ANGOLA GROWING
Valor Económico

Valor Económico

A Fábrica de Cimento do Kwanza-Sul (FCKS) dispensou, ontem (01), cerca de 900 trabalhadores directos e 700 indirectos e anunciou formalmente a sua paralisação por falta do combustível fight fuel oil (HFO), uma das matérias-primas utilizada na produção do clínquer, componente fundamental para o fabrico de cimento.

FCKS Yetu1 580x338

 

No sábado, o Jornal de Angola deu conta de um plano de despedimento de trabalhadores da FCKS, que podia começar a ser executado ontem, o que veio a acontecer.

Em carta dirigida ao Governo da Província do Kwanza-Sul, a direcção da fábrica diz que o problema de falta de combustível arrasta-se desde Janeiro deste ano e junta-se a outras dificuldades que o sector atravessa, que concorreram para o aumento dos custos de produção.

Em declarações à imprensa, o director operacional da FCKS, Edmundo Ferreira, disse esperar que quem tem responsabilidade na matéria vele pela situação, visto que vai afectar muitas famílias que têm na fábrica a sua principal fonte de receitas. Até à conclusão da venda de um stock de 13 mil toneladas, o departamento comercial deve manter-se em funcionamento, informou Edmundo Ferreira.

Segundo se apurou, o problema da falta de combustível afecta quatro das cinco fábricas de cimento existentes no país.Pois, a par da FCKS, a do Bom Jesus, pertencente ao gigante chinês CIF, também paralisou pelos mesmos motivos. As duas unidades juntas respondiam em mais de cinquenta por cento pelo clínquer produzido no país.

As fábricas Sécil Lobito e a Cimenfort, localizadas na província de Benguela, não produzem clínquer e adquiriam o produto a partir do Kwanza-Sul, com todas as vantagens resultantes da proximidade geográfica entre as duas localidades. Com a paralisação da FCKS, a aquisição do produto fica encarecida, entre outros factores, pela distância.

O Presidente da República, João Lourenço, exonerou ontem (01) Manuel António Tiago Dias e Suzana Maria de Fátima Camacho Monteiro dos cargos de vice-governadores do Banco Nacional de Angola (BNA).

02c844b08de 655e 4ea3 ac55 796ae1c5e6ae

Em outros despachos presidenciais, Manuel António Tiago Dias foi reconduzido no cargo e Rui Miguêns de Oliveira preencheu a vaga deixada por Suzana Maria de Fátima Camacho Monteiro. Já no Conselho de Administração do BNA, foram exonerados os administradores António Manuel Ramos da Cruz, Gilberto Moisés Moma Capeça, Samora Machel Januário Silva e Ana Paula Patrocínio Rodrigues.

Para os seus lugares, foram nomeados Beatriz Ferreira de Andrade dos Santos, Miguel Bartolomeu Miguel, Pedro Rodrigo Gonçalves de Castro e Silva e Tavares André Cristóvão.

A Endiama também mudou de Conselho de Administração, depois da exoneração de António Carlos Sumbula (PCA) e dos administradores executivos Paulo M’Vika, Osvaldo Jorge de Campos Van-Dúnem, Luís Quitumba e Fernando Augusto Sebastião.

O novo Conselho de Administração da Endiama é presidido por José Manuel Ganga Júnior e temcomo administradores Lauriano Receado Paulo, Ana Maria Feijó Bartolomeu, Osvaldo Jorge Campos Van-Dúnem e Joaquim Filipe Luís executivos e com o administrador não executivo Santana André Pitra.

No Conselho de Administração da Ferrangol, João Diniz dos Santos foi nomeado presidente do Conselho de Administração, em substituição de Diamantino Pedro Azevedo, que está a exercer o cargo de ministro dos Recursos Naturais e Petróleos. O novo PCA já era administrador no antigo Conselho de Administração.

Kayaya Kahala e Romeo Artur Ribeiro foram reconduzidos como administradores e Rosa de Jesus Faria de Assis Sousa Araújo foi exonerada do cargo de administradora. O novo Conselho de Administração da Ferrangol é integrado ainda por Djanira Alexandre Monteiro dos Santos e Henriques Kiaku Simão.

O Presidente da República nomeou Avelina Escórcio dos Santos e Santos para o cargo de directora-adjunta do seu gabinete.

O chefe de Estado angolano, João Lourenço, exonerou hoje Carlos Sumbula das funções de presidente do conselho de administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), a segunda maior empresa nacional, no cargo desde 2009.

