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Valor Económico

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EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Falta de financiamento para projectos de investigação científica, problemas de corrente eléctrica e de reabilitação, e asfaltagem e iluminação pública do troço que liga a futura escola são apontados como entraves.

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A abertura das Faculdades de Direito e de Economia no Kuando-Kubango, bem como dos cursos de Química, Física e Geografia na Escola Superior Pedagógica, foi defendida quinta-feira pelo reitor em exercício da instituição de ensino superior, Augusto Chipombela.

O académico, que apresentava à vice-governadora da província, Sara Luísa Mateus, o memorando sobre o estado funcional da Universidade Cuito Cuanavale, com a sede em Menongue, apontou como entraves à concretização dos objectivos traçados “a falta de financiamento para o projecto de investigação científica, de corrente eléctrica na reitoria, de reabilitação e asfaltagem do troço que liga a estrada da futura escola, bem como da iluminação pública”.

A falta de recursos financeiros condiciona a construção e apetrechamento dos laboratórios, a aquisição de reagentes e nódulos para manter o normal funcionamento dos laboratórios da instituição.

Entre as metas, para a afirmação da universidade no contexto nacional, está a transferência de duas unidades orgânicas localizadas no Kuando-Kubango para novas instalações situadas no bairro Tucuve, em Menongue, que apresentam melhores condições de acomodação.

O responsável adiantou que a falta de docentes nacionais remete a Universidade Cuito Cuanavale a uma situação de dependência da cooperação estrangeira e o reduzido número de funcionários não docentes diminui a capacidade de resposta e dificulta a realização dos serviços em tempo célere.

A realização de mais actividades de carácter científicas nas unidades orgânicas da universidade, incentivos de investigação científica, aquisição de bibliografia diversa, assim como a formação de especialistas em biblioteconomia e a criação de uma revista digital consta entre as metas da instituição.

A universidade pretende ainda desenvolver as principais linhas de investigação científicas, aplicar os resultados das pesquisas realizadas com relevância científicas, dinamizar a fazenda experimental localizada em Xangongo, no Cunene.

Apesar dos constrangimentos registados, de acordo com Augusto Chipombela, melhoraram-se as condições de trabalho, a aquisição de material e equipamento para acomodação dos gestores e responsável da universidade, bem como a aquisição bibliografia diversa.

A vice-governadora Sara Luísa Mateus, que reconheceu certas limitações da universidade, anunciou que, brevemente, será aberta uma instituição superior privada com cursos de Direito, Economia, entre outros técnicos, e vai proceder-se à extensão de alguns cursos para o interior da província.

Desde a sua criação, a universidade já formou 1.026 licenciados. Neste ano lectivo, foram matriculados 3.671 estudantes, 166 dos quais beneficiam de bolsas de estudo.

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS. Duas das maiores geleiras da Antárctica podem derreter ainda este século. O rápido degelo dos glaciares Pine Island e Thwaites podem fazer milhões de desalojados.

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A 4.023 quilómetros da América do Sul, dois glaciares seguram o destino do planeta Terra tal qual o conhecemos. Numa remota região da Antárctica, conhecida como Pine Island Bay, os glaciares Pine Island e Thwaites estendem-se por 241 quilómetros. Vão derreter. Só não se sabe quando.

Os dois glaciares são dos maiores – e dos que estão a derreter mais rápido – em toda a Antárctica. Num artigo do princípio do ano, a Rolling Stone chamava-lhes “os glaciares do Apocalipse”. Juntos, funcionam como uma tampa que segura gelo suficiente para subir o nível médio das águas em três metros: uma quantidade que iria afundar qualquer cidade costeira no planeta. Por este motivo, descobrir o quão rápido vão derreter é uma das questões científicas mais importantes do mundo neste momento.

Para chegar a essa resposta, os cientistas têm analisado o fim da última Idade do Gelo, há mais ou menos 11 mil anos, quando as temperaturas globais subiram até aos níveis em que se encontram actualmente. As más notícias é que todas as provas dizem que, nessa altura, Pine Island e Thwaites derreteram rapidamente e inundaram todas as linhas costeiras mundiais. Os especialistas concluíram que o veloz colapso aconteceu devido a algo chamado “instabilidade marinha de penhascos de gelo”.

