Valor Económico

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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) disse ontem (12) que 400.000 crianças gravemente desnutridas podem morrer na região do Kasai (centro), na República Democrática do Congo, palco de violência desde Setembro de 2016.

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“Pelo menos 400.000 crianças menores de cinco anos na região do Kasai, sofrem de desnutrição aguda grave e podem morrer em 2018 se não forem auxiliadas”, refere a UNICEF em comunicado. “Mais de 750.000 crianças na região sofrem de desnutrição aguda”, refere o documento.

Segundo a agência da ONU, “a situação desastrosa foi causada pela violência, os deslocamentos em massa e a redução da produção agrícola nos últimos 18 meses”.

Várias províncias do Kasai mergulharam na violência em Setembro de 2016 após a morte do líder local Kamuina Nsapu num confronto com as forças de segurança.

Os combates entre as forças de segurança e milícias obrigaram 1,4 milhões de pessoas a abandonarem as suas casas.“A insegurança alimentar grave afecta agora grandes partes da região e as condições não devem melhorar antes de Junho de 2018, pois as plantações de 2017 foram perdidas”, afirma a UNICEF.

A agência que intervém no Kasai, desde Janeiro deste ano, indica que apenas recebeu “15% do financiamento necessário para responder às necessidades nutricionais das crianças em 2017”.

A República Democrática do Congo é o país com o maior número de deslocados internos no mundo referem as estatísticas e relatórios de agências especializadas das Nações Unidas.

Os quatro gigantes da área tecnológica Facebook, Twitter, Google e Youtube foram alertados pela Comissão Europeia para a necessidade de mais medidas, com urgência, para combater a disseminação de conteúdos extremistas nas suas plataformas, caso contrário vão enfrentar novas barreiras legislativas.

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As medidas, que se estendem também a outras empresas da área tecnológica, surgem como resposta a um conjunto de exigências manifestadas pelos governos europeus, para que aquelas plataformas aumentem o investimento em ferramentas que ajudem a retirar conteúdos extremistas das redes sociais.

“Temos dois anos para concluir esta viagem e, para isso, precisamos de acelerar o trabalho”, acrescentou o representante da Comissão Europeia para a segurança do bloco.

A 1 de Janeiro de 2018 entra em vigor, na Alemanha, uma nova lei de combate ao discurso de ódio online, que deverá inspirar a UE caso decida avançar com legislação para obrigar as grandes empresas tecnológicas a apostar em força no combate à disseminação de conteúdos extremistas.

O relatório das Nações Unidas sobre a Situação Mundial e Perspectivas Económicas (WESP), divulgado na segunda-feira em Nova Iorque, indica que o Produto Interno Bruto (PIB) de Angola deverá crescer este ano 1,9%, prevendo-se que suba para 2,7%, no próximo, mantendo-se estável até 2019.

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No conjunto dos países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP), Timor-Leste e São Tomé e Príncipe são os países com boas perspectivas de crescimento do PIB, tanto este ano como nos próximos dois anos. O PIB de Timor Leste deve crescer este ano 5,1%, enquanto em 2018 sobe para 5,5% e em 2019 para 5,8%.

Já o PIB de São Tomé e Príncipe deverá fixar-se este no nos 5% e 5,3% no próximo e em 2019. A Guiné-Bissau é outro Estado da CPLP que deve verificar bons indicadores no seu PIB, sendo de 5,4% este ano, 4,8% em 2018 e 5,1% em 2019.

Nas perspectivas económicas da ONU, melhor que Angola estão também Moçambique e Cabo verde, que devem ver o seu PIB crescer, quase que de forma estável, em torno dos 4,0% até 2019. Pior que Angola fica o crescimento do PIB do Brasil (0,7% este ano, 2,0% em 2018 e 2,5% em 2019), de Portugal (1,6% este ano, 1,4% em 2018 e 1,2% em 2019) e da Guiné Equatorial (menos 5,9% em 2017 e em 2018 e menos 3,6% em 2019).

