O Presidente da República, João Lourenço, viajou, no princípio da tarde desta terça-feira, para Kigali, capital do Rwanda, onde vai participar na X Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado da União Africana, noticia a Angop. A reunião de Kigali, que arranca nesta quarta-feira, 21, terá como ponto alto a assinatura pelos estadistas africanos do acordo que cria a Zona de Comércio Livre Continental (ZLEC). A ZLEC perspectiva criar um mercado de 1,2 biliões de consumidores, com a elevação do comércio intra-africano de 16% para 53%, sendo que Angola é um dos países que defende a existência desta comunidade. A União Africana (UA) é uma organização internacional que promove a integração entre os países do continente africano nos mais diferentes aspectos, com destaque para a unidade e a solidariedade entre os povos de África. Fundada em 2002 e sucessora da Organização da Unidade Africana, criada em 1963, defende a eliminação do colonialismo, a soberania dos Estados africanos e a integração económica, além da cooperação política e cultural no continente.
Valor Económico
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS. Animais e plantas de áreas naturais podem desaparecer, caso as emissões de CO2 não sejam controladas, conclui estudo da organização WWF. As alterações climáticas colocam em risco metade das espécies vegetais e animais de ecossistemas importantes como a Amazónia, o sudoeste da Austrália e as florestas de miombo da África Austral. De acordo com um estudo das universidades de East Anglia (Reino Unido) e James Cook (Austrália) e da organização não-governamental internacional World Wide Fund for Nature (WWF), publicado a 10 dias da ‘Hora do Planeta’ (a 24 de Março, o maior evento ambiental do mundo), se as emissões de dióxido de carbono não forem controladas, metade das espécies de animais e plantas de áreas naturais do mundo, como a Amazónia ou as ilhas Galápagos, podem extinguir-se até ao fim do século. E conclui que, mesmo que se consiga evitar a subida da temperatura global, a perda de espécies pode chegar a 25%. Os investigadores examinaram o impacto das alterações climáticas em quase 80.000 espécies de plantas e animais de áreas ricas em biodiversidade e vida selvagem. Cada área estudada foi escolhida pela sua singularidade e pela variedade de plantas e animais que contém. E concluíram que as florestas de miombo, o maior bioma da África Austral e Central que abrange oito países (Angola e Moçambique incluídos), o sudoeste da Austrália e a Amazónia serão as áreas mais afectadas. Com um aumento médio da temperatura global em 4,5 graus Celsius, as florestas de miombo na África do Sul perderiam até 90% dos anfíbios, 86% das aves e 80% dos mamíferos, a Amazónia perderia 69% das espécies de plantas e no sudoeste australiano 89% dos anfíbios seriam extintos. O aumento das temperaturas médias e a precipitação mais errática podem reduzir as chuvas no Mediterrâneo, em Madagáscar e no Cerrado-Pantanal da Argentina, dizem também os investigadores, acrescentando que os elefantes africanos terão menos água disponível, que 96% das áreas de reprodução dos tigres de Sundarbans (região entre a Índia e o Bangladesh, na Baía de Bengala) podem ficar submersas, e que a população de tartarugas marinhas também diminuirá. “A nossa investigação quantificou os benefícios de limitar o aquecimento global a dois graus Celsius no que respeita a espécies de 35 das mais ricas áreas em vida selvagem do mundo. Estudamos 80 mil espécies de plantas, mamíferos, aves, répteis e anfíbios e descobrimos que 50% das espécies podiam perder-se nessas áreas sem uma política climática. No entanto, se o aquecimento global for limitado a dois graus acima dos níveis pré-industriais, a perda pode reduzir-se para 25%”, disse a investigadora principal, Rachel Warren, do Centro Tyndall de Investigação das Alterações Climáticas, Universidade East Anglia, em Norwich, Inglaterra. Em geral, a investigação mostra que a melhor forma de proteger as espécies contra a extinção é manter a temperatura global o mais baixo possível. A 24 de Março, milhões de pessoas reúnem-se na iniciativa ‘Hora do Planeta’, para mostrar o compromisso de reduzir as emissões globais de gases com efeito de estufa. Na vida dos nossos filhos, alerta Tanya Steele, da WWF, locais da Amazónia ou as ilhas Galápagos podem tornar-se irreconhecíveis, “com metade das espécies que aí vivem a serem extintas pelas alterações climáticas causadas pelo homem”. E depois, diz ainda, animais icónicos do mundo, como o tigre siberiano ou o rinoceronte-de-java, estão em risco de desaparecer, além de dezenas de milhar de plantas e pequenas criaturas que são as bases da vida na Terra.
