Valor Económico

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Pelo menos sete toneladas de estacas de mandioca estão a ser distribuídas às famílias camponesas no município de Caimbambo, 116 quilómetros a Sul da cidade de Benguela, para combater a fome causada pela estiagem que assola a região.

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O objectivo é incrementar o cultivo da mandioca de crescimento rápido para assegurar a produção alimentar das populações, reduzindo assim a fome e a pobreza, disse à Angop o administrador municipal, José Cambiente.

Esta experiência-piloto, sob coordenação do sector da agricultura e desenvolvimento rural, contemplou uma área de 15 hectares com a plantação de estacas de mandioca distribuídas às comunidades nas comunas, aldeias e povoações de Caimbambo.

O programa abrange as famílias camponesas mais afectadas pela falta prolongada de chuvas, de forma a protegê-las da fome, num quadro, agravado ainda mais, pelo facto de a campanha agrícola estar comprometida em Caimbambo.

Com a implementação deste programa denominado “Multiplicação da Mandioca”, cujas estacas constituem uma doação da Associação da Hanha, no município do Cubal, prevêem-se resultados positivos.

Entretanto, os exemplos das autoridades de Caimbambo estão a ser replicados no vizinho município do Chongoroi, onde oito mil e 900 estacas de mandioca estão a ser entregues a famílias camponesas dentro da estratégia de luta contra a fome resultante da estiagem que devasta a região nos últimos meses.

Neste município (Chongoroi), o programa de cultivo de mandioca arrancou com três mil plantas, numa área de 15 hectares, sendo beneficiários na primeira fase 25 famílias localizadas na comuna do Sanje, apontadas como as mais vulneráveis.

A campanha de plantação das oito mil e 900 estacas de mandioca vai estender-se a outras nove povoações, para fazer face às consequências da estiagem.

A administradora municipal do Chongorói, Idalina Carlos, referiu que o cultivo da mandioca deverá chegar às povoações sem chuvas regulares há vários meses tais como Vandome 2, Hanha Primária, Hanha Mulai, Chiriu, Bolonguera, Chitembo e Canchivirite.

Entretanto, a diretora do gabinete provincial da acção social em Benguela, Leonor Fundanga, informou que sete mil famílias de diferentes povoações de Caimbambo e Chongoroi clamam por apoios em alimentos e medicamentos devido à fome e à mal-nutrição que enfrentam desde Outubro último.

A responsável considera preocupante a actual situação e teme mesmo o aumento da fome no seio das famílias camponesas que viram comprometida a primeira época agrícola com o surgimento de pragas e a morte de centenas de cabeças de gado bovino.

INFORMÁTICA. Centro de dados de Ghizou armazenará fotos, vídeos e documentos de contas iCloud de clientes da Apple que moram na China, mesmo que eles se ausentem do país em viagem.

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A Apple anunciou, na passada semana, que vai investir 800 milhões de euros na construção de um centro de dados na China, que permitirá gerir os serviços de armazenamento iCloud sem infringir as normas deste país.

O centro de dados começará a ser construído ainda em Fevereiro na província de Guizhou e deverá entrar em funcionamento apenas a partir de 2020.

O centro será administrado pela empresa Guizhou-Cloud Big Data Industry (GCBD), propriedade do governo chinês, o que está a levantar dúvidas sobre a segurança das contas iCloud, que armazenam informações pessoais transferidas de iPhones, iPads e computadores.

O gigante tecnológico americano avançou para a construção do centro para cumprir a legislação da China, que exige que os provedores de armazenamento de dados mantenham a informação dos clientes do país em computadores localizados em território chinês.

O centro de dados de Ghizou armazenará fotos, vídeos e documentos de contas iCloud de clientes da Apple que moram na China, mesmo que eles se ausentem do país em viagem.

Os dados de clientes de fora da China continuarão a ser armazenados nos Estados Unidos e no centro de dados da Dinamarca.

Enquanto o centro de Ghizou está em construção, a Apple alugará os serviços dos três maiores operadores de telecomunicações do país, de forma a cumprir todos os requisitos legais para operar na China.

AGRICULTURA. Especialistas apontam a agricultura familiar mecanizada como um dos problemas ambientais frequentes na província, por colocar em perigo de extinção muitas espécies da fauna e flora locais.

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O desmatamento intenso das florestas naturais no Huambo está a colocar “em risco” a continuidade das fontes hídricas, uma situação que “pode ocasionar problemas ecológicos, económicos e sociais”.

O alerta foi feito recentemente pelo docente e ambientalista César de Osvaldo Pakissi, que, em declarações à Angop, sugeriu igualmente a necessidade da definição de uma estratégia exequível para pôr fim ao derrube das florestas locais.

“Estamos a viver um problema ambiental que já começa a ser preocupante, porque há menor volume de água nos principais leitos e, apesar desta situação, tudo indica que o problema se vai agudizar com o tempo, comprometendo, assim, o uso das principais nascentes que dão sustento às bacias hidrográficas importantes”, alertou.

Para o professor universitário, uma das consequências imediatas do desmatamento das áreas florestais é o assoreamento dos leitos das nascentes hídricas, a perda da biodiversidade e uma maior dependência de recursos hídricos, que, acredita, já estão “indisponíveis”, essencialmente no sector da agricultura, facto que “pode causar fome às famílias”.

A realização constante de uma agricultura familiar mecanizada, de acordo com César de Osvaldo Pakissi, também é um dos problemas ambientais frequentes na província, por colocar em risco de extinção muitas espécies animais e vegetais.

