Valor Económico

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Dirigentes de nove países europeus e africanos, entre eles a Líbia, assim como a ONU, a União Europeia, a União Africana, decidiram realizar operações de urgência, nos próximos dias, para os migrantes vítimas de traficantes de pessoas na Líbia, anunciou o presidente francês, Emmanuel Macron, nesta quarta-feira (29).

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“Esta decisão foi tomada durante uma reunião com a UE, a UA, a ONU, Alemanha, Itália, Espanha, Chade, Níger, Líbia, Marrocos e Congo”, afirmou Macron à imprensa, à margem da cúpula Europa-África em Abidjan.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, deplorou a fraca participação dos Estados-membros no Fundo Fiduciário de Emergência de África fixado em mil milhões e 800 mil euros.

Jean Claude Juncker Reuters

“Até agora, a participação dos Estados-membros apenas se estima em 175 milhões de euros neste Fundo destinado a satisfazer as necessidades do desenvolvimento nos países africanos de onde partem o maior número de migrantes”, frisou Junker momentos antes de deixar Bruxelas rumo a Abidjan, na Cote d'Ivoire.

Com efeito, o valor estimado deve servir para criar milhões de empregos para os jovens africanos desejosos de emigrar por falta de trabalho nos países de origem a fim de se exilarem na Europa, declarou o chefe duma delegação dos comissários europeus que participa na Cimeira União Europeia-União Africana, iniciada ontem em Abidjan.

O presidente da Comissão Europeia faz-se acompanhar por Federica Mogherini, alta representante da UE para a Política Externa e Segurança Comum (PESC) e de Neven Mimica, comissário encarregue do Desenvolvimento.

Em Abidjan, os dirigentes africanos e europeus vão, também, focar o regresso da escravidão à Líbia, onde a cadeia de televisão americana, CNN, revelou a existência de mercados de escravos, com jovens africanos a serem vendidos em leilão, a cerca de 20 quilómetros de Tripoli, zona controlada por milícias armadas.

A cimeira deve adoptar uma nova parceria estratégica entre a Europa e África, cujo eixo central é o futuro da juventude africana. Jean-Claude Juncker advertiu que apenas uma postura solidária dos Estados-membros pode ajudar a Europa a lhe dar com a situação dos migrantes de maneira ordeira e humana, como determinam os “valores europeus”. Juncker mostrou-se bastante agastado com a situação.

O Presidente da República, João Lourenço, reuniu-se nesta quarta-feira (29), em Abidjan, Côte d'Ivoire, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, à margem da 5.ª cimeira entre a União Africana e a União Europeia.

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No encontro, António Guterres sublinhou o papel de Angola nos esforços de manutenção de paz e da estabilidade na África Austral, bem como e na região dos Grandes Lagos, afirmou à imprensa, no final do encontro, o chefe da diplomacia angolana, Manuel Augusto.

Por sua vez, o Presidente João Lourenço, segundo o ministro Manuel Augusto, manifestou ao secretário-geral da ONU a sua indignação pelo facto de migrantes africanos estarem a ser vendidos como escravos na Líbia. Trata-se de uma situação desagradável cujos responsáveis devem ser punidos, referiu.

Ainda nesta quarta-feira e à margem da cimeira que é realizada pela primeira vez num país da África subsaariana, o Chefe de Estado angolano manteve encontros separados com o presidente do Parlamento Europeu, António Tajani, primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, e com o primeiro-ministro de Portugal, António Costa.

A 5.ª cimeira entre a União Africana e a União Europeia, que conta com a presença de pelo menos 80 chefes de Estado e de Governo, incluindo o Presidente João Lourenço, decorre de 29 a 30 na capital económica da Côte d'Ivoire, Abidjan.

O lançamento de um Plano Marshall para África e a criação de um programa de Erasmus (apoio inter-universitário) para jovens empreendedores são algumas das propostas para a cimeira.O encontro marca dez anos de parceria entre os dois blocos.

