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O parlamento vai discutir amanhã (21), em Luanda, duas propostas de lei sobre repatriamento de capitais, com a discussão centrada na possibilidade de legalização de dinheiro obtido e retirado do país de forma ilícita.

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Em causa está a Proposta de Lei de Repatriamento de Recursos Financeiros Domiciliados no Exterior do País, de iniciativa do Presidente da República, e que deverá ter o apoio do MPLA, e o Projeto de Lei do Regime Extraordinário de Regulação Patrimonial (RERP), de iniciativa da UNITA.

Ambas as propostas foram aprovadas, por unanimidade, nas comissões de trabalho especializadas da Assembleia Nacional, e sobem à discussão e votação, na generalidade, na reunião plenária, extraordinária da Assembleia Nacional, agendada para quinta-feira (21).

As receitas provenientes do RERT, a vigorar até 30 de Novembro de 2018, devem servir para financiar o Fundo de Erradicação da Pobreza, lê-se na proposta da UNITA a que a Lusa teve acesso.

Na proposta levada a plenário pelo Presidente da República, os angolanos com depósitos superiores a 100 mil dólares no estrangeiro e não declarados vão ter seis meses para fazer o seu repatriamento para Angola sem estarem sujeitos a qualquer investigação criminal, tributária ou cambial.

O documento prevê a "regularização de recursos, bens e direitos mantidos no exterior e o seu repatriamento, isentando do pagamento de quaisquer multas ou taxas e exclui a responsabilização criminal".

Uma comitiva de operadores turísticos nacionais, dirigida pelo Instituto de Fomento do Turismo (INFOTUR), vai representar Angola na 28.ª edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), que decorre de 28 de Fevereiro a 2 de Março, no recinto da Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações.

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A participação na BTL 2018 marca o regresso de Angola aos grandes eventos internacionais de promoção do potencial turístico, após dois anos de ausência, motivados pela crise económica e financeira que o país tem vivido nos últimos anos.

No Orçamento Geral do Estado para 2018 (OGE 2018), ao contrário do de 2017, estão contempladas verbas para a organização e participação em fóruns nacionais e internacionais na área do turismo, em torno de 20 milhões de kwanzas.

O documento prevê ainda uma verba de 36,1 milhões kwanzas para acções de divulgação e promoção das potencialidades turísticas nacionais.

O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, participa em Budapeste, Hungria, na reunião do comité executivo do Centro Internacional Democrático (IDC), do qual o maior partido da oposição em Angola é membro efectivo.

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Isaías Samakuva, que é vice-presidente da IDC, chefia uma delegação do partido que participa nos trabalhos da reunião que teve início na sexta-feira última e é presidida por Andrés Pastrana, ex-Presidente da Colômbia, segundo uma nota de imprensa do secretariado executivo do comité permanente do partido.

Entre as personalidades presentes destacam-se António Lopez Isturiz, secretário-geral da organização, Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro de Cabo Verde, Amin Gemayel, ex-Presidente do Líbano, Victor Orban, primeiro-ministro da Hungria, e José Maria Aznar, ex-primeiro-ministro espanhol.

Estão igualmente presentes delegações dos partidos-membros da IDC de Marrocos, Suécia, Espanha, Costa do Marfim, Brasil, Panamá, México, Cabo Verde, Líbano, Chile, Cuba, Alemanha, Portugal, Argélia, Camboja e do Azerbaijão.

No sábado, a reunião debateu o relatório do secretariado executivo da organização e apreciou várias propostas de resolução. Foram também debatidas durante a sessão inaugural questões religiosas no mundo, a situação no Médio Oriente, a política externa do Presidente Donald Trump, a situação na América Latina, o problema do populismo, o terrorismo, as migrações e a situação em África.

Na sua qualidade de vice-presidente da IDC, o presidente da UNITA assiste à reunião como membro efectivo do comité executivo da organização, fazendo-se acompanhar de Alcides Sakala, secretário das Relações Exteriores da UNITA.

O Presidente da República, João Lourenço, ordenou a criação de uma comissão para rever contratos celebrados entre o Estado e empresas que asseguram a limpeza urbana em Luanda, modelo instituído em 2016 e que custa mais de 300 milhões de euros anualmente.

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De acordo com um despacho presidencial, de 8 de Fevereiro, citado pela Lusa, a medida é justificada pela "necessidade de se actualizar os contratos celebrados entre o Estado e as empresas que prestam serviços de higiene pública e limpeza urbana em Luanda", criando para o efeito uma comissão de trabalho intersectorial.

A limpeza pública é considerada como um dos maiores problemas de Luanda, metrópole com cerca de sete milhões de habitantes, por constituir um dos principais focos de transmissão de doenças.

A comissão criada pelo decreto assinado pelo chefe de Estado, João Lourenço, fica "encarregue da preparação das condições necessárias para a melhoria do modelo de gestão de resíduos urbanos" na capital, coordenada pelo governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho.

Integra ainda os secretários de Estado do Ambiente e das Finanças e Tesouro, bem como o vice-governador provincial para a área económica, o presidente do conselho de administração da Agência Nacional de Resíduos, o diretor nacional do Ambiente e o director-geral do Instituto Nacional de Gestão do Ambiente, entre outros responsáveis, nomeadamente dos ministérios das Finanças e da Energia e Águas.

Com 30 dias para apresentar conclusões ao Presidente da República, esta comissão deverá analisar e propor soluções visando actualizar o Plano Provincial de Limpeza Urbana de Luanda, sugerir "procedimentos, mecanismos céleres e exequíveis" para promover a construção de unidades de tratamento e valorização dos resíduos sólidos urbanos, bem como estudar formas de "alargar e melhorar" as fontes de financiamento dos custos com as operadoras de limpeza.

O Presidente da República, João Lourenço, reúne hoje (19) em Benguela com todos os governadores provinciais e auxiliares do executivo para traçar políticas de desenvolvimento e os seus respectivos planos de execução.

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Em comunicado, os serviços de apoio ao Presidente da República referem que o Chefe de Estado visita empreendimentos sociais e económicos de Benguela, na sua primeira deslocação desde que é Presidente à província onde, no Lobito, nasceu.

O programa de actividades de João Lourenço inscreve uma visita ao espaço escolhido para a construção de uma refinaria, na cidade do Lobito, que tem as obras paralisadas há um ano, por razões financeiras.

Na base da construção da refinaria está a necessidade de o país aumentar a sua capacidade de refinação e, deste modo, deixar de importar combustíveis refinados. Com a efectivação do projecto, Angola poupa mensalmente à volta de 150 milhões de euros na importação de combustíveis refinados.

Lançada em Dezembro de 2012, a futura refinaria está projectada para processar diariamente 200 mil barris de crude e ocupa uma área de 3.805 hectares. Actualmente, o país tem em operação a refinaria de Luanda, com dezenas de anos de actividade e uma capacidade instalada de 65 mil barris por dia, insuficientes para as necessidades internas.

A taxa média de utilização dessa capacidade instalada foi de 83% em 2016, ainda assim um incremento de 1,5% frente ao ano anterior. Angola é o segundo maior produtor de petróleo em África, com cerca de 1,7 milhões de barris de crude por dia. João Lourenço visita ainda empreendimentos pesqueiros na Baía Farta.