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Valor Económico

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FORTUNA. Um ‘ranking’ recentemente elaborado pela Love Money, citado pelo site ‘Dinheiro Vivo’, lista os homens de negócios que, nos últimos dois séculos, conseguiram acumular grandes fortunas, nas tecnologias, petróleos, imobiliário, investimentos diversos e comércio. Alguns foram detentores de patrimónios que hoje valeriam mais de 450 mil milhões de euros.

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1810 - Stephen Girard

Nascido em Bordeaux, França, em 1750, é filho de um capitão, que se mudou para a Filadélfia, EUA, onde se estabeleceu como comerciante. Acumulou uma grande fortuna ao importar e exportar a maioria dos produtos que circulavam pela cidade. Em 1811, fundou um banco, instituição a qual foi a principal credora do governo dos EUA durante a guerra de 1812, o que catapultou o património a valores que rondariam 110 mil milhões de euros. Quando faleceu, em 1831, a maior parte da sua fortuna foi usada em causas solidárias.

1830 - Nathan Mayer Rothschild

Nasceu em Frankfurt, na Alemanha, em 1777, tendo-se transferido, mais tarde, para Inglaterra onde fundou negócios na área financeira e têxtil. Quando faleceu em 1836, Rothschild tinha uma fortuna acumulada na ordem dos 343 mil milhões de euros.

1840 - John Jacob Astor

Foi o primeiro norte-americano a atingir a escala de multimilionário. Nasceu em Walldorf, Alemanha, em 1763, e emigrou para os EUA com apenas 21 anos. Começou no comércio de peles, tendo criado um monopólio, até chgegar ao imobiliário. Tinha um património líquido hoje avaliado em 126 mil milhões de euros Quando faleceu, em 1831, a maior parte da sua fortuna foi usada em causas solidárias.

1850 - Cornelius Vanderbilt

Nasceu em Staten Island, Nova Iorque, em 1794. Abandonou a escola aos 11 anos e dedicou-se à construção naval, tendo tornado o barco a vapor a expansão do seu negócio. Em 1850, já era o mais rico no mundo. Em 1863, comprou uma rota ferroviária em Nova Iorque e fundou uma das primeiras mega-corporações da América. Faleceu em 1877, deixando uma fortuna de aproximadamente 128 mil milhões de euros ao filho mais velho, William Henry Vanderbilt.

1890 - John D. Rockefeller

Natural de Nova Iorque, nascido em 1839, foi um dos fundadores da Standard Oil, em 1870, tendo passado a controlar 90% de todo o petróleo refinado dos EUA. Na década de 1890, o barão do petróleo expandiu os negócios para o minério de ferro e gás natural, tendo tido uma enorme influência também sobre a indústria ferroviária. Manteve o seu estatuto de mais rico do mundo até à sua morte, em 1937. Rockfeller doou mais de 470 milhões de euros.

1900 - Andrew Carnegie

Nasceu em Dunfermline, Escócia, em 1835. A história deste industrial surge hoje como tendo sido um dos principais responsáveis pela expansão da indústria siderúrgica nos EUA, tendo situado o seu património líquido nuns incríveis 305 mil milhões de euros. Andrew Carnegie faleceu em 1919 e doou 90% da sua fortuna, ainda em vida.

1940 - Henry Ford

Nascido a 1863, o fundador da marca Ford Motor Company, que revolucionou o fabrico automóvel, já foi a pessoa mais rica do mundo. Em 1947, ano em que faleceu, a marca que havia fundado valia qualquer coisa como 171 mil milhões de euros.

1950 - J. Paul Getty

Natural de Minneapolis, EUA, em 1892, investiu no petróleo com apenas 20 anos. Criou um império a partir de 1950, quando se expandiu para o Médio Oriente e, em 1957, era o mais rico do mundo. Manteve o controlo sobre a indústria petrolífera. Em 1973, recusou pagar um resgate para libertar o neto, que havia sido sequestrado em Roma. Quando faleceu em 1976, a fortuna já era de 22,6 mil milhões de euros.

1980 - Yoshiaki Tsutsumi

Chegou a ser a pessoa mais rica do mundo nos anos 1980, tendo ocupado o topo da lista de riqueza da Forbes, durante três anos consecutivos. Em 1987, tinha uma fortuna avaliada em 37 mil milhões de euros.

1990 - Bill Gates

Fundador da Microsoft, Bill Gates ocupou o primeiro lugar da lista da Forbes, em 1995, mantendo-se, ainda hoje, nos lugares cimeiros do ‘ranking’ que classifica anualmente os homens mais ricos do mundo. Em 1995, o magnata da tecnologia valia qualquer coisa como 11 mil milhões de euros.

