Académicos e especialistas analisam, a partir de hoje (7), em Luanda, na primeira Conferência Internacional sobre Autarquias Locais, o processo de descentralização administrativa, que vai culminar com a implementação das autarquias a partir de 2020. No encontro, que decorre no Palácio de Justiça, os participantes vão discutir, entre outros assuntos, temas como as autarquias locais, desenvolvimento e planeamento. O ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, vai falar no encontro sobre o Plano de Desenvolvimento Nacional e as autarquias locais. Principal instrumento de planeamento de médio prazo do Executivo, o Plano de Desenvolvimento Nacional vai orientar a acção governativa no período de 2018-2022. A ministra do Ordenamento do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho, aborda o tema ‘Planos directores municipais e as autarquias locais’, no primeiro dia do encontro. Ainda no mesmo dia, os participantes discutem sobre o ‘Processo de descentralização: experiências internacionais’ e ‘O processo de des- centralização em Cabo Verde’ cujo palestrante é Mário Silva. 'O processo de descentralização em Moçambique', outro tema do encontro, tem como prelector Eduardo Chiziane e 'O processo de descentralização em Portugal' tem como palestrante, Joaquim Freitas da Rocha. Num outro painel, os participantes dissertam sobre ‘O modelo para autarquias locais em Angola’ e ‘O processo de organização e funcionamento das autarquias locais e extensão do território’. O académico Ismael Mateus é um dos prelectores do encontro e vai falar sobre “Autonomia local e tutela administrativa”. Moreira Lopes fala no encontro sobre “Dinâmica da descentralização em Angola. No segundo e último dia dos debates, os participantes abordam o painel sobre autarquias locais e financiamento. Entre os palestrantes convidados estão também Fernando Pacheco e o académi- co Raul Araújo. A conferência internacional, organizada pela Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, em parceria com o Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado, é aberta pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Frederico Cardoso.
Valor Económico
IGAE denuncia má gestão nas instituições públicas
A Inspecção-Geral da Administração do Estado (IGAE) anunciou, na passada quinta-feira, o registo de “várias irregularidades” no domínio da gestão de recursos humanos, gestão financeira e patrimonial nas instituições públicas nacionais, nos primeiros seis meses do ano. A informação foi avançada pelo inspector-geral da instituição, Sebastião Domingos Gunza, no encerramento de um seminário sobre as ‘Principais Irregularidades na Administração Pública e a Lei’, dirigido aos quadros do Ministério da Construção e Obras Públicas. O dirigente, que não avançou números, nem os nomes das instituições visadas, destacou que a informação surge no quadro de “amostras” que a instituição dispõe, “fruto de inúmeras inspecções já realizadas”. Segundo o inspector-geral da Administração do Estado, os seminários destinados aos funcionários do Ministério da Construção e Obras Públicas enquadram-se no “âmbito do controlo interno” e servem para “auxiliar” os órgãos a caminharem “correctamente” e a praticarem actos que não lesem o Estado. Por sua vez, o ministro da Construção e Obras Públicas de Angola, Manuel Tavares de Almeida, destacou a “importância de, como servidores públicos, tomar conhecimento das principais irregularidades que são cometidas na Administração e da lei e das normas administrativas”. Trabalhamos com base nisso para corrigir acções futuras”, reforçou. O governante admitiu, no entanto, que o processo de inspecção leva algum tempo, razão pela qual o pelouro que dirige “realiza acções para compreender melhor onde pode corrigir”.
