Valor Económico

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RANKING. Sector financeiro domina a lista das maiores empresas públicas do mundo. Apenas uma empresa do sector não-financeiro aparece entre as 10, um grupo restrito preenchido por chinesas e norte-americanas.

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O banco chinês ICBC (Banco Industrial e Comercial da China, na sigla inglesa) é a maior empresa pública do mundo, segundo a 16.ª edição do relatório Global 2000 da revista Forbes que inclui outras empresas de capital aberto. É a segunda vez consecutiva que a instituição bancária chinesa atinge o topo da lista.

Criado em Janeiro de 1984, o ICBC resultou da reforma do sistema financeiro, iniciada em finais do ano 1970, e teve origem no Banco Popular Chinês (PBC). Em 1999, abriu a primeira sucursal fora da China, no Luxemburgo, que se tornou a sede europeia do banco em 2011. Em Outubro de 2005, foi totalmente reestruturado para uma sociedade anónima. No período que antecedeu à sua primeira oferta pública inicial, em Abril de 2006, três investidores estratégicos investiram cerca de 3,7 mil milhões de dólares.

O Goldman Sachs comprou uma participação de 5,75% por 2,6 mil milhões de dólares, o Dresdner Bank (uma subsidiária integral do Commerzbank ) investiu mil milhões, enquanto o American Express investiu 200 milhões de dólares. Em Outubro de 2006, foi listado nas bolsas de valores de Xangai e de Hong Kong Limited. Segundo a lista, o activo da instituição está fixado em cerca de 4,2 biliões de dólares e os lucros em 43,7 milhões, enquanto o valor do mercado chega aos 311 mil milhões.

Apenas a China e os EUA no Top 10

Na segunda posição da lista está um outro banco do gigante asiático, o China Construction Bank, com activos de 3,6 biliões de dólares, seguindo-se a sociedade gestora de activos norte-americana JPMorgan Chase, com activos de 2,6 biliões de dólares.

Fazem ainda parte das 10 maiores empresas o Berkshire Hathaway (EUA), o Agricultural Bank of China, o Bank of America, o Wells Fargo e a Apple. Seguem-se o Bank of China e Ping An Insurance Group (China).

Pela primeira vez desde 2015, a China e os EUA dividem o top 10 uniformemente, mas os EUA continuam a dominar em termos globais, com quase 30% do total. A China tem 291 empresas contra as 262 do relatório anterior, enquanto EUA conta com 560. No primeiro relatório, realizado em 2003, havia 43 empresas chinesas.

Bancos dominam e chineses destacam-se

Das 10 maiores empresas, sete são bancos e apenas uma, a Apple, é uma instituição não-financeira. Especialistas argumentam tratar-se de uma mensagem de que, apesar de se estar numa época marcada por mudanças tecnológicas, o sector bancário continua a ser o mais estável do mundo. Os dois primeiros bancos da lista facturaram cerca de 80 mil milhões de dólares em 2017 e, colectivamente, transportaram quase oito biliões em activos.

Há 14 bancos chineses, incluindo sete dos 25 principais. No global, detinham mais de 17 biliões de dólares em activos e ganhavam cerca de 155 mil milhões em lucros. 11 bancos dos EUA estão na lista e quatro no top 25 do sector. Embora esses bancos tenham apenas 10 biliões de dólares em activos totais, excluindo encargos tributários únicos devido à Lei de Impostos de 2017, esses bancos renderam bem mais de 100 mil milhões em lucros.

Metodologia

Segundo a explicação sobre a metodologia, o ‘ranking’ inicia dados dos sistemas da Fact Set Research para pesquisar as maiores empresas públicas em quatro métricas: vendas, lucros, activos e valor de mercado. O cálculo de valor de mercado é de 11 de Maio de 2018, e inclui todas as acções ordinárias em circulação. Criam-se quatro listas separadas das 2.000 maiores empresas em cada uma das métricas: vendas 2.000, lucros 2.000, activos 2.000 e valor de mercado 2.000.

Cada uma das listas 2.000 tem um valor de corte mínimo para que uma empresa se qualifique. Vendas: 4,47 mil milhões de dólares; lucros: 333,3 milhões; activos: 10,72 mil milhões; valor de mercado: 6,55 mil milhões. Uma empresa precisa de se qualificar para, pelo menos, uma das listas fazer parte do ‘ranking’ final do Global 2000.

A Companhia União de Cervejas de Angola, detentora da marca Cuca, assinou hoje um acordo com a empresa moçambicana, Moz Bebidas, para a exportação da cerveja para o mercado moçambicano.

