Geralda Embaló

Geralda Embaló

Directora-geral adjunta do Valor Económico

Seja bem-vindo querido leitor, ao espaço em que perguntar não ofende, depois de uma semana em que a guerra na Ucrânia contou 100 dias, em que a Rainha de Inglaterra celebrou 70 anos no trono, em que nos EUA um homem chateado com o médico que o operou, comprou duas armas e foi à clínica matá-lo, mantando um outro médico e mais duas pessoas com quem se cruzou na clinica e que entendeu matar também, (isto remetendo ao tema do comércio de armas da semana passada)...

 

No fim de mais uma semana de mortes sem qualquer sentido nos EUA, desta feita de crianças, noutra escola, vítimas de uma situação de impasse político que se mantém há décadas, massacre após massacre porque o lobby das armas é muito forte e continua a justificar a venda de armas de guerra a qualquer maior de 18, voltamos a ter a imagem grotesca da sobreposição dos interesses económicos às políticas de protecção civil.

 

Seja bem vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana em que, ainda o Covid anda a ‘fatigar’ meio mundo, tendo chegado até à política e geoestrategicamente isolada Coreia do Norte, e indo já numa vaga tão avançada que se torna difícil manter a conta, e eis que parece que temos nova pandemia, esta vinda não de morcegos mas aparentemente de macacos, a Varíola dos Macacos, e que já se espalhou em Portugal que tem neste momento mais de duas dezenas de casos, Espanha também, Alemanha, França, Reino Unido (a saída do espaço europeu não protege destas coisas), nos EUA, no Canada e por aí fora...

 

Os cientistas de uma equipa internacional chamada colaboração Event Horizon Telescope revelaram na semana que passou imagens de um buraco negro no centro da nossa galáxia quatro milhões de vezes maior do que o nosso sol... 60 milhões de quilómetros inimagináveis, e que nos lembram quão pequeninos somos, quando o nosso planeta que nos parece enorme não é senão um grão de areia no que a ciência já conhece acerca das dimensões do universo e que não está certa de ser o único.

 

Na semana que passou as redes sociais, diria da África Subsaariana, mas certamente que as publicações ultrapassaram bem essas fronteiras, foram inundadas por imagens grotescas de mulheres africanas, mas não só, a servirem de sanita, de animal em trelas, de objecto de experiências e rituais de todo o tipo às mãos de homens árabes, supostamente do e no Dubai...