2000 - Warren Buffett

Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway, uma companhia que supervisiona e gere uma série de empresas subsidiárias, chegou a acumular 53,2 mil milhões de euros, o que o tornou na pessoa mais rica do mundo.

2010 - Jeff Bezos (na foto)

O fundador da Amazon é actualmente a pessoa mais rica do mundo. O director executivo do grupo, que foi fundado no ano de 1994, em Seattle, EUA, tem uma fortuna acumulada na ordem dos 142 mil milhões de dólares, segundo o mais recente relatório da Bloomberg, divulgado na semana passada. A maioria deste património é proveniente da participação que Bezos tem na empresa que fundou.

O censo da Agricultura, Pecuária e Pesca (RAPP) deve iniciar-se este ano e vai decorrer até 2019, com o objectivo de permitir ao Estado obter dados actualizados sobre os dois sectores.

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A iniciativa foi aprovada na 7.ª sessão ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, realizada na sexta-feira, no Lubango, Huíla, liderada por João Lourenço.

Segundo o comunicado do encontro, foi criado um Gabinete Central do Censo Agro-pecuário e das Pescas. Trata-se de um órgão ‘ad-hoc’ do Instituto Nacional de Estatística e dos gabinetes de Estudos, Planeamento e Estatística dos ministérios da Agricultura e Florestas e das Pescas e do Mar.

O órgão interdisciplinar tem como função planificar, preparar, recolher, tratar, analisar e divulgar dados estatísticos resultantes do recenseamento agro-pecuário e pescas 2019.

CONSTRUÇÃO. Embora os trabalhos estejam paralisados desde 2014, a infra-estrutura já tem uma execução na ordem de 78%. Ministra Maria do Rosário Sambo justifica paralisação com atrasos no pagamento das verbas.

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As obras do Pólo Universitário da província do Bengo, paralisadas desde 2014, poderão ser concluídas ainda este ano, garantiu, na passada semana, em Caxito, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bagança Sambo.

A dirigente avançou que há “boas perspectivas” para o pagamento da verba em falta para se terminar a construção do pólo universitário da região, ainda dentro do corrente ano.

O Pólo Universitário do Bengo já tem uma execução na ordem de 78% e, segundo Maria do Rosário Sambo, os trabalhos estão paralisados “devido ao atraso no pagamento dos valores monetários”, esclarecendo que a infra-estrutura, antes concebida para acolher crianças, terá de ser adaptada para aulas teóricas e práticas do ensino superior.

O Bengo tem apenas uma instituição pública do ensino superior, a Escola Superior Pedagógica (ESP). No pólo universitário, estará a funcionar o Instituto Superior Politécnico, a ser institucionalizado nos próximos tempos.

O Ministério do Ensino Superior, no quadro da reorganização da rede de instituições de ensino superior, promete, trabalhará com o governo local para discutir os cursos técnicos que mais se adequam ao desenvolvimento do Bengo.

O Pólo Universitário do Bengo ocupa uma área de 500 mil metros quadrados, tem seis blocos, com uma escola com 16 salas de aula, 10 salas de artes e ofícios, 64 quartos, área administrativa, biblioteca, refeitório, ginásio, igreja, casa do director, campo de futebol, três campos polivalentes, entre outros espaços.

Durante a vista, a ministra manteve um encontro com a governadora provincial do Bengo, Mara Quiosa, deslocou-se ao espaço onde será construído o futuro Campus de Saúde da Universitário Católica de Angola, na localidade do Sassa Cária, e à Escola Superior Pedagógica do Bengo.

Campus de Saúde da UCAN

A Universidade Católica de Angola deve lançar, em breve, no Bengo, o seu ‘campus’ de Saúde, um projecto que, segundo a ministra, citada pela Angop, será uma “mais-valia” para a população local, pois, nos próximos tempos, poderá ganhar um novo hospital, cursos de ciências da saúde e um centro de investigação. “Esse tipo de projectos servem o interesse do Governo, no âmbito das parcerias com instituições privadas”, rematou.

PROTECÇÃO AMBIENTAL. Responsável da Agência Nacional de Resíduos esclarece que se pretende reduzir obstrução de canais e valas de águas pluviais e residuais que originam lagoas, que dão lugar a viveiros de vectores de doenças infecto-contagiosas.

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O Governo leva a cabo um estudo sobre a criação de uma taxa a ser aplicada sobre a produção e importação de produtos de plástico, sobretudo sacos e garrafas, para atenuar o impacto destes materiais sobre o meio ambiente.