Estreante domina a lista das mais ricas do mundo
RANKING. Françoise Bettencourt Meyers, apesar de se estrear no ‘ranking’ da Forbes há poucos meses, já é a segunda mais bem cotada na lista das mulheres mais ricas do mundo, sendo superada somente pela herdeira da Walmart, Alice Walton. A nova herdeira da L’Oréal, Françoise Bettencourt Meyers, entra directamente como uma das mais ricas na estrita lista de multimilionárias da Forbes, em 2018, ostentando uma riqueza avaliada em 42,2 mil milhões de dólares. Mesmo ao nível das já consideradas ‘veteranas’ no ‘ranking’ da Forbes, Françoise Bettencourt Meyers figura em segundo lugar, ficando somente atrás de Alice Walton, que possui uma fortuna avaliada em 46 mil milhões de dólares. Herdeira da Walmart, Alice Walton chega ao título de mulher mais rica do mundo, após a morte da herdeira da L’Oreal, Liliane Bettencourt – mãe de Françoise Bettencourt Meyers –, ocorrida em Setembro de 2017, aos 94 anos. Filha única de Liliane, Françoise Bettencourt Meyers é agora detentora de um património que supera o que a sua mãe tinha há um ano, mas ainda tímido se comparado aos ganhos da herdeira da Walmart. A fortuna de Françoise Meyers tem como base a sua participação de 33% na ‘gigante’ dos cosméticos. Neta do fundador da L’Oréal, Bettencourt Meyers, Françoise já liderava a propriedade da empresa por via da sua participação accionista, bem como a do seu marido e dos dois filhos. É ainda autora de três livros, incluindo um sobre mitologia grega. O avô, Eugene Schueller, fundou a antecessora da L’Oreal em 1909, dois anos depois que o jovem químico começou a criar tinturas para cabelos com a marca Oréal. Sob a sua liderança, vendia tinturas a cabeleireiros parisienses de uma marca conhecida. Mas depois, Eugene Schueller passou a participação para a filha Liliane, que entrou na empresa como aprendiz, quando tinha apenas 15 anos e foi ela que acabou por constituir a fortuna da família. OS SEGUIDORES Entre os estreantes, na lista da Forbes, os ganhos de Françoise Bettencourt Meyers superam, em grande medida, os seus mais próximos seguidores. O alemão Alexander Otto, com uma fortuna avaliada em 11,8 mil milhões de dólares, aparece em segundo lugar no ‘ranking’. Alexander Otto é o filho mais novo do fundador do grupo Otto. Com sede em Hamburgo, na Alemanha, o grupo actua numa série de sectores, entre os quais o ‘e-commerce’, logística e prestação de serviços. Já Wu Shaoxun, um fornecedor de licor chinês, surge em terceiro lugar, com um património estimado em sete mil milhões de dólares. A lista da Forbes inclui ainda outros estreantes, sendo de destacar o espanhol Alberto Palatchi, com uma fortuna avaliada em 1,1 mil milhões de dólares. Para integrar o ‘ranking’ da Forbes, o milionário espanhol vendeu, em Outubro, 90% da empresa de vestidos de noiva Pronovias, fundada pelo pai em 1922, por estimados 655 milhões de dólares. Outro estreante é o suíço Thomas Flohr, que possui uma riqueza estimada em 2,3 mil milhões de dólares. O seu grande salto para o mundo dos multimilionários iniciou-se com a fundação da Vista Jet, uma empresa de aviação privada de luxo, líder mundial e operadora exclusiva de aeronaves executivas da Bombardier. Da lista, constam ainda os norte-americanos Niraj Shah e Steve Conine, cujos patrimónios estão calculados em 1,6 mil milhões de dólares cada um. Ambos são co-fundadores da retalhista online de artigos para casa Wayfair.
Taxa de exploração de colbato e coltan sobe de 2...
