Valor Económico

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RANKING. Pelo oitavo ano consecutivo, Apple é a marca mais valiosa do ‘ranking’ da Forbes, enquanto, no Brand Finance, é a segunda marca pelo segundo ano consecutivo.

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Depois do estudo da consultora Brand Finance posicionar, em fevereiro, a Amazon como a marca mais valiosa do mundo, a Forbes apresentou, na semana passada, o seu relatório que coloca na liderança a Apple, enquanto a empresa do bilionário Jeff Bezos aparece na quinta posição.

Face ao estudo da Brand Finance, a Apple subiu uma posição, ou seja, passou da segunda para a primeira, pelo oitavo ano consecutivo.

A Google também subiu uma posição, passando da terceira para a segunda da lista da Forbes, enquanto a Microsoft encerra o ‘top 3’. A Apple vale 38% mais que o segundo colocado (132,1 mil milhões de dólares)

Sobre os valores das marcas, a Forbes atribui 182,8 mil milhões de dólares à Apple, como resultado de uma variação de 8% face ao período homólogo. No seu relatório, publicado em Fevereiro, a Brand Finance, no entanto, fixava o valor da Apple em 146,3 mil milhões de dólares.

A Microsoft é a marca que mais posições subiu, passando da sétima, no relatório da Brand Finance, para a terceira da lista da Forbes onde aparece com um valor da marca fixado em cerca de 104,9 mil milhões de dólares como resultado de uma variação de 21% face a 2017. Comparativamente ao valor atribuído pela Brand Finace, regista um aumento de cerca de 29% desde os 81,2 mil milhões de dólares. Na quarta aparece o Facebook, avaliado em cerca de 94,8 mil milhões de dólares depois de um crescimento de 29%, subindo um posto face ao ‘ranking’ da Brand Finance. Segue-se, então, a Amazon que viu o seu valor reduzir, face ao ‘ranking’ da Brand Finance, cerca de 53%, passando de 150,8 para 70,9 mil milhões de dólares.

A Coca-Cola, avaliada em cerca de 57,3% depois de um crescimento de 2% aparece na sexta posição, enquanto, no ‘ranking’ da Brand Finance, estava fora do ‘top 25’. O valor acumulado das 100 principais marcas do ranking da Forbes está avaliado em cerca de 2,15 biliões e registou-se um crescimento de 10%, comparativamente a 2017

Metodologia dos cálculos da Forbes

Começou com um universo de mais de 200 marcas globais. Deviam ter mais do que uma presença simbólica nos EUA, o que eliminou algumas grandes marcas, como a multinacional de telecomunicações Vodafone e a gigante de e-commerce chinesa Alibaba. O primeiro passo na avaliação das marcas foi determinar a receita e o lucro antes dos juros e impostos para cada marca. Calculou-se o lucro médio antes de juros e impostos (EBIT) dos últimos três anos e subtraiu-se os lucros com uma taxa de 8% do capital da marca, imaginando que uma marca genérica deveria ser capaz de ganhar pelo menos 8% desse capital. Aplicou-se a taxa máxima de imposto corporativo de 2017 no país de origem da controladora àquele valor do lucro líquido com base nas tabelas de impostos da KPMG . Em seguida, alocou-se uma percentagem desses ganhos à marca com base no papel que as marcas desempenham em cada sector. (As marcas são cruciais quando se trata de bebidas e artigos de luxo, mas menos com as companhias aéreas e o petróleo, quando o preço e a conveniência são mais importantes). Para esse número de ganhos líquidos da marca, aplicou-se o múltiplo preço-lucro médio nos últimos três anos para chegar ao valor final da marca. Para empresas de capital fechado, aplicou-se um múltiplo de ganhos para uma empresa pública comparável.

Brand Finance

Calcula os valores das marcas, usando a abordagem do Royalty - um método de avaliação de marca compatível com os padrões da indústria estabelecidos ISO 10668. Implica estimar as prováveis receitas futuras que são atribuíveis a uma marca calculando uma taxa de ‘royalty’ que seria cobrado pelo seu uso, para chegar a uma marca valor ‘entendido como um benefício económico líquido que um licenciador alcançaria, através do licenciamento da marca no mercado Aberto.

