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Valor Económico

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Angola participa na 9.ª edição do Fórum Internacional de Macau, na China, que se realiza nos dias 7 e 8 deste mês, para debater o investimento e construção de infra-estruturas.

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Segundo a organização participarão no evento mais de mil e 500 pessoas, em representação de cerca de 60 países e regiões, entre políticos, empresários e académicos.Segundo o jornal ‘Hoje Macau’ que cita, Sam Lei, vogal executivo do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, lidera a equipa angolana o ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida.

Fazem ainda parte da comitiva, o vice-governador de Cabinda, Macosso Alberto Paca Zuzi e os vice-governadores de Luanda e Lunda-Norte, José Paulo Kai e Lino dos Santos, respectivamente.

O evento vai ter a tónica no desenvolvimento de infra-estrutura e cooperação internacional através da inovação e de novos meios tecnológicos, mas também na promoção de construção de infraestruturas nos países do projecto chinês

Uma Faixa, Uma Rota. Além de Angola, pela lusofonia participam também Moçambique e Brasil.

A dívida de Angola às companhias aéreas estrangeiras, em fundos bloqueados, desceu mais de 100 milhões de euros até Junho, mas ainda é a segunda mais elevada do mundo, informou hoje (5) a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

AITA

Em causa estão fundos das companhias com origem na venda de passagens aéreas que depois não conseguem repatriar, no caso de Angola devido à forte crise económica, financeira e cambial que o país atravessa desde finais de 2014. A situação levou Angola a acumular uma dívida, em fundos bloqueados - depositados em moeda angolana nos bancos nacionais e que aguardam autorização para repatriamento, em divisas -, até um "pico" de mais de 500 milhões de dólares, conforme reconhece a IATA.

No último balanço daquela organização, disponibilizado hoje, o presidente do conselho de administração da IATA, Alexandre de Juniac, refere que a Nigéria regularizou os 600 milhões de dólares que tinha em fundos bloqueados às companhias aéreas, enquanto Angola reduziu o montante que tem em dívida em 120 milhões de dólares. "Encorajo o Governo de Angola a trabalhar com as companhias aéreas para ajudar a reduzir ainda mais este atraso", disse Alexandre de Juniac.

Segundo a IATA, a Venezuela lidera destacada os fundos bloqueados às companhias aéreas, com 3.780 milhões de dólares a aguardar repatriamento, seguido de Angola, com 386 milhões de dólares, face à saída da Nigéria desta lista. Surgem depois países como o Sudão, com 170 milhões de dólares bloqueados, o Bangladesh, com 95 milhões de dólares e o Zimbábue, com 76 milhões de dólares.

Aquela organização estima que no final de 2017 estavam bloqueados, em 16 países, cerca de 4.900 milhões de dólares de fundos que as companhias aéreas não conseguiam repatriar, uma quebra de 7% face aos indicadores do ano anterior.

A Confederação Empresarial de Angola (CEA) realiza de 26 a 27 de Junho o 1.º Congresso de Produção Nacional, em Luanda, anunciou hoje (5), o responsável Francisco Viana.

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De acordo com a organização o evento surge numa altura de liberalização do investimento privado estrangeiro em Angola. Temas como a política fiscal e o investimento estrangeiro no país entre outros farão parte do painel.

Francisco Viana fez saber que um total de 16 temas vão dar corpo a este congresso, com realce para política fiscal, o investimento estrangeiro, as infraestruturas para o sector produtivo, as indústrias da cultura ou o comércio. "Queremos com este congresso iniciar e demonstrar que é possível trabalhar com o Governo e mostrar que, não é só possível, como esta cooperação deve ser incontornável. Porque o Governo sozinho não vai conseguir nem mobilizar os empresários, nem produzir", disse.

A Confederação Empresarial de Angola foi criada a 27 de janeiro de 2017, em Luanda, e congrega membros de todas associações empresariais angolanas.

Um total de 120 milhões de dólares norte-americanos serão investidos, este ano, para a renovação de três turbinas e a consequente reabilitação da subestação e electrificação da Barragem Eléctrica da Matala, na província da Huila.

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Segundo o ministro de Energias e Águas, João Baptista Borges o processo vai obedecer duas componentes.A reabilitação de toda infra-estrutura física, que está praticamente concluída e foi realizada por uma empresa Canadiana.