Nesta zona da Antárctica, o oceano é mais profundo, por isso, cada vez que um iceberg se separa cria penhascos cada vez maiores. O gelo, cada vez mais pesado, faz pressão nestes penhascos – que acabam por não aguentar o seu próprio peso e colapsam. Quando começarem a cair, será impossível pará-los.

Nos últimos anos, os glaciólogos da NASA têm chegado à conclusão de que esta instabilidade causada pelos penhascos de gelo vai desintegrar toda a zona oeste da Antárctica ainda este século, numa janela de 20 a 50 anos, muito mais rápido do que alguma vez se pensou. A cada minuto, penhascos do tamanho de arranha-céus vão colapsar e entrar dentro de água. O resultado é simples: uma catástrofe global de proporções que nunca vimos.

Um colapso integral de Pine Island e Thwaites irá provocar a subida das marés, a inundação das linhas costeiras, o desaparecimento de cidades em todo o mundo e milhões de refugiados climáticos.

Grande parte destas novas descobertas pertence a dois climatólogos, Rob DeConto e David Pollard. Um estudo publicado pela dupla de cientistas na revista Nature foi o primeiro a ter em conta a instabilidade dos penhascos de gelo e a ameaça que significam para o mundo. DeConto e Pollard recusaram a hipótese de o nível médio das águas do mar subir 90 centímetros em caso de degelo rápido e garantiram que o mais provável é que suba 1,80 metros. O pior cenário possível, os três metros, acontece se as emissões de dióxido de carbono se mantiverem nos níveis actuais.

Se subir 90 centímetros, as cidades de Nova Orleans, Houston, Nova Iorque e Miami ficarão completamente inundadas. Países do Pacífico, como as ilhas Marshall, perderiam grande parte do seu território. No caso mais provável, o dos 1,80 metros, 12 milhões de norte-americanos ficavam desalojados e Xangai, Bombaim ou Ho Chi Minh deixam de existir. Com três metros, o território onde vivem centenas de milhões de pessoas em todo o mundo ficaria debaixo de água. A Florida seria inabitável, Nova Iorque e Nova Jersey ficariam totalmente inundadas duas vezes por mês e a simples mudança da lua seria suficiente para agitar as marés em direcção a casas e edifícios.

ENERGIA. Maior produtor de petróleo do continente começa a dar sinais de estar a preparar-se para um futuro sem o valor daquele que é, actualmente, o seu maior produto de exportação, o petróleo.

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A Nigéria, maior produtor petrolífero do continente, vai investir no biodiesel e a companhia petrolífera estatal da Nigéria, NNPC vai liderar o processo, tendo já rubricado, este mês, acordos com autoridades locais de dois estados onde serão implementados os projectos.

Na semana passada, rubricaram o segundo e foi com estado de Kebbi, no nordeste da Nigéria, que permitirá a construção do projecto com capacidade de produção estimada em cerca de 84 milhões de litros de bioetanol, derivado de mandioca e cana-de-açúcar.

Anteriormente, a petrolífera assinou um contrato preliminar com o governo do estado de Ondo para um projecto que terá a capacidade de 65 milhões de litros de bioetanol, para usar a mandioca como matéria-prima. Esse projecto, de acordo com o director-gerente do grupo NNPC Maikanti Baru, também envolveria investimentos estrangeiros.

O objectivo de apostar no numa indústria de biocombustíveis foi, entretanto, anunciado pela primeira vez, pelo governo nigeriano, no passado mês de Fevereiro, com um plano para estabelecer um fundo de 50 milhões de dólares que servirá para desenvolver a produção de biocombustíveis. Os fundos serão fornecidos a um Bieofuels Equity Investment Fund, que será obrigado a investir um mínimo de 5% em projectos relacionados com biocombustíveis.

