Valor Económico

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O ministro da Comunicação Social, João Melo, visitou, nesta quarta-feira, 10, as redacções dos jornais Nova Gazeta e Valor Económico, onde se inteirou do funcionamento interno das duas publicações.

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Na ocasião, o governante manifestou-se preocupado com a qualidade dos estudantes finalistas do curso superior de Comunicação Social, no país, tendo realçado que, em função deste quadro, o pelouro que dirige está a estudar a possibilidade da criação de um curso de extensão para que os quadros em causa estejam à altura das exigências actuais deste específico mercado de trabalho.

Esta é a primeira visita que o ministro João Melo efectua a estes órgãos de Comunicação Social, em particular, após a sua nomeação a 28 de Setembro de 2017, pelo Presidente da República, João Lourenço.

O Presidente da República, João Lourenço, considera a posição da justiça portuguesa em não transferir o processo que envolve o antigo vice-presidente, Manuel Vicente, como uma “ofensa” a Angola.

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A posição foi tomada na conferência de imprensa, realizada hoje, com os jornalistas, que durou uma hora. João Lourenço declarou que Angola fez o pedido de transferência do processo, mas que “lamentavelmente Portugal não satisfez o pedido, alegando que não confia na justiça angolana”.

“Consideramos uma ofensa. Não aceitamos esse tipo de tratamento. Estamos a aguardar pacientemente o desfecho. Qualquer posição de Angola vai depender muito do desfecho desse caso”.

O Presidente referiu que Angola não está a pedir que Manuel Vicente seja absolvido ou que o processo seja arquivado. “Não somos juízes. A intenção não é livrar o engenheiro do processo. A intenção é que o processo seja feito na justiça angolana”, referiu.

O caso apelidado de “Operação Fizz”, processo em que o ex-vice-Presidente e ex-presidente do conselho de administração da Sonangol, Manuel Vicente, é suspeito de ter corrompido, em Portugal, Orlando Figueira, quando este era procurador do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), do Ministério Público. O início do julgamento está marcado para 22 deste mês, no Tribunal Judicial de Lisboa.

FRAGILIDADE. Apple admitiu que os seus computadores e telefones estão na lista de dispositivos afectados por uma vulnerabilidade nos processadores Intel e ARM. A instituição aconselha a instalação de aplicações apenas de fontes fidedignas.

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A Apple, fabricante dos computadores Mac, Iphones e iPads, admitiu, na sexta-feira, que os seus computadores estão na lista de dispositivos afectados por uma vulnerabilidade dos processadores Intel e ARM, que os podem deixar à mercê de ‘hackers’.

Para evitar problemas de maior, a empresa aconselhou os clientes a fazerem ‘download’ apenas de sites fidedignos, depois de as falhas de segurança conhecidas como Spectre e Meltdown terem sido conhecidas na última quarta-feira.

“Investigadores de segurança descobriram recentemente problemas de segurança conhecidos por dois nomes, Meltdown e Spectre. Estes problemas aplicam-se a todos os processadores modernos e afectam quase todos os computadores e sistemas operativos. Todos os sistemas Mac e iOS são afectados”, escreve a marca em comunicado.

No entanto, a Apple salienta que a falha só pode ser explorada por ‘hackers’ caso seja feita a instalação de um ‘software’, daí o conselho para que os utilizadores só instalem aplicações de fontes fidedignas.

Até sexta-feira, não se conhecia qualquer ataque que tenha utilizado estas falhas nos processadores Intel e ARM, mas, segundo o JN, há empresas, como a Microsoft, que estão a trabalhar para fornecer correcções do erro aos clientes.

A Apple revela que já lançou correcções contra o Meltdown no iOS 11.2, Mac OS 10.13.2 e tv OS 11.2, que ajudarão os clientes a protegerem-se de um eventual ataque. O Apple Watch não é afectado pelo problema, revela a empresa no seu blog oficial.

Falhas nos processadores

Os processadores construídos nos últimos 10 anos pela empresa norte-americana Intel têm uma falha de concepção comprometedora para a segurança dos computadores que equipam, revelou o site britânico ‘The Register’.

“É um problema muito grave por duas razões: porque envolve o material, o que complica as coisas, e porque pode permitir (um terceiro) assumir o controlo do computador”, disse Gérôme Billois, técnico em segurança informática na empresa ‘Wavestone’, à agência AFP.

