Valor Económico

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SUSTENTABILIDADE. Com a criação do produto, foram aproveitados resíduos vegetais de relvas e dejectos de gado para se encontrar um composto com valor nutritivo. Pesquisador do Huambo garante que características dos fertilizantes contribuem para a melhoria dos solos.

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Técnicos do Centro de Ecologia Tropical e Alteração Climática (CETAC), sediado no Huambo, testaram, com sucesso, um biofertilizante líquido, composto de resíduos vegetais reaproveitados, que acrescenta valor nutritivo aos solos da região central do país.

Segundo o director do CETAC, Joaquim Laureano, o produto, em estudo desde 2016, irá facilitar produção de fertilizantes mais baratos, bem como diminuir o impacto negativo ao solo.

O responsável explicou que, para a criação do produto, foram aproveitados resíduos vegetais de relvas e dejectos de gado para se encontrar um composto com valor nutritivo, de acordo com solos locais, avançando que foram aproveitados resíduos vegetais de relvas e folhas, assim como dejectos de gado, num processo de decomposição para se obter um composto com valores ricos em fósforos e azoto, que vão ao encontro dos solos locais.

De acordo com o director, a gestão sustentável das terras passa por vários factores, sendo que muitos fertilizantes importados são caros e prejudiciais aos solos, matando plantas e outras espécies vegetativas, sendo que, reitera, características físicas e bioquímicas dos fertilizantes nacionais, além da diminuição da importação do adubo químico, contribuem para a melhoria dos solos da região, na sua maioria bastante argilosos.

A CETAC, segundo Joaquim Laureano, vai continuar a realizar trabalhos de catalogação dos solos em toda a província.

AVIAÇÃO. Companhia pública está autorizada a voar para 32 países europeus. Renovação de licença acontece pelo terceiro ano consecutivo.

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Transportadora Aérea Nacional viu renovada, pelo terceiro ano consecutivo, a licença de Operador de Transporte Aéreo (TCO), emitida pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA), decisão que a habilita a voar para o espaço europeu sem qualquer restrição.

A decisão foi anunciada na última semana pela AESA, que actualizou a lista de operadores aéreos de países terceiros autorizados a voar para a Europa. A TAAG fica assim apta a voar para 32 países europeus, incluindo os 28 Estados-membros da União Europeia (UE), somente com os aviões Boeing B737-700, Boeing B777-200, Boeing B777-300 e Boeing B777- 300ER.

A primeira autorização EASA TCO da TAAG foi obtida em Junho de 2016, depois de um trabalho de preparação de 18 meses, que culminou com uma auditoria às Linhas Aéreas de Angola, iniciada em Fevereiro do mesmo ano. Foram avaliadas a legislação e a regulamentação angolanas, particularmente a Lei da Aviação Civil e as Normas e Regulamentos para a Segurança Operacional da Aviação Civil Nacional.

A partir dessa data, a TAAG, em comunicado, garante que “tem procurado assegurar o contínuo cumprimento e conformidade com as normas pertinentes, constantes dos anexos da Convenção sobre a Aviação Civil Internacional, Convenção de Chicago (art.16), e particularmente os anexos sobre licenciamento do pessoal, regras do ar, operações de aeronaves, transporte aéreo comercial internacional, aeronavegabilidade, mercadorias perigosas e gestão da segurança operacional”.

A TAAG é a única empresa aérea angolana a obter a licença e a única autorizada a operar no espaço aéreo e territórios europeus sem limitações.

A AESA é responsável por garantir a segurança e a protecção do ambiente nos transportes aéreos na Europa, integrando os 28 Estados-membros, mais a Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.

Relator da Operação ‘Lava Jato’ no Tribunal de Porto Alegre, Brasil suspendeu a ordem de libertação imediata de Lula da Silva que tinha sido decretada este domingo (8).

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Em causa estará um impasse judicial entre o juiz desembargador responsável pela ordem, Rogério Favreto, e Sérgio Moro, da 13.ª Vara da Justiça Federal em Curitiba.

