Valor Económico

Valor Económico

O Presidente da República do Botswana, Mokgweetsi Masisi, efectua hoje (12) uma visita oficial de algumas horas a Angola, no quadro de um périplo que efectua pelos países da região da SADC.

Presidente Botswana

Segundo uma nota de imprensa da Casa Civil do Presidente da República, Mokgweetsi Masisi será recebido, no Palácio da Cidade Alta, pelo Chefe de Estado, João Lourenço. Integram a delegação do Presidente Masisi, os ministros botsuanês dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Vincent Seretse, dos Transportes e Comunicações, Onkokame Mokaila, dos Recursos Minerais, Tecnologias Verdes e Segurança Energética, Mothibi Molale.

Mokgweetsi Masisi é desde o dia 1 de Abril presidente da República do Botswana, em substituição do anterior Chefe de Estado, Seretse Khama Ian Khama, que resignou ao cargo, devendo dirigir o país até as eleições gerais de Abril de 2019.

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António Samuel, PCA do Porto do Namibe

1 “Porto investe com fundos próprios”

O Porto do Namibe investiu mais de 2.339 milhões de kwanzas em infra-estruturas entre 2008 e 2017, período em que a empresa não beneficiou de qualquer injecção financeira do Estado.

A informação foi avançada pelo PCA da Empresa Portuária do Namibe, António Samuel, que foi o prelector do tema ‘O Papel dos Portos Comercial e Mineiro para a Região’. No mesmo período, beneficiou de um financiamento de 20 milhões de dólares proveniente do governo japonês.

Apesar dos últimos investimentos, o porto ainda “não está adequado a grandes navios, sendo necessários novos equipamentos e o tráfego de cabotagem e pesca possui potencial por explorar, carecendo de maior incentivo, estruturas de apoio, gare marítima e formação”, referiu o gestor.

A direcção da empresa conseguiu manter estável o quadro do pessoal, nos últimos três anos. Nos períodos anteriores, viu-se forçada a reduzir o número de efectivos de 706, em 2013, para 293, em 2015. A estratégia da empresa até 2022 por um pólo de desenvolvimento industrial, abrangendo indústrias como as de processamento de produtos do mar, rochas ornamentais e produtos siderúrgicos.

Entre outros objectivos, perspectiva-se igualmente que, até 2022, o porto seja capaz também de “ser a porta de saída da produção mineira até à Zâmbia” e de “ser o ‘hub’ logístico da cabotagem da região”.

Olegário Tavares, director do gabinete jurídico do governo provincial

2 “Benefícios fiscais para quem investir”

O investimento privado continua a ser uma aposta estratégica do governo do Namibe, visando a mobilização de recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos, assegurou o director do gabinete jurídico do governo local, Olegário Tavares. Estas bases legais “visam o aumento da competitividade da economia, o crescimento da oferta de emprego e a melhoria das condições de vida da população”.

Olegário Tavares, que dissertou sobre ‘Legislação e o Incentivo sobre Matérias de Investimentos’, lembrou que “o investimento privado ocupa uma posição central na estratégia de diversificação da economia”. Por isso, lembrou que o Governo “apoia iniciativas privadas, por via de incentivos fiscais, aduaneiros e investimentos massivos, no desenvolvimento das infra-estruturas económicas e sociais de suporte às empresas e aos investidores”.

As atribuições e incentivos, segundo o jurista, perseguem, entre outros objectivos, o de incentivar o crescimento da economia, promover o bem-estar económico, social e cultural das populações. Angola está dividida em zonas de desenvolvimento, repartidas pela zona A, onde estão agrupadas Luanda, Benguela, Huíla e o Lobito, e a zona B (Cabinda, Bié, Cunene, Huambo, Kuando-Kubango, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico, Zaire, Bengo, Kwanza-Norte, Kwanza-Sul, Malanje, Namibe, Uíge e restantes municípios de Benguela e Huíla).