Para encorajar a indústria, o governo da Nigéria implementou incentivos fiscais e disponibilidade de concessão para empresas privadas envolvidas no cultivo de produção de biocombustíveis. As empresas que actuam na área de biocombustíveis também receberam uma isenção de direitos de importação, nos primeiros cinco anos, bem como despesas relacionadas a materiais, instalações e máquinas envolvidas na produção de biocombustíveis.

Investir contra incertezas do petróleo

A aposta do maior produtor de petróleo de África com 1,8 milhões de barris/dia. É encarada, pelos diversos especialistas internacionais sobre questões energéticas, como forma que o país encontrou para defender das “incertezas” sobre o futuro do petróleo face ao investimento, cada vez maior, dos defensores das energias renováveis.

“A Nigéria é fortemente dependente das receitas de exportação de petróleo e, como outros produtores de petróleo, sofreu um forte golpe no último ‘crash’ do preço do petróleo. O golpe, no entanto, também foi um alerta que estimulou as iniciativas de diversificação económica. Por enquanto, a Nigéria está atrasada em relação a outros grandes produtores, mas os dois negócios de biocombustíveis indicam que não está a desistir, apesar da crescente produção de petróleo e preços mais altos do petróleo”, escreveu Irina Slav no site OilPrice.com, especializado em questões energéticas.

A Nigéria, entretanto, não tenciona ficar pelo biodiesel. Também projecta aproveitar melhor o potencial eólico e solar do país para diversificar a indústria energética. A rede de electricidade do país é fraca e os consumidores dependem das importações de diesel para alimentar as famílias e as empresas. No entanto, as ‘startups’ estão aparecendo, oferecendo uma alternativa ao diesel. As empresas estrangeiras, como a Wartsila finlandesa, também estão a começar a prestar maior atenção ao país. Recentemente, a empresa finlandesa anunciou que fechou um acordo para a construção do que será a maior instalação de geração de energia fotovoltaica da Nigéria, com capacidade para 75 MW.

CARREIRA. Alguns desses conselhos são tão comuns que parecem ter virado “regra” no meio corporativo, indica um estudo da Robert Half, uma empresa de consultoria norte-americana, recentemente divulgado.

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Um estudo realizado pela empresa de consultoria Robert Half, com mil trabalhadores dos Estados Unidos da América (EUA), indica que 66% deles já receberam um conselho que se revelou catastrófico para a carreira profissional. Desses, 35% atribuíram a má orientação a um amigo próximo. A pesquisa revela igualmente que 14% dos profissionais entrevistados responsabilizam os próprios familiares, nomeadamente os seus pais, por maus conselhos para a carreira, 10% um parente, 9% um professor ou mentor, 4% um supervisor e 1% um cônjuge. Alguns desses conselhos são tão comuns que parecem ter virado “regra” no meio corporativo, indica o estudo da Robert Half. A consultora seleccionou algumas das sugestões profissionais que costumam receber com frequência, mas que, na prática, se revelam prejudiciais para quem quer crescer na carreira e ter sucesso. Confira abaixo quais são:

“Minta no seu currículo, já esperam que você faça isso mesmo”. Segundo a consultora Robert Half, mentir no currículo é um acto perigoso, pois o documento consiste “no primeiro contacto” entre o candidato e o recrutador. “É quem, na prática, vai abrir ou fechar as portas. Uma mentira ali, portanto, tende a colocar em dúvida tudo o que o candidato defenderá posteriormente”, refere o estudo. Se o seu receio é não ter a experiência adequada para a vaga, por exemplo, uma melhor estratégia é ressaltar outras qualidades e aspectos que podem interessar à empresa, sugere ainda a pesquisa. 2). “Não faça muito para não ganhar mais trabalho”. É consensual que, quanto mais eficiente o profissional for, provavelmente mais tarefas irá receber. E este é, sim, segundo o estudo, um bom sinal de desenvolvimento na sua carreira. “Assumir responsabilidades é uma excelente estratégia para os profissionais que desejam destacar se no mercado, principalmente em momentos desafiadores”. Ficar na zona de conforto a fazer o básico não é o mais indicado. l

“Faça seu currículo bem detalhado e longo” Como os recrutadores têm cada vez menos tempo de avaliar todos os currículos que recebem, a sugestão da consultora é montar um currículo de, no máximo, duas páginas. O documento precisa de ser objectivo e trazer as principais conquistas profissionais nos cargos ocupados durante a carreira. Outra dica é elaborar o currículo de acordo com a vaga. Coloque palavras-chave, por exemplo, que tenham relação com aquilo que a empresa está à procura. “Ressalte aquilo que você tem e que pode chamar a atenção daquele recrutador específico”, sugerem os consultores da Robert Half.

