Valor Económico

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A australiana Lucapa Diamond Company, que lidera a exploração da mina do Lulo, na Lunda-Norte, anunciou ontem (7) que já repatriou os 4 milhões de dólares norte-americanos que aplicou neste projecto mineiro angolano de onde saíram em 2016 os diamantes em bruto mais valiosos do mundo, tendo atingido os 2 983 USD/quilate.

DIAMANTES

Estes quatro milhões de dólares foram aplicados pela Lucapa de forma adicional aos 1,6 milhões iniciais investidos em função da quota que tem na empresa (32%), onde a estatal Endiama (32% e concessionária) e a privada Rosa & Pétalas (28%) são os seus parceiros.

Na nota onde divulga o repatriamento do seu investimento, a Lucapa Diamond Company informa ainda que vai manter a decisão de investir na mina a sua parte dos lucros para desenvolver esta importante parcela dos investimentos da empresa em África, onde, a par do Lulo, mantém uma outra mina a produzir no Lesoto.

Recorde-se que a mina do Lulo foi responsável pelo maior diamante jamais extraído em Angola, no início de 2016, com 404 quilates, tendo a gema em bruto sido vendida á joalheira suíça, detida por Isabel dos Santos, De Grisogono, por 16 milhões de dólares.

A par deste gigante, o Lulo rendeu ainda 270 de diamantes especiais entre os 10,8 e os 230 quilates, sendo essa a razão pela qual as "pedras" oriundas desta mina concentraram as atenções dos mercados mundiais pressionando o preço por quilate até aos 2 983 dólares em 2016, preço médio, num total de vendas superior aos 51 milhões de dólares.

Os resultados finais das eleições gerais de 23 de Agosto, divulgados hoje (6) pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), confirmam João Lourenço como novo Presidente de Angola, com 61% dos votos alcançados pelo MPLA.

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O anúncio foi feito pelo presidente da CNE, André da Silva Neto, em conferência de imprensa, para divulgação dos resultados definitivos das eleições gerais, que confirma também Bornito de Sousa como novo vice-Presidente da República.

Os resultados apontam ainda que a UNITA é a segunda força política mais votada, tendo alcançado 26,67% dos votos, seguindo-se a coligação de partidos CASA-CE, com 9,44% dos votos.

A Coreia do Norte garantiu que vai continuar com o seu programa nuclear mesmo que a comunidade internacional imponha mais sanções, e acusou os Estados Unidos de serem o "principal culpado pela escalada de tensão e ameaça nuclear".

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"Os Estados Unidos estão terrivelmente enganados se acreditam que podem assustar ou persuadir a RPDC (República Popular Democrática de Coreia, nome oficial de Coreia do Norte), ao afirmar que "todas as opções" estão em cima da mesa e impôs as piores sanções e pressão" sobre o país, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano.

O comentário do ministério, publicado na noite de terça-feira pela agência estatal de notícias KCNA, refere a reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, na segunda-feira, e o pedido da embaixadora norte-americana, Nikki Haley, para ser adoptada uma nova e mais forte resolução contra a Coreia do Norte.

O embargo de petróleo é uma das novas medidas propostas pelos membros do conselho, que já impôs ao país sanções destinadas a limitar a entrada de fundos destinados ao desenvolvimento de armamento.

Neste sentido, Pyongyang insistiu na inutilidade de novas sanções e afirmou que o país asiático vai responder às "atrozes sanções e à pressão dos Estados Unidos com a nossa própria contraofensiva" e que Washington "será totalmente responsável por todas as consequências catastróficas que acontecer".

Em relação ao último teste nuclear, no domingo passado, em que assegurou ter testado uma bomba H (de hidrogénio, mais potente que uma bomba atómica convencional), que pode ser instalada num míssil intercontinental, a Coreia do Norte disse que "ninguém tem direito a criticar o nosso teste" e classificou-o como um procedimento "rotineiro e indispensável" ao seu desenvolvimento.

Pyongyang acusou Washington de tentar "difamar" a Coreia do Norte, ao acusar o país de tentar começar uma guerra, e afirmou que "os comentários disparatados e beligerantes de "fogo e fúria" de [Donald] Trump" demonstram que são os Estados Unidos que estão a "pedir guerra", ignorando a comunidade internacional.

"Com o surgimento da administração Trump, os Estados Unidos tornaram-se mais imprudentes" com a Coreia do Norte, "e não nos resta outra opção que não redobrar os nossos esforços para fortalecer a força nuclear do Estado", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) deve divulgar hoje (6) os resultados definitivos das eleições gerais, ao mesmo tempo que a conversão de votos em mandatos na Assembleia Nacional.

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De acordo com a porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral, Júlia Ferreira, o órgão está empenhado em cumprir o prazo legal para a divulgação dos resultados finais que termina hoje. Ontem, o Plenário da CNE analisou novas reclamações da UNITA, FNLA, PRS, APN e CASA-CE.

Dois grupos de trabalho foram criados para até hoje dar resposta às reclamações apresentadas pelas formações políticas. Segundo Júlia Ferreira, as formações políticas apresentam reclamações que têm sido apresentadas pela UNITA.