RECURSOS ESTRATÉGICOS. Gigantes internacionais de exploração mostram-se contra ao aumento das taxas e avisam que a medida poderá desacelerar investimento estrangeiro no sector. Minerais em causa são utilizados na produção de telemóveis, veículos eléctricos e energias renováveis. O governo da República Democrática do Congo (RDC) declarou o cobalto e o coltan -minerais utilizados na indústria das tecnologias - como “mineiros estratégicos”, aumentando as taxas de exploração de dois para 10%, com a apresentação de um novo código. A decisão governamental está a provocar mal-estar no seio das gigantes internacionais de exploração mineira instaladas no país africano. E, pelo menos, cinco empresas (Randgold, AngloGold Ashanti, Glencore, Ivanhoe Mines e a China Molybdenum Company, principais actores do sector mineiro congolês) decidiram abandonar a Federação das Empresas Congolesas (FEC), organização patronal da RDC por, supostamente, não estarem adequadamente representadas. A medida do governo de Joseph Kabila surge numa altura em que as referidas empresas foram instada, em Fevereiro, a procederem a uma próxima renegociação das suas parceiras com a empresa mineira estatal (GECAMINES), presidida por Albert Yuma. Num comunicado conjunto, as cinco empresas que representam 85% da produção de cobre, do cobalto e do ouro do país, explicam que a FEC não representa de forma adequada os seus interesses. Embora não o tenham citado, a crítica visa directamente o presidente da FEC, Albert Yuma, que está à frente da federação há 13 anos, e também, presidente da GECAMINES. Kinshasa mantém-se, no entanto, inflexível, apesar da resistência dos operadores internacionais e depois de ter promulgado um novo código mineiro, em que, além do cobalto e o coltan, classifica o litio e o germânio, como “minerais estratégicos”. O agravamento das taxas daqueles minérios acontece numa altura em que a procura aumenta, por causa da sua utilização nas indústrias de automóveis, de telefonia móvel e de fabrico de aparelhos de energias renováveis. Com o novo código mineiro, promulgado a 9 de Março, por Joseph Kabila, o objectivo de Kinshasa passa pelo aumento das receitas públicas. A manobra vai fazer passar as taxas pagas ao governo de 2% a 10%, para a extracção do cobalto e do coltan, e dos minérios que não foram classificados como estratégicos viram as suas taxas fixadas a 3,5% pelo novo código. O recurso ao novo código mineiro visa permitir o governo a aumentar as suas receitas tiradas da extracção dos minerais “mais rentáveis”, para injectar mais fundos públicos nos orçamentos alocados à industrialização e aos programas sociais. “Devemos fazer mais dinheiro antes que os minerais escasseiem, por isso, são estratégicos para o país. Isso vai continuar a crescer e vamos continuar a aumentar as taxas sobre os nossos minerais”, explicou à imprensa, um alto funcionário do governo congolês. As empresas de mineração internacionais entendem que o novo código irá impedir o investimento estrangeiro, mas concordam em iniciar negociações com o governo sobre medidas para implementá-lo. No entanto, o anúncio governamental parece antecipar essas negociações, que deveriam determinar, entre outras coisas, como os metais seriam classificados. Os baixos preços das ‘commodities’, nos últimos anos, atingiram a economia congolesa, fazendo com que a inflação aumentasse para quase 50% em 2017. A RDC é a maior fonte de cobalto do mundo.
Angola participa no Fórum Mundial da Água
O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges e a ministra do Ambiente, Paula Francisco e outros distintos técnicos de ambos sectores participam desde domingo, na cidade de Brasília, Brasil, no VIII Fórum Mundial da Água, a decorrer até 23 de Março. Paula Francisco vai fazer parte das discussões do painel ‘VIII Fórum Mundial de Água: sinergia, água, meio ambiente no contexto da Agenda 2030’, a nível da CPLP. Sob o lema: ‘Angola, compartilhando recursos hídricos rumo à sustentabilidade’, o certame, realizado no quadro da prossecução do Objectivo número seis da Agenda 2030 sobre os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), prevê reunir 400 conferencistas em representação de 70 países. A delegação angolana vai apresentar igualmente as acções em curso no país do subsector das águas, bem como dos desafios previstos, para que se alcance as metas estabelecidas no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND). A par das conferências, Angola vai exibir as suas potencialidades hídricas, com a exposição de informação diversa, uma acção que vai permitir a troca de experiências e possíveis estabelecimento de parcerias com entidades congéneres e não só. O Fórum Mundial da Água é uma organização internacional fundada em 1996, com sede permanente na cidade de Marselha, França, enquanto o Conselho Mundial da Água é uma organização internacional que reúne 400 instituições relacionadas às temáticas de recursos hídricos em aproximadamente 70 países.
Zénu dos Santos renuncia ao indulto de João Lourenço e aponta “equívoco...