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O acordo faz parte do plano de exportação da marca e o mercado moçambicano surge, segundo o grupo, num momento em a cerveja foi considerada a mais consumida e com maior notoriedade, em Angola, segundo o estudo da MARKTEST.

O administrador delegado do grupo, Philippe Frederic declarou que a assinatura do acordo é um “momento histórico não apenas pelas relações que os dois países têm, mais também, pelo impacto que esta parceria vem trazer para a economia de ambos”.

A Cuca já é exportada para mercados como, Portugal, São Tomé e Príncipe? e China.

O Presidente da República, João Lourenço, regressou na manhã desta quarta-feira (6), a Luanda, proveniente de Bruxelas (Bélgica) onde efectuou uma visita de Estado de 48 horas, com vista o reforço da cooperação entre os dois países.

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Na Bélgica, última etapa de uma digressão europeia que o levou igualmente a França, João Lourenço encontrou-se com o Rei Filipe, a vice-presidente da União Europeia, Federica Mogherini, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e com o secretário-geral do Grupo África-Caraíba-Pacífico, Patrick Gomes.

João Lourenço manteve, na capital belga, um encontro com empresários ligados à Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura-África-Caraíbas-Pacífico (ACP), convidando-os a investir no país.

Em Antuérpia, última etapa da visita, o Chefe de Estado visitou o centro mundial de importação, exportação e comercialização de diamantes e esteve no Instituto de Medicina Tropical e no escritório da companhia Antwerp World Diamond Centre (AWDC), inteirando-se igualmente do funcionamento do porto de Antuérpia.

Angola participa na 9.ª edição do Fórum Internacional de Macau, na China, que se realiza nos dias 7 e 8 deste mês, para debater o investimento e construção de infra-estruturas.

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Segundo a organização participarão no evento mais de mil e 500 pessoas, em representação de cerca de 60 países e regiões, entre políticos, empresários e académicos.Segundo o jornal ‘Hoje Macau’ que cita, Sam Lei, vogal executivo do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, lidera a equipa angolana o ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida.

Fazem ainda parte da comitiva, o vice-governador de Cabinda, Macosso Alberto Paca Zuzi e os vice-governadores de Luanda e Lunda-Norte, José Paulo Kai e Lino dos Santos, respectivamente.

O evento vai ter a tónica no desenvolvimento de infra-estrutura e cooperação internacional através da inovação e de novos meios tecnológicos, mas também na promoção de construção de infraestruturas nos países do projecto chinês

Uma Faixa, Uma Rota. Além de Angola, pela lusofonia participam também Moçambique e Brasil.

A dívida de Angola às companhias aéreas estrangeiras, em fundos bloqueados, desceu mais de 100 milhões de euros até Junho, mas ainda é a segunda mais elevada do mundo, informou hoje (5) a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

AITA

Em causa estão fundos das companhias com origem na venda de passagens aéreas que depois não conseguem repatriar, no caso de Angola devido à forte crise económica, financeira e cambial que o país atravessa desde finais de 2014. A situação levou Angola a acumular uma dívida, em fundos bloqueados - depositados em moeda angolana nos bancos nacionais e que aguardam autorização para repatriamento, em divisas -, até um "pico" de mais de 500 milhões de dólares, conforme reconhece a IATA.

No último balanço daquela organização, disponibilizado hoje, o presidente do conselho de administração da IATA, Alexandre de Juniac, refere que a Nigéria regularizou os 600 milhões de dólares que tinha em fundos bloqueados às companhias aéreas, enquanto Angola reduziu o montante que tem em dívida em 120 milhões de dólares. "Encorajo o Governo de Angola a trabalhar com as companhias aéreas para ajudar a reduzir ainda mais este atraso", disse Alexandre de Juniac.

Segundo a IATA, a Venezuela lidera destacada os fundos bloqueados às companhias aéreas, com 3.780 milhões de dólares a aguardar repatriamento, seguido de Angola, com 386 milhões de dólares, face à saída da Nigéria desta lista. Surgem depois países como o Sudão, com 170 milhões de dólares bloqueados, o Bangladesh, com 95 milhões de dólares e o Zimbábue, com 76 milhões de dólares.

Aquela organização estima que no final de 2017 estavam bloqueados, em 16 países, cerca de 4.900 milhões de dólares de fundos que as companhias aéreas não conseguiam repatriar, uma quebra de 7% face aos indicadores do ano anterior.