A segunda, reforçou, passa por reabilitar a casa de forças que são as áreas onde estão instaladas as turbinas que produzem energia eléctrica, bem como a subestação que vai ligar o Lubango a cidade de Moçâmedes. “Esta parte será feita no âmbito da linha de financiamento com a linha de crédito com a Espanha, através de uma empresa espanhola e o financiamento já está aprovado e este mesmo projecto, deverá arrancar ainda este ano e poderá gerar energia na ordem dos 30 megawatts e repovoar a produção anterior”, disse.

O ministro fez estas declarações à margem de um encontro, ontem (4) com o governador João Marcelino Tyipinge, no quadro de uma visita de poucas horas àquela província da Huíla.

De uma forma geral, prevê-se efectuar um milhão de novas ligações de energia eléctrica em toda província até 2022, correspondendo a 200 mil novas ligações anuais por ano, isto é, para atender aquilo que é objectivo que foi fixado pelo programa do governo, atinente à promoção e ao acesso de 50 % da população do país a beneficiar deste produto.

Os empresários estrangeiros irão concorrer em circunstâncias iguais aos nacionais no processo de privatização, parcial e ou total, das empresas públicas que está a ser preparado pelo Governo.

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A garantia foi dada pelo Presidente da República João Lourenço, ontem (4) ao discursar garantiu o presidente da República João Lourenço na abertura do encontro entre empresários belgas e angolanos, realizado no quadro da visita de dois dias na Bélgica. Garantiu que o processo será completamente transparente e que, no seu devido tempo, serão conhecidos o momento, os termos e condições de acesso para os interessados. O Executivo está a preparar a privatização total ou parcial de mais de 70 empresas entre grandes e médias, incluindo do sector petrolífero, das telecomunicações e outros.

No encontro, com a presença de mais de 60 empresas belgas, o Presidente da República apresentou as medidas tomadas pelo Execuivo para a melhoraria do ambiente de negócios e atracção do investimento privado, sua afirmação e desenvolvimento.

Destacou a aprovação da nova lei do investimento privado, que considerou “mais atractiva e que melhor protege o investimento externo”. E ainda a lei da concorrência, destinada a combater os monopólios e facilitar a livre concorrência entre os agentes económicos, com benefícios para a economia e para os clientes, consumidores e utilizadores.

Citou como exemplo o concurso público para a atribuição de mais uma licença de telefonia móvel, destinada aumentar a concorrência no sector, "onde existem apenas duas operadoras, num país com 26 milhões de habitantes e com uma grande extensão".

“Procuramos a melhoria dos serviços prestados pelas operadoras e, consequentemente, a baixa dos preços das tarifas telefónicas para os utilizadores”, salientou.

Além das medidas legislativas, João Lourenço enfatizou as que conduziram à facilitação do processo de concessão de vistos em passaportes ordinários, no geral, ou ainda à assinatura de acordos de isenção de vistos com alguns países na base da reciprocidade. “Com esta nova realidade na política migratória angolana, acreditamos que os investidores estrangeiros deixam de ter esse constrangimento que, reconhecemos, inibia e desencorajava o investidor, e com isso todos perdíamos”, sublinhou.

Aos empresários belgas, João Lourenço disse ainda: “Angola tem grandes potencialidades, com abundantes recursos naturais, bastantes terras aráveis, uma vasta rede hidrográfica, chuvas abundantes e regulares, importantes reservas de diamantes, minérios de ferro e ouro, minerais raros e outros, rochas ornamentais de alta qualidade, uma vasta costa marítima e um grande potencial para o desenvolvimento do turismo”.

“Visitem Angola. Vão conhecer o novo destino do investimento em África. Garantimos que ficarão encantados e atraídos pelas oportunidades que vão encontrar”, enfatizou, reiterando que Angola “é um país estável, acolhedor e com necessidade de investimentos em todos os sectores da economia”.

Angola e Bélgica assinam memorando sobre consultas políticas

Ainda ontem, os governos de Angola e da Bélgica assinaram, em Bruxelas, um memorando sobre consultas políticas bilaterais entre os ministérios das Relações Exteriores dos dois países.

O documento foi rubricado pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, e pelo vice-primeiro ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros e do Comércio da Bélgica, Didier Reynders.

Segundo Manuel Augusto, o memorando permitirá que os dois países, de forma regular, possam encontrar-se para abordar não só as relações bila- terais, como também todos os assuntos da actualidade internacional.

Para além do memorando, as duas partes discutiram várias questões, no sentido de elevar as relações económicas ao nível das políticas.