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Valor Económico

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O Governo tem um mês para entregar no parlamento a proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2018, prazo mais dilatado devido às eleições gerais de Agosto, que deverá implicar uma gestão por duodécimos.

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A Lei do Orçamento Geral do Estado define, no seu artigo 24.º, que o Presidente da República deve remeter à Assembleia Nacional a proposta final de OGE, relativa ao exercício subsequente "até ao dia 31 de Outubro", a qual deve ser votada, naquele órgão de soberania, até 15 de Dezembro.

Fontes ligadas aos agrupamentos parlamentares, contactadas pela agência Lusa, confirmaram desconhecer nesta altura uma data concreta para a entrega na Assembleia da proposta de OGE para o próximo ano, que deverá acontecer em Dezembro, não sendo também conhecido que o documento final tenha já sido levado a conselho de ministros. "Isto estava previsto, há condições de funcionalidade e tem onde ir buscar respostas a esse nível.

Mas temos esperança que se possa acelerar estas questões", explicou à Lusa o deputado e líder parlamentar da UNITA, Adalberto da Costa Júnior. Uma adenda à lei, introduzida em 2012, prevê o alargamento do período para apresentação da proposta de OGE até ao ano subsequente, em ano de eleições. Esta alteração permite que a proposta seja levada ao parlamento angolano até 15 de Dezembro e que a votação aconteça até 15 de Fevereiro, neste caso de 2018.

Neste cenário, conforme determina a mesma lei, sem a votação de um novo Orçamento no parlamento, "reconduz-se o orçamento do ano anterior, até a sua aprovação final, vigorando as regras duodecimais sobre a gestão orçamental até a aprovação da nova proposta".

Depois dos anos de 2015 e 2016, em que o Governo levou ao parlamento, ao longo do exercício, propostas de orçamento retificativo, face às consequências da contínua quebra na cotação internacional do barril de petróleo, o maior partido da oposição apela à apresentação na Assembleia Nacional de uma proposta "realística" para 2018. "Esperamos que a entrega desta proposta de orçamento, numa altura em que se diz que se quer virar o paradigma, virar uma forma de funcionar, se faça numa perspectiva de ver o país a recuperar desta crise", apontou ainda Adalberto da Costa Júnior.

Em declarações anteriores à Lusa, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, garantiu que a preparação do Orçamento Geral de Estado (OGE) de 2018 está em curso e que o prazo definido pelo Executivo para a sua submissão ao parlamento será cumprido.

Archer Mangueira indicou que foi aprovado em Conselho de Ministros um programa que prevê a apresentação, ao longo deste mês, em sessão do Conselho de Ministros, da proposta de OGE 2018.

"É um processo interactivo com os diferentes sectores, ainda estamos no âmbito do que a lei nos permite em ano eleitoral", referiu, reafirmando que "os prazos que foram definidos pelo Executivo na sua primeira sessão vão ser cumpridos".

A situação do Zimbabwe está hoje (16), mais clarificada depois de na noite de ontem os militares terem reforçado as suas posições em toda a cidade de Harare, com especial incidência para as ruas que dão acesso à residência oficial do Presidente Mugabe e de ter detido alguns dos seus principais ministros.

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A comunidade angolana está bem e foi aconselhada a permanecer em casa, enquanto a SADC vai enviar emissários especiais a Harare e a Luanda depois de Jacob Zuma ter falado ao telefone com Mugabe. A TAAG cancelou o voo de ontem para Harare.

Robert Mugabe pode renunciar ao cargo

O Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, deve renunciar hoje ao cargo que exerce desde 1980, após garantir a saída, do país, da primeira-dama, Grace Mugabe, numa altura em que uma intervenção militar alimenta rumores sobre um golpe de Estado.

O canal televisivo sul-africano ‘News 24’ noticiou ontem que hoje à tarde é anunciada a renúncia de Robert Mugabe e que o Exército mantém a família presidencial e a sua guarda sob custódia, depois de soldados do Exército bloquearem o acesso a edifícios do governo na capital do país, Harare, como o Mwenemutapa, que abriga o escritório do Chefe de Estado, o Parlamento e o Supremo Tribunal.

Ontem, informações apontavam para uma forte presença militar na estrada que leva à residência rural de Mugabe, no distrito de Zvimba. Três explosões fortes foram ouvidas na noite de terça-feira em Harare, antes de os militares tomarem as ruas e prenderem ministros.

O jornal zimbabweano “News Day” noticiou que, após incursões militares nas suas residências, os soldados detiveram os ministros das Finanças, Ignatius Chombo, da Educação Superior, Jonathan Moyo, e do Governo Local, Obras Públicas e Habitação e comissário político a nível nacional da União Nacional Africana do Zimbabwe - Frente Patriótica (ZANU-PF), Saviour Kasukuwere.

O trio faz parte do chamado “grupo G40”, facção da ZANU-PF que, segundo especialistas, procura afastar os veteranos da guerra da independência - como o Vice-Presidente Emmerson Mnangagwa, destituído na semana passada - e abrir caminho para a primeira-dama, Grace Mugabe, assumir o poder. No “News Day” lê-se que Jonathan Moyo é o cérebro do grupo, um dos muitos em que se dividiu a ZANU-PF para organizar a sucessão do Presidente Robert Mugabe, de 93 anos. De acordo com a fonte, o presidente da juventude da ZANU-PF e o número dois dos serviços de inteligência foram detidos.

