Valor Económico

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DISTINÇÃO. Amazon ultrapassou no Google e a Apple e tornou-se na marca mais valiosa do mundo em 2018, indica o mais recente estudo, elaborado pela consultora internacional Brand Finance.

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O valor da ‘gigante’ do comércio electrónico, que foi criada numa garagem, cresceu 42% face a 2017 ao alcançar 150,811 mil milhões de dólares, segundo o estudo da consultora Brand Finance, uma distinção que catapulta a marca como a mais valiosa do mundo em 2018, relegando para posições inferiores ‘colossos’ como a Apple e o Google.

A Apple manteve-se em segundo lugar, assumindo uma posição correspondente a 146,311 mil milhões de dólares. Enquanto isso, o Google caiu para a terceira posição, mesmo com o crescimento de 10%, para 120,911 mil milhões de dólares, de acordo com o estudo da Brand Finance Global 500, que reúne as 500 marcas mais importantes do mundo.

A coreana Samsung, a primeira marca fora dos EUA na lista, vem em quarto lugar, com 92,289 mil milhões de dólares, seguida pelo Facebook, com 89,684 mil milhões, que saiu da nona posição, em 2017, para o quinto lugar no ‘ranking’ deste ano. “Pela primeira vez, no estudo Brand Finance Global 500, as marcas de tecnologia dominam todas as cinco primeiras posições da liga. Samsung e Facebook registaram expressivos crescimentos no valor das marcas, de 39% e 45%, respectivamente, ultrapassando a AT&T”, aponta o estudo, destacando ainda que “a mudança no topo é reflexo de uma tendência global mais ampla já que as marcas do sector de tecnologia hoje são mais de duas vezes o valor das telecoms”. Além da Samsung, o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) é a única marca fora dos EUA a marcar presença entre as 10 de maior valor. Das 20 maiores marcas, seis são da China e nove são dos EUA.

O ‘SEGREDO’ DA AMAZON

A Amazon, que este ano chega ao título de marca mais valiosa do mundo, segundo a avaliação da Brand Finance, é liderada pelo carismático ‘mega investidor’ Jeff Bezos, também ele considerado recentemente como o homem mais rico do mundo pela Forbes.

Jeff Bezos viu a sua fortuna crescer 2,8 mil milhões de dólares, a 23 de Janeiro, quando as acções da ‘gigante’ do ‘e-commerce’ subiram 2,5%, um dia depois do lançamento de sua primeira loja sem caixa.

O multimilionário, que, segundo a Forbes, ostenta agora um património líquido de 113,5 mil milhões de dólares, leva agora uma significativa vantagem em relação aos seus adversários mais directos, nomeadamente Bill Gates e Warren Buffett, que possuem fortunas avaliadas em 92,5 mil milhões de dólares e 92,3 mil milhões, respectivamente.

A maior parte da riqueza da Bezos, segundo a Forbes, vem de sua participação de 16% na Amazon que é, actualmente, considerada como uma das empresas mais valiosas do mundo, activa em computação de nuvem, ‘streaming online’ e dispositivos inteligentes.

Bezos começou a carreira em Wall Street, onde trabalhou para o famoso fundo D.E. Shaw depois de se formar em ciência da computação e engenharia eléctrica em Princeton. Depois de ser promovido algumas vezes no D.E. Shaw, Jeff Bezos demitiu-se e mudou-se para Seattle, nos EUA, em 1994. Então, fundou a Amazon na garagem de casa e começou a vender livros online, levando pessoalmente os pacotes ao correio no seu carro Chevrolet Blazer 1987.

A partir de 15 de Fevereiro entra em vigor o acordo de supressão de vistos entre Moçambique e Angola, anunciou hoje a porta-voz do Serviço Nacional de Migração de Moçambique, Cira Fernandes.

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A medida abrange cidadãos dos dois países que queiram viajar para fins de turismo, visitas familiares e de férias e é válida por um período de 30 dias, explicou a porta-voz, em declarações à imprensa, em Maputo.

"Este acordo abrange os passaportes normais, porque os passaportes de serviço e diplomático já estavam abrangidos", afirmou Cira Fernandes, acrescentando que Angola era o único país da África Austral que não tinha ainda um acordo de isenção de vistos com Moçambique.

O acordo exclui quem queira trabalhar ou estudar no outro país. A supressão de visto ficou definida em Novembro, no âmbito da visita do ministro do Interior de Moçambique, Jaime Basílio Monteiro, a Angola.

Na altura, Monteiro e o homólogo angolano, Ângelo Veiga Tavares, defenderam que o acordo vai aumentar a mobilidade dos cidadãos dos dois países e dinamizar o fluxo de investimento e turismo.

O Presidente da República, João Lourenço, exonerou hoje, em Luanda, nove embaixadores de Angola e o governador provincial do Bengo.

João Lourenço

Trata-se dos embaixadores de Angola junto da Organização das Nações Unidas, no Botsuana, Japão, Quénia, Bélgica, França, China, Áustria e junto do Escritório das Nações Unidas em Genebra e Organizações Internacionais, de acordo com uma nota da Casa Civil do Presidente da República, citada pela Angop.

Eis o teor do comunicado:

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, exonerou hoje – nos termos da alínea d) do artigo 121º e do número 3 do artigo 125º da Constituição da República de Angola – as seguintes entidades: 1. ISMAEL GASPAR MARTINS, do cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola junto da Organização das Nações Unidas;

2. JOSÉ AGOSTINHO NETO, do cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola na República do Botsuana;

3. JOÃO VAHEKENI, do cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola no Japão;

4. VIRGÍLIO MARQUES DE FARIA, do cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola acreditado na República do Quénia;

5. MARIA ELIZABETH SIMBRÃO DE CARVALHO, do cargo de Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária da República de Angola no Reino da Bélgica.

