assumir formalmente o cargo de Chefe de Estado.

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A decisão do Governo, sustentada na legislação em vigor, deixa de fora desta tolerância de ponto todos aqueles cujo exercício profissional é realizado por turnos, como previsto na Lei n.º 10/11, de 16 de Fevereiro (Lei dos Feriados Nacionais e Locais e Datas de Celebração Nacional).

A cerimónia de tomada de posse de João Lourenço do cago para que foi eleito nas eleições gerais de 23 de Agosto, e do seu Vice-presidente, Bornito de Sousa, deverá ter lugar na Praça da República (Memorial de Agostinho Neto). João Lourenço vai ser o 3.º Presidente da República de Angola desde a independência do país, em 11 de Novembro de 1975, substituindo agora José Eduardo dos Santos, que ocupou o cargo nos últimos 38 anos, desde que o seu antecessor e primeiro Presidente do país, Agostinho Neto, morreu, em 1979.

Os deputados eleitos também no dia 23 de Agosto vão tomar posse dois dias depois e o Governo a nomear pelo novo Presidente enquanto titular do poder executivo deverá tomar posse logo depois.

A polícia birmanesa actuou ontem à noite (20) em Sittwe, capital do estado de Rakhine, região oeste do país, para dispersar uma multidão hostil que atacou um barco da Cruz Vermelha com ajuda humanitária para os civis afectados pela violência, noticiou a AFP.

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De acordo com um comunicado da assessoria da dirigente birmanesa Aung San Suu Kyi, quase 300 pessoas se reuniram em Sittwe, cidade de maioria budista, ao redor do barco e lançaram pedras e coquetéis molotov. Toda a região vive sob tensão desde que os ataques da rebelião muçulmana contra delegacias provocaram uma campanha de repressão do exército de Mianmar, chamada de "limpeza étnica" pela ONU.

Mais de 420.000 muçulmanos rohingyas buscaram refúgio no vizinho Bangladesh desde 25 de agosto para fugir da violência. A multidão obrigou o "Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) a descarregar a ajuda que estava no barco e impediu a saída da embarcação", afirma o comunicado.

O barco, que transportava roupas, água e mosquiteiros, deveria seguir para Maungdaw, no distrito norte, epicentro da violência desde o fim de agosto. A polícia, que deu tiros de advertência, precisou de várias horas para restabelecer a ordem. Oito pessoas foram detidas. A situação é tensa para os voluntários humanitários na região.

Os investigadores da ONU sobre direitos humanos, que as autoridades birmanesas não reconhecem, pediram na terça-feira "acesso completo e sem obstáculos" ao país, alegando que a região é cenário de uma grave crise humanitária.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, vai oferecer esta semana 20 mil milhões de euros, na sequência da saída do Reino Unido da União Europeia, avança o jornal britânico Financial Times.

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De acordo com o jornal, a chanceler alemã, Angela Merkel, é uma das líderes europeias que já foi informada de que o discurso de Theresa May em Florença, amanhã, vai incluir uma proposta de envelope para selar financeiramente o “divórcio” entre o Reino Unido e a União Europeia.

A equipa da líder britânica espera que esta oferta possa desbloquear as negociações, que estão num impasse há três meses, e permita “avançar para uma segunda fase e abrir as discussões sobre um futuro acordo de comércio com a UE”, escreve o Financial Times.

O valor de 20 mil milhões de euros representa o necessário para que nenhum Estado membro tenha de pagar mais ou receber menos, para compensar a saída do Reino Unido, entre 2018 e 2020, o último ano já orçamentado.

Na notícia, o Financial Times esclarece que vários responsáveis britânicos se mostraram “surpreendidos” pela possibilidade de algumas capitais europeias já terem conhecimento de detalhes do discurso de amanhã, uma vez que só nesta quinta-feira está prevista uma reunião do gabinete de Theresa May sobre o discurso de Florença.

O artigo do jornal britânico surge também poucos dias depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, ter escrito um artigo no qual defende que o Reino Unido não deve pagar qualquer valor à UE, para poder aceder ao mercado comum depois de um período transição.

