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Valor Económico

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Mais de 50 chefes de Estado e de Governo participam na terça-feira (12), em Paris, numa cimeira sobre o clima promovida pelo Presidente francês, marcada pela "ausência" dos Estados Unidos, noticiou a Lusa.

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No encontro, que o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, pretende que sirva para impulsionar a aplicação do Acordo de Paris sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa (assinado há dois anos e ao qual o Presidente norte-americano, Donald Trump, renunciou) vai estar também o secretário-geral da ONU, António Guterres. Segundo a presidência francesa, vão estar na cimeira ‘One Planet Summit’ mais de dois mil ‘actores-chave’, do sector público e privado, desde os chefes de Governo de Espanha e Reino Unido, Mariano Rajoy e Theresa May, ao actor Leonardo DiCaprio ou ao multimilionário Bill Gates.

A ‘One Planet Summit’ junta ainda outros norte-americanos "envolvidos" na questão das alterações climáticas, como o ex-governador do Estado da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, ou o antigo presidente da Câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg.

Os Estados Unidos trocaram uma presença de alto nível por uma representação pelo encarregado de negócios da embaixada em Paris, por decisão da Casa Branca, segundo a presidência francesa. Vão também presentes chefes de Estado africanos, dirigentes de países afectados pelas alterações climáticas (como o Bangladesh e ilhas do Pacífico e Haiti), Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial, e responsáveis de grandes cidades, empresas e organizações não governamentais, empenhados no combate às alterações climáticas.

O objectivo é, segundo o Palácio do Eliseu, impulsionar os "actores envolvidos" e os projectos ligados à luta contra as alterações climáticas "de uma forma muito concreta".

A cimeira foi anunciada em Julho por Emmanuel Macron como uma forma de retomar a questão da luta contra as alterações climáticas e a redução da emissão dos gases com efeito de estufa, depois do anúncio, em Junho, da intenção de Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris.

A reunião decorre num novo local cultural perto de Paris, na cidade da música da ilha de Seguin (a oeste de Paris), depois de um almoço dos chefes de Estado e de Governo no Palácio do Eliseu (presidência francesa). Com eventos paralelos a decorrer dois dias antes, a presidência francesa disse que são esperados "uma dezena de grandes anúncios" depois da reunião, que "se insere na agenda internacional sobre o clima", nomeadamente no ciclo das COP (Conferências das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas).

Organizada pelo Eliseu, ONU e Banco Mundial, a cimeira acontece pouco depois da 23.ª COP que decorreu em Bona, na Alemanha, em Novembro. Organizações não governamentais consideraram na altura que no encontro de Bona não ficaram estabelecidas formas concretas de conseguir que as temperaturas não aumentem mais de dois graus em relação aos valores pré-industriais, uma das metas do Acordo de Paris. Paris espera agora, segundo declarações de fontes oficiais no mês passado, um reforço do financiamento na luta contra as alterações climáticas ou a apresentação de projectos efectivos em sectores como os transportes, agricultura ou energias renováveis. Portugal tem defendido a aposta nas energias renováveis.

No passado dia 05 em Rabat, depois da 13.ª Cimeira Luso-Marroquina, António Costa garantiu que o país vai manter a aposta no desenvolvimento das energias renováveis para atingir as metas do Acordo de Paris em matéria de descarbonização da economia.

Perante os jornalistas, António Costa prometeu que Portugal "continua a desenvolver as energias renováveis e a baixar a factura energética". Concluído em 12 de Dezembro de 2015 durante a conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP21) em Paris, assinado por quase todos os países do mundo, o Acordo de Paris entrou em vigor a 04 de Novembro de 2016. Visa limitar a subida da temperatura mundial com a redução das emissões de gases com efeito de estufa.

PUBLICIDADE. Muitos taxistas de Luanda exibem anúncios de empresas, mas são raros os que recebem pagamentos. Mas gostam de ver as marcas nos carros ‘por causa do estilo’. No entanto, já há quem entenda as potencialidades do negócio e queira alterar as regras.

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O recurso à publicidade móvel, colocada nos táxis azuis e brancos, os candongueiros, por parte de empresas e marcas, é cada vez maior numa relação dominada pela informalidade, aproveitada por quem comunica para gastar quase nada.

A maioria dos taxistas gosta da ideia de ter um letreiro na viatura porque “fica mais bonito” e, por isso, muitas vezes, nem cobra. Há ainda quem acredite que as “marcas famosas atraem mais clientes, sobretudo jovens”. Mauro Cassua é um deles. Tem estampado na viatura o ‘logo’ da Movicel, apenas porque atendeu ao pedido de uns jovens. “Normalmente, aparecem vários funcionários da Movicel e de outras empresas com o papel de publicidade e pedem para colocar no nosso carro, mas nunca nos falam de pagamentos”, explica-se.

