Valor Económico

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A alteração da tarifa de energia e água é um assunto que continua a ser discutido pelo Governo, segundo o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.

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A medida, segundo o responsável, vai dar primazia à protecção dos consumidores mais desfavorecidos em termos de condições sociais e financeiras, por via da implementação de uma tarifa especial.

Sem avançar datas e preços a serem fixados, o ministro da Energia e Águas referiu que a tarifa especial será um modelo que ainda está em discussão e que, tão logo se julgue estarem amadurecidas as condições para a sua implementação, serão anunciados as novas tarifas, referiu o governante.

O Banco BIC está, neste momento, com uma fila de espera para acesso a divisas de mais de 500 milhões de dólares, segundo revelou o administrador da instituição Fernando Duarte, o dia 12 num programa da Luanda Antena Comercial, onde representantes de alguns bancos comerciais abordaram os desafios impostos pela nova política cambial.

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No referido valor, acrescentou o gestor, não está incluso os pedidos feitos para atender às preocupações de saúde. Na ocasião, adiantou alguns factores que o banco tem para atender aos pedidos. “Os nossos critérios são bastantes claros. Priorizamos as pessoas que têm salários domiciliados, que trabalham com os bancos regularmente e depois tem outra questão.

Os pedidos têm de que ser compatíveis com o tipo de rendimento que auferem porque, nesta altura, tem havido muito aproveitamento. Há pessoas com pedidos em 24 bancos e que usam a sua influência. Não posso ter uma pessoa que todos os meses vai pedir divisas no valor do seu salário”, salientou reconhecendo, entretanto, ser “lógico que há sempre alguma coisa que passa”.

Na ocasião, a administradora do BFA, Vera Escórcio, defendeu que, enquanto não houver um “carácter de regularidade” no acesso às divisas por parte dos bancos comerciais, a gestão por parte deste será sempre “muito difícil”. “Quando não conseguimos antecipar esta regularidade, a gestão é mais difícil”. Defendeu ainda a necessidade de os clientes reduzirem as expectativas em relação ao acesso às divisas.

O Presidente da República, João Lourenço, deixou hoje (22), o país com destino à Confederação Helvética Suíça, para participar na 48.ª edição do Forum Económico Mundial de Davos.

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João Lourenço está acompanhado pelo ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior; e os ministros da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca; da Energia e Águas, João Baptista Borges; e das Relações Exteriores, Manuel Augusto.

Entre vários actos previstos, o Presidente fará uma intervenção no painel consagrado ao desenvolvimento da energia no continente africano, subordinado ao tema ‘Acelerando o acesso da Energia em África’.

Este ano, o Fórum de Davos, fundado em 1972 pelo professor de economia suíço Klaus Scwab, reunirá mais de três mil delegados em representação de uma centena de países.

Ministério do Comércio emitiu hoje um comunicado, em que adverte os agentes económicos sobre a ocorrência, recordando que os que assim procederem podem ser sancionados com base no código penal.

preços

O Governo alertou hoje os operadores económicos para a especulação de preços de bens e serviços, tendo constatado que alguns estão a fazer a sua alteração sem respeitarem as normas estabelecidas pelo Regime de Preços. A posição foi assumida pelo Ministério do Comércio, através de um comunicado, em que faz a advertência, recordando que os que assim procederem podem ser sancionados com base no código penal.

O documento refere que a alteração de preços se registou desde a alteração cambial realizada pelo Banco Nacional de Angola (BNA), que passou a um regime flutuante, depreciando a moeda nacional relativamente a moedas estrangeiras.

No espaço de uma semana, e desde que o euro passou a ser a referência para o mercado de câmbios de Angola, a 09 de Janeiro, a moeda nacional já acumula uma depreciação de quase 25,5% para o euro, que desde a passada terça-feira vale, na compra, 248,7 kwanzas, e 18% para o dólar, que vale 203,6 kwanzas.

No comunicado, o Ministério do Comércio exorta os operadores económicos a pautarem a sua conduta no cumprimento rigoroso das normas que regem a actividade comercial em Angola, lembrando que no incumprimento da legislação aplicável, o agente económico incorre na prática do crime de especulação, previsto e punível nos termos do artigo 276.º do Código Penal, sem prejuízo das demais sanções aplicáveis. Nesse sentido, os serviços competentes em matéria de inspeção e fiscalização vão desencadear acções de prevenção e de combate a tais práticas, refere ainda a nota.

Ministério Público Federal apontava o empresário angolano como principal financiador de uma alegada rede criminosa, defendendo que a mesma operava entre o Brasil, Angola, África do Sul e Portugal no tráfico internacional de mulheres.

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A Justiça brasileira absolveu o empresário angolano Bento dos Santos "Kangamba" num processo que corria desde 2012, sobre o alegado envolvimento no tráfico internacional de mulheres para prostituição. Segundo a imprensa brasileira, o Ministério Público Federal apontava o empresário angolano como principal financiador da alegada rede criminosa, defendendo que a mesma operava entre o Brasil, Angola, África do Sul e Portugal no tráfico internacional de mulheres, levando as vítimas a prostituírem-se em troca de pagamentos entre 10 mil dólares e 100 mil dólares.

Na decisão de 12 de Janeiro, passível de recurso para o Tribunal Regional Federal, o juiz Márcio Assad Guardia refere que o Ministério Público Federal apresentou poucos testemunhos sobre alegadas vítimas, as quais por sua vez negaram os factos da acusação, assumindo ainda que as mulheres em causa, de nacionalidade brasileira, escolheram livremente manter relações sexuais em troca de pagamentos por viagem.

"Ficamos aliviados com o inocentar dos acusados, também com o reconhecimento pelo poder Judiciário que nenhum crime foi cometido pelos acusados, o reconhecimento que as denúncias eram falsas, caluniosas e sem qualquer fundamento fáctico. Contudo, não posso dizer que foi feita Justiça", afirmou o advogado, aludindo ao arrastar deste processo, fortemente mediatizado, nos últimos anos.

"A única vítima, no caso, é o contribuinte brasileiro, que arcou com os custos de uma persecução penal vazia e inútil, despendendo recursos financeiros e provocando desperdício de tempo e trabalho do poder Judiciário", apontou, por sua vez, o juiz do processo, na sua sentença. Ainda de acordo com o juiz, o Ministério Público Federal provocou constrangimento às mulheres em causa, pela sua exposição pública e associação pública à prostituição. Este processo chegou a ameaçar as relações entre Angola e o Brasil, levando mesmo à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito do tráfico de pessoas do Brasil, na Câmara de Deputados.