Amadeu Silva, empresário

3 “E necessário um conselho de concertação local”

Amadeu Silva, administrador de um dos grupos de maior referência no Namibe, defende a criação de um conselho de concertação económica e empresarial local ou regional de modo a “institucionalizar o diálogo e a concertação entre o governo local e o sector privado”. Amadeu Silva advogou que a publicitação de leis, tal como a da contratação pública, deveria igualmente ter espaço “para um maior aproveitamento das suas vantagens como a aplicação de produtos nacionais em detrimento dos importados”.Ao debruçar-se sobre o tema ‘Estado Actual do Empresariado Privado’, o gestor defendeu a necessidade de se ter em conta a publicitação e análise dos resultados dos programas do Governo, tal como o PRODESI, bem como o conhecimento das decisões e dos instrumentos de apoio financeiro e não só, disponibilizados pelo programa.

Após a elaboração da agenda comum, e identificados os problemas colectivos empresariais, Amadeu Silva sugeriu que se poderia realizar um fórum bancário nacional, no Namibe, em que os empresários organizados poderiam submeter todas as suas necessidades de investimento.

“O importante é que se continue a fazer alguma coisa em prol da iniciativa privada”, aludiu o empresário, defendendo que um dos grandes objectivos é assegurar que as rédeas da economia e os centros de decisão económica continuem a ser controlados pelo empresariado nacional”.

António da Conceição, administrador para a área financeira do CMF

4 “CFM ambiciona duplicar transporte”

Reforçar o transporte de carga consolidada das 100 mil para as 200 mil toneladas é o grande objectivo da administração do Caminho-de-ferro de Moçâmedes (CFM), para este ano.

O administrador para a área financeira da empresa, António da Conceição, abordou o tema ‘Desafios Actuais do CFM, Fruto da Modernização’ e revelou que outros objectivos passam por, ainda este ano, construir um centro de formação, com 16 salas e com capacidade de internamento de 140 formandos, e “consolidar o terminal de carga da Arimba”, uma das comunas do Lubango, na Huíla.

A direcção da empresa pretende ainda introduzir melhorias na qualidade do serviço, atrair e cativar importadores da zona Sul e dinamizar o corredor logístico de Moçâmedes.

A empresa, nos últimos anos, reforçou a frota com mais de 30 locomotivas em que se destacam 28 porta-contentores, assim como cinco vagões capazes de transportar 45 toneladas; seis plataformas para o transporte de veículos, 35 cisternas de combustível e 50 vagões para o transporte de granito.

Dados da empresa indicam que 42% dos passageiros em 2017 usou o comboio suburbano, enquanto 54% efectuou viagens nos comboios de terceira classe.

No ano passado, o CFM efectuou 10 frequências semanais ao longo do curso ferroviário e 15 frequências no segmento do comboio suburbano. Houve um incremento de 8% nos passageiros, em 2017, devido ao comboio de enlace.

Joana Josefa Cangombe, vice-governadora

5 “Namibe está aberto a mais bancos”

Dos 29 novos bancos a operar no país, Namibe tem apenas 12, a grande maioria dos quais instalados na sede da província, de acordo com a apresentação da vice-governadora para a esfera económica, Rebeca Josefa Cangombe, que apelou para a necessidade de investimento para uma assistência de cerca de 100 empresários.

Operam actualmente na província o BPC, BFA, BAI, BIC, BCI, BNI, Caixa Angola, Económico, Millennium Atlântico, KEVE, Sol e Standard Bank.

Moçâmedes, que alberga o governo, tem agências dos 12 bancos, sendo que Tômbwa tem apenas as agências do BPC, BFA e BAI. Já Bibala, Camucuio e Virei têm cada uma apenas uma agência do BPC.

“A entrada de mais bancos depende muito de alguns estudos. É preciso um estudo do mercado para ver qual é a necessidade e a capacidade de absorver mais bancos. Depende mais do banqueiro, porque estamos abertos e acolhemos todas as instituições que venham para a nossa província”, garantiu a vice-governadora para a área económica.

Foram também chamados os donos de casas de câmbio e seguradoras. A província fechou 2017 com apenas uma única casa de câmbios, a Nova Câmbio.“Para este ano, já temos conhecimento de abertura de mais uma casa de câmbio. Em termos de seguradoras, temos a ENSA, que é a empresa mais antiga, a Global seguros e outras. Já vamos tendo empresas seguradoras”, afirmou.