Mas existem uns poucos que cobram quantias mínimas que podem oscilar entre os dois mil e os 2.500 kwanzas por um tempo indeterminado. Por norma, segundo apurou o VALOR, os promotores de venda (na sua maioria jovens) entram em contacto com os taxistas nas paragens, tiram o número da matrícula e colam os anúncios depois de um pedido ou da negociação com os motoristas.

Rafael Francisco é taxista há mais de dois anos e já teve na viatura, pelo menos por cinco ocasiões, anúncios de diferentes empresas onde se destacam a Movicel, Zap e Unitel. O patrão (proprietário da viatura) nunca reclamou “talvez por achar que cabe ao motorista a responsabilidade da viatura”, explica. Mas defende que os taxistas deviam unir-se para passarem a ter uma única linguagem nas negociações: “Alguns taxistas aceitam dinheiro e outros não, porque o carro fica com outro ‘style’, mas todos devem unir-se para passar a cobrar um valor mensal nem que seja de 2.500 kwanzas”.

Outro taxista exibe na viatura uma publicidade da gasosa ‘Top’, há cerca de três meses. Ângelo Cavalo garante que não cobra nada. Porém, já recebeu 1.500 kwanzas para colocar um anúncio da Dstv que ficou por mais de um ano. “Pretendo entrar num acordo com a empresa que produz a gasosa ‘Top’ para me passar a pagar pelo menos 2.000 kwanzas por mês porque levo a publicidade para vários pontos estratégicos onde qualquer pessoa pode ver e eles ganham com isso”, argumenta.

Ângelo Cavalo não entende como funcionam as leis da publicidade em Angola, mas espera que se trabalhe na criação de políticas que beneficiem os taxistas. “Quando fui contactado pelos promotores, pediram-me para colar publicidade no carro. Perguntei se não havia uma remuneração e eles disseram que também não tinham dinheiro para nos dar porque também não recebem.”

Apesar de, na generalidade, existir um considerável desconhecimento sobre as vantagens que se pode tirar do negócio, há quem acredite que estas mesmas empresas negoceiam com as transportadoras públicas e os caminhos-de-ferro. “Certamente que pagam e bem, porque é que a nós não?”, interroga-se um dos taxistas.

Muitos não têm ideia do quanto poderiam ganhar. Entre eles, estão Brito Miranda e Julião Alberto que pertencem a uma ‘staff’ com 16 viaturas que ‘vestem’ a publicidade do Banco de Poupança e Crédito (BPC). “Criámos um elenco do BPC, mas sem apoio ou convénio com o banco”, explica Miranda. O grupo até é liderado por um presidente, que pretende entrar em contacto com os responsáveis do BPC para ver se eles passam a pagar algum valor por cada viatura.

Proprietário de uma frota de 120 ‘hiaces’, Alberto Dassala, durante muito tempo, não se preocupou em entender os meandros deste possível negócio, apesar de ter todas as viaturas com diferentes anúncios publicitários. Uma realidade que se alterou com a contratação de um gerente que conhece o potencial do negócio e confia que pode tirar rendimentos. “De uma ou de outra maneira devem de dar alguma coisa aos motoristas, mas erram porque têm deyt contactar os donos dos carros”, acredita. Alberto Dassala já tem planos para, em breve, mandar retirar toda a publicidade dos carros, tendo já entrado em conversações com o grupo Castel.

O director do gabinete de comunicação e imagem da Dstv, Adilson Garcia, garante que a operadora se limita a contratar empresas de comunicação e são estas que têm contacto com os taxistas pelo que desconhece os termos dos negócios. “A nossa empresa não é responsável pelo pagamento a taxistas porque contratamos agências de comunicação e marketing para a afixação dos nossos cartazes publicitários.”

Os preços de colocação de publicidade em viaturas variam de acordo com o tamanho do cartaz e não existe uma tabela de preços elaborada pelo Gabinete de Controlo de Publicidade do Governo Provincial de Luanda (GPL), que remete essa responsabilidade para as agências previamente licenciadas.

O Facebook tem vindo a bloquear contas de várias humoristas, por fazerem comentários direccionados aos homens, principalmente devido à onda de acusações de assédio sexual.

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O Facebook bloqueou, por 30 dias, a conta de Marcia Belsky, uma comediante baseada em Nova Iorque, EUA. A medida surgiu depois de Belsky ter comentado “homens são lixo” numa publicação da sua amiga Nicole Silverberg’s, em que indicava uma lista de como tratar bem as mulheres, segundo publicou o jornal ‘The Guardian’. Nesta mesma publicação, havia comentários com ameaças de morte e violação, mas, segundo Belsky, apenas o seu comentário foi banido.

