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Valor Económico

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A Rússia perdeu hoje (27) o contacto com o primeiro satélite angolano de telecomunicações Angosat-1, lançado na terça-feira, do cosmódromo de Baikonur no Cazaquistão, revelou uma fonte espacial russa.

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Receia-se um novo revés um mês após a perda de um outro aparelho. “O contacto cessou temporariamente, perdemos a telemetria”, indicou a mesma fonte à agência France Presse, dizendo esperar restabelecer o contacto com o satélite.

Localizado a 36 mil quilómetros acima do nível do mar e com uma velocidade que coincide com o da rotação da terra, foi lançado a 26 de Dezembro, o primeiro satélite angolano denominado ‘Angosat-1’ através do foguete transportador ucraniano Zenit, a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão.

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O satélite levou sete horas para chegar na posição orbital 14.5 E, e ficará em fase de testes durante três meses. Findo este período, o equipamento estará apto para ser utilizado, até completar 15 anos.

O Angosat-1 foi construído na Rússia, com 1.055 quilogramas, dos quais apenas 262.4 são de carga útil. Terá uma potência de 3.753 W, na banda CKu, com 16C+6 Ku repetidores e deverá cobrir um terço do globo terrestre.

O satélite angolano vai possuir um centro primário de controlo e missão em Angola e outro secundário na Rússia, em Korolev. Este é um dos sete projectos do Programa Espacial nacional. Com este passo, Angola junta-se ao grupo restrito de países africanos com satélite, nomeadamente a Argélia, África do Sul, Egipto, Marrocos, Nigéria e Túnisia.

No entanto, o Executivo elegeram 2018 para materializar outro projecto de melhoria das comunicações no país ao ligar África e América por meio do cabo submarino de comunicações, numa parceria com a Angola Cables, avaliada em 200 milhões de dólares.

A entrada em órbita do Angosat1 está prevista para dia 26 deste mês, pelas 19 horas, depois de concluída a fase de integração do satélite angolano ao módulo lançador. O lançamento será feito por meio do foguete transportador ucraniano Zenit, a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão.

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A informação foi avançada hoje (21), à Angop, pelo ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, nas vestes de coordenador geral do Programa Espacial Nacional.

O Angosat, construído na Rússia, com mil 55 quilogramas e 262.4 quilogramas de carga útil, ficará na posição orbital 14.5 E e terá uma potência de três mil 753 W, na banda CKu, com 16C+6Ku repetidores. Terá 15 anos de "vida útil". Como satélite geoestacionário artificial, o Angosat estará localizado a 36 mil quilómetros a nível do mar. Sua velocidade coincidirá com o da rotação da terra e conseguirá cobrir um terço do globo terrestre.

O centro de controlo e missão de satélites do Angosat1 encontra-se na comuna da Funda, norte da província de Luanda. O satélite angolano vai possuir um centro primário de controlo e missão em Angola e outro secundário na Rússia, em Korolev. Este é um dos sete projectos do Programa Espacial nacional.

A 13 de Novembro de 2017, o vice-primeiro-ministro da Federação Russa, Yuri Trutnev garantiu que o satélite AngoSat-1, construído pela Corporação Energética de Míssil e Espaço da Rússia, para o Governo angolano, está programado para ser lançado neste mês.

Em 2009 firmou-se o contrato entre Angola e a Rússia, representados pelo Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação da República de Angola e FSUE ‘Rosoboronexport’, respectivamente, para a construção, lançamento e operação do satélite ANGOSAT-1.

O ANGOSAT é a denominação do primeiro satélite angolano geoestacionário que fornecerá oportunidades de expansão dos serviços de comunicação via satélite, acesso à internet, rádio, e transmissão televisiva.

O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) anunciou, nesta quarta-feira, uma previsão de 40,5 milhões de dólares de lucro no terceiro trimestre de 2017, com activos totais avaliados em 5.030 milhões de dólares.

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Em comunicado, citado pela Lusa, a instituição refere que os resultados provisórios em causa reflectem o estado do portefólio no período de 01 de Julho a 30 de Setembro de 2017. O "desempenho favorável" é justificado com as aplicações em títulos e valores mobiliários, que geraram uma margem bruta de 117,5 milhões de, refere o FSDEA, liderado por José Filomeno dos Santos.

O presidente do conselho de administração daquele fundo destaca, na mesma informação, que o "desempenho e rentabilidade favoráveis", registados desde 2016, "continuaram durante o terceiro trimestre de 2017".

"No âmbito do mandato do FSDEA prevemos a realização de mais investimentos em diversos ramos, que criarão cada vez mais valor para o portefólio, gerando também oportunidades de geração de renda para os cidadãos nacionais e os de países vizinhos.

O ganho resiliente de capital registado de 2016 a 2017 confirma a eficácia da estratégia de ‘privateequity' adotada pelo FSDEA. Por este motivo, prevemos o aumento contínuo do valor deste tipo de aplicação ao longo do ano em curso", sustenta José Filomeno dos Santos.

O Ministério da Agricultura e Florestas confirmou, quarta-feira, após análises laboratoriais, a utilização de "dejetos humanos em estado natural" numa quinta de produção agrícola nos arredores de Luanda, tendo ordenado a interdição dos produtos.

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A informação surge numa nota enviada à Lusa por aquele ministério, que anunciou a 13 de Dezembro que estava a investigar denúncias sobre o recurso a fezes humanas como adubo na quinta de produção de hortaliças Eclebri, sita no Bairro Benfica, Município de Belas, em Luanda.

De acordo com aquele ministério, foram analisados no laboratório central, entre outros produtos, e além do próprio estrume, tomate miúdo verde, tomate miúdo vermelho, cebola chinesa, pepino e couve chinesa, produzidos naquela quinta, com recurso a exames de parasitologia.

"Pelo exame directo e cheiro das amostras, conclui-se que as amostras são excrementos de origem humana e não foram devidamente curtidas [adubadas] para ser aplicados na produção de hortícolas conforme recomendado tecnicamente", informou o Ministério da Agricultura e Florestas.

Face aos "parâmetros encontrados nesses alimentos", o certificado de qualidade do laboratório considerou os referidos produtos como "impróprios para o consumo humano", acrescentou. Como "medidas a adoptar", o Ministério da Agricultura e Florestas, através da Direcção Provincial da Agricultura e Floresta de Luanda, garante que vai "trabalhar com os outros órgãos" do governo provincial para "interditar a produção e comercialização dos produtos".

As suspeitas resultaram de relatos difundidos desde 10 de Dezembro, nomeadamente nas redes sociais, sobre a utilização de "dejetos humanos" na produção de hortícolas por uma empresa chinesa.

O caso tem vindo a ser comentado nas redes sociais, perante as preocupações dos consumidores com a eventual entrada destes produtos na cadeia alimentar.

"O uso de dejetos humanos na agricultura, sem a necessária e recomendável compostagem, pode colocar em risco a saúde, não apenas dos trabalhadores, mas também dos possíveis consumidores desses hortícolas, sendo que as bactérias coliformes e parasitas presentes nas fezes humanas podem provocar doenças diversas", recordou anteriormente o ministério.