Angola assumiu, desde a passada quinta-feira, a presidência rotativa da Comissão de Unitização (exploração conjunta de um bloco petrolífero, com 50% para cada parte) de Lianzi ao Congo, tendo à cabeça o ministro de hidrocarbonetos do Congo Brazzaville, Jean Marc Tchicaia. A presidência de Angola terá a duração de um ano e comporta também a coordenação da estrutura técnica constituída por quadros dos dois países, segundo a Angop. A decisão foi tomada durante a 30ª reunião do comité que decorreu a semana passada, em Brazzaville, e que juntou o anfitrião e o ministro angolano dos Recursos Minerais e Petróleo, Diamantino Azevedo. No encontro, os dois governantes aprovaram o orçamento de 2017 e do primeiro semestre de 2018. Todos os anos, a equipa técnica que faz parte do órgão inter-estatal da Comissão de Unitização reúne-se, pelo menos, duas vezes de forma alternada em Angola e no Congo. De acordo com o programa já elaborado, a próxima reunião deverá ocorrer em Angola. O início da produção no campo de Lianzi, na fronteira marítima dos dois países, resulta de um acordo assinado em 2002, com o objectivo de fazer a exploração conjunta de estruturas geológicas fronteiriças no bloco 14 (Angola) e no bloco Haute Mer (Congo). Em termos de reservas, o Campo de Lianzia representa um potencial de 70 milhões de barris e iniciou a produção em 2015, segundo dados oficiais. O Projecto da Comissão de Unitização (Blocos1 4, em Angola e, Haute Mer, no Congo Brazzaville) tem uma produção estimada em 36 mil barris de petróleo/dia, repartida em 50% para cada país.
Os resultados dos líderes mundiais das tecnologias
BALANÇO. Resultados do segundo trimestre de 2018 das tecnológicas destacam a Apple. Facebook e Tesla com razões para alguma apreensão. Apple A Apple registou receita trimestral de 53,3 mil milhões de dólares, um aumento de 17% em relação ao mesmo trimestre do período homólogo e ganhos por acção diluída de 2,34 de dólares, um aumento de 40%. As vendas internacionais representaram 60% da receita do trimestre. Na mesma semana, entretanto, a Apple perdeu para a chinesa Huawei a posição de segunda maior vendedora de smartphones do mundo, segundo a IHS e a Strategy Analytics, que colocam a Samsung na liderança com uma quota de 20%. A Apple está com 12% e a Huawei com 15%. Amazon A Amazon apresentou lucro líquido de 2,534 mil milhões de dólares, o equivalente a 5,07 dólar por acção, o que representou um forte avanço em relação ao ganho do mesmo período do ano anterior. O lucro mais que dobrou e é a primeira vez que a companhia regista lucro superior a dois mil milhões de dólares. O lucro também superou a previsão da própria companhia que, em Abril, previa ganhos de entre 1,1 e 1,9 mil milhões de dólares. O lucro do período homólogo foi de 197 milhões de dólares, ou seja, 0,40 dólares por acção. Google Alphabet, detentora da Google, registou lucro líquido de cerca de 3,2 mil milhões de dólares, o equivalente a 4,54 dólares por acção. Registou-se um recuo em relação ao mesmo período homólogo, quando se registou 3,5 mil milhões, ou 5,01 por acção. A receita, por sua vez, registou crescimento de 26%, passando de 26,01 para cerca de 32,7 mil milhões de dólares. O resultado superou as estimativas dos analistas, que perspectivavam 25,58 mil milhões. Sansung A fabricante de chips de memória, smartphones e TVs estimou um crescimento de 5,2% no lucro operacional para 13,2 mil milhões de dólares. A área de divisão de dispositivos móveis lucrou 2,4 mil milhões, uma queda de 34% em relação ao período anterior e menos 90 milhões que o previsto. A companhia atribui as “perdas acentuadas” à competição com os fabricantes de smartphones da China. Agora, a Samsung está a apostar em celulares com telas dobráveis. Huawei A terceira maior fabricante de celulares do mundo registou aumento na receita de 47,7 mil milhões de dólares, devido aos fortes desempenhos dos seus negócios, incluindo celulares, equipamentos de telecomunicações e serviços de infra-estrutura de tecnologia da informação. A empresa manteve o ritmo de crescimento verificado no mesmo período do ano anterior. A margem operacional, no período, subiu para 14%, ante 11% um ano atrás. TESLA A fabricante de carros eléctricos