O primeiro passo foi calcular a força da marca usando um ‘scorecard’ balanceado de métricas que avaliam o investimento em marketing, equidade das partes interessadas e desempenho dos negócios. Depois, determinou-se o intervalo de ‘royalties’ para cada indústria, reflectindo a importância da marca para as decisões de compra. Calculou-se a taxa de ‘royalty’. A pontuação da BSI é aplicada a faixa de ‘royalty’ para chegar a uma taxa de ‘royalty’. Por exemplo, se o intervalo de ‘royalties’ em um sector é 0-5% e uma marca tem uma pontuação BSI de 80 em 100, então um apropriado taxa de ‘royalty’ para o uso desta marca no sector dado será de 4%. Determinaram-se as receitas específicas da marca estimando uma proporção de receitas da empresa-mãe atribuível para uma marca e as receitas previstas usando uma função de receitas históricas, previsões de analistas de acções e taxas de crescimento.

O Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) prevê obter o licenciamento do Banco Nacional de Angola (BNA) em Julho deste ano, garantindo que terá concluído, nessa altura o seu plano de negócios.

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Reactivado no segundo semestre de 2016, após a sua reestruturação, o Fundo vai funcionar como uma instituição financeira especializada, destinada a apoiar a política de fomento agrário, sob tutela do Ministério das Finanças.

Segundo o administrador executivo do FADA, Arsénio de Sousa, a instituição, em colaboração com o Ministério da Agricultura e Florestas, está a elaborar os manuais de crédito, de risco e produtos financeiros, assim como o plano estratégico e de negócios. E acredita que, após a elaboração dos manuais teóricos e o licenciamento, a instituição estará disponível para a concessão de créditos aos pequenos e médios agricultores.

Segundo determinou o Governo, o FADA será capitalizado com 10% das receitas fiscais associadas à importação de produtos agrícolas, provimentos de fundos internacionais e pelo Tesouro. O FADA deve ainda gerir outros fundos sob tutela da Agricultura e Florestas.

Aguardada para suprir as carências de financiamentos dos pequenos e médios agricultores, a instituição esteve mais de um ano estagnada, por um ‘braço-de-ferro’ travado entre o antigo presidente do conselho de administração do Fundo, João Quipipa e o Ministério da Agricultura, segundo apurou o VALOR.

A antiga administração negou-se a alinhar as políticas do FADA com as do Ministério da Agricultura. Em resposta, o Ministério não só reprovou os conceitos de crédito que a gestão do FADA tinha preconizado, como mais tarde exonerou a sua administração. Terminado o ‘frente-a-frente’, o Fundo pretende agora ser também “um dinamizador da propagada diversificação da economia nacional”.

O FADA foi reactivado em Outubro de 2016, durante uma reunião conjunta das Comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros, liderada então por José Eduardo dos Santos. Em Janeiro do ano passado, o Governo chegou a aprovar um montante de 2,5 mil milhões de kwanzas, que serviria para aumentar o capital do FADA.

Análise da empresa Marktest, referente a 2017, coloca o ‘Nova Gazeta’ como o semanário mais lido do país, posição que conquista pelo segundo ano consecutivo. Numa classificação em que constam 11 jornais, o ‘Nova Gazeta’ obteve 8,7% das preferências dos leitores na primeira avaliação do estudo que aconteceu em Abril. Conservou a posição na reavaliação, feita em Outubro, perdendo, no entanto, alguns pontos percentuais para 6,3%.

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Fundando em Junho de 2012, o jornal é seguido pelo mais antigo dos semanário, o ‘Folha 8’, que obteve 1,4% da audiência na avaliação de Outubro, depois dos 1,7% em Abril.

Por sua vez, o ‘Economia e Finanças’ ocupa a terceira posição com 0,3% nas duas amostras. Desta feita, a publicação das Edições Novembro é o órgão de especialidade económica mais lido do país. O ‘Expansão’ foi o segundo no levantamento de Abril com 0,3%, mas perdeu a posição para o Valor Económico na avaliação de Outubro. Passou a ter 0,1% das preferências contra os 0,2% que o VALOR conservou da avaliação de Abril.

Nos diários, o estudo revela que o Jornal de Angola foi o mais lido com 3,2%, no estudo de Abril e 3,5% em Outubro. Seguem-se o ‘Jornal dos Desportos’ e ‘O País’ com 2,4% e 0,4%, respectivamente, considerando a avaliação de Outubro.

E os que mais publicitam são...

Por outro lado, o estudo revela que, por sector, os serviços recreativos e culturais foram os que mais investiram em publicidade com 3,2 mil milhões de kwanzas, segundo o institucional com 3,1 mil milhões de kwanzas e os média com três mil milhões. Por anunciantes, a Zap foi que mais investiu com 1,538 mil milhões de kwanzas, seguindo-se a Unitel com 1,514 mil milhões de kwanzas e o Ministério da Saúde com 1,2 mil milhões. A Zap, Unitel e DSTV aparecem, sequencialmente, no ‘top 3’.