Arnaldo Calado, presidente da Câmara de Comércio Angola-China

6 “Chineses querem investir”

O presidente da Câmara de Comércio Angola-China, Arnaldo Calado, foi um dos participantes de uma mesa-redonda que contou ainda com o economista Alves da Rocha e o empresário Amadeu Silva. À margem do encontro, garantiu que os empresários, membros da câmara, estão interessados em investir no ramo da energia e água. Aliás, revelou ter enviado uma sugestão para o Governo central para trabalhar com quatro províncias. “Temos propostas concretas, em que estamos a propor que nos dêem quatro províncias para tratarmos da energia e da água. E vamos responsabilizar-nos integralmente sobre essas matérias. Fizemos a proposta e estamos à espera da resposta”, revelou.

Segundo a estratégia da câmara, o plano é produzir energia, com materiais técnicos e humanos dos empresários desse organismo, que junta angolanos e chineses. “Produziríamos a energia. Não precisaríamos de barragens. Se fizéssemos no Namibe, iríamos buscar energia não sei aonde. Colocaríamos aqui os equipamentos, faríamos a ligação e geríamos a energia e a água da província”.

Alves da Rocha, economista

7 “Precisamos de 60 mil milhões USD”.

O economista Alves da Rocha foi um dos prelectores no tema ‘Custos financeiros da diversificação’. O director do Centro de Estudo e Investigação Científica da Universidade Católica (CEIC) estimou em cerca de 60 mil milhões de dólares ‘o custo financeiro para que, em 2035’, Angola possa ter uma economia diversificada. “Partindo do princípio de que vamos ser capazes de aumentar a nossa eficiência e a dos nossos factores de produção, trabalho, capital e organização”, ressalvou.

Por outro lado, criticou o modelo de diversificação económica do Governo, que tinha na substituição dos impostos o seu foco. “A primeira terminologia que aqui utilizámos neste processo da transformação da economia foi o termo ‘substituição de importações’, uma maneira fácil de fazer a defesa de empresários locais e de algum emprego que exista, mas, depois, junta-se a esse termo um qualificativo, ‘substituição competitiva das importações’. Isso não existe. Quando a produção nacional é competitiva, substitui naturalmente as importações”, defendeu.

Por outro lado, Alves da Rocha lembrou que Angola já contraiu uma dívida no valor de seis mil milhões de dólares, só no primeiro trimestre de 2018, criticando o caso do BPC. “Não é positivo quando o Governo faz dívida, que será paga por todos, para recapitalizar o BPC”, argumentou.

Cármen dos Santos, Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe

8 “Estudantes internacionais a partir de 2019”

A Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe poderá receber, já a partir do próximo ano, estudantes estrangeiros, revelou a coordenadora da comissão de gestão, Cármen dos Santos. “Fazemos diferença na zona sul para o Atlântico. E essa diferença vai no sentido da abertura para os países africanos e depois para os países de outros continentes”, afirmou a responsável, quando dissertava sobre ‘A Universidade e os Desafios da Região’.

Cármen dos Santos assegurou que a Academia está já a preparar a campanha internacional, tendo destacado também que há já acções para que o visto de estudante e o alojamento estejam salvaguardados.

De acordo com a responsável, a Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe “veio trazer um valor acrescentado”, que “reside no facto de estarmos preparados para fazer a diferença nas pescas, não descurando, no entanto, outras áreas como a agricultura e a indústria.

BIODIVERSIDADE. Entre os mamíferos, foram recolhidas espécies de morcegos, roedores e musaranho, além de ratos endémicos. Trata-se de conclusões preliminares das expedições da National Geographic de 2015 a 2016.

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Pelo menos, 1.050 amostras de plantas, três mil de peixes, 99 de répteis e anfíbios, 407 aves e 43 mamíferos foram apresentadas, na passada semana, como resultados de uma expedição de conservação da bacia Cubango/Okavango, da National Geographic.

Os resultados da expedição foram anunciados pelo director assistente do Projecto, Kerllen Costa, durante um ‘workshop’ sobre o potencial de conservação da torre de água do Cubango/Okavango/Zambeze.