O tribunal regional federal de Porto Alegre tinha aceitado o pedido de ‘habeas corpus’ para libertação imediata, ainda este domingo, do ex-presidente do Brasil que está detido por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro para cumprir uma pena de 12 anos.

Confrontado com a oposição de Moro à decisão de Favreto, o relator João Gebran Neto pediu que se esclareça "que a jurisdição de plantão não exclui a competência constitucional por prevenção para questões relacionadas à execução da pena, composta no presente ‘habeas corpus’".

O despacho do desembargador federal Rogério Favreto, citado pelos vários jornais brasileiros, determinava a suspensão da execução provisória da pena e a liberdade de Lula.

Lula está preso desde 7 de Abril, após ser condenado em segunda instância na sequência da Operação Lava Jato. O ex-presidente brasileiro foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Os chefes das diplomacias de Angola e de Portugal, Manuel Augusto e Augusto Santos Silva reúnem-se hoje (9) em Lisboa, Portugal num encontro de trabalho para preparar a próxima visita do primeiro-ministro português, António Costa, a Luanda.

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Em declarações recentes à imprensa, Augusto Santos Silva disse que o novo embaixador angolano em Lisboa, Carlos Alberto Fonseca, iria apresentar credenciais "muito brevemente", de forma a estar "na plenitude das suas funções quando se der a visita do primeiro-ministro a Luanda".

No final de junho, fonte do Ministério das Relações Exteriores indicou que a visita de António Costa a Angola estava a ser programada para o período entre Agosto e Setembro.

No início deste mês, o ministro das Relações Exteriores angolanos, Manuel Augusto, afirmou, em Bruxelas, Bélgica que estava a trabalhar directamente com o seu homólogo português, Augusto Santos Silva, para que o programa da deslocação de António Costa a Angola estivesse "à altura dessa visita".

A reunião de trabalho dos ministros angolano e português está marcada para as 15h30, estando agendadas declarações à imprensa para as 17 horas.

Angola suspendeu os trabalhos de prospeção e exploração de recursos mineiros na República Centro Africana (RCA) e na Venezuela, através da empresa estatal Endiama, para priorizar nos próximos dois anos o fomento da indústria diamantífera angolana.

Jose Ganga Junior

A informação foi avançada pelo presidente do conselho de administração da Endiama, José Ganga Júnior, em Saurimo, à margem de uma visita governamental à Lunda-Sul, que se realiza desde terça-feira.

"Temos muito que fazer em Angola. As nossas empresas mineiras, a maior parte delas, vivem dificuldades, têm problemas de rentabilidade, têm problemas de organização, e o que nós fizemos é apenas priorizar a nossa actividade.

Portanto, por enquanto, achamos importante concentrar o nosso esforço aqui em Angola, porque temos muito campo para crescimento", disse o responsável. "Depois de estruturarmos a Endiama, internamente, então muito bem, podemos fazer outras actividades no exterior", disse ainda, sobre os contratos para prospecção e exploração de recursos mineiros - além de diamantes também ouro e ferro - na RCA e na Venezuela, assinados ainda durante os governos liderados por José Eduardo dos Santos, ex-chefe de Estado.

No final de Junho, o gestor já tinha defendido a saída de Angola de participações existentes no exterior do país, por considerar que há "muito para fazer" na própria "casa". Sobre a RCA, José Ganga Júnior apontou a "grande instabilidade político-militar" naquele país para justificar a não concretização do contrato.

Em cima da mesa está igualmente a saída da Endiama da China, após conclusão que "em nada contribuiu de forma relevante para o sector".

"Não encontramos resultados, não encontramos absolutamente nada, também achamos que devemos sair".

No caso da Venezuela, a Endiama tem um contrato para a constituição de uma ´joint-venture' de prospecção e exploração no domínio dos diamantes e outro no apoio às actividades de comercialização de diamantes.