Outras informações dão conta de que o director da Polícia também pode ter sido preso pelos militares. Na noite de terça-feira, o Exército negou que esteja em curso um golpe de Estado, mas prometeu combater o que chamou de “criminosos” próximos de Robert Mugabe.

Em comunicado lido à nação na TV estatal, o porta-voz militar disse que não se trata de “uma tomada militar do Governo”. O que os militares querem “é pacificar uma situação degenerada que, se não for tomada uma providência, pode resultar num conflito violento". "Assim que cumprirmos a nossa missão, esperamos que a situação volte ao normal”, afirmou.

O porta-voz pediu que todos os “veteranos de guerra” da luta de libertação do Zimbabwe assegurem a paz, a estabilidade e a unidade. E pediu que as forças de segurança cooperem para o bem do país.

“O Presidente e a sua família estão em segurança”, garantiu. Mais cedo, a ZANU-PF acusou num comunicado o chefe das Forças Armadas de “conduta de traição” por ter dirigido ao partido que Governa, na segunda-feira, um aviso sem precedentes, na primeira divergência pública entre Robert Mugabe e os militares.

O presidente da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, visita hoje (quinta-feira), a Huíla, onde na cidade do Lubango vai presidir um comício para agradecer aos eleitores que votaram no programa de governação da coligação nas eleições gerais realizadas no país, em Agosto deste ano.

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A informação foi avançada quarta-feira, à Angop, pelo secretário executivo provincial da CASA-CE na Huíla, Serafim Simeão, tendo referido que Abel Chivukuvuku vai também manter encontros de cortesia com membros do governo local, representantes da sociedade civil e entidades religiosas, respectivamente.

Segundo a fonte, o presidente da CASA-CE vai ainda orientar um encontro metodológico da sua organização política e visitar o Hospital Pediátrico Central do Lubango, “Pioneiro Zeca”.

O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, participa hoje e amanhã, em Washington, EUA, na conferência ministerial sobre Comércio, Investimento, Segurança e Boa Governação.

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O evento, de iniciativa do Departamento de Estado Norte-Americano, pretende essencialmente o fortalecimento das parcerias norte-americanas com os países do continente africano nas áreas do comércio e investimento, expansão da responsabilidade regional dos EUA em matéria de luta contra o terrorismo e extremismo violento, bem como promover a boa governação.

De acordo com um comunicado de imprensa do Ministério das Relações Exteriores, a Conferência Ministerial sobre Comércio, Investimento, Segurança e Boa Governação realiza-se em três sessões, todas na sexta-feira, durante as quais serão abordados temas como ‘Incrementar o Comércio e o Investimento’, ‘Promover a Boa Governação’ e ‘Expandir a responsabilidade regional na luta contra o Terrorismo’.

Espera-se que participem na conferência cerca de 30 ministros das Relações Exteriores e dos Negócios Estrangeiros de países africanos.

A proposta da Pauta Aduaneira-Versão Harmonizada 2017, do Sistema Harmonizado (SH) da Organização Mundial das Alfândegas (OMA), começa a ser avaliada amanhã na Assembleia Nacional. A agenda de trabalho programada prevê, para além da discussão, a votação na generalidade da proposta de lei que autoriza o Presidente da República a legislar sobre a actualização da Pauta Aduaneira.

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O projecto de Pauta Aduaneira insere-se na necessidade de adequação ao Sistema Harmonizado de Designação de Mercadorias estabelecido pela Organização Mundial das Alfândegas. Na proposta de alteração da Pauta Aduaneira, o Executivo prevê alterações de taxas a vários produtos, com o objectivo de estimular a diversificação económica e aumentar a produção interna.

A directora dos Serviços Aduaneiros da Administração Geral Tributária (AGT), Inalda Manjenje, disse, nesta quinta-feira, em conferência de imprensa, que o processo de auscultação pública foi feito a nível nacional, em oito meses, sendo debatido em diversos fóruns com associações, confederações empresariais, agentes dos vários sectores de actividades e com os principais parceiros da cadeia do comércio internacional.

A Pauta Aduaneira-Versão Harmonizada 2017 atribui taxas para produtos sobre os quais Angola não possui vantagens competitivas e necessita para o seu sustento, ao mesmo tempo que protege os produtos dos quais o país tem bons indicadores de produção que permitem o desenvolvimento do sector produtivo interno.

Além de arrecadar receitas por via da cobrança de direitos e demais imposições aduaneiras e recolha de dados estatísticos inerentes ao comércio internacional, a Pauta Aduaneira fundamenta-se nas questões económicas relacionadas com a posição de Angola a nível dos acordos internacionais com a Organização Mundial das Alfândegas, Organização Mundial do Comércio e as organizações e comunidades económicas regionais, como a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a SEAC.

O Sistema Harmonizado é de codificação internacional e os países membros da convenção são obrigados a ajustar a Pauta Aduaneira de cinco em cinco anos, um elemento que permite a uma mercadoria nacional ser reconhecida em qualquer parte do mundo.

Em linhas gerais, a Pauta Aduaneira 2017 faz, à partida, um desagravamento em diversos produtos, além das mudanças ligadas à posição de Angola no mercado internacional, às medidas do comércio e a Convenção de Quioto, para modernização e facilitação dos procedimentos aduaneiros e adoptar conceitos que facilitam os operadores económicos no rápido processo de desalfandegamento.

Em relação a codificação e designação de mercadorias, que consta do capítulo 87 sobre os veículos automóveis, Inalda Manjenje refere que há exclusão do critério de classificação pautal e tributação dos automóveis pelo tipo de veículos, passando a ser feito pela cilindrada.