Segundo a Marktest, o universo do estudo foi constituído por indivíduos com mais de 15 anos de ambos os sexos que não vivam no limiar da pobreza em Luanda. A amostragem prevista era de 2.500 entrevistas para as duas fases de recolha. Na primeira (Abril), foram realizadas 1.500, enquanto na segunda as 2.500 previstas. As primeiras entrevistas foram realizadas entre 30 Março e 12 Abril e a segunda entre 4 de Setembro e 9 de Outubro.

NUCLEAR. Desde que chegou ao poder, Donald Trump desfez três acordos internacionais, deixando em contra-mão os principais aliados europeus.

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Manter o acordo nuclear iraniano configura-se o principal desafio da União Europeia na relação diplomática com os EUA, depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, rasgar o documento e ameaçar com sanções quem não compactuar com a sua posição.

O assunto continua a tirar o sono dos líderes europeus, que já reconheceram que o acordo nuclear iraniano “não é perfeito”, mas entendem que deve ser preservado, como afirmou a chefe do governo alemão, Angela Merkel, em Sófia, Bulgária, após uma discussão sobre o assunto entre os 28 países que compõem a UE.

“Cada um dos Estados-membros da UE partilha a opinião de que o acordo não é perfeito, mas devemos manter-nos nele e prosseguir as negociações com o Irão sobre outros temas, como os mísseis balísticos”, afirmou a chanceler alemã na Cimeira União Europeia-Balcãs, em Sófia.

O acordo nuclear do Irão foi um dos temas debatidos num jantar informal que reuniu os chefes de Estado e de Governo do bloco comunitário na capital da Bulgária. O presidente francês, que chegou ao Palácio Nacional da Cultura de Sófia ladeado por Merkel e pela primeira-ministra britânica, Theresa May, reforçou a mensagem da chanceler alemã: “Há uma união muito forte entre três países, França, Alemanha e Reino Unido, mas ontem constatámos uma verdadeira União Europeia para enaltecer o nosso envolvimento neste quadro”, revelou.

Emmanuel Macron garantiu que a Europa está unida na vontade de construir a paz e a estabilidade na região e que o acordo nuclear de 2015 é “um elemento importante nesse equilíbrio”. “Pretendemos orientar todas as partes a prosseguir as negociações para um acordo mais amplo e indispensável. É o que defendo desde Setembro. O acordo de 2015 deve ser completado com um acordo sobre o nuclear pós-2025, que inclua as actividades balísticas e a presença regional”, sustentou.

Os europeus pretendem contribuir com o seu “envolvimento político”, para garantir que as suas empresas possam manter-se no Irão.

Donald Trump anunciou o abandono dos EUA do acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha). Nos termos do acordo, Teerão aceitou congelar o programa nuclear até 2025. Os partidários do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano asseguram que este acordo é a melhor garantia para impedir que o Irão tenha a bomba atómica. A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, tem reiterado a determinação da Europa de cumprir o acordo nuclear com o Irão.

ACORDOS ABANDONADOS

Dias após tomar posse, Donald Trump tinha anunciado a retirada dos EUA do tratado de Associação Transpacífica (TPP), que tinha sido assinado pelo antecessor, Barack Obama, como contrapeso à crescente influência política e económica chinesa. A justificação de Trump era a de proteger os interesses dos trabalhadores norte-americanos. O acordo, que foi assinado em Março de 2018 por 11 países, reduz as tarifas e estabelece novas regras de comércio internacional num mercado que envolve mais de 500 milhões de pessoas e um 7.º da economia global.

Em Junho de 2017, Donald Trump também anunciou a saída do seu país do Acordo de Paris sobre o clima. O documento prevê a adopção de medidas para tentar conter o aquecimento global e que conta com a adesão de 195 países. A justificação de Trump foi económica, argumentando que o acordo é uma “barreira burocrática”, que impede a expansão industrial e favorece economias como as da China e da Índia.

É o mais recente abandono de um acordo internacional por parte de Trump. Apesar de esforços e clamores contrários, o presidente norte-americano anunciou a retirada dos EUA do acordo nuclear com o Irão, firmado em 2015 entre sete países, declarando que o acordo é “desastroso”. Acusou ainda a nação persa de ser patrocinadora do terrorismo, dando apoio a grupos como o Hamas, Hezbollah, Talibã e a Al Qaeda.

REGULAÇÃO. Publicado no dia 10, diploma ainda é desconhecido por muitos operadores económicos. E, entre os que dominam, está longe de gerar consenso. Maioria duvida que possa influenciar a regulação do mercado.

