Valor Económico

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O Presidente da República manifestou-se aberto ao diálogo sobre os principais problemas da Nação e, ao mesmo tempo, reiterou o combate pela legalidade e pelo fim da impunidade, sublinhando que se trata de uma luta de todas as horas.

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Na sua primeira mensagem, por ocasião do Ano Novo, o Chefe de Estado acredita que este é um passo importante para a moralização da sociedade.

“Precisamos de dar passos decisivos para moralizar a nossa sociedade com o nosso exemplo, valorizando os bons comportamentos, atitudes e práticas, combatendo os actos que, em desafio e violação das leis existentes, tantos males causam à nossa comunidade e ao bem comum”, referiu o Presidente da República, citado pelo Jornal de Angola.

Confira abaixo, o discurso do Presidente da República, por ocasião do Ano Novo:

Povo angolano,

Caros compatriotas,

Passaram-se exactamente três meses desde a minha investidura como Presidente de todos os angolanos, período curto durante o qual procuramos por palavras e por actos dar um sinal claro, em primeiro lugar aos governantes, ao povo angolano, aos empresários e à comunidade internacional, do rumo que pretendemos seguir, que não rompe com o passado mas que procura se despir de tudo aquilo que não é bom para a nossa sociedade, para o nosso país.

A resposta que temos recebido e sentido da parte do povo, quer directamente quer através dos mais variados meios informativos, parece demonstrar que a grande expectativa criada à volta deste Executivo, continua a alimentar a esperança há muito esperada, do surgimento de uma verdadeira renovação de mentalidades e de comportamentos no seio da nossa sociedade. Temos procurado materializar e pôr em prática o Programa de Governo que mereceu a aprovação e adesão da grande maioria dos eleitores do país.

Vamos prosseguir nesta senda sabendo que é do apoio de todos sem discriminação, que depende o êxito do nosso trabalho. Apostamos nos jovens e numa maior representatividade feminina no Executivo e em outros órgãos do poder, sobretudo, no judicial. Estamos seguros que os responsáveis nomeados saberão honrar a confiança neles depositada, procurando com o seu trabalho e dedicação ir ao encontro das grandes expectativas criadas. Precisamos de dar passos decisivos para moralizar a nossa sociedade com o nosso exemplo, valorizando os bons comportamentos, atitudes e práticas, combatendo aqueles actos que em desafio e violação das leis existentes, tantos males causam à nossa comunidade e ao bem comum.

Aproveitemos esta data festiva e de convívio familiar, para interiorizarmos os valores de irmandade e solidariedade que ela encerra e fazermos uma profunda reflexão sobre os novos rumos que pretendemos para o nosso país. Não podemos esperar que haja mudanças se continuarmos a trilhar os mesmos caminhos e não formos nós os primeiros a mudar o nosso comportamento e as nossas próprias vidas. Também ao nível da governação essas mudanças se impõem.

A proposta de Orçamento Geral do Estado para o próximo ano já prevê acções viradas para a reforma e modernização do Estado, para o reforço da cidadania e para a instauração de uma sociedade cada vez mais participativa. O OGE dedica também uma parte considerável dos recursos disponíveis à expansão do capital humano, à redução das desigualdades, à criação de emprego qualificado e bem remunerado, à redução das assimetrias regionais e à diversificação da economia.

Continuaremos a zelar pela estrita aplicação do que vem consagrado na nossa Constituição, a que devo a máxima obediência. O nosso combate pela legalidade e pelo fim da impunidade de quem a desrespeita será um combate de todas as horas.

Caros compatriotas,

Ainda estamos a viver sob os efeitos da crise económica e financeira que nestes últimos anos se generalizou um pouco por toda a parte. Porque vivemos num mundo cada vez mais globalizado, Angola não podia ter escapado às suas consequências.

A crise só não foi mais grave, porque em tempo oportuno foram tomadas medidas pertinentes para reduzir o seu impacto, numa demonstração de que, fazendo-se uma leitura correcta da realidade e assumindo colectivamente os sacrifícios necessários, todos os obstáculos são superáveis.

Precisamos de dar com alguma coragem e determinação novos passos em frente, vencendo os constrangimentos ainda existentes e encarando com realismo os novos desafios, de modo a diversificarmos decisivamente a nossa economia e atingirmos o desenvolvimento sustentável, com inclusão económica e social.

Trabalhamos decididamente na criação do ambiente adequado ao aumento da produção interna de bens e de serviços, apostando no investimento privado nacional e estrangeiro. Pelos sinais que recebemos ultimamente, já é visível a mudança da imagem de Angola perante o Mundo, sobretudo perante os fazedores de opinião, os media internacionais, os homens de negócios ávidos em investir no nosso país em praticamente todos os ramos da nossa economia.

Vamos trabalhar para não deixar morrer esta esperança que se abre, de maior integração da nossa economia na economia mundial, fazendo de Angola um destino privilegiado do investimento privado estrangeiro. Trabalhar para que todos os caminhos venham dar a Angola, é o nosso desafio. Isso é bom porque se abrem perspectivas reais de diversificação da nossa economia, de aumento dos produtos de exportação, de aumento da oferta de emprego para os nacionais e para a juventude em particular.

Estarei sempre disponível durante o meu mandato, para manter uma atitude de abertura e diálogo com toda a sociedade em relação aos problemas da Nação, assim como para prevenir e combater quaisquer condutas que impeçam os cidadãos de usufruírem dos direitos que a Constituição lhes confere.

