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Valor Económico

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O Presidente da República, João Lourenço, reuniu-se nesta quarta-feira (29), em Abidjan, Côte d'Ivoire, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, à margem da 5.ª cimeira entre a União Africana e a União Europeia.

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No encontro, António Guterres sublinhou o papel de Angola nos esforços de manutenção de paz e da estabilidade na África Austral, bem como e na região dos Grandes Lagos, afirmou à imprensa, no final do encontro, o chefe da diplomacia angolana, Manuel Augusto.

Por sua vez, o Presidente João Lourenço, segundo o ministro Manuel Augusto, manifestou ao secretário-geral da ONU a sua indignação pelo facto de migrantes africanos estarem a ser vendidos como escravos na Líbia. Trata-se de uma situação desagradável cujos responsáveis devem ser punidos, referiu.

Ainda nesta quarta-feira e à margem da cimeira que é realizada pela primeira vez num país da África subsaariana, o Chefe de Estado angolano manteve encontros separados com o presidente do Parlamento Europeu, António Tajani, primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, e com o primeiro-ministro de Portugal, António Costa.

A 5.ª cimeira entre a União Africana e a União Europeia, que conta com a presença de pelo menos 80 chefes de Estado e de Governo, incluindo o Presidente João Lourenço, decorre de 29 a 30 na capital económica da Côte d'Ivoire, Abidjan.

O lançamento de um Plano Marshall para África e a criação de um programa de Erasmus (apoio inter-universitário) para jovens empreendedores são algumas das propostas para a cimeira.O encontro marca dez anos de parceria entre os dois blocos.

Está a ser encarado como um ponto de viragem, cujo ponto de partida é a vertente demográfica. Em 2050, África terá o mesmo número de pessoas que tem hoje a Índia e a China juntas, e mais de metade da população terá menos de 25 anos.

A gala de premiação da 7.ª edição dos Prémios Sirius 2017, aconteceu ontem (quarta-feira), em Luanda, numa acção da Consultora Deloitte. Sob o lema ‘Um povo, um país’, esta sétima edição serviu para homenagear o povo angolano.

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O momento De reconhecimento foi destacada com a oferta, ao país, de uma escultura intitulada ‘Rinoceronte em marcha’, que representa a elegância da força de Angola que, com calma, ergue as suas estruturas económicas, sociais e políticas.

Na ocasião, o ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, em representação do Presidente da República, João Lourenço, considerou a homenagem de extrema importância para a vida económica e social de Angola, por representar a generosidade e o heroísmo do povo angolano.

"O povo angolano é um povo heróico e generoso que passou por imensas dificuldades e conseguiu ultrapassa-las. Conquistou a paz e a Reconciliação Nacional", afirmou. Por outro lado, o presidente da Deloitte, Duarte Galhardas, afirmou que a homenagem serve igualmente para lembrar que o povo angolano tem se afirmado como uma grande Nação una, coesa, forte e determinada, ambicionando fazer o melhor e mostrar ao mundo a existência de um espírito de abertura, diálogo e fraternidade.

"Acreditamos que esta homenagem constitui um sinal para a comunidade empresarial, porquanto realça as qualidades que este Povo evidência a cada momento e que nos permitem, com todo o realismo e legitimidade, acreditar nas gerações vindouras e no futuro de Angola", sublinhou o gestor.

A gala de premiação da 7.ª edição dos Prémios Sirius, visa homenagear a excelência, o talento e as boas práticas das empresas e individualidades que mais se destacaram na comunidade empresarial angolana durante o exercício económico 2016/2017, distinguiu a empresa Novagrolider como a vencedora do prémio de melhor empresa exportadora.

Foram também premiadas as empresas Banco Caixa Geral Angola, na categoria de melhor programa de desenvolvimento do capital humano, a Total E&P Angola (categoria de melhor programa de responsabilidade social) e Acail Angola, melhor investimento directo estrangeiro.

Para a categoria de prémio empreendedor do ano foi distinguido o empresário da firma Indústrias Alimentares Reunidas (INAR), Victor Alves (82 anos), enquanto a empresa Omatapalo venceu o prémio de melhor relatório de gestão e contas do sector não financeiro. Na banca, o Starndard Bank de Angola (SBA) foi o vencedor do prémio de melhor relatório de gestão e contas do sector financeiro.

