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A China pediu ao Brasil mais transparência na investigação que está a desenvolver sobre fabricantes de carne que, vendiam produtos contaminados para o exterior e, um reforço do controlo sobre os alimentos exportados pelo país.

“Esperamos que o Brasil leve a cabo uma minuciosa investigação, de forma aberta e transparente, e informe a China dos resultados”, afirmou a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying.

Pequim decidiu suspender temporariamente as suas importações de carne brasileira, após uma operação policial no Brasil detetar um esquema de facilitação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos.

Hua sublinhou que se trata de uma medida de “prevenção” e “temporária”, mas considerou que é cedo para apontar a data em que a importação de carne brasileira voltará a ser autorizada na China.

A porta-voz instou ainda Brasília a reforçar o controlo para garantir a segurança e fiabilidade dos produtos que vende na China.

Coreia do Sul, Chile e União Europeia anunciaram também a suspensão das importações de carne produzida no Brasil, enquanto o Governo do Presidente Michel Temer tenta limitar o impacto do escândalo, que afetou um dos setores mais fortes da economia brasileira.

De acordo com a polícia federal brasileira, funcionários públicos eram subornados por diretores de empresas para darem aval a carnes com prazos de validade já ultrapassados e adulteradas. Entre as práticas, foi comprovado o uso de químicos para melhorar o aspeto das carnes, a falsificação de etiquetas com a data de validade ou a inclusão de alimentos não adequados para consumo na elaboração de enchidos.

COOPERAÇÃO. Executivo está a negociar com Marrocos apoio no domínio da produção de fertilizantes, um sector em que o país, apesar das potencialidades agrícolas, continua a ser largamente deficitário.

O sector segurador joga um papel importante na vida de qualquer economia, quer seja como factor gerador de emprego quer seja como factor estabilizador da economia. Ou seja, cria empregos directos para a actividade seguradora (emprega nas seguradoras) e empregos indirectos através dos intermediários da actividade seguradora (emprega nos mediadores e correctores), permite que o risco seja transferido para as empresas especializadas no seu gerenciamento, possibilitando que indivíduos e empresas empreendam projectos mais arriscados. Complementa e, em certos casos, substitui programas de segurança social e assistência dos governos. Isso é relevante para as actividades tais como o seguro compulsório de danos pessoais decorrentes de acidentes com veículo motorizado, seguro de vida e seguro saúde.

São os seguros que ajudam os governos a reduzir as despesas relativas a esses eventos, facilita o comércio e a indústria. Diversos produtos e serviços só são ofertados porque existe seguro para eles.

É importante que os gestores das Empresas Seguradoras invistam os prémios de seguros que arrecadam dos seus clientes nos diversos mercados, especialmente o mercado financeiro, sem descurar a criação de provisões. Só assim poderão financiar as Empresas Públicas e Privadas. As receitas com os prémios não são lucro das seguradoras, mas sim dinheiro dos segurados que deve ser capitalizado para ressarcir sinistros.

Sendo a economia um sistema consolidado de actividades humanas relacionadas com a produção, distribuição, troca e consumo de bens e serviços de um país, é fundamental que não esteja desassociada da actividade seguradora, visto que o sector segurador é transversal a toda a actividade económica de uma dada economia.

As empresas de seguros devem trabalhar com as instituições vocacionadas para o efeito, de modo a fomentarem cada vez mais a cultura de seguros. A inserção no mercado de produtos alinhados ao desenvolvimento social joga um papel importante na medida em que estes respondam as necessidades dos potenciais clientes.

Angola é o quarto mercado da África Subsariana no que toca aos Seguros, mas apresenta uma taxa de penetração muito baixa em relação aos outros países da região, tendo em conta as suas economias mais baixas e pouco atractivas em relação a Angola. É de vital importância canalizar os fundos para o sistema financeira a médio e longos prazos. Só assim, estaremos a financiar o desenvolvimento da economia nacional.

Os seguros representam um dos segmentos aplicados aos mais diferentes campos dos empreendimentos humanos, é dos sectores que deveriam crescer de forma análoga à nossa economia. As seguradoras são igualmente intermediárias financeiras e são importantes na mobilização de poupanças e na melhoria da alocação de recursos na economia.

Para que as empresas e investidores preservem os seus investimentos, é inevitável que invistam em seguros, minimizando as perdas de todos, incentivando a economia e a paz social.

É urgente que a ARSEG e o MINFIN sejam bem-sucedidas a olhar para o sector, com principal realce para os Seguros Obrigatórios.

Professor Universitário (Underwriter Insurance), Director Adjunto da Academia de Seguros e Fundos de Pensões

A globalização está a ficar cada vez mais malvista no Ocidente. Os movimentos populistas alegam que não beneficia o cidadão médio, se é que o faz. Em vez disso, defende o proteccionismo e o unilateralismo. As políticas nacionais, no que diz respeito à regulamentação comercial ou financeira, são vistas como o caminho mais seguro para restaurar a grandeza nacional.

