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Valor Económico

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Angola e África do Sul iniciam hoje, sexta-feira, as conversações oficiais, no Palácio Presidencial Union Buildings, em Pretória, encabeçadas pelos chefes de Estado, João Lourenço e Jacob Zuma, respectivamente.

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De acordo com o programa a que a Angop teve acesso, antes do início das conversações oficiais, o Presidente angolano deverá manter encontro privado com seu homólogo sul-africano, no Union Buildings.

Nesta sexta-feira, prevê-se a assinatura de acordos bilaterais nos domínios da supressão de visto em passaportes ordinários, cujos signatários serão os ministros dos Assuntos Internos da África do Sul, Ayanda Dlo Dlo, e do Interior de Angola, Ângelo da Veiga Tavares.

Na assistência administrativa mútua em matérias alfandegárias poderão rubricar o acordo os ministros das Finanças de Angola, Archer Mangueira, e do país anfitrião Malusi Gigaba, enquanto o memorando de entendimento sobre cooperação policial será assinado por Ângelo da Veiga Tavares e pelo ministro da Polícia da África do Sul, Fikile Mbalula.

Depois da assinatura dos acordos, João Lourenço e Jacob Zuma vão falar em conferência de imprensa. Na parte da tarde, o Chefe de Estado angolano será prelector da palestra sob o tema “Angola: Desenvolvimento e Integração Regional”.

Por volta das 16 horas, realiza-se um fórum de negócios Angola e África do Sul, enquadrado na visita do Presidente da República, que vai receber, na residência diplomática oficial da Presidência da África do Sul, o Vice-presidente deste país, Cyril Ramaphosa.

À noite está reservada para banquete oficial na residência presidencial junto do Palácio Union Buildings, em Pretória.

Sábado, último dia da visita, João Lourenço vai fazer deposição de coroa de flores nos túmulos Sagrado dos Heróis, em Freedom Park, e no de Oliver Tambo, e fechará o programa com um encontro com líderes da comunidade angolana na África do Sul.

O Iraque anunciou nesta quinta-feira (23), o início de uma operação militar no deserto da região oeste do país para expulsar os últimos combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) de seu território.

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"O exército, a polícia federal e (as forças paramilitares de) Hash al-Shaabi iniciaram esta manhã uma vasta operação para limpar a região de Al Yazira, que passa pelas províncias de Saladino, Nínive e Al-Anbar", afirma em um comunicado o general Abdelamir Yarallah, do Comando Conjunto de Operações (JOC). De acordo com especialistas, isto representa 4% do território do país, ou seja, 7.000 quilômetros quadrados.

Em um comunicado separado, a Hashd al-Shaabi anunciou "a primeira etapa de uma longa operação para libertar uma região desértica entre as províncias de Saladino, Nínive e Al-Anbar, até a fronteira com a Síria".

"A ofensiva, com o apoio das forças aéreas iraquianas e realizada em conjunto com o exército e a polícia federal, foi iniciada a partir de três eixos", afirma o comunicado.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider Al Abadi, afirmou na terça-feira que não pretendia anunciar a derrota do EI antes de limpar os redutos jihadistas que persistem nas zonas desérticas do país. "Após o fim da operação, anunciaremos a derrota total do Daesh no Iraque", disse, em referência ao EI por seu acrónimo em árabe.

Todos os partidos políticos e a única coligação de partidos políticos já prestaram contas à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) das verbas destinadas ao apoio às campanhas eleitorais.

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Os partidos políticos APN, FNLA, MPLA, PRS, UNITA e a coligação CASA-CE receberam do Executivo mil milhão e quarenta milhões de kwanzas. As formações políticas receberam igualmente do Executivo o montante de mil milhão e quinhentos e vinte e oito milhões de kwanzas destinados ao pagamento dos subsídios dos delegados de listas efectivos, na proporção de dez mil.

A porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, confirmou, em declarações ao Jornal de Angola, que os partidos apresentaram a este órgão os seus relatórios e contas, os comprovativos de todas as despesas e gastos durante o período da campanha eleitoral.

Júlia Ferreira esclareceu que os partidos MPLA, PRS, FNLA e APN apresentaram as contas dentro dos limites estabelecidos. “Normalmente, os partidos têm reclamado do prazo que está estabelecido para apresentação das contas”, disse a porta-voz da CNE.

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) vai realizar, em 2018, o recenseamento agro-pecuária e pescas, bem como um Inquérito sobre Despesas e Receitas e Emprego em Angola (Idrea), anunciou nesta quarta-feira (22), em Luanda, o director do Instituto, Camilo Ceita.

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O recenseamento agro-pecuária, com início previsto para o mês de Fevereiro, está dependente à aprovação do pacote legislativo por parte do Conselho de Ministros, enquanto para o Inquérito sobre Despesas, cuja duração será de 12 meses, a formação e o inquérito piloto já começaram.

