ANGOLA GROWING
António Miguel

António Miguel

A estratégia de desenvolvimento de longo prazo ‘Angola 2025’ do Governo, apresentada em 2012, deverá ser revista e alargada para 2050, segundo um decreto presidencial de 14 de Fevereiro.

O Presidente da República (PR), José Eduardo dos Santos, criou uma comissão multissectorial, coordenada pelo ministro do Planeamento e Desenvolvimento Territorial, Job Graça, para tratar da revisão e extensão da visão para 2050. Esta decisão presidencial acontece numa altura em que ainda faltam cerca de 10 anos para 2025, prazo final da actual ‘estratégia’.

O coordenador da comissão, de acordo com o decreto presidencial que vimos citando, deve apresentar ao Presidente Eduardo dos Santos um cronograma das acções a desenvolver num prazo de um mês a contar da data da publicação (data limite 14 de Março). A comissão, que deverá apresentar relatórios trimestrais sobre a evolução dos trabalhos, está ainda autorizada a contratar assessoria técnica especializada de técnicos nacionais e estrangeiros.

O relatório final deverá ser entregue ao PR no prazo de dois anos. Além do ministro-coordenador, mais 16 ministros fazem parte da comissão, como os da Administração do Território, Finanças, Indústria, Comércio, Economia, Urbanismo e Habitação.

Os ministros da Geologia e Minas, Transportes, Ambiente, Saúde, Educação, Agricultura, Pescas, Cultura, Energia e Águas e o da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social integram também o grupo de trabalho. O governador do Banco Nacional de Angola e o secretário para os Assuntos Económicos do Presidente da República também fazem parte da comissão.

Cerca de 700 milhões de dólares foram já investidos, nos últimos cinco anos, pela Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL), em vários projectos ligados ao melhoramento de distribuição de água. Nos entanto, segundo a administradora da empresa para a área financeira e tecnologias de informação, Natália Miguel Zongo, a EPAL tem dificuldades em ver o retorno dos investimentos, entre outras razões, devido ao elevado número de dívidas por parte de clientes.

INTERNACIONALIZAÇÃO. Macon tem empatado um investimento de dois milhões de dólares em solo namibiano. No entanto, as autoridades locais dificultam a circulação dos autocarros.