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Valor Económico

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ENERGIA. Maior produtor de petróleo do continente começa a dar sinais de estar a preparar-se para um futuro sem o valor daquele que é, actualmente, o seu maior produto de exportação, o petróleo.

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A Nigéria, maior produtor petrolífero do continente, vai investir no biodiesel e a companhia petrolífera estatal da Nigéria, NNPC vai liderar o processo, tendo já rubricado, este mês, acordos com autoridades locais de dois estados onde serão implementados os projectos.

Na semana passada, rubricaram o segundo e foi com estado de Kebbi, no nordeste da Nigéria, que permitirá a construção do projecto com capacidade de produção estimada em cerca de 84 milhões de litros de bioetanol, derivado de mandioca e cana-de-açúcar.

Anteriormente, a petrolífera assinou um contrato preliminar com o governo do estado de Ondo para um projecto que terá a capacidade de 65 milhões de litros de bioetanol, para usar a mandioca como matéria-prima. Esse projecto, de acordo com o director-gerente do grupo NNPC Maikanti Baru, também envolveria investimentos estrangeiros.

O objectivo de apostar no numa indústria de biocombustíveis foi, entretanto, anunciado pela primeira vez, pelo governo nigeriano, no passado mês de Fevereiro, com um plano para estabelecer um fundo de 50 milhões de dólares que servirá para desenvolver a produção de biocombustíveis. Os fundos serão fornecidos a um Bieofuels Equity Investment Fund, que será obrigado a investir um mínimo de 5% em projectos relacionados com biocombustíveis.

Para encorajar a indústria, o governo da Nigéria implementou incentivos fiscais e disponibilidade de concessão para empresas privadas envolvidas no cultivo de produção de biocombustíveis. As empresas que actuam na área de biocombustíveis também receberam uma isenção de direitos de importação, nos primeiros cinco anos, bem como despesas relacionadas a materiais, instalações e máquinas envolvidas na produção de biocombustíveis.

Investir contra incertezas do petróleo

A aposta do maior produtor de petróleo de África com 1,8 milhões de barris/dia. É encarada, pelos diversos especialistas internacionais sobre questões energéticas, como forma que o país encontrou para defender das “incertezas” sobre o futuro do petróleo face ao investimento, cada vez maior, dos defensores das energias renováveis.

“A Nigéria é fortemente dependente das receitas de exportação de petróleo e, como outros produtores de petróleo, sofreu um forte golpe no último ‘crash’ do preço do petróleo. O golpe, no entanto, também foi um alerta que estimulou as iniciativas de diversificação económica. Por enquanto, a Nigéria está atrasada em relação a outros grandes produtores, mas os dois negócios de biocombustíveis indicam que não está a desistir, apesar da crescente produção de petróleo e preços mais altos do petróleo”, escreveu Irina Slav no site OilPrice.com, especializado em questões energéticas.

A Nigéria, entretanto, não tenciona ficar pelo biodiesel. Também projecta aproveitar melhor o potencial eólico e solar do país para diversificar a indústria energética. A rede de electricidade do país é fraca e os consumidores dependem das importações de diesel para alimentar as famílias e as empresas. No entanto, as ‘startups’ estão aparecendo, oferecendo uma alternativa ao diesel. As empresas estrangeiras, como a Wartsila finlandesa, também estão a começar a prestar maior atenção ao país. Recentemente, a empresa finlandesa anunciou que fechou um acordo para a construção do que será a maior instalação de geração de energia fotovoltaica da Nigéria, com capacidade para 75 MW.

CARREIRA. Alguns desses conselhos são tão comuns que parecem ter virado “regra” no meio corporativo, indica um estudo da Robert Half, uma empresa de consultoria norte-americana, recentemente divulgado.

