Valor Económico

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A taxa de inflação em Angola voltou às quedas em Fevereiro, mas o registo dos últimos 12 meses permanece acima dos 21%.

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A inflação acumulada a 12 meses, em Angola, desceu em Fevereiro para 21,47%, um decréscimo de 16,85 pontos percentuais com relação a observada em igual período do ano anterior, indica o relatório mensal do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), divulgado hoje.

De acordo com o INE, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) registou uma variação de 1,26% no período de Janeiro a Fevereiro. Os aumentos de preços no segundo mês do ano foram liderados pelas províncias da Cunene (2,95%), Lunda Norte (2,40%), Zaire (1,97%) e Lunda Sul (1,91%), enquanto as com menor variação foram Luanda (1,12%), Huíla (1,17%), Cuando Cubango (1,27%) e Benguela (1,39%).

No mês anterior, a inflação em Angola tinha acelerado 1,47%, face a Dezembro, o valor mais alto em três meses e influenciada pelo sector da educação, devido ao início do ano escolar.

A subida de preços em Janeiro de 2018, segundo o INE, foi influenciada sobretudo pelos sectores "Bens e Serviços Diversos", com 2,74%, pela "Saúde", com 2,65%, pelos "Transportes", com 2,05%, e pelo "Vestuário e Calçado", com 1,93%.

Desde Setembro de 2014 que a inflação em Angola não para de aumentar, acompanhando o agravamento da crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra na cotação internacional do barril de petróleo bruto, o que fez disparar o custo, nomeadamente dos alimentos.

A visita do Chefe de Estado será também uma oportunidade para trabalhar com os governadores da região Leste do país, nomeadamente da Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico, para uma avaliação da situação da região.

JLO L Norte

O Presidente da República, João Lourenço, chegou hoje, quarta-feira, à cidade do Dundo, província da Lunda Norte, para uma jornada de trabalho de dois dias. A agenda do Chefe de Estado, segundo a Angop, prevê também para hoje visitas à empreendimentos produtivos e sociais da província do extremo Nordeste de Angola.

Na quinta-feira, 15, o Presidente da República vai presidir a uma reunião da comissão económica do Conselho de Ministros.

A visita do Presidente João Lourenço à Lunda Norte será também uma oportunidade para trabalhar com os governadores da região Leste do país, nomeadamente da Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico, para uma avaliação da situação da região. Em Novembro do ano passado, a comissão económica do Conselho de Ministros reuniu-se em Cabinda, Norte do país.

Iniciativa surge da necessidade de se dar visibilidade às oportunidades de negócios na província, através de uma plataforma de diálogo aberta, especialmente, com os investidores nacionais e estrangeiros.

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Uma conferência subordinada ao tema “As Oportunidades de Investimento no Namibe, Face aos Desafios da Diversificação” deverá ocorrer, naquela cidade, no próximo dia 31 do corrente mês, numa iniciativa do Governo provincial do Namibe, em parceria com o Jornal Valor Económico.

Segundo a organização do evento, a conferência, que decorrerá no âmbito das tradicionais Festas do Mar, surge da necessidade de se dar visibilidade às oportunidades de negócios na província, através de uma plataforma de diálogo aberta, especialmente, com os investidores nacionais e estrangeiros.

Angola vive uma crise financeira, económica e cambial desde finais de 2014, decorrente da quebra para metade nas receitas com a venda de petróleo, que garante mais de 95% das exportações nacionais. Este indicador, na avaliação dos organizadores do evento, torna vulnerável a economia angolana, sugerindo a criação de alternativas de exportação ao petróleo.

“A criação de sinergias para mudar o estado de coisas, do ponto de vista global, deve partir de acções concretas com base nas características e realidades de cada região”, lê-se no comunicado da organização distribuído à imprensa nesta terça-feira.

Na nota, destaca-se também que a iniciativa visa dar “resposta a essa grande questão do momento, no sentido de unir esforços que concorram para a melhoria do ambiente de negócios no País, cruzamento de ideias de forma aberta a todas contribuições que venham alavancar a economia da nossa província, em alinhamento e orientação do Governo Central”.

Durante o evento serão discutidos temas como “Namibe e os caminhos para o desenvolvimento”; “Estado actual do empresariado privado”; “Legislação e o Incentivo sobre matérias de investimentos”. Estão ainda previstos a discussão de outros temas como “Condições e garantias para o financiamento aos projectos”; “O papel dos portos comerciais e o Mineiro para região”, bem como “O empresariado de Luanda e a captação de financiamento”.

Esta emissão, a concretizar pelo Banco Nacional de Angola, contempla uma maturidade de 10 anos e juros de 7,5% ao ano.

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O Presidente da República autorizou, por decreto, uma emissão especial de dívida pública, no valor de 180 mil milhões de kwanzas para a recapitalização do Banco de Poupança e Crédito (BPC), o maior do país e detido pelo Estado.

Trata-se de uma emissão especial de Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional (OTMN) a entregar directamente ao BPC "como aumento de capital", refere o decreto, publicado a 07 de Março, que justifica a medida como forma de possibilitar “os rácios prudenciais do banco e a expansão das suas actividades creditícias".

Esta emissão, a concretizar pelo Banco Nacional de Angola, contempla uma maturidade de 10 anos e juros de 7,5% ao ano.