“Não treine para a entrevista”. Pode parecer asneira, mas algumas questões simples fazem toda a diferença num processo selectivo, segundo o estudo. É importante saber não somente o que dizer, mas o que vestir, por exemplo.

“Não faça amizade com seus colegas de trabalho”. Pelo contrário. Criar laços e fazer amizades no ambiente de trabalho pode ser uma das maiores motivações de um profissional para ir trabalhar, indica a pesquisa.

“Inscreva-se numa vaga mesmo sem fazer uma pesquisa”. Este é um dos maiores erros, segundo a Robert Half, porque muitas pessoas descobrem na sala de entrevista que não têm afinidade com o perfil da empresa, moram longe da sede da companhia ou não possuem habilidades para desenvolver as tarefas exigidas.

“Aproveite-se do trabalho dos outros para que você possa avançar”. Não é recomendado tomar essa decisão, aconselha o estudo. “Ao longo da carreira, procure destacar as suas qualidades, identificar pontos de melhoria e evoluir sempre que possível. Aceite ajuda, quando julgar oportuno e atribua o crédito das acções, como gostaria que fizessem com você”, sugere a consultora. 

“Permaneça numa função em vez de crescer dentro da empresa”. Este é um conselho errado, segundo a consultora Robert Half, independentemente do estágio de carreira em que você estiver. É sempre importante reavaliar quais são os seus objectivos profissionais e, no caso de estar numa posição com a qual está satisfeito, procure expandir as suas habilidades.

O Presidente queniano Uhuru Kenyatta vai ser empossado terça-feira (28), em Nairobi para o seu segundo e último mandato, noticia hoje (27), a AFP.

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A cerimónia de terça-feira marca o fim da crise política que afecta a economia daquele país do leste de África, iniciada com uma decisão do Supremo Tribunal que anulou a 1 de Setembro as anteriores eleições, de 8 de Agosto, ganhas por Urutu, que foram invalidadas, a pedido da oposição, devido as irregularidades verificadas na transmissão de resultados.

A decisão do tribunal tinha sido saudado pela oposição que qualificou o facto como uma oportunidade para os políticos quenianos de reforçar a democracia, escreve Nicolas Delaunay para a AFP. Entretanto, um novo clima de desconfiança surgiu quando Urutu Kenyatta foi proclamado vencedor das novas presidenciais, organizadas a 26 de Outubro último e boicotadas mais uma vez pela oposição.

Mesmo assim o Supremo Tribunal validou o novo escrutínio a 20 de Novembro, o facto foi festejado no feudo de Kenyatta, em contrate com as manifestações surgidas nos bastiões do opositor Raila Odinga, no oeste e alguns bairros de Nairobi reprimidas pela polícia.

Odinga, que já perdeu três eleições à presidência, prometeu a vinda de uma " terceira república", referindo-se a independência conquistada em 1963 e à nova Constituição adoptada em 2010. Kenyatta , de 56 anos e no poder desde 2013, venceu com 98% de votos nas eleições de Outubro realizadas com fraca participação (39%) por causa do boicote da oposição.

Os apoiantes de Odinga tentaram impedir a realização do escrutínio em quatro circunscrições do oeste sobre as 47 que conta o país. No entanto, muitos observadores sublinham que a crise actual vão exacerbadas profundas divisões sociais, geográficas e étnicas que atravessa esse país de 48 milhões de habitantes.

Nos feudos de Raila Odinga, de etnia Luo, reforça-se o sentimento de terem sido desclassificados, descriminadas não tidos em contra desde a independência do Quénia em 1963, contra os kikuyu, etnia de Kenyatta, que deu ao país três dos seus quatro presidentes.