Belsky contou ao ‘Daily Dot’ que esta não foi a primeira vez que viu a sua conta do Facebook ser bloqueada temporariamente por causa de piadas e comentários relacionados com alegados abusos sexuais.

“Não é a primeira nem será a última a quem o Facebook bloqueia a conta por “comentários impróprios”. Kayla Avery, também comediante, diz que já foi ‘expulsa’ da rede social por fazer comentários como “os homens são lixo” e “os piores”, entre outros parecidos. Foi depois de ter sido bloqueada por diversas vezes que iniciou o projecto ‘Facebook Jailed’, dando enfoque às histórias de quem é frequentemente banida da rede por postar comentários semelhantes.

Cerca de 500 comediantes, mulheres, juntaram-se a 24 de Novembro, numa espécie de protesto, publicando comentários do género “homens são lixo”. Quase todas as que participaram foram bloqueadas.

O Facebook disse que o que aconteceu com a conta de Belsky foi um erro, voltando a publicar alguns dos comentários. De acordo com as publicações no Twitter de Avery e de outras comediantes, a rede social não só elimina os comentários, como também as publicações que fazem, sobre homens, nas suas próprias cronologias.

A política do Facebook rege-se pelos comentários direccionados a um grupo específico. Por exemplo, quando se tem um discurso de ódio em relação “à raça, género, religião, etnia, orientação sexual e outros factores”, o conteúdo dos comentários deve ser removido – que foi, segundo a rede social, o que aconteceu com os comentários “homens são lixo”.

“Nós percebemos o quão importante é para as vítimas de assédio partilharem as suas histórias com as pessoas, expressar a sua raiva e opiniões – nós permitimos essas discussões no Facebook. Nós passamos a linha quando as pessoas atacam os outros com base no género”, disse um porta-voz da rede social.

Com a onda de acusações de assédio sexual e discursos de ódio contra os homens, o Facebook tem vindo a suspender as contas de muitas mulheres e afirma que quer uma rede social que seja um lugar seguro e de respeito pelos outros.

IMAGIOLOGIA. Pesquisadores podem desvendar a história da menina que morreu há quase dois mil anos, através de uma tecnologia que consiste num acelerador de partículas de alta intensidade.

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Investigadores estão mais perto de conhecer a história da menina de cinco anos que morreu há quase dois mil anos. A múmia foi encontrada em 1911 e é a primeira a ser examinada por este novo sistema que permite análises mais detalhadas dos ossos, tecidos e objectos posicionados junto ao corpo.

A tecnologia de última geração consiste num raio-X de synchrotron (acelerador de partículas) de alta intensidade, que é capaz de produzir uma análise tridimensional extremamente detalhada do corpo e de quaisquer outros objectos escondidos sob as faixas de linho que envolvem a múmia.

Apesar de, um século depois, nada se saber sobre a história desta múmia, os investigadores acreditam que se trate dos restos mortais de uma menina de cinco anos que terá morrido há 1,9 mil anos.

Além do corpo, foi também encontrado um retrato pintado do rosto de uma criança.

A múmia faz parte da colecção da Universidade Northwestern, localizada em Chicago.

ESTIAGEM. Criadores já abriram reservatórios de água para minimizar problema. Serviços Veterinários vão supervisionar a distribuição de capim para a nutrição do gado, nas zonas mais críticas.

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Mais de 1.700 cabeças de gado bovino morreram, nos últimos dois meses, no município de Caimbambo, em Benguela, na sequência de uma seca que afecta algumas províncias do Sul do país.

A situação levou a Benguela a directora dos Serviços de Veterinária de Angola, Bernardete Santana, que orientou aos criadores de gado a abertura de chimpacas (reservatórios de água) e represas para minimizar o problema, que já causou a morte de mais de 1.730 cabeças de gado bovino.

A responsável considerou a medida “urgente”, para atender a situação de seca e falta de pasto, orientando ainda o transporte de capim da Huíla e do Kwanza-Sul, para alimentar o gado.

Segundo a responsável, uma equipa dos Serviços Veterinários vai supervisionar a distribuição de capim para a nutrição do gado, nas zonas críticas.

Em 2011, semelhante seca causou a morte de mais de quatro mil cabeças de gado bovino no município de Caimbambo.

A seca provocou também, no município de Quilengues, na Huíla, a morte de 50 cabeças de gado bovino, nas duas últimas semanas, situação que tem preocupado as autoridades e criadores de gado.

De acordo com o administrador local, Armando Vieira, “está a morrer muito gado no Quilengues”.

“Estão fixados numa zona onde não há água, são obrigados a movimentar-se aldeias completas para outras zonas à procura de água”, explicou Armando Vieira, sublinhando que Quilengues é uma zona em que chove muito pouco.