teve um prejuízo de 717,5 milhões de dólares, sendo que, no mesmo período do ano passado, a perda foi de 336,4 milhões. Em toda a sua história, a empresa de Elon Must teve somente dois trimestres lucrativos, o último foi em 2016. No entanto, no período em análise registou-se alguns aspectos positivos. Um deles é o fluxo de caixa livre negativo de 740 milhões de dólares, que foi menor do que o esperado. Facebook O Facebook registou o menor aumento de usuários em comparação com o trimestre anterior, na sua história. Analistas atribuem o facto aos diversos escândalos que enfrentou. A base de usuários do Facebook chegou a 2,2 mil milhões de usuários activos mensais e 1,47 mil milhões diários. Em ambos os casos, o crescimento ficou próximo de 1,5% em comparação ao trimestre anterior. Historicamente, a taxa de crescimento costumava ficar em 3%. Microsoft A companhia reportou lucros na faixa de 8,9 mil milhões, um aumento de 35%, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. A receita foi de 30,1 mil milhões de dólares, um aumento de 17% em comparação ano a ano. Observou-se, entretanto, que as apostas para o consumidor final, que tradicionalmente eram secundárias para a Microsoft, começam a gerar resultados interessantes. Isso inclui bons resultados com a linha Surface. LG A LG Electronics reportou vendas consolidadas de 13,9 mil milhões de dólares, com lucros operacionais de 715,1 milhões. As vendas, no 2.º trimestre, subiram 3,2% e os lucros operacionais homólogos aumentaram 16,1%. A forte lucratividade nos electrodomésticos, soluções de ar e produtos premium de entretenimento doméstico compensaram os prejuízos operacionais nos componentes veiculares e comunicações móveis, no segundo trimestre. Sharp A Sharp reportou um aumento de 45% no lucro operacional trimestral, superando as estimativas dos analistas. Foi de 223 milhões de dólares, face aos cerca de 153 milhões de dólares do período homólogo e quando os analistas esperavam 161,9 milhões.
APLICATIVOS. Já quis saber quanto tempo, por dia, passa nas redes sociais? Duas empresas vão ter um contador que lhe vai dizer quanto tempo despende em cada uma. As redes sociais podem consumir bastante tempo sem percebermos. “Vou só ver como está aquilo que partilhei”. Cinco minutos depois, “deixa só responder àquela fotografia”. No final do dia todos estes “pequenos momentos” acumulados podem chegar a horas. Desde a passada quarta-feira, foi o que as aplicações do Facebook e do Instagram prometeram fazer: contar o tempo e mostrar. A funcionalidade anunciada pelo Facebook em conferência telefónica com jornalistas, segue as tendências anunciadas pela Apple e a Google que, em próximas versões dos seus sistemas operativos móveis, vão disponibilizar os mesmos dados. No final, o objectivo é o mesmo: tornar os utilizadores mais conscientes do tempo que despendem com as apps e aparelhos electrónicos. Como explicou Ameet Ranadive, director de Bem-Estar de Produto do Instagram, a mudança surge também porque do “lado do Facebook têm sido feitas várias mudanças no Feed de notícias para tornar mais fácil para as pessoas construírem relações e reduzirem o consumo passivo de conteúdo com pouca qualidade”. A justificação do consumo passivo é a mesma que Mark Zuckerberg, fundador e presidente executivo da empresa que detém as redes sociais, deu no Congresso americano na audição após a divulgação do caso Cambridge Analytica. Segundo o americano, o problema nas redes sociais é o consumo passivo, sem interacções. Ou seja, se não partilhar fotografias ou fizer comentários e utilizar as redes sociais apenas como um mirone, a gratificação retirada pela utilização das redes sociais não é benéfica, diz o empresário. O principal objectivo, disse Ranadive aos jornalistas, é dar aos utilizadores mais informação sobre o tempo que despendem na aplicação. A longo prazo, e depois de ver como os usuários vão receber esta funcionalidade, o Facebook espera ‘evoluir’ a ferramenta para, eventualmente, permitir controlo parental nas aplicações (consolas de jogos, como a Nintendo Switch têm já ferramentas neste âmbito para os pais porem contadores no tempo de jogos para os filhos).
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