A Latiangol foi distinguida com o prémio empresa do ano do sector não financeiro, enquanto o Banco Angolano de Investimento (BAI) venceu o prémio empresa do ano no sector financeiro.

O prémio melhor gestor do ano foi atribuído ao presidente do Conselho Executivo da empresa Angola Cables, António Nunes.

O lançamento do AngoSat-1, o primeiro satélite angolano, previsto para 7 de Dezembro, no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, foi adiado para 26 de Dezembro de 2017, informou o consórcio russo responsável pela construção, liderado pela RSC Energia.

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Uma informação da RSC Energia, consultada hoje (28) pela Lusa, refere que já foi concluída uma verificação pós-embarque das baterias de iões de lítio do satélite e as operações finais com o veículo de lançamento Zenit-2.Não são contudo adiantadas explicações para este adiamento, tendo em conta o prazo anteriormente definido e divulgado pela empresa estatal russa RSC Energia, que garante apenas que o lançamento está agora "agendado para 26 de Dezembro de 2017".

O ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, disse na segunda-feira que a preparação do AngoSat-1 está "na reta final", mas escusou-se a avançar uma data concreta para o lançamento.

Angola é um dos países que estará na 5.ª Cimeira da União Africana - União Europeia (UE), a decorrer de 29 a 30 de Novembro, em Abidjan, Côte d'Ivoire, sob o lema ‘Investir na juventude para um futuro sustentável’.

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Para este evento em que líderes africanos e europeus buscam soluções concretas para promover um melhor acesso à educação, estimular o investimento e criar emprego, Angola far-se-á representar pelo Presidente da República, João Lourenço. Este ano é determinante para as relações entre os dois continentes, pois já passaram dez anos desde a adopção da Estratégia Conjunta UE-África.

A Cimeira UA-UE será um momento chave e oportunidade única para reforçar os laços políticos e económicos entre África e Europa. Na cimeira, os dirigentes africanos e europeus debaterão o futuro das relações EU - África, dando especial atenção à questão do investimento na juventude. Esta é uma das principais prioridades para África e para a UE, já que 60 % da população africana tem menos de 25 anos.

Durante a cimeira, serão também debatidas outras prioridades da parceria África-UE, entre as quais a paz e a segurança; a governação, incluindo a democracia, os direitos humanos, a migração e a mobilidade; o investimento e o comércio; o desenvolvimento de competências; e a criação de emprego. Em 2014, a quarta cimeira UA-UE reuniu mais de 60 dirigentes da Europa e de África, a fim de debater o futuro das relações UE África e reforçar os laços entre os dois continentes.

A Amnistia Internacional (AI) pediu hoje (27), aos países da União Africana (UE) e de África que aproveitem a cimeira de quarta e quinta-feira em Abidjan para aprovar medidas destinadas a combater a crise dos imigrantes na Líbia.

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Num comunicado divulgado hoje em Bruxelas, o porta-voz da organização internacional, John Dalhuisenm, “exige” que as autoridades dos dois continentes cheguem a “um acordo” para “travar o êxodo”, e que “não viole os direitos humanos” de todos os que recorrem ao país para atravessar o Mar Mediterrâneo com destino à Europa.

A organização de defesa e promoção dos direitos humanos pede também aos países africanos que expliquem as medidas que pretendem tomar para “pressionar” os líderes europeus a abrirem “rotas legais e seguras” para refugiados e migrantes.

Sobre o escândalo provocado pelas imagens divulgadas recentemente pela cadeia de televisão norte-americana CNN, que dão conta de imigrantes subsaarianos em regime de escravatura em território líbio, a Amnistia Internacional afirmou que o fenómeno “não pode ter surpreendido” os líderes africanos. “As imagens não podem ter surpreendido (os líderes africanos que vão a Abidjan)”, lê-se no comunicado da Amnistia, que adianta que as organizações governamentais (ONG) têm vindo sistematicamente a denunciar a situação “desumana e violenta” enfrentada pelos refugiados e migrantes na Líbia, que inclui assassínios, torturas e violações.

Para a AI, a política da UE tem vindo a priorizar as políticas de prevenção para que os refugiados e migrantes não cheguem à Europa, “com o pleno conhecimento” de que tal implica que centenas de milhar de mulheres, homens e crianças sejam alvo de abusos.