A Intel, que ainda não reagiu oficialmente ao caso, já teria dado instruções a várias empresas para que estas pudessem desenvolver correcções. Estas correcções estão em progresso para os sistemas Linux, Apple e Windows.

No final de 2016, a Intel já tinha sido confrontada com outra falha de um dos seus produtos, mas de menor dimensão e não generalizada.

O Chefe de Estado angolano, João Gonçalves Lourenço, reafirmou, hoje, em Luanda, que Angola não tem outra saída para a crise que actualmente vive a não ser pela diversificação da sua economia.

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A austeridade, segundo o chefe do Executivo, não significa não diversificar a economia. “Antes pelo contrário, é precisamente a austeridade que nos obriga a diversificarmos a economia. Angola não tem outra saída senão diversificar, de facto, a economia”, esclareceu.

João Lourenço avisou que é preciso avançar para acções concretas, no sentido de fazer com que as exportações nacionais não se baseiem apenas no crude, mas “quando falarmos de exportações angolanas falemos de outros produtos do que o petróleo bruto”.

O Presidente da República falou em conferência de imprensa pela primeira vez na condição de Presidente da República, depois de já o ter feito em vésperas das Eleições Gerais de 2017, na condição de candidato a Presidente da República, pela lista do MPLA.

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. Fábricas e revendedores de marfim licenciados pelo governo chinês devem fechar, dois anos depois de um acordo com os EUA. A China é responsável pelo abate anual de cerca de 30 mil elefantes africanos.

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Foi na passada semana que entrou em vigor a lei que proíbe, quase que totalmente, a compra e a venda de marfim na China, um dos maiores consumidores mundiais de produtos com marfim.

Desde 31 de Dezembro, o comércio de marfim legal e governamental da China está proibido e todas as fábricas e comerciantes de escultura de marfim licenciados no país serão encerrados. A lei, segundo o ‘National Gegraphic’, entra em vigor pouco mais de dois anos depois do anúncio conjunto, em 2015, feito pelo presidente chinês, Xi Jinping, e do então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

A China é amplamente considerada o maior consumidor mundial de marfim, legal e ilegal, e tem grande responsabilidade sobre o abate anual de cerca de 30 mil elefantes africanos. No país, o marfim é usado para esculturas, bugigangas, hashis e outros itens.

De acordo com Gao Yufang, explorador da National Geographic e doutorando em Biologia de Conservação e Antropologia Cultural na Universidade de Yale, a proibição é uma mensagem de que “a vida dos elefantes é mais importante do que a cultura do marfim”.

Uma proibição internacional do comércio de marfim entrou em vigor em 1990, mas a China continuou a permitir vendas de marfim dentro das suas fronteiras. O ‘stock’ legal de marfim do país veio sobretudo de países africanos.

Em chinês, marfim é ‘xiangya’, que significa “dente de elefante”, o que levou muitos a acreditarem que o marfim pode ser retirado de um elefante sem causar dano. O Fundo Internacional para o Bem-estar dos Animais, sem fins lucrativos, fez uma pesquisa na China em 2007 e descobriu que 70% dos entrevistados não sabia que um elefante tem que ser morto para a retirada do marfim.

Redes criminosas

Um estudo do Fundo Mundial da Natureza (WWF, sigla inglesa) publicado no ano passado dava conta que o tráfico de marfim na África central se internacionalizou com o reforço das redes criminosas internacionais, principalmente chinesas. Segundo a organização, são três os factores que comprometem gravemente a luta contra o tráfico de marfim na África central: “a frágil governação, a corrupção e a evolução constante do comércio”. No entanto, o relatório revela que, na África central, os mercados domésticos abertos de marfim estão a desaparecer principalmente devido aos esforços de aplicação da lei e da concorrência.

No Gabão, por exemplo, as populações de elefantes de floresta, mais pequenos do que o da savana, do parque Minkébé no nordeste, na fronteira com o Congo e os Camarões, caíram quase 80% em uma década, segundo um estudo recente da Universidade de Duke, nos EUA.

No Norte da República Centro Africana, nenhum elefante foi observado, segundo o último recenseamento da ONG Widlife Conservation Society (WCS) divulgado em Julho.