6. MIGUEL COSTA, do cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola na República Francesa;

7. JOÃO GARCIA BIRES, do cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola na República Popular da China;

8. MARIA DE JESUS DOS REIS FERREIRA, do cargo de Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária da República de Angola acreditada na República da Áustria;

9. APOLINÁRIO JORGE CORREIA, do cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola acreditado junto do Escritório das Nações Unidas em Genebra e Organizações Internacionais.

Em despacho também hoje assinado, o Presidente da República de Angola exonerou do cargo de Governador da Província do Bengo, JOÃO BERNARDO DE MIRANDA. Nomeações Foram entretanto nomeados pelo Presidente João Lourenço as seguintes entidades para os cargos que passamos a indicar:

- JOÃO BERNARDO DE MIRANDA, para o cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola acreditado na República Francesa;

- GEORGES REBELO PINTO CHICOTI, para o cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola acreditado no Reino da Bélgica, Grão Ducado do Luxemburgo e Representante Permanente Junto da União Europeia;

- JOÃO SALVADOR DOS SANTOS NETO, para o cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola acreditado na República Popular da China;

- JOAQUIM DUARTE POMBO, para o cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola acreditado na República de São Tomé e Príncipe;

- MARGARIDA ROSA DA SILVA IZATA, para o cargo de Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária da República de Angola acreditada junto dos Escritórios das Nações Unidas e demais organismos internacionais em Genebra;

- MARIA FILOMENA LOBÃO TELO DELGADO, para o cargo de Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária da República de Angola acreditada na República da África do Sul;

- MARIA DE JESUS DOS REIS FERREIRA, para o cargo de Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária da República de Angola acreditada na Representação Permanente junto da Organização das Nações Unidas em Nova Iorque;

- JOSÉ LUÍS DE MATOS AGOSTINHO, para o cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola acreditado no Reino de Espanha; - BEATRIZ ANTÓNIA MANUEL DE MORAIS, para o cargo de Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária da República de Angola acreditada na República do Botsuana;

- SYANGA KIVUILA SAMUEL ABÍLIO, para os cargos de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola acreditado na República do Quénia e Representante Permanente junto dos Escritórios das Nações Unidas em Nairobi.

Por último, o Presidente da República assinou um despacho a nomear interinamente DOMINGOS GUILHERME para responder pelos assuntos da competência do Governador da Província do Bengo enquanto não for nomeado um Governador. Domingos Guilherme é Vice-Governador da província do Bengo para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas.

Encontro com o Presidente da República, João Lourenço, marcou o ponto alto da visita do governante cabo-verdiano a Angola.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Comunidades e da Defesa de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, deixou hoje (7) Luanda, após ter terminado uma visita de trabalho de 48 horas a Angola, tendo sido recebido pelo Presidente da República, João Lourenço, a quem fez a entrega de uma mensagem do Presidente Jorge Carlos Fonseca.

negócios estrangeiro Cabo Verde

 

A mensagem do estadista cabo-verdiano serviu para convidar o homólogo angolano a participar na Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a realizar-se, em Julho, na Cidade da Praia, e para visitar oficialmente Cabo Verde, ainda este ano.

Em Luanda, Luís Filipe Tavares participou igualmente nas conversações oficiais entre delegações dos dois países, que abordou o incremento dos laços bilaterais existentes, com destaque para o sector económico e empresarial, sobretudo, nos subsectores das pescas, turismo, transportes marítimos e aéreos.

Cabo Verde pretende a retomada das ligações aéreas entre as duas capitais e quer que Angola seja um parceiro estratégico em África, mantendo a cooperação no domínio da defesa e segurança, onde se pretende que Angola continue a formar oficiais cabo-verdianos em instituições de ensino militar das Forças Armadas Angolanas (FAA).

Os dois países mantêm laços históricos, de amizade e de cooperação no plano bilateral, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e da CPLP, bem como no quadro multilateral.

A Economist Intelligence Unit (EIU) reviu em baixa a previsão de crescimento da economia de Angola, antecipando para este ano uma expansão de 1,8%, menos 0,6 pontos do que os 2,4% previstos, noticia a Lusa com base no mais recente relatório mensal da entidade em causa sobre a economia nacional.

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De acordo com os peritos da unidade de análise económica da revista britânica ‘The Economist, “o PIB deve crescer, em média, 2,4% até 2020 devido ao ajustamento aos preços mais baixos do petróleo, a uma expansão ligeiramente maior no consumo privado e na despesa pública”.

A partir daí, acrescentam, “o crescimento deve acelerar ligeiramente, para uma média de 2,9% em 2021 e 2022, já que os preços internacionais do petróleo devem subir cerca de 6,7% ao ano”. No entanto, sublinham, “o investimento fora da área dos hidrocarbonetos vai continuar a ser constrangido pelo difícil ambiente de operações”.

Assim, concluem, “o crescimento médio de 2,4% em 2018 é menos de um quarto da taxa registada na década até 2014, e o PIB real per capita deve contrair a uma média anual de 0,8% neste período”.

O Governo prevê, no orçamento para este ano, um crescimento de 4,9%. Para os analistas da Economist, um reequilíbrio da economia que afaste a dependência do petróleo é fundamental, “mas um processo deste género deve ser demorado, mesmo que as autoridades estejam completamente focadas numa reforma em larga escala”.

Ainda que o Presidente da República, João Lourenço, tenha “um apetite reformador maior do que o esperado, continua por esclarecer se tem vontade de adoptar as reformas duras e a transparência que é necessária para um envolvimento genuíno com o Fundo Monetário Internacional”, concluem.