Protteja desinveste no seguro de saúde
A Protteja Seguros desinvestiu, este ano, no seguro de saúde, reduzindo de 60 para 40% a importância deste produto no volume de negócios.
A revelação é do administrador financeiro da seguradora, Félix Escórcio, que explica a medida com a necessidade de se contrariar a exposição ao elevado índice de sinistralidade no país, dando maior atenção ao seguro automóvel e de acidente de trabalho que viram a sua importância na facturação subir para os 25%.
Félix Escórcio adiantou que a companhia registou, até ao momento, um aumento de 800 milhões de kwanzas, cerca de 32%, nos prémios, ao arrecadar cerca de 2,5 mil milhões de kwanzas, face aos 1,7 mil milhões de todo o ano 2017.
O gestor indicou a aposta em mediadores em detrimento de novos postos fixos, a campanha de marketing, a preferência em tomadores corporate e a “atractividade dos preços e modelos dos produtos”, como estando na base do crescimento.
Do total de clientes que a companhia detém, apenas 20% é particular, sendo que 80% corresponde a corporate. “A nossa aposta em mediadores também vai continuar. Hoje representam 20% no nosso volume de negócios, mas estamos a fazer esforços para que, em 2019, representem 50 ou mesmo 60%”, sublinhou o administraor financeiro da Protteja.
QUOTA DE MERCADO
A companhia contabiliza uma quota de mercado abaixo dos 2%, ambicionando que esta supere os 20% até 2022. Para isso, segundo o gestor, vão apostar no incremento de mais mediadores, na capacitação dos recursos humanos, passando pelo recrutamento de profissionais especializados. O melhoramento da plataforma digital para o “acesso fácil” dos clientes, a expansão de agênias para outras províncias e a parceria num consórcio de microcrédito a camponeses constam da estratégia da seguradora.
A Protteja vai prevê assim, a partir deste mês, pôr em marcha o seu “grande plano de marketing”, que terá duração de seis meses e estará orçado em 1,2 milhões de dólares.
Criada em 2012, a companhia só iniciou a operar quatro anos depois e actualmente com quatro agências, todas em Luanda. Os trabalhadores da empresa são todos nacionais, com execepção de um estrengeiro de nacionalidade portuguesa.
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