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O país já conta com uma lei da concorrência, que surge sete meses depois da promessa de João Lourenço, mas o documento não encontra consenso, quanto aos beneficíos que trará ao consumidor. 

O presidente da Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (ADDIC) critica a lei “por não ter impacto nenhum”, enquanto prevalecer o actual quadro de dependência das importações. “Tudo isso não passa de muito relativo, porque quem vai sofrer com as práticas do comércio somos todos nós, os consumidores de um país que não produz quase nada para o consumo”, defende. Diógenes de Oliveira compara a nova lei da concorrência aos instrumentos que determinam as margens de lucro, mas que, “ao longo dos anos, se revelaram incapazes de impedir que os produtos chegassem ao consumidor final a preços elevadíssimos”. “Temos de produzir bens e serviços em quantidade e com qualidade. A indústria deve ser capaz de transformar os produtos do campo, que devem ser competitivos para evitar as importações”, observa o líder associativo, insistindo ainda que, não havendo esse “esforço”, ou seja, enquanto Angola continuar a importar 70 a 80 por cento do que consome, “a aplicação da lei não passará de uma utopia.”

A Associação Industrial Angolana (AIA) contribuiu para a elaboração da lei e o seu presidente, José Severino, defende que ela fará com que “quem queira concorrer não se sinta marginalizado e tornará os concursos públicos mais eficientes quanto ao trinómio custo/transparência/benefícios”. Severino defende ainda que “vai acabar com as arbitrariedades nas contratações” na medida em que não se poderá “chamar empresas estrangeiras sem ouvir as capacidades nacionais”.

Por sua vez, o empresário Luís Teca espera que a lei “corrija “efectivamente, os erros do passado”, lembrando que, “durante anos, se apelou para que o Estado se retirasse do comércio”, a favor dos privados. “Nunca fomos tidos nem achados e daí os resultados. Basta olhar para os ‘Nosso Super’, ou para a cadeia de lojas ‘Poupa Lá’. Estas superfícies comerciais de grande e pequeno portes faliram por não terem sido observadas as regras que regulam o mercado aberto da sã concorrência”, analisa.

Luís Teca, que é vice-presidente do Fórum de Auscultação e Concertação Empresarial (FACE), vê com bons olhos o surgimento da lei, visto que era necessário “atacar por algum lado”, para evitar que “a economia continue concentrada num determinado grupo de pessoas”.

Já o jurista Mateus Marcos espera que se “acabe o proteccionismo que em nada beneficia o crescimento económico e o consumo”. Para ele, quem vai ao mercado deve fazê-lo de acordo com as suas competências e, ao mesmo tempo, deve posicionar-se e ganhar quota conforme as suas capacidades, nos preços, qualidade e fidelização do cliente.

“É preciso acabar de uma vez por todas com os vergonhosos mecanismos proteccionistas”, reforça, manifestando a necessidade de se passar rapidamente do papel para a acção, já que, “neste país, se produzem boas leis, que pecam na aplicação”.

O consultor Galvão Branco defende que há alguns monopólios, porque “o sistema foi permissível ao clientelismo e à desigualdade de oportunidades, possibilitando o favorecimento de alguns grupos e pessoas em detrimento de outras, coarctando a livre concorrência indutora das regras da competitividade, mérito e competências dos operadores empresariais”.

Para o académico Wilson de Almeida, é difícil fazer uma lista dos monopólios uma vez que “parte da classe empresarial conseguiu a sua acumulação primitiva de capital através de monopólios parasitários, prejudicando a concorrência, o fomento do emprego e a diversificação económica”.

Nota, no entanto, que, em cada sector da vida económica, “é fácil encontrar um monopólio, directo ou indirecto”.

Desconhecimento total

Por outro lado, o VALOR verificou que, de um modo geral, grande parte dos empresários desconhece ao pormenor a lei. Proposta pelo Executivo, depois de ouvidos alguns parceiros, a Lei da Concorrência passou pelo ‘crivo’ da Assembleia Nacional, em Abril e foi publicada a 10 de Maio.

Por exemplo, os salineiros do Namibe falam mesmo de um “literal desconhecimento”. O presidente da Associação dos Produtores de Sal do Namibe, Fernando Solinho, lamenta que os “os principais destinatários do documento” não tenham sido “tidos nem achados”. O empresário lembra que, devido à concorrência do sal importado, o Namibe tem ‘encalhada’ uma produção de dois anos, estimada em nove mil toneladas de sal de boa qualidade. “A nossa sorte é que o sal não se estraga porque seria um grande prejuízo”. “Na elaboração de leis que nos defendem devíamos ser consultados”, remata.