Mas essa agenda populista baseia-se na premissa, profundamente errada, de que a cooperação e o comércio internacionais são jogos de soma zero, produzindo apenas vencedores e perdedores. De facto, a cooperação e o comércio podem trazer benefícios para todos os países. Por muitos anos, aumentaram a segurança e a prosperidade globais, com centenas de milhões de pessoas a serem tiradas da pobreza, tanto no mundo desenvolvido como nos que se encontram em vias de desenvolvimento.

Certamente que a Globalização precisa de regras e de um quadro reconhecido que beneficie todos, proporcionando um crescimento económico sustentado e inclusivo. É um quadro que requer ajustamentos constantes. Abandoná-lo completamente é resposta errada. Pelo contrário, devemos procurar formas de aprofundar e alargar a cooperação económica internacional.

O G20 é o melhor fórum para uma cooperação mais ampla e inclusiva. É claro que o G20 não é perfeito, mas é a melhor instituição para alcançar uma forma de globalização para todos. Através dele, os principais países industrializados e emergentes podem trabalhar juntos para construir uma ordem global compartilhada que possa gerar uma prosperidade crescente. De facto, o G20 é a espinha dorsal de uma política que visa uma arquitectura financeira global que assegura mercados abertos, fluxos de capital ordenados e uma rede de segurança para países em dificuldades.

O G20 alcamçou muito nos últimos anos, incluindo uma melhor coordenação da regulamentação financeira e da tributação internacional. E, como país que detém a presidência do G20 este ano, a Alemanha está empenhada em continuar o importante trabalho iniciado pelos antecessores mais recentes, a China e a Turquia.

É preciso fazer mais para fortalecer a resiliência da economia global contra choques repentinos. Assim, uma das principais prioridades do G20, este ano, será evitar a repetição de uma crise financeira e económica global como a de 2008-2009, que decorreu de um modelo de crescimento míope, baseado na dívida.

Mas, para enfrentar o abismo entre os países mais ricos e os mais pobres, precisamos ir além do G20. Em particular, o G20 - e de facto o mundo todo - deve ‘abraçar’ África neste momento crítico do desenvolvimento do continente.

Além da questão moral para elevar o nível de vida dos africanos, o desenvolvimento do continente é crucial para reduzir riscos geopolíticos. Mas o investimento em África ainda é baixo, privando as pessoas de oportunidades para melhorar suas vidas.

Por estas razões, o G20, durante a presidência alemã, trabalha para intensificar a sua parceria com a África. Um pilar central deste esforço é o ‘Pacto com África’, que fornece um quadro para apoiar o investimento privado, incluindo infra-estruturas. Propomos que, com o apoio político do G20, os governos africanos, as organizações internacionais e os parceiros bilaterais preparem acordos de investimento abrangentes e específicos para cada país que incentivem o sector privado. Cada país deve implementar um pacote de medidas que diminua o risco nos investimentos.

Essencialmente, o ‘Pacto com África’ é uma contribuição para a implementação da Agenda 2063 da União Africana (UA) para o desenvolvimento económico. A agenda da UA deve fornecer orientações para melhorar os quadros macroeconómicos, empresariais e financeiros em todo o continente.

O ‘Pacto com África’ está aberto a todos os países africanos, Cinco já se comprometeram a ser pioneiros nesta nova abordagem: a Costa do Marfim, Marrocos, Ruanda, Senegal e Tunísia querem trabalhar em pactos e expressaram isso por escrito . Convidei-os a participarem na reunião dos ministros das Finanças e dos governadores dos bancos centrais do G20, a semana passada, em Baden-Baden.

Nessa reunião, os colegas do G20 e eu oferecemos, a esses países, uma plataforma internacional para apresentar os seus planos. Queremos discutir com eles e com os líderes dos Banco Africano de Desenvolvimento, do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional que acordos específicos de investimento devem ser propostos para cada país.

Posteriormente, estes cinco países, juntamente com organizações internacionais e parceiros bilaterais, vão seleccionar as medidas e instrumentos específicos a incluir em cada pacto de investimento individual. O G20 vai proporcionar uma grande visibilidade política, ajudando a despertar a consciência dos investidores sobre essas mudanças. Estou confiante de que poderão ser alcançados progressos significativos quando todos os parceiros envolvidos trabalharem em estreita colaboração e em pé de igualdade.

A cooperação internacional é a única forma de alcançar um crescimento global forte, sustentável, equilibrado e inclusivo.

A Alemanha está empenhada em fazer o seu melhor como um corretor honesto dentro do G20, garantindo que a globalização realmente seja para todos.

 

Ministro das Finanças da Alemanha desde 2009 Ex-ministro do Interior nos governos de Angela Merkel (2005-09) e Helmut Kohl (1989-91) Ex-presidente da Alemanha