Está a ser encarado como um ponto de viragem, cujo ponto de partida é a vertente demográfica. Em 2050, África terá o mesmo número de pessoas que tem hoje a Índia e a China juntas, e mais de metade da população terá menos de 25 anos.

A gala de premiação da 7.ª edição dos Prémios Sirius 2017, aconteceu ontem (quarta-feira), em Luanda, numa acção da Consultora Deloitte. Sob o lema ‘Um povo, um país’, esta sétima edição serviu para homenagear o povo angolano.

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O momento De reconhecimento foi destacada com a oferta, ao país, de uma escultura intitulada ‘Rinoceronte em marcha’, que representa a elegância da força de Angola que, com calma, ergue as suas estruturas económicas, sociais e políticas.

Na ocasião, o ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, em representação do Presidente da República, João Lourenço, considerou a homenagem de extrema importância para a vida económica e social de Angola, por representar a generosidade e o heroísmo do povo angolano.

"O povo angolano é um povo heróico e generoso que passou por imensas dificuldades e conseguiu ultrapassa-las. Conquistou a paz e a Reconciliação Nacional", afirmou. Por outro lado, o presidente da Deloitte, Duarte Galhardas, afirmou que a homenagem serve igualmente para lembrar que o povo angolano tem se afirmado como uma grande Nação una, coesa, forte e determinada, ambicionando fazer o melhor e mostrar ao mundo a existência de um espírito de abertura, diálogo e fraternidade.

"Acreditamos que esta homenagem constitui um sinal para a comunidade empresarial, porquanto realça as qualidades que este Povo evidência a cada momento e que nos permitem, com todo o realismo e legitimidade, acreditar nas gerações vindouras e no futuro de Angola", sublinhou o gestor.

A gala de premiação da 7.ª edição dos Prémios Sirius, visa homenagear a excelência, o talento e as boas práticas das empresas e individualidades que mais se destacaram na comunidade empresarial angolana durante o exercício económico 2016/2017, distinguiu a empresa Novagrolider como a vencedora do prémio de melhor empresa exportadora.

Foram também premiadas as empresas Banco Caixa Geral Angola, na categoria de melhor programa de desenvolvimento do capital humano, a Total E&P Angola (categoria de melhor programa de responsabilidade social) e Acail Angola, melhor investimento directo estrangeiro.

Para a categoria de prémio empreendedor do ano foi distinguido o empresário da firma Indústrias Alimentares Reunidas (INAR), Victor Alves (82 anos), enquanto a empresa Omatapalo venceu o prémio de melhor relatório de gestão e contas do sector não financeiro. Na banca, o Starndard Bank de Angola (SBA) foi o vencedor do prémio de melhor relatório de gestão e contas do sector financeiro.

A Latiangol foi distinguida com o prémio empresa do ano do sector não financeiro, enquanto o Banco Angolano de Investimento (BAI) venceu o prémio empresa do ano no sector financeiro.

O prémio melhor gestor do ano foi atribuído ao presidente do Conselho Executivo da empresa Angola Cables, António Nunes.

O lançamento do AngoSat-1, o primeiro satélite angolano, previsto para 7 de Dezembro, no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, foi adiado para 26 de Dezembro de 2017, informou o consórcio russo responsável pela construção, liderado pela RSC Energia.

AngoSat 1 Menos Fios

Uma informação da RSC Energia, consultada hoje (28) pela Lusa, refere que já foi concluída uma verificação pós-embarque das baterias de iões de lítio do satélite e as operações finais com o veículo de lançamento Zenit-2.Não são contudo adiantadas explicações para este adiamento, tendo em conta o prazo anteriormente definido e divulgado pela empresa estatal russa RSC Energia, que garante apenas que o lançamento está agora "agendado para 26 de Dezembro de 2017".

O ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, disse na segunda-feira que a preparação do AngoSat-1 está "na reta final", mas escusou-se a avançar uma data concreta para o lançamento.