A informação foi avançada recentemente, em Luanda, pelo presidente do conselho de administração da Agência Nacional de Resíduos (ANR), Sabino Ferraz, que frisou que esta medida resulta do elevado grau de poluição causado por estes produtos, com a obstrução de canais e valas de drenagem de águas pluviais e residuais.

Segundo o responsável, a obstrução de canais e valas de drenagem de águas pluviais e residuais tem estado na origem de lagoas, que se tornam em “viveiros de insectos e outros vectores de doenças infecto-contagiosas”.

Sabino Ferraz avança igualmente que, além desta iniciativa, se pretende dinamizar a recolha destes produtos em todo o país, mediante uma campanha de sensibilização sobre os resíduos produzidos, a sua qualidade e destino final.

“Um maior investimento deve ser realizado para a consciencialização das populações sobre os riscos decorrentes dos seus comportamentos, tornando-as em agentes de prevenção da poluição e para a reparação dos danos causados pelos resíduos sólidos”, esclareceu.

Em Angola, a estratégia para o combate à poluição plástica insere-se no quadro estabelecido no Plano Estratégico para a Gestão de Resíduos Urbanos (PESGRU), foi aprovado por Decreto Presidencial a 30 de Agosto. Em Angola, explica, todo aquele que polui o ambiente com quaisquer fontes, dispositivos, substâncias ou matérias radioactivos ou os depositar no solo ou subsolo, mar, rios, lagos, ou outras massas de água, sem estar autorizado nos termos desta, é punido com pena de prisão de um a seis anos.

“Quem causa danos substanciais à qualidade do ar, da água, do solo ou da fauna e da flora, ao proceder às operações de recolha, transporte, armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação de resíduos, assim como à exploração de instalação onde se exerça actividade perigosa ou onde sejam armazenadas ou utilizadas substâncias perigosas, é punido com a pena de prisão de até dois anos ou com pena de multa de até 360 dias”, alertou.

Dados do National Gographic apontam que mais de cinco triliões de peças plásticas flutuam nos oceanos, sendo que, em 2015, 73% de todo o lixo recolhido nas praias era de plástico (filtros de cigarros, garrafas, tampas de garrafas, embalagens de alimentos, sacos de comprasse recipientes de poliestireno).

ELECTRICIDADE. Dívida resulta do fornecimento de combustível às centrais térmicas e é só metade do total de dívidas do Estado. Geração de energia com base em fontes térmicas é o garante do funcionamento do sistema eléctrico.

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Empresa de Produção de Electricidade, Prodel, encabeça a lista de entidades públicas com dívidas avultadas à Sonangol, com um valor de cerca de 1.728 milhões de dólares.

Resultante do fornecimento de combustível para o funcionamento das centrais térmicas em todo o país, a dívida da Prodel representa mais de às irregularidade do Estado nos pagamentos dos subsídios. Segundo a fonte, essa situação causa “naturais constrangimentos”, além de limitar os investimentos da Prodel, face ao desafio de electrificação do país.

“Há custos logísticos elevadíssimos. Por exemplo, a central térmica de Saurimo precisa aproximadamente de 30 mil litros de combustível para o seu normal funcionamento, que é acrescido com as dificuldades da má conservação das estradas”, refere a fonte. A mesma que perspectiva o aumento da dívida, enquanto houver dependência das fontes térmicas. “A solução passa pelo fim do subsídio ao preço da electricidade, uma medida que, há muitos anos, as empresas do sector eléctrico defendem”, observa a fonte.

A Prodel tem enquadrado, no seu parque de produção térmica, 42 centrais. Indicadores de facturação, referentes a 2016, indicam que os custos gerais de exploração da Prodel estiveram acima dos 73,6 mil milhões de kwanzas. No mesmo período, a empresa solicitou subsídios de mais de 70,6 mil milhões de kwanzas, mas recebeu pouco mais de um terço, precisamente 28,5 mil milhões de kwanzas.

Renováveis, a solução

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, defendeu a contratação de uma empresa com capacidade para substituir a produção de energia térmica pela renovável em magnitude suficiente para baixar os custos até 40%.

Em declarações na Feira Internacional de Luanda , que terminou no último sábado, lembrou que as energias renováveis têm um custo de dois milhões de dólares por megawatt, enquanto a energia térmica - com a utilização do combustível diesel - fica por 1,2 milhões de dólares, mas com “um ónus mais elevado das operações”. “A grande diferença é que, apesar de a energia térmica ter um custo de capital mais baixo, tem associado um custo de manutenção elevado, enquanto, na energia solar, esses custos são praticamente nulos”, reforçou o ministro.

João Baptista Borges prevê o cenário provável de uma matriz em que, numa primeira fase, parte da produção de electricidade seja suportada por sistemas de energia solar durante o dia e térmica ao longo da noite.