A decisão consta de uma nota da Casa Civil do Presidente da República, que informa que para presidente do conselho de administração daquela empresa pública foi nomeado, pelo chefe de Estado, o economista José Manuel Ganga Júnior, que até 2015 foi diretor-geral da Sociedade Mineira de Catoca, responsável por 75% da produção diamantífera anual angolana.

Além de José Manuel Ganga Júnior, foram nomeados por decreto presidencial para a concessionária estatal para o setor dos diamantes em Angola, setor que representa vendas anuais de mais de mil milhões de euros, Laureano Receado Paulo, Ana Maria Feijó Bartolomeu, Osvaldo Jorge Campos Van-Dúnem e Joaquim Filipe Luís, para os cargos de administradores executivos. Para o cargo de administrador não executivo foi nomeado Santana André Pitra, indica a mesma informação distribuída hoje à imprensa.

O Presidente angolano, eleito a 23 de agosto, mudou ainda a administração da Empresa de Ferro de Angola (Ferrangol), concessionária do setor mineiro do país. Diamantino Pedro Azevedo foi exonerado do cargo de presidente do conselho de administração da Ferrangol, sendo nomeado para o seu lugar João Diniz dos Santos. Ainda para aquela empresa pública foram nomeados, como administradores, Romeu Artur Ribeiro, Djanira Alexandra Monteiro dos Santos, Kayaya Kahala e Henriques Kiaku Simão.

Uma delegação angolana, chefiada pela secretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania, Ana Celeste Cardoso Januário, participa desde quarta-feira (01), na 61.ª Sessão da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, que decorre de 1 a 15 de Novembro, em Banjul (Gâmbia).

00850a443 d1ca 4383 a9d3 53dcd2cfd223

De acordo com uma nota de imprensa, a que Angop teve acesso, o evento está a abordar diferentes temas como ‘Direitos Humanos’, o acto comemorativo alusivo ao 30.º aniversário da operacionalização da Comissão, assim como vai galardoar o antigo Presidente da Gâmbia, instituições nacionais de direitos humanos e organizações não-governamentais.

Na primeira sessão, lê-se no documento, Ana Celeste Cardoso Januário proferiu um discurso sobre a situação dos Direitos Humanos em Angola, bem como houve a tomada de posse da angolana Maria Teresa Manuela, como primeira Comissária de Angola na Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, eleita no passado dia 1 de Julho de 2017.

Em Angola, Maria Teresa Manuela ocupa o cargo de procuradora geral-adjunta da República, colocada na 2.ª Secção Criminal do Tribunal Supremo com as funções de representar o procurador-geral da República nos tribunais superiores e prestar assessoria ao Procurador-Geral da República em matéria de Direitos Humanos.

É membro efectiva do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público, coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos da Procuradoria-Geral da República e membro fundadora da Comissão Intersectorial para a Elaboração de Relatórios Nacionais de Direitos Humanos.

O Movimento da Aliança País (AP) destituiu, terça-feira (31), o presidente do Equador, Lenín Moreno, da sua direcção, aprofundando a crise política no Equador, segundo anuncio hoje (01) a AFP.

ecuador moreno inauguration 17289406

A direcção nacional da AP anunciou num comunicado "a perda imediata da sua dignidade como Presidente do Movimento Aliança País do senhor Lenín Moreno Garcés". No comunicado, a AP convida o ex-presidente Rafael Correa - hoje adversário declarado de Moreno - a acompanhar o processo de "reestruturação" do partido.

O movimento do governo, que desde que Moreno chegou ao poder – a 24 de Maio - está profundamente dividido entre partidários do presidente e de Correa, acusa o mandatário de governar com o programa da oposição e atentar contra "a unidade orgânica" do partido.

"A norma interna considera como falta grave, entre outras, as acções políticas que beneficiam objectivamente pessoas ou grupos opositores à política de Revolução Cidadã", explicou a AP atravês da sua secretária-executiva, Gabriela Rivadeneira.

O partido de esquerda, no poder desde 2007, nomeou o ex-diplomata Ricardo Patiño, ligado a Correa, para presidir a AP. "Hoje adoptamos uma decisão valente (...). O presidente da República chegou à presidência com o voto de mais de 50% dos equatorianos, não chegou com o plano de governo da oposição, mas aplica o plano de governo da oposição", declarou Patiño.