O director do INE discursava na abertura do Workshop sobre o dia africano de estatísticas celebrado anualmente a 18 de Novembro, que decorre com o tema ‘Vidas melhores com melhores estatísticas económicas’, sublinhado que em 2018 será realizado também o recenseamento empresarial e de estabelecimentos.

Camilo Ceita disse que a estas actividades extraordinárias se adicionam a recolha mensal para os Índices de Preços no Consumidor e Índices de Preços no Grossista, inquérito trimestral a Conjuntura empresarial, inquerido trimestral a conjuntura ao Agregados Familiares, bem como Início do Inquérito a Construção e Índice de Preços no produtor (novos produtos estatísticos).

Considerou que censos demográficos, habitacionais, agro-pecuárias e pesca auxiliam os governos a entender melhor a sua população e organizar os gastos com saúde, educação, saneamento básico, infra-estruturas, agricultura entre outros.

Já na economia, a estatística, a partir de um modelo teórico- económico estabelecido, tem como finalidade de investigar, com base e dados empíricos a capacidade de explicação das equações económicas ajustadas, avaliando a significância dos parâmetros de cada regressão, testes e de hipóteses globais.

Segundo o responsável, um outro desafio importante é o aumento da literacia estatística que deve ser um facto importante para o INE, de modo a melhor comunicar com a sociedade e com os usuários da informação estatística.

O director INE entende que os institutos de estatísticas devem ser capazes de explicar como é possível em temo de crise económica e financeira, quando “muitas empresas encerram as suas actividades e consequentemente surgem despedimentos, a taxa de emprego não apresenta indicações de decréscimo em mercados fortemente caracterizados pela economia informal, como é o caso de Angola.

As estatísticas são indispensáveis para o desenvolvimento, monitoramento, analise e avaliação de políticas públicas. “Isto coloca os institutos de estatísticas numa situação comparável a de todos os organismos públicos cuja tarefa é produzir informações, para apurar os factos e as relações entre estes factos, sendo usadas directamente na implementação de decisões políticas, fórmulas de indexação do salário mínimo, pensão e seguro social, taxas de juros entre outras”, disse.

O workshop sobre o dia africano de estatísticas celebrado anualmente a 18 de Novembro, que decorreu com o lema “Vidas melhores com melhores estatísticas económicas”, visou apresentar ao público resultados de produtos estatísticos, bem com estabelecer um fórum que promova o diálogo entre produtores e utilizadores de informação estatística oficial no país.

O Banco Nacional de Angola (BNA) passou a condicionar a venda de divisas para fins como o envio para o exterior de salários de expatriados e outras operações particulares em função do volume de crédito concedido por cada banco.

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A informação consta de uma directiva assinada pelo novo governador do BNA, José de Lima Massano, enviada nos últimos dias às direcções dos bancos comerciais, com os critérios adoptados para "apuramento da venda de divisas" para cobertura de operações de particulares e cartões de marca internacional.

Esta opção é vista por fontes ligada à banca, consultadas pela Lusa, como uma forma de "recentrar" a atividade bancária na concessão de crédito e não apenas no negócio das divisas, sobretudo numa altura de quebra nas reservas angolanas em moeda estrangeira.

No documento, o departamento de mercados de activos do BNA justifica a medida com a "necessidade de se ajustar a metodologia de atribuição de divisas aos bancos comerciais nas sessões de venda, enquanto não é reposto o sistema de leilões", no que diz respeito à cobertura de divisas para operações privadas com viagens, ajuda familiar, saúde, educação, salários de trabalhadores expatriados, remessas de dinheiro e cartões de marca internacional.

"E com o objectivo de conferir maior transparência ao processo e previsibilidade aos bancos bem como reconhecer o esforço de captação e de concessão de crédito a particulares", lê-se ainda, no aviso do BNA, que determina que cada banco terá acesso ao montante mínimo de 50.000 dólares em divisas por cada sessão de venda.

É ainda determinado que o ‘plafond' restante será atribuído "em função da quota de mercado do segmento de particulares de cada um dos bancos". Nomeadamente, explica o aviso, essa quota de mercado resulta da divisão da soma dos depósitos e crédito líquido de provisões atribuíveis ao segmento de particulares, em moeda nacional e estrangeira, de cada banco pelo total de depósitos e crédito líquido de provisões do mercado para esse mesmo segmento.

Esse cálculo, acrescenta o BNA, recorre aos dados do fecho contabilístico de cada banco no mês precedente, pelo que em função do crédito concedido os bancos terão acesso a mais divisas. Além disso, devido à suspensão de acordos com bancos estrangeiros para correspondentes bancários para compra de dólares desde 2016, a banca apenas consegue comprar divisas ao BNA.