Geralda Embaló

Geralda Embaló

Directora-geral adjunta do Valor Económico

Na semana que passou as redes sociais, diria da África Subsaariana, mas certamente que as publicações ultrapassaram bem essas fronteiras, foram inundadas por imagens grotescas de mulheres africanas, mas não só, a servirem de sanita, de animal em trelas, de objecto de experiências e rituais de todo o tipo às mãos de homens árabes, supostamente do e no Dubai...

 

Seja bem-vindo querido leitor a este espaço onde perguntar não ofende, depois de uma semana em que o homem mais rico do mundo comprou uma das maiores redes sociais da actualidade, o Twitter(330 milhões de usuários); e em que as redes se continuaram a provar paradoxais no sentido da multiplicação de fontes de informação mas também das fakenews como assinalado a propósito do dia Mundial da Liberdade de Imprensa pelos Repórteres sem Fronteiras, que se assinala hoje, e em que as redes se continuaram a provar uma praga para governos desesperados ou habituados a manipular a informação.

Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende, depois de uma semana em que a consultora Fitch Solutions melhorou a previsão de crescimento da economia angolana para 3,8% este ano, uma perspectiva ainda mais optimista do que a do FMI que já era de crescimento a 3% para 2022, sendo que Angola voltou a crescer depois de cinco longos anos com crescimento em recessão.

Seja bem-vindo, querido leitor, a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana Santa de Páscoa, que, para os milhões por todo o mundo que celebram, é um tempo mais de reflecção do que de celebração e, coincidentemente, com a actualidade mundial a ser marcada por reflecções em torno dos valores da humanidade e dos direitos humanos. 

A semana que passou viu a actualidade marcada pelo discurso de abertura de campanha do presidente do MPLA que, na salada típica a que o partido-Estado já nos habituou, tinha ido à província nas vestes (e com os meios) de PR, inaugurar uma obra pública, um canal de água que vai, esperemos, começar a dar solução aos crónicos problemas da seca no sul. A meio do caminho o PR tirou a camisa de PR de Angola e vestiu a do partido-Estado.