Segundo Kerllen Costa, foram recolhidas mais de mil amostras de plantas, com mais de 40 observadores, sendo 14 delas potencialmente novas e 18 recentemente registadas em Angola, incluindo dois novos registos genéricos.

Segundo reporta, a equipa registou 15 espécies nunca anteriormente registadas no Bié, 24 no Kuando-Kubango e 106 no Moxico.

Em relação aos invertebrados, até à data, são conhecidos levantamentos sobre os invertebrados das nascentes em Angola, designadamente moscas das águas, potencialmente novas, observadas e outras ainda por identificar e classificar.

O responsável acrescentou que os peixes são mais de três mil, incluindo 94 espécies inseridas em 14 famílias, destas, cinco foram anteriormente registadas no sistema Okavango, duas das quais não estão descritas e outras três representam novos registos para a África Austral.

As qualidades não descritas, acrescentou, incluem um bagre especializado em viver em zonas pantanosas de turfa e um novo de água doce, enquanto os répteis e anfíbios atingiram uma cifra de 99 espécies, representando 64 répteis, 30 serpentes, igual número de lagartos, três de quelónios e um crocodilo e 35 anfíbios.

As aves também estão documentadas com um total de 407 espécies, em dois levantamentos, propriamente em rios e três em zonas terrestres, quatro destas foram incluídas na lista de aves de Angola.

Entre os mamíferos, foram recolhidas 43 espécies, desde sete morcegos, nove roedores e um musaranho, dentre estes, destaca-se a recolha do rato endémico angolano. Dados acústicos demonstram a existência de, pelo menos, 27 espécies de morcegos.

O relatório apresenta as conclusões preliminares das expedições científicas realizadas em Angola, em 2015 e 2016 pelo projecto da National Geographic.

RESTAURAÇÃO. Adquirida em finais de 2014 por brasileiros, a detentora dos cafés mais apreciados do Canadá enfrenta uma crise de reputação. Pela primeira vez, em dez anos, deixou o top 10 das empresas mais reputadas.

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A ausência da Tim Hortes, no top 10 das marcas canadianas de melhor fama de 2018, é das maiores surpresas do relatório de reputação corporativa realizado pela Leger, uma empresa do Canadá que analisa as tendências de ‘marketing’, e divulgado na semana passada.

O destaque deve-se não apenas por ser a primeira vez, em mais de uma década, que o café de origem canadiana não faz parte do grupo das 10 maiores empresas ou marcas em termos de reputação entre os consumidores, mas, sobretudo, pela estrondosa queda, passando da 4.ª para a 50.ª posição.

Os resultados surgem na medida em que Tim Hortons enfrenta um crescente descontentamento dos seus ‘franchises’ sobre a gestão da empresa e pesado corte de custos, que, segundo eles, prejudica a marca. Mais recentemente, a empresa foi atacada pela maneira como alguns de seus franqueados, em Ontário, reduziram benefícios dos empregados em resposta à exigência de aumento de salários mínimos. Os franqueados argumentaram que a empresa, adquirida no final de 2014 pela brasileira 3G Capital, não conseguiu ajudar a lidar com os custos provocados pelos salários mais altos.

O vice-presidente executivo da Leger, Christian Bourque, ligou a “queda considerável” à publicidade negativa à volta da maior cadeia do Canadá no ramo de restaurantes. Estimou entre dois e três anos o tempo necessário para uma empresa recuperar no índice de reputação.

No entanto, as vendas globais da Tim Hortons continuam a crescer. Uma realidade que a Leger atribui à abertura de novos restaurantes, visto que “as vendas nos restaurantes mais antigos caíram 0,1% em 2017 em comparação a um aumento de 2,5% no ano anterior”.

Em comunicado, a Tim Hortons garante estar comprometida em fornecer aos clientes, a quem chama de hóspedes, “a melhor experiência”. “Estamos confiantes de que temos um plano forte e uma agenda positiva para continuar a evoluir e atender às necessidades dos nossos clientes nos próximos anos”.