A ruptura entre Moreno e Correa atingiu a sua pior fase quando o presidente anunciou consulta popular - sem data prevista - para anular a reeleição indefinida aprovada pelo ex-presidente, uma medida que para muitos visa impedir o regresso de Correa ao poder em 2021. A crise política também envolve o vice-presidente Jorge Glas, aliado de Correa e actualmente detido sob a acusação de receber subornos milionários de empresa estrangeira.

O Presidente da República, João Lourenço, preside, a 11 de Novembro, na Huíla, ao acto central das comemorações do 42.º aniversário da Independência Nacional, que vai decorrer o sob o lema ‘Unidos por uma agenda democrática una e indivisível’.

Pr

As celebrações do Dia da Independência Nacional são realizadas entre os dias 1 e 20 de Novembro em todo o território nacional, nas missões diplomáticas e consulares de Angola.

O Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado, que coordena o programa geral das comemorações, pretende divulgar e realçar a importância do 11 de Novembro, enquanto marco de transcendente importância na união das várias sensibilidades nacionais, com vista à valorização da Pátria, construção de um Estado Democrático de Direito e a união da nação angolana.

As comemorações do Dia 11 de Novembro pretendem promover uma reflexão sobre os “enormes sacrifícios” consentidos pelo povo, na conquista do bem maior da Nação, a Independência Nacional.

Durante as actividades vão ser referenciados os povos, partidos e governos que nos longos e difíceis anos da luta de libertação se solidarizaram com a causa nacional e apoiaram, de forma directa e concreta, o nascimento e a consolidação do Estado soberano, livre e independente.

No memorando sobre as comemorações do 11 de Novembro, o Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado recorda que a Independência de que o país usufrui hoje resultou do esforço desmedido de heróis angolanos, eternizados nos principais símbolos da República, que pese embora a disparidade de meios e da brutalidade da acção repressiva colonial, entregaram-se de corpo e alma à luta pela liberdade.

A luta dos heróis não cessou com o alcance da Independência. De acordo com o documento, estendeu-se por vários anos nos campos de batalha, em defesa da integridade territorial e da soberania nacional, nas fábricas, gabinetes, campos agrícolas e nas escolas.

Com o alcance da paz, refere o memorando, a luta continua sem armas na mão e os angolanos ontem desavindos trabalham juntos em prol do desenvolvimento, procurando, cada um no seu nível, realizar os ideias dos que se bateram pela Independência Nacional.

Para o Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado, a união dos angolanos, de todos os quadrantes, deve ser um signo das celebrações do quadragésimo segundo aniversário da independência nacional, num momento de particular importância para a História de Angola e sob a direcção de novo Governo, saído das quartas eleições gerais angolanas, cuja missão é salvaguardar as conquistas nacionais em vários campos, usar a experiência e a estabilidade política como ferramenta determinante para um desenvolvimento sustentável.

O Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado entende que a estabilidade é a ferramenta principal para o alcance dos anseios de todos os angolanos, da edificação de um Estado democrático e de direito forte, moderno, coordenador e regulador da vida económica e social, do desenvolvimento sustentável, através da inclusão económica e social, da estabilidade macroeconómica, da diversificação da economia e da redução das desigualdades.

A tarefa de garantir o bem-estar para todos os angolanos é árdua, mas exequível, lê-se no memorando, que indica ser preciso que todos estejam comprometidos com a estabilidade e com o futuro, mantenham-se confiantes de que as crises são passageiras, mesmo quando tão duras, e que devem ser aproveitadas para a correcção dos erros.

A capital da província do Kwanza-Norte, Ndalatando, acolheu, no ano passado, o acto central das comemorações dos 41 anos da Independência Nacional. Na altura, o historiador Manuel da Costa “Canjungo” valorizou a luta desencadeada pelos nacionalistas, com vista ao alcance da independência nacional, celebrada a 11 de Novembro de 1975.

Durante o colóquio sobre “O Kwanza-Norte e o contributo para o nacionalismo angolano”, o historiador enalteceu o contributo dos nacionalistas da região, que prestaram o seu contributo para a eliminação do regime fascista português. Entre as figuras do nacionalismo mencionadas pelo historiador, destaque para os nomes de Dona Ana de Sousa 'Njinga Mbandi', Adriano dos Santos Júnior, António Jacinto do Amaral Martins, António de Assis Júnior, Augusto Lopes Teixeira e Gentil Ferreira da Silva Viana.

O padre Joaquim Pinto de Andrade, José Mendes de Carvalho 'Hoji Ya Henda', Manuel Pedro Pacavira, Lopo do Nascimento, Cónego Manuel das Neves e Mário Pinto de Andrade também foram lembrados pelo historiador.