Decisores devem apostar

O relatório das Nações Unidas sobre a Situação Mundial e Perspectivas Económicas (WESP) diz que o crescimento global de 3%, o maior desde 2011, deve fazer os decisores políticos apostarem em temas de longo prazo. “Uma melhoria na economia global, agora a crescer 3%, permite uma reorientação política para temas de longo prazo, como as mudanças climáticas, as desigualdades existentes e a remoção de obstáculos institucionais ao desenvolvimento”, lê-se no relatório económico da Organização das Nações Unidas.

Comentando o documento, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, disse que o relatório “demonstra que as condições macroeconómicas actuais oferecem aos decisores políticos uma folga maior, para lidarem com a raiz dos problemas que continuam a limitar o progresso sobre os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável”.

O relatório dá conta que as melhorias económicas são globais, “com cerca de dois terços dos países a terem um crescimento maior em 2017 do que no ano anterior”, o que faz a economia mundial expandir-se 3% nos próximos dois anos.

“A recente retoma no crescimento mundial emana, principalmente, do firme crescimento em várias economias desenvolvidas, apesar de a Ásia Ocidental e do Sul continuarem a ser as regiões mais dinâmicas, tendo representado quase dois terços do crescimento mundial no ano passado, com a China a contribuir com quase metade”, explica o documento. Apesar das boas notícias, “a economia global continua a enfrentar riscos, incluindo as mudanças na política comercial, uma súbita deterioração nas condições financeiras globais e o aumento das tensões geopolíticas”.

O governo indiano proibiu a publicidade de preservativos na televisão durante o dia, usando como alegação as normas sobre conteúdos "vulgares" e a protecção da infância, anunciou a AFP.

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As 900 emissoras de televisão da Índia receberam a ordem do Ministério da Informação de não exibir anúncios comerciais entre 6H00 e 22H00.

"Aconselhamos a todos os canais de televisão que não exibam publicidades de preservativos, destinadas a uma categoria de idade particular, que poderiam ser indecentes para as crianças", refere o comunicado divulgado pelo ministério.

Sexo é um tema tabu na Índia, sociedade profundamente conservadora e tradicional. Os anúncios de preservativos provocaram diversas polémicas nos últimos anos.

O Banco de Negócios Internacional (BNI) vai financiar, com cerca de 7.571 milhões de kwanzas, um programa do Governo para apoio à aquisição e afectação de meios e equipamentos agrícolas para o ano agrícola 2017/2018.

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A informação consta de um despacho presidencial de 7 de Dezembro, citado pela Lusa, e é justificada pela “necessidade de se implementar projectos integrados no Programa de Investimento Público, atendendo à necessidade de se dinamizar o desenvolvimento económico e social do país, através do impulsionamento da agricultura".

Trata-se de uma das medidas que visam o aumento da produção não petrolífera constantes do plano intercalar do Governo a seis meses, para melhorar a economia nacional, e cuja concretização deverá acontecer até ao primeiro trimestre de 2018.

No documento, rubricado pelo Presidente da República, João Lourenço, o Governo estima um crescimento da Agricultura numa taxa de 5,9% durante o ano de 2018, prevendo "uma aposta forte nas principais fileiras", como cereais, leguminosas e oleaginosas, raízes e tubérculos, carne, café, palmar e mel.

"Que, em grande parte, estão diretamente ligadas à dieta alimentar das populações do nosso país", lê-se no plano do Governo, a implementar até Março.

O objectivo é potenciar os sectores não petrolíferos, para aumentar a receita fiscal e o rendimento angolano, tendo a Agricultura como um dos pilares. Para o efeito, além das medidas para massificar o acesso ao seguro agrícola, o Governo assume o objectivo de "acelerar a implementação do Programa de Produção de Sementes", visando a utilização de sementes de "elevada qualidade", como forma de "melhorar a produtividade agrícola das culturas", mas também "rever todo o sistema de gestão e infraestrutura de irrigação", para "optimizar o seu rendimento".

Em 2018, o Governo quer dinamizar as culturas privadas do algodão, cana-de-açúcar, girassol, café, palma e cacau, "promovendo a sua articulação com o sector industrial", bem como "rever o sistema de gestão e redimensionar as actividades produtivas das fazendas de média e grande escala".

"O sector prevê também um maior dinamismo no ramo da agricultura empresarial, com o surgimento de novas explorações e fazendas de média e larga escala", aponta ainda o plano intercalar do Governo a seis meses.