O Ministério das Finanças, em representação do accionista Estado, detém 75% do capital social, juntamente com o Instituto Nacional de Segurança Social (15%) e aCaixa da Segurança Social das Forças Armadas (10%).

INVESTIMENTOS. Warren Buffet precisou de 50 anos para transformar uma indústria têxtil, que se encontrava à beira da falência, num enorme conglomerado. Hoje, o preço de cada acção da companhia vale 301,40 dólares contra os 19 dólares na década de 1960. Apesar de ser um investidor que gosta de correr riscos, nem quer ouvir falar nas criptomoedas.

Warren Buffet

Quando, em 1962, Warren Buffet começou a comprar as acções da Berkshire Hathaway, poucos acreditavam que a companhia iria transformar-se no que é hoje: uma ‘holding’ que supervisiona e gere um conjunto de subsidiárias, incluindo empresas ferroviárias, de produção de doces, vendas de jóias, jornais, bem como vários serviços públicos de gás e energia eléctrica, entre outros.

Warren Buffet precisou de sensivelmente 50 anos para transformar uma indústria têxtil, que se encontrava à beira da falência, num enorme conglomerado. Com isso, tornou-se num dos homens mais ricos do mundo e tem sido, desde então, uma referência na área dos investimentos.

Com base no histórico de preços das acções da Berkshire Hathaway, o jornal ‘online’ Business Insider, de origem norte-americana, calcula que quem, há 54 anos, se atrevesse a comprar mil dólares em acções na empresa, teria hoje 16 milhões de dólares, tendo em conta que, em 1964, o preço da acção da companhia era de 19 dólares, sendo hoje de 301,40 dólares.

Segundo o site de negócios, um investidor que tivesse alocado mil dólares por ano em acções de Warren Buffett desde 1964 teria hoje uma fortuna avaliada em 124 milhões de dólares. Tudo começou quando, em 1923, duas empresas de gabarito que actuavam no ramo têxtil decidiram fundir-se.

Trata-se nomeadamente da companhia de Algodão Berkshire, que abriu as portas em 1889, e da Valley Falls, que arrancou em 1839. Enquanto operavam separadamente, as duas companhias localizavam-se, respectivamente, em Massaschusetts e Rhode Island. Após a unificação, contudo, estabeleceu-se que passariam a chamar-se “Berkshire Fine Spinning Associates. Em 1955, quando a empresa completava pouco mais de três décadas de funcionamento, uma nova fusão foi iniciada, dando origem à Berkshire Hathaway.

Dessa vez, houve a participação da Companhia Manufacturada Hathaway, cuja fundação data de 1888, também em Massaschusetts, pelo empresário Horatio Hathaway, que se viu em declínio financeiro após a II Guerra Mundial. Depois da fusão, com o empreendimento sob o controlo de Seabury Stanton, houve um período de melhoria dos negócios, mas esta boa fase deu lugar a demissões em massa e ao encerramento de algumas unidades operacionais.

Em 1962, o empreendedor Warren Buffet decide entrar no negócio e começa, desde então, a comprar acções da empresa fruto da fusão que já completava sete anos. Mesmo com alguns atritos com a família Stanton, Buffet conseguiu adquirir um potencial accionário capaz de modificar o quadro de gestores da companhia e assim exercer o controlo sobre a empresa. Durante cinco anos, Warren Buffet actuou apenas na produção têxtil.

Em 1967, o quadro alterou-se, já que o empreendedor ampliou a sua actuação com a aquisição da seguradora National Indemnity Company. Na década de 1970, a organização conseguiu comprar um percentual do capital da empresa Geico, que, até aos dias de hoje, funciona como uma das maiores fornecedoras de recursos para investimentos do conglomerado. Em meados da década de 1980, os gestores do grupo acharam melhor finalizar as operações têxteis.

BITCOINS, NUNCA!

Se, há 50 anos, Warren Buffet teve a coragem de apostar recursos financeiros numa empresa que estava a um ‘fio’ da falência, hoje o multimilionário mostra-se reservado em relação às famosas bitcoins, uma moeda digital do tipo criptomoeda descentralizada, e que é também a ‘febre’ do momento na área dos investimentos.

“No que diz respeito às criptomoedas, geralmente, digo com quase total certeza de que elas terão um mau fim”, disse recentemente Buffett em entrevista à CNBC. “Entro em complicações com as coisas que conheço. Porque deveria investir em algo que não sei como funciona?”, questionou.

Em 2014, Warren Buffett já se tinha posicionado contra a ideia das criptomoedas. Também à CNBC, afirmava que “eram semelhantes a cheques ou ordens de pagamento, ao passo que são uma forma efectiva de transferência de dinheiro”. “Espero que a bitcoin se torne em algo melhor para se fazer isto (transferência de dinheiro).

A ideia de que há nele um alto valor intrínseco é apenas uma piada para mim”, reforçou. O braço direito de Warren Buffett, o vice-presidente do conselho da Berkshire Hathaway, Charles Munger, concorda com a visão pessimista sobre as criptomoedas, de acordo com a CNBC. “Bitcoin e outras criptomoedas são bolhas”, avisa o gestor, que atribui o interesse dos investidores por moedas digitais ao facto de que “soa vagamente moderno”. “Mas eu não estou entusiasmado”, afirmou.