Em algumas reclamações constam também matérias que já foram apreciadas e respondidas em fases anteriores do processo. Por exemplo, a UNITA voltou a questionar a auditoria feita ao Ficheiro Informático de Cidadãos Maiores (FICM) e outros assuntos ligados aos delegados de listas. Júlia Ferreira afirmou que estas questões apresentadas pela UNITA não fazem parte das questões de apuramento dos resultados das eleições gerais. Júlia Ferreira esclareceu ainda que grande parte das reclamações apresentadas pelas formações políticas já foram respondidas pela Comissão Nacional Eleitoral e pelo Tribunal Constitucional.

A porta-voz garante que as questões apresentadas pelas formações políticas não vão condicionar as tarefas da Comissão Nacional Eleitoral em relação ao apuramento nacional definitivo.

Júlia Ferreira afirmou ainda que as reclamações agora apresentadas pela formação políticas denotam um alinhamento destas em tentar levantar questões para descredibilizar todo o processo que foi elogiado por diversas entidades nacionais e estrangeiras.

A porta-voz lembra que existem normas e princípios a serem observados pelas entidades que participam no processo eleitoral, incluindo as formações políticas. O plenário da Comissão Nacional Eleitoral já tinha considerado “improcedentes, ilegítimas e extemporâneas” as reclamações apresentadas pela UNITA e CASA-CE, por falta de elementos de prova e insuficiência na fundamentação legal.

A UNITA, na sua reclamação, afirmava que o apuramento provincial definitivo nas comissões provinciais eleitorais de Benguela, Cunene, Cuando Cubango, Luanda, Moxico, Lunda-Norte e Namibe não foi realizado com base nas actas das operações eleitorais.

O partido do \"Galo Negro\" invocava também que as reclamações apresentadas nas comissões provinciais não foram admitidas. Já a CASA-CE reclamava que nas províncias do Cuando Cubango, Huambo, Moxico e Malanje não foram observados os procedimentos previstos na Lei para o apuramento provincial definitivo, o que compromete os dados do apuramento nacional definitivo.

De acordo com a lei, após o apuramento nacional, os resultados definitivos vão ser divulgados até hoje e afixados à porta da Comissão Nacional Eleitoral. Posteriormente é lavrada uma acta onde vão constar os resultados apurados, sendo que um exemplar deve ser enviado até amanhã ao Presidente da República em funções e outra ao presidente do Tribunal Constitucional. Cópias do mesmo documento devem ser entregue às formações políticas concorrentes.

A Comissão Nacional Eleitoral vai também elaborar o mapa oficial das eleições, a ser publicado no Diário da República, no prazo de 72 horas (até domingo), no qual deve constar o número total de eleitores inscritos, número total dos votantes, números de votos brancos e os votos nulos, a percentagem dos votos atribuídos a cada lista, o nome do candidato eleito Presidente da República, o do candidato eleito a Vice-Presidente da República e número e os nomes dos deputados eleitos por cada lista.

A tomada de posse do novo Presidente da República e o Vice-Presidente ocorre até  25 de Setembro. As eleições de 23 de Agosto contaram com a participação do MPLA, UNITA, CASA-CE, FNLA, PRS e APN e os resultados provisórios nacionais actualizados, disponibilizados pela Comissão Nacional Eleitoral colocam o MPLA em primeiro lugar, com 61,05 por cento dos votos.

Com maioria qualificada, o MPLA elege os seus candidatos a Presidente e Vice-Presidente da República, João Lourenço e Bornito de Sousa, respectivamente, bem como 150 dos 220 deputados à Assembleia Nacional.

Quatro indivíduos que seriam membros da organização neonazista ilegal britânica Acção Nacional foram detidos por suspeita de prepararem atentados informou a Polícia britânica nesta terça-feira (5) citada pela AFP.

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De acordo com o Ministério britânico da Defesa, haveria militares entre eles. "Estamos em condições de confirmar que vários membros do Exército foram detidos pela Polícia", indicou o Ministério num comunicado, sem identificá-los.

"Essas detenções foram resultado de uma operação da força da Polícia do Ministério do Interior apoiada pelo Exército", disse a pasta, acrescentando que existe uma investigação em curso "e seria inapropriado fazer mais comentários" sobre o caso.

Com idades entre 22 e 34 anos, os homens "foram detidos por suspeita de estarem envolvidos na tentativa, preparação e incitação de atentados terroristas", anunciou a Polícia da região de West Midlands.

"Estão a revistar várias propriedades, em relação com as detenções. As detenções foram planejadas antecipadamente. Não havia ameaça à segurança do público", acrescentava o comunicado, descartando que houvesse perigo iminente de um atentado.

Em Dezembro de 2016, a Acção Nacional se tornou a primeira organização de extrema-direita proibida no Reino Unido pelo seu carácter "terrorista". Na época, a ministra do Interior, Amber Rudd, justificou a medida, alegando tratar-se de um grupo "racista, anti-semita e homofóbico que incita o ódio, glorifica a violência e promove uma ideologia vil".

No último ano e meio, o Reino Unido viveu dois atentados de extrema-direita: o assassinato da deputada trabalhista Jo Cox, em Junho de 2016, e o atropelamento com uma viatura de um grupo de muçulmanos que saía de uma mesquita de Londres.

Neste episódio, um homem morreu, e várias pessoas ficaram feridas. A Acção Nacional elogiou o assassinato de Cox.

Na sua conta no Twitter, o grupo defendeu "o sacrifício" feito por Thomas Mair, o homem que matou a deputada a tiros e facadas em 16 de Junho, uma semana antes do referendo sobre o Brexit. Mair foi condenado à prisão perpétua pelo crime.