Porém, é a segunda pesquisa, em menos de um mês, a mostrar que a marca Tim Hortons está a perder algum mercado. Uma outra pesquisa anual que mediu as ‘marcas mais influentes’ no Canadá mostrou que a Tim Hortons também deixou o top 10, pela primeira vez em seis anos, passando da 9.ª para a 16.ª posição.

Jeff Dover, director da área de consultoria de alimentação, acrescenta entre as razões da má reputação uma suposta má relação com a imprensa local. Tim Hortons acredita também que está a sentir o calor do rival McDonald’s, que aposta nas ofertas de café. “Mas há muito mais pessoas que preferem o café na Tim Hortons”, acrescenta Dover, apontando para as longas filas na manhã pelos apreciadores dos cafés da marca. “É uma marca muito forte ainda.”

A pesquisa Leger, realizada entre meados de Dezembro e 21 de Janeiro, entre mais de 13 mil consumidores, constatou que 73% dos entrevistados tinham opinião positiva sobre Tim Hortons e 20% tinham opinião negativa - para uma pontuação geral de 53%. No ano passado, descobriu-se que 87% dos entrevistados tinha uma opinião positiva sobre Tim Hortons e 9% tinha uma opinião negativa para uma pontuação geral de 78%.

Tim Hortons tem o nome do seu fundador, uma lenda do hóquei canadiano que inaugurou o primeiro restaurante em 1964 e, em 1967, rubricou uma parceria com o Ron Joyce, que tinha sido o primeiro franchisado da empresa. Em 2002, superou a McDonald’s no Canadá, até então o maior operador alimentar. Em 2005, ficou com 22,6% dos rendimentos da indústria do ‘fast food’ no país. Em finais de 2014, foi adquirida pela empresa brasileira de private equity 3G Capital.

O ‘ranking’ de melhor reputação é liderado pela Google, que conserva a posição do ano passado, assim como Shoppers Drug Mart e a Canadian Tire que ocupam a segunda e a terceira posições, respectivamente. A Sony, por sua vez, ocupa a posição deixada pela Tim Hortons, ou seja, o quarto lugar.

REIVINDICAÇÃO. PGR convocou os funcionários para actualizar os passos dados para atender às exigências. Promete que, ainda este ano, vai resolver a promoção dos técnicos, que é a outra reivindicação dos funcionários.

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai uniformizar a carreira dos técnicos, informou Gilberto Mizalaque, director do gabinete do Procurador-Geral da República, no final de um econtro com os funcionários, realizado na passada sexta-feira.

“É um instrumento legal novo, ainda nem sequer foi publicado em Diário da República, mas conhecemos os termos em que o documento terá sido aprovado pelo Conselho de Ministros, daí que a direcção da PGR tenha convidado todos os funcionários colocados em Luanda, para esclarecer as ‘nuances’, as opções legislativas deste pacote legislativo”, disse o também porta-voz do encontro.

Gilberto Mizalaque explicou que existiam dois níveis de servidores - os técnicos de justiça da PGR e os funcionários da carreira geral da função pública - com diferenciação salarial. “Uns tinham salários superiores que os outros e, nalguns casos, faziam basicamente o mesmo trabalho. Causou uma instabilidade, algum descontentamento e por aí começou o acirrar de ânimos e alguma tendência reivindicativa”, salientou.

Com a aprovação, explicou, termina a diferença e “os efeitos práticos serão imediatos, na medida em que, tão logo seja publicado em Diário da República, vamos criar uma equipa de implementação desse pacote legislativo”, indicou.

No entanto, uma outra questão fica por resolver, face ao pacote de reivindicações dos trabalhadores. Trata-se das promoções. “Em relação a este aspecto, há um plano de promoção gradual, porque não é possível promover todos os funcionários que, ao longo dos tempos, não beneficiaram dessa promoção num único acto. Vamos criar um mecanismo de promoção gradual”, garantiu, estimando que 30% dos funcionários podem ser promovidos ainda este ano e outros 30% no próximo ano e assim por diante, “até que consigamos esbater todas as questões de promoção a nível da PGR”, reforçou.

No início deste ano, os funcionários da PGR realizaram mais uma greve, que durou duas semanas, para reivindicar a não aprovação desses diplomas que vão agora conduzir à reconversão de carreiras, bem como de remunerações e promoções.