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Um estudo realizado pela empresa de consultoria Robert Half, com mil trabalhadores dos Estados Unidos da América (EUA), indica que 66% deles já receberam um conselho que se revelou catastrófico para a carreira profissional. Desses, 35% atribuíram a má orientação a um amigo próximo. A pesquisa revela igualmente que 14% dos profissionais entrevistados responsabilizam os próprios familiares, nomeadamente os seus pais, por maus conselhos para a carreira, 10% um parente, 9% um professor ou mentor, 4% um supervisor e 1% um cônjuge. Alguns desses conselhos são tão comuns que parecem ter virado “regra” no meio corporativo, indica o estudo da Robert Half. A consultora seleccionou algumas das sugestões profissionais que costumam receber com frequência, mas que, na prática, se revelam prejudiciais para quem quer crescer na carreira e ter sucesso. Confira abaixo quais são:

“Minta no seu currículo, já esperam que você faça isso mesmo”. Segundo a consultora Robert Half, mentir no currículo é um acto perigoso, pois o documento consiste “no primeiro contacto” entre o candidato e o recrutador. “É quem, na prática, vai abrir ou fechar as portas. Uma mentira ali, portanto, tende a colocar em dúvida tudo o que o candidato defenderá posteriormente”, refere o estudo. Se o seu receio é não ter a experiência adequada para a vaga, por exemplo, uma melhor estratégia é ressaltar outras qualidades e aspectos que podem interessar à empresa, sugere ainda a pesquisa. 2). “Não faça muito para não ganhar mais trabalho”. É consensual que, quanto mais eficiente o profissional for, provavelmente mais tarefas irá receber. E este é, sim, segundo o estudo, um bom sinal de desenvolvimento na sua carreira. “Assumir responsabilidades é uma excelente estratégia para os profissionais que desejam destacar se no mercado, principalmente em momentos desafiadores”. Ficar na zona de conforto a fazer o básico não é o mais indicado. l

“Faça seu currículo bem detalhado e longo” Como os recrutadores têm cada vez menos tempo de avaliar todos os currículos que recebem, a sugestão da consultora é montar um currículo de, no máximo, duas páginas. O documento precisa de ser objectivo e trazer as principais conquistas profissionais nos cargos ocupados durante a carreira. Outra dica é elaborar o currículo de acordo com a vaga. Coloque palavras-chave, por exemplo, que tenham relação com aquilo que a empresa está à procura. “Ressalte aquilo que você tem e que pode chamar a atenção daquele recrutador específico”, sugerem os consultores da Robert Half.

“Não treine para a entrevista”. Pode parecer asneira, mas algumas questões simples fazem toda a diferença num processo selectivo, segundo o estudo. É importante saber não somente o que dizer, mas o que vestir, por exemplo.

“Não faça amizade com seus colegas de trabalho”. Pelo contrário. Criar laços e fazer amizades no ambiente de trabalho pode ser uma das maiores motivações de um profissional para ir trabalhar, indica a pesquisa.

“Inscreva-se numa vaga mesmo sem fazer uma pesquisa”. Este é um dos maiores erros, segundo a Robert Half, porque muitas pessoas descobrem na sala de entrevista que não têm afinidade com o perfil da empresa, moram longe da sede da companhia ou não possuem habilidades para desenvolver as tarefas exigidas.

“Aproveite-se do trabalho dos outros para que você possa avançar”. Não é recomendado tomar essa decisão, aconselha o estudo. “Ao longo da carreira, procure destacar as suas qualidades, identificar pontos de melhoria e evoluir sempre que possível. Aceite ajuda, quando julgar oportuno e atribua o crédito das acções, como gostaria que fizessem com você”, sugere a consultora. 

“Permaneça numa função em vez de crescer dentro da empresa”. Este é um conselho errado, segundo a consultora Robert Half, independentemente do estágio de carreira em que você estiver. É sempre importante reavaliar quais são os seus objectivos profissionais e, no caso de estar numa posição com a qual está satisfeito, procure expandir as suas habilidades.

O Presidente queniano Uhuru Kenyatta vai ser empossado terça-feira (28), em Nairobi para o seu segundo e último mandato, noticia hoje (27), a AFP.

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A cerimónia de terça-feira marca o fim da crise política que afecta a economia daquele país do leste de África, iniciada com uma decisão do Supremo Tribunal que anulou a 1 de Setembro as anteriores eleições, de 8 de Agosto, ganhas por Urutu, que foram invalidadas, a pedido da oposição, devido as irregularidades verificadas na transmissão de resultados.