O projecto de lei que dá à primeira-ministra Theresa May a autorização para activar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa e pôr formalmente em marcha o processo de saída foi aprovado pela maioria dos deputados da Casa dos Comuns, com 498 votos a favor e 114 contra.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros grandes produtores estão a considerar várias opções antes de se reunirem em Novembro próximo, inclusive a possibilidade de que a actual redução na oferta da matéria-prima seja mantida até o fim de 2018, afirmou o ministro dos Petróleos do Iraque, Jabbar al-Luaibi.

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Contudo, nenhuma decisão concreta foi ainda tomada, ressaltou. “De qualquer forma, a perspectiva do petróleo parece ser positiva e os preços estão a subir”, avaliou o ministro. Desde Janeiro, a OPEP e dez países que não pertencem ao cartel procuram a todo o custo reduzir a sua produção combinada em cerca de 1,8 milhão de barris por dia, como parte de um acordo que se estende até pelo menos Março de 2018.

Contudo, o pacto ainda não conseguiu impulsionar as cotações de petróleo aos níveis desejados pela OPEP, em parte porque a produção de petróleo de xisto dos EUA está a expandir-se. Segundo o ministro Jabbar al-Luaibi, o Iraque cumpre integralmente e até excedeu a sua cota de redução na oferta de petróleo estipulada no acordo da OPEP com os parceiros de fora do grupo.

A produção iraquiana actual é de cerca de 4,325 milhões de barris por dia, diante dos 4,565 milhões de barris por dia anteriores ao pacto. Avanços na redução da poluição Não é segredo que as maiores petrolíferas estão entre as empresas que mais poluem.

O que pode surpreender é o facto de elas estarem a reduzir as suas descargas de gases causadores do efeito estufa a cada ano e a participar, activamente, de uma tendência à qual a maioria dos gigantes corporativos estão a aderir.

Sessenta e duas das 100 maiores empresas do mundo reduziram consistentemente as suas emissões numa base anual entre 2010 e 2015, com um declínio global de 12 por cento no período, de acordo com o relatório da Bloomberg New Energy Finance divulgado antes da conferência de Londres de segunda-feira.

As descobertas sugerem que os sectores mais poluentes tenham começado a combater a mudança climática antes de o Presidente dos EUA, Donald Trump, tomar posse e sinalizar que ia cancelar a participação do seu país no Acordo de Paris sobre limites às emissões de combustíveis fósseis.

Agora, num momento em que as autoridades europeias afirmam que a Casa Branca pode diluir o seu compromisso com Paris, em vez de cancelar a participação no tratado, o relatório da BNEF sugere que a indústria está a reduzir as emissões.

“Não importa se Donald Trump permanece no Acordo de Paris; isso é irrelevante, porque os Estados e as grandes corporações estão a avançar com a energia limpa”, disse Peter Terium, presidente da geradora de energia alemã Innogy, nos bastidores da conferência da BNEF. “Eles não estão à espera.

Estamos a ver a energia renovável tornar-se mais competitiva, em comparação com combustíveis fósseis como o carvão.” As cinco maiores petrolíferas - Exxon Mobil, Royal Dutch Shell, Chevron, BP e Total - limitaram colectivamente a sua poluição em média de 13 por cento entre 2010 e 2015, segundo o relatório. A BP realizou a maior redução, de 25,5 por cento. A Exxon, a maior emissora entre as empresas de capital aberto, reduziu em 14 por cento.

O relatório mostra uma inversão em relação às décadas passadas, quando os alertas científicos a respeito das mudanças climáticas eram recentes e as empresas responsáveis pela maior parte das emissões pressionavam as autoridades para que ignorassem a questão.

As reduções realizadas pelas 100 maiores empresas economizaram 70,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono e outros gases causadores do efeito estufa, total semelhante a toda a emissão de um ano de Israel. Como os dados sobre emissões demoram muito para serem compilados, 2015 é o último ano coberto.