PRODUÇÃO. Companhia prevê atingir, este ano, 100 mil toneladas de produção de açúcar e aumentar a facturação em 15%, face ao ano passado.
A Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom) paga de impostos, por ano, 13 milhões de dólares. A empresa, a primeira a produzir em Angola e a comercializar açúcar, etanol e energia eléctrica a partir da biomassa, é também a líder de mercado. Segundo o director comercial e de comunicação da empresa, Fernando Koch, com a produção de açúcar nacional, a companhia permitiu que o país economizasse 116 milhões de dólares e com o etanol 111 milhões de dólares.
A empresa é detida pela brasileira Odebrecht (40%) e pelo grupo do general Leopoldino do Nascimento, Cochan (40%) das acções. As restantes acções pertencem à Sonangol.
Num fórum económico sobre ‘Desenvolvimento do Agro-negócio, Desafios e Perspectivas’, organizado pela Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN), Fernando Koch referiu que a Biocom, a cada ano, vem aumentando e dinamizando a produção. No primeiro ano, em 2015, a empresa produziu 25 mil toneladas de açúcar. Este ano, já alcançou as 55 mil toneladas prevendo chegar, até ao final do ano, às 100 mil. Apesar disso, a produção, de 2018, deverá corresponder apenas entre os 30% e 40% das necessidades do mercado, que também está em retracção de consumo devido às dificuldades de importação que o país vem registando desde o início da crise.
A Biocom também já produziu 13 mil metros cúbicos de etanol hidratado, mas a previsão é chegar aos mais de 20 mil metros cúbicos e mais de 17 mil megawatts de energia eléctrica. Para o próximo ano, está prevista uma produção de mais de 120 toneladas de açúcar e 25 mil metros cúbicos de etanol.
Facturação acima dos 220 milhões
A Biocom quer subir a fasquia na facturação este ano e prevê chegar aos 220 milhões de dólares, registando um crescimento de 15%, comparativamente a 2017, em que totalizou cerca de 190 milhões de dólares.
A companhia abastece empresas e comerciantes nacionais que utilizam o açúcar como matéria-prima, como a Cuca e a Refriango. A dificuldade de acesso às divisas tem sido dos grandes constrangimentos da empresa, para a compra de peças sobresselentes e insumos agrícolas.
Instalada em Cacuso, Malanje, a Biocom é um dos maiores projetos agro-industriais do país.
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