A decisão do tribunal tinha sido saudado pela oposição que qualificou o facto como uma oportunidade para os políticos quenianos de reforçar a democracia, escreve Nicolas Delaunay para a AFP. Entretanto, um novo clima de desconfiança surgiu quando Urutu Kenyatta foi proclamado vencedor das novas presidenciais, organizadas a 26 de Outubro último e boicotadas mais uma vez pela oposição.

Mesmo assim o Supremo Tribunal validou o novo escrutínio a 20 de Novembro, o facto foi festejado no feudo de Kenyatta, em contrate com as manifestações surgidas nos bastiões do opositor Raila Odinga, no oeste e alguns bairros de Nairobi reprimidas pela polícia.

Odinga, que já perdeu três eleições à presidência, prometeu a vinda de uma " terceira república", referindo-se a independência conquistada em 1963 e à nova Constituição adoptada em 2010. Kenyatta , de 56 anos e no poder desde 2013, venceu com 98% de votos nas eleições de Outubro realizadas com fraca participação (39%) por causa do boicote da oposição.

Os apoiantes de Odinga tentaram impedir a realização do escrutínio em quatro circunscrições do oeste sobre as 47 que conta o país. No entanto, muitos observadores sublinham que a crise actual vão exacerbadas profundas divisões sociais, geográficas e étnicas que atravessa esse país de 48 milhões de habitantes.

Nos feudos de Raila Odinga, de etnia Luo, reforça-se o sentimento de terem sido desclassificados, descriminadas não tidos em contra desde a independência do Quénia em 1963, contra os kikuyu, etnia de Kenyatta, que deu ao país três dos seus quatro presidentes.

Mais de 30 imigrantes morreram e outros 200 foram resgatados com vida no sábado, após o naufrágio de duas embarcações ao largo da costa da Líbia, informou a Marinha do país do norte de África.

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A Guarda Costeira líbia realizou duas operações de resgate ao largo de Garaboulli, informou o coronel Abou Ajila Abdelbarri, chefe da Guarda Costeira na capital líbia. “Quando chegamos no local, descobrimos um primeiro bote afundado onde várias pessoas se agarravam”, disse.

O oficial acrescentou que a sua equipa conseguiu salvar 60 pessoas e recuperar 31 corpos da água. Em torno do segundo bote havia 140 sobreviventes, acrescentou, sem especificar se há passageiros desaparecidos. Nesta época as condições climáticas parecem propícias levando os imigrantes a tentar a travessia através do Mediterrâneo Central, a bordo de embarcações perigosas, para chegarem à Europa.

De acordo com o comandante Nasser al-Gammoudi, o primeiro bote afundou com pelo menos 75 pessoas e os socorristas estiveram mais de cinco horas a procura de outros sobreviventes. Entretanto, as autoridades líbias iniciaram uma investigação para identificar e deter os responsáveis pelo “tráfico humano” para que respondam perante a Justiça pelos seus os actos, qualificados como “desumanos”.

Desde que veio à tona o escândalo sobre escravatura, as autoridades defendem que o problema dos migrantes representa um sério desafio quando o país enfrenta uma prolongada crise política, insegurança e graves dificuldades económicas desde o derrube do Governo de Muammar Kadhafi, em 2011.

O número de pessoas que atravessam o Mediterrâneo partindo da Líbia para tentar chegar à Itália baixou entre Julho e Setembro, passando de 11.500 a 6.300, para um total de 21.700 em todo o trimestre.

O presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, seguiu na tarde de domingo (26) para a cidade de Windhoek, República da Namíbia, onde vai orientar a 42.ª Assembleia Plenária do Fórum Parlamentar da SADC, que decorre de 25 de Novembro a 4 de Dezembro.

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O Fórum Parlamentar (FP) da SADC foi criado em 1997, como instituição autónoma da Comunidade para o Desenvolvimento dos Países da África Austral (SADC), composta por 14 parlamentos da região.

Têm assento parlamentar no Fórum representantes de Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesotho, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Swazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.

Fernando da Piedade Dias dos Santos foi eleito presidente do FP-SADC na 40.ª assembleia plenária do órgão, realizada em Novembro de 2016, no Zimbábue.