Segundo o ambientalista, o Huambo é a região mais importante do país em termos de reabastecimento de água, sendo, por isso, necessário dar-se a devida importância às fontes hídricas. Por isso, recomenda o reforço acções de educação ambiental, formal e informal, privilegiando as crianças, para que a população adopte práticas de conservação e protecção do ambiente.

O ambientalista recomenda igualmente a criação de aldeias ecológicas e a implementação de um viveiro de árvores para o repovoamento das florestas, a promoção de uma fiscalização ambiental mais eficiente, a aplicação de sanções e multas aos que degradam a natureza, assim como a implementação de políticas de sensibilização dos camponeses para reduzir o impacto negativo sobre o ambiente.

DISTINÇÃO. Amazon ultrapassou no Google e a Apple e tornou-se na marca mais valiosa do mundo em 2018, indica o mais recente estudo, elaborado pela consultora internacional Brand Finance.

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O valor da ‘gigante’ do comércio electrónico, que foi criada numa garagem, cresceu 42% face a 2017 ao alcançar 150,811 mil milhões de dólares, segundo o estudo da consultora Brand Finance, uma distinção que catapulta a marca como a mais valiosa do mundo em 2018, relegando para posições inferiores ‘colossos’ como a Apple e o Google.

A Apple manteve-se em segundo lugar, assumindo uma posição correspondente a 146,311 mil milhões de dólares. Enquanto isso, o Google caiu para a terceira posição, mesmo com o crescimento de 10%, para 120,911 mil milhões de dólares, de acordo com o estudo da Brand Finance Global 500, que reúne as 500 marcas mais importantes do mundo.

A coreana Samsung, a primeira marca fora dos EUA na lista, vem em quarto lugar, com 92,289 mil milhões de dólares, seguida pelo Facebook, com 89,684 mil milhões, que saiu da nona posição, em 2017, para o quinto lugar no ‘ranking’ deste ano. “Pela primeira vez, no estudo Brand Finance Global 500, as marcas de tecnologia dominam todas as cinco primeiras posições da liga. Samsung e Facebook registaram expressivos crescimentos no valor das marcas, de 39% e 45%, respectivamente, ultrapassando a AT&T”, aponta o estudo, destacando ainda que “a mudança no topo é reflexo de uma tendência global mais ampla já que as marcas do sector de tecnologia hoje são mais de duas vezes o valor das telecoms”. Além da Samsung, o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) é a única marca fora dos EUA a marcar presença entre as 10 de maior valor. Das 20 maiores marcas, seis são da China e nove são dos EUA.

O ‘SEGREDO’ DA AMAZON

A Amazon, que este ano chega ao título de marca mais valiosa do mundo, segundo a avaliação da Brand Finance, é liderada pelo carismático ‘mega investidor’ Jeff Bezos, também ele considerado recentemente como o homem mais rico do mundo pela Forbes.

Jeff Bezos viu a sua fortuna crescer 2,8 mil milhões de dólares, a 23 de Janeiro, quando as acções da ‘gigante’ do ‘e-commerce’ subiram 2,5%, um dia depois do lançamento de sua primeira loja sem caixa.

O multimilionário, que, segundo a Forbes, ostenta agora um património líquido de 113,5 mil milhões de dólares, leva agora uma significativa vantagem em relação aos seus adversários mais directos, nomeadamente Bill Gates e Warren Buffett, que possuem fortunas avaliadas em 92,5 mil milhões de dólares e 92,3 mil milhões, respectivamente.

A maior parte da riqueza da Bezos, segundo a Forbes, vem de sua participação de 16% na Amazon que é, actualmente, considerada como uma das empresas mais valiosas do mundo, activa em computação de nuvem, ‘streaming online’ e dispositivos inteligentes.

Bezos começou a carreira em Wall Street, onde trabalhou para o famoso fundo D.E. Shaw depois de se formar em ciência da computação e engenharia eléctrica em Princeton. Depois de ser promovido algumas vezes no D.E. Shaw, Jeff Bezos demitiu-se e mudou-se para Seattle, nos EUA, em 1994. Então, fundou a Amazon na garagem de casa e começou a vender livros online, levando pessoalmente os pacotes ao correio no seu carro Chevrolet Blazer 1987.

A partir de 15 de Fevereiro entra em vigor o acordo de supressão de vistos entre Moçambique e Angola, anunciou hoje a porta-voz do Serviço Nacional de Migração de Moçambique, Cira Fernandes.

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A medida abrange cidadãos dos dois países que queiram viajar para fins de turismo, visitas familiares e de férias e é válida por um período de 30 dias, explicou a porta-voz, em declarações à imprensa, em Maputo.

"Este acordo abrange os passaportes normais, porque os passaportes de serviço e diplomático já estavam abrangidos", afirmou Cira Fernandes, acrescentando que Angola era o único país da África Austral que não tinha ainda um acordo de isenção de vistos com Moçambique.

O acordo exclui quem queira trabalhar ou estudar no outro país. A supressão de visto ficou definida em Novembro, no âmbito da visita do ministro do Interior de Moçambique, Jaime Basílio Monteiro, a Angola.

Na altura, Monteiro e o homólogo angolano, Ângelo Veiga Tavares, defenderam que o acordo vai aumentar a mobilidade dos cidadãos dos dois países e dinamizar o fluxo de investimento e turismo.