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Valor Económico

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O Presidente da República, João Lourenço, já se encontra no Reino da Bélgica, desde ontem (3), acompanhado da primeira-dama, Ana Dias Lourenço, onde vai cumprir uma visita de Estado de dois dias.

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Em Bruxelas, onde se encontra depois de ter estado já em França, João Lourenço deverá ser recebido no Palácio de Egmount, pelo Rei Filipe.

O programa de visita prevê também encontros com empresários belgas, comunidade angolana residente no Reino da Bélgica e Luxemburgo, bem como audiências na sede da União Europeia.

Em Bruxelas estão as principais instituições da União Europeia, bem como a sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Paralelamente à agenda presidencial está previsto um encontro entre os ministros das Relações Exteriores dos dois países.

A visita do Presidente João Lourenço a este país da Europa ocidental segue-se ao encontro que teve em Novembro, em Abidjan, Côte d 'Ivoire, com o primeiro-ministro e Chefe do governo do Reino da Bélgica, Charles Michel.

Em Novembro último as duas entidades reuniram-se à margem da 5.ª Cimeira da União Africana (UA) - União Europeia (UE).

A petrolífera estatal, Sonangol, prevê investir 3.600 milhões de dólares na actividade petrolífera entre 2018 e 2020, os valores mais baixos dos últimos anos, segundo informação governamental enviada aos investidores.

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De acordo com um documento do Governo, a petrolífera investiu, em exploração e produção de crude, refinação de combustíveis e transporte e distribuição 4.305 milhões de dólares em 2015. Esses investimentos caíram para 2.919 milhões em 2016 e 1.536 milhões de dólares em 2017.

Para o mesmo tipo de actividades, acrescidas das operações "não core" do grupo petrolífero, a Sonangol prevê investir este ano 1.836 milhões de dólares e apenas 1.099 milhões de dólares em 2019 e 651 milhões de dólares em 2020.

De acordo com o Governo, o investimento a realizar pela Sonangol até 2020 será garantido através da combinação de fundos próprios com empréstimos, "incluindo nos mercados de capitais internacionais". Só em operações internacionais, o grupo Sonangol conta com participações directas e indirectas na Puma Energy (27,93%), Millennium BCP (19,5%), Galp (9%) e Carlyle Energy Funds II e III (10% em cada).

Os investimentos da Sonangol incluem participações em várias instituições bancárias, como o Banco Económico (39,4%), Banco Africano de Investimentos (8,5%), Banco de Comércio e Indústria (1,04%), Manubito (33,3%) e Caixa Angola (25%), além de deter uma quota de 25% na UNITEL, a maior operadora de telecomunicações móveis no país.

O antigo presidente de Moçambique Joaquim Chissano é o principal orador de uma conferência que acontece em Luanda no próximo dia 6 de Junho, organizada pela Cátedra Professor Carlos Maria da Silva e a Faculdade de Direito da Universidade Católica de Angola.

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Sob o tema ‘A Experiência Moçambicana de Institucionalização Gradual das Autarquias Locais’, a conferência acontece numa altura em que Angola debate o modelo a seguir na implementação do poder local e terá, ainda como oradores, o antigo ministro moçambicano da Administração do Estado, Alfredo Gamito, e o jurista angolano Virgílio de Fontes Pereira, que também já ocupou a pasta de ministro da Administração do Território nos governos de José Eduardo dos Santos.

Segundo a organização, na oportunidade será apresentada também a obra ‘A Autonomia das Autarquias Locais e a Tutela do Estado em Angola: da Autonomia Perdida nos Períodos Colonial e Revolucionário (1482-1992) à Autonomia Frustrada no Período Democrático Actual’. Com a apresentação do jurista angolano Raúl Araújo, a obra científico-académica é a mais recente do jurista Carlos Feijó.

A conferência conta com as parcerias do VALOR ECONÓMICO e do hotel Epic Sana.

O Presidente da República, João Lourenço, começa a sua primeira deslocação oficial a França com uma visita à sede da UNESCO, em Paris, onde vai encontrar-se com a directora-geral daquela organização das Nações Unidas, Audrey Azoulay.

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A visita à UNESCO assume um significado particular, por ser a primeira que um Chefe de Estado efectua à sede da organização, desde a proclamação da Independência, em 1975. João Lourenço chegou ontem (27) a França para uma visita oficial de três dias em companhia da Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, tendo sido recebido pelo embaixador francês em Angola, Sylvain Itté. Na sede da UNESCO, o Presidente da República vai visitar uma exposição sobre as realizações, em Angola daquela organização das Nações Unidas.

A UNESCO aceitou os processos de candidatura da cidade do Kuíto Cuanavale (símbolo e referência para a paz na África Austral), do Corredor do Rio Kwanza e das Gravuras de Tchitundu-Hulu a património da humanidade.

 Programa de visita

A visita do Presidente a França merece espaço privilegiado na revista francesa “que estampa uma fotografia a toda a largura da capa com o título “Angola a promessa da mudança.” Por ocasião da visita, João Lourenço concedeu uma entrevista à revista francesa ‘Valeures Actuelles’, publicada em três páginas, em que o Chefe de Estado fala das mudanças que ocorrem no país, do combate à corrupção, da diversificação da economia e da cooperação entre Angola e França. A entrevista é publicada na edição referente à semana de 24 a 30 de Maio. Amanhã (29), o Presidente da República desloca-se a Toulouse, a 680 quilómetros a sul de Paris, onde vai visitar as instalações da gigante europeia de aviação Airbus e manterá um encontro com a comunidade angolana, durante a qual vai transmitir uma mensagem de esperança aos angolanos que lá vivem. Os serviços consulares da Embaixada de Angola em França garantem que em Toulouse vive uma grande comunidade angolana. Estima-se que mais de 20 mil estejam dispersos em várias regiões do território francês. O número é significativo nas regiões de Paris e Lyon, segundo dados do embaixador de Angola em França, João Miranda.

AUTOMAÇÃO MÉDICA. Sistemas vão poder realizar alguns trabalhos na tentativa de melhorar serviços e aumentar tempo dos profissionais com os pacientes.

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Um dos maiores hospitais do Reino Unido vai usar sistemas de inteligência artificial (IA) para substituir médicos e enfermeiros em algumas funções, que incluem desde o diagnóstico de cancro em exames de tomografia à triagem de pacientes de emergência, informou, na passada semana, o jornal britânico ‘The Guardian’.

O projecto experimental, com duração prevista de três anos, entre o hospital do University College London (UCL) e o Instituto Ala Turing, visa principalmente melhorar os serviços da instituição enquanto dispensa os profissionais de saúde para passarem mais tempo com os pacientes. Mas a iniciativa também já está a levantar preocupações com relação à privacidade e à segurança das suas informações e da instituição, assim como o papel destes mesmos profissionais dentro dela.

Segundo Bryan Williams, director de pesquisas da fundação responsável pela administração dos hospitais do UCL, a ideia é transformar o atendimento, e os resultados, dos pacientes de forma similar ao que empresas como Google e Amazon mudaram as relações de consumo.

“Isso deverá mudar o jogo”, disse Williams ao ‘Guardian’. “Você pode pegar o seu telefone e comprar uma passagem de avião, decidir que filme vai ver ou pedir uma pizza, e tudo isso envolve IA. No NHS (sigla em inglês para o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido), no entanto, não estamos nem perto de sermos tão sofisticados. Ainda enviamos cartas (aos pacientes), o que é incrível.”

A parceria, na qual o UCL está a investir uma soma “considerável” não informada, tem como motivação a crença de que os sistemas de IA podem ser ensinados a diagnosticar doenças, identificar pessoas sob risco de ficar doentes ou melhor alocar recursos via processos de aprendizagem de máquina. Desta forma, por exemplo, médicos e enfermeiros poderiam ser colocados em algumas enfermarias da mesma forma que o Uber direcciona motoristas para áreas com maior procura em determinadas horas do dia.

Assim, o primeiro projecto dentro da parceria tem como objectivo agilizar o atendimento no pronto-socorro do hospital, que assim como muitos no país não consegue cumprir a meta de tempo de espera máximo fixada pelo governo, de até quatro horas. Em Março, apenas 76,4% dos pacientes que precisaram de atendimento de emergência nos pronto-socorros ingleses foram atendidos em até quatro horas, a menor proporção desde que a espera começou a ser registada, em 2010.

“O nosso desempenho este ano não atingiu a espera de quatro horas, o que, de forma alguma, é reflexo da dedicação e compromisso dos nossos profissionais”, destacou Marcel Levi, chefe executivo do hospital.

Assim, usando dados de milhares de atendimentos, um algoritmo de aprendizagem de máquina poderia indicar, por exemplo, se um determinado paciente com sintomas em torno de uma dor abdominal, na verdade, tem um problema grave como uma perfuração intestinal ou uma infecção sistémica, apressando o seu atendimento antes que a sua condição se deteriore ao ponto de se tornar crítica.

“As máquinas nunca vão substituir os médicos, mas o uso dos dados, da experiência e da tecnologia podem mudar radicalmente a maneira como administramos os nossos serviços, e para melhor”, reconheceu Levi.

Outro projecto, já em curso, tem como objectivo identificar pacientes com maior probabilidade de faltarem às consultas. O neurologista no hospital do UCL, Parashkev Nachev usa dados como idade, endereço e condições do tempo para prever com um nível de acerto de 85% se um paciente vai comparecer às consultas ou exames agendados. Numa próxima fase, o hospital planeia realizar intervenções como enviar mensagens de texto para os pacientes para minimizar as faltas.

Um terceiro projecto, por sua vez, pretende usar a IA na análise de tomografias de 25 mil ex-fumantes recrutados como parte de uma pesquisa sobre cancro para saber se a avaliação dos exames pode ser automatizada.