Todos os anos nesta data acreditamos e temos tendência em desejar que o Novo Ano traga prosperidade e melhores dias para todos.

Desta vez, vamos nos empenhar seriamente para que esse desejo deixe de ser uma ilusão e se torne numa realidade. Estamos optimistas que 2018 será um ano melhor para o país, para as empresas, mas sobretudo para as famílias e para os cidadãos em geral.

Desejo por isso a todo o Povo angolano, aos jovens, a mulher batalhadora, aos incansáveis trabalhadores, aos que se encontram acamados no leito dos hospitais, aos militares e policiais que garantem a paz e a tranquilidade nesta quadra festiva, um Ano Novo muito feliz e pleno de prosperidades!

A Rússia perdeu hoje (27) o contacto com o primeiro satélite angolano de telecomunicações Angosat-1, lançado na terça-feira, do cosmódromo de Baikonur no Cazaquistão, revelou uma fonte espacial russa.

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Receia-se um novo revés um mês após a perda de um outro aparelho. “O contacto cessou temporariamente, perdemos a telemetria”, indicou a mesma fonte à agência France Presse, dizendo esperar restabelecer o contacto com o satélite.

Localizado a 36 mil quilómetros acima do nível do mar e com uma velocidade que coincide com o da rotação da terra, foi lançado a 26 de Dezembro, o primeiro satélite angolano denominado ‘Angosat-1’ através do foguete transportador ucraniano Zenit, a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão.

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O satélite levou sete horas para chegar na posição orbital 14.5 E, e ficará em fase de testes durante três meses. Findo este período, o equipamento estará apto para ser utilizado, até completar 15 anos.

O Angosat-1 foi construído na Rússia, com 1.055 quilogramas, dos quais apenas 262.4 são de carga útil. Terá uma potência de 3.753 W, na banda CKu, com 16C+6 Ku repetidores e deverá cobrir um terço do globo terrestre.

O satélite angolano vai possuir um centro primário de controlo e missão em Angola e outro secundário na Rússia, em Korolev. Este é um dos sete projectos do Programa Espacial nacional. Com este passo, Angola junta-se ao grupo restrito de países africanos com satélite, nomeadamente a Argélia, África do Sul, Egipto, Marrocos, Nigéria e Túnisia.

No entanto, o Executivo elegeram 2018 para materializar outro projecto de melhoria das comunicações no país ao ligar África e América por meio do cabo submarino de comunicações, numa parceria com a Angola Cables, avaliada em 200 milhões de dólares.

A entrada em órbita do Angosat1 está prevista para dia 26 deste mês, pelas 19 horas, depois de concluída a fase de integração do satélite angolano ao módulo lançador. O lançamento será feito por meio do foguete transportador ucraniano Zenit, a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão.

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A informação foi avançada hoje (21), à Angop, pelo ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, nas vestes de coordenador geral do Programa Espacial Nacional.

O Angosat, construído na Rússia, com mil 55 quilogramas e 262.4 quilogramas de carga útil, ficará na posição orbital 14.5 E e terá uma potência de três mil 753 W, na banda CKu, com 16C+6Ku repetidores. Terá 15 anos de "vida útil". Como satélite geoestacionário artificial, o Angosat estará localizado a 36 mil quilómetros a nível do mar. Sua velocidade coincidirá com o da rotação da terra e conseguirá cobrir um terço do globo terrestre.

O centro de controlo e missão de satélites do Angosat1 encontra-se na comuna da Funda, norte da província de Luanda. O satélite angolano vai possuir um centro primário de controlo e missão em Angola e outro secundário na Rússia, em Korolev. Este é um dos sete projectos do Programa Espacial nacional.

A 13 de Novembro de 2017, o vice-primeiro-ministro da Federação Russa, Yuri Trutnev garantiu que o satélite AngoSat-1, construído pela Corporação Energética de Míssil e Espaço da Rússia, para o Governo angolano, está programado para ser lançado neste mês.

Em 2009 firmou-se o contrato entre Angola e a Rússia, representados pelo Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação da República de Angola e FSUE ‘Rosoboronexport’, respectivamente, para a construção, lançamento e operação do satélite ANGOSAT-1.

O ANGOSAT é a denominação do primeiro satélite angolano geoestacionário que fornecerá oportunidades de expansão dos serviços de comunicação via satélite, acesso à internet, rádio, e transmissão televisiva.

O Fundo Soberano de Angola (FSDEA) anunciou, nesta quarta-feira, uma previsão de 40,5 milhões de dólares de lucro no terceiro trimestre de 2017, com activos totais avaliados em 5.030 milhões de dólares.

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Em comunicado, citado pela Lusa, a instituição refere que os resultados provisórios em causa reflectem o estado do portefólio no período de 01 de Julho a 30 de Setembro de 2017. O "desempenho favorável" é justificado com as aplicações em títulos e valores mobiliários, que geraram uma margem bruta de 117,5 milhões de, refere o FSDEA, liderado por José Filomeno dos Santos.

O presidente do conselho de administração daquele fundo destaca, na mesma informação, que o "desempenho e rentabilidade favoráveis", registados desde 2016, "continuaram durante o terceiro trimestre de 2017".

"No âmbito do mandato do FSDEA prevemos a realização de mais investimentos em diversos ramos, que criarão cada vez mais valor para o portefólio, gerando também oportunidades de geração de renda para os cidadãos nacionais e os de países vizinhos.

O ganho resiliente de capital registado de 2016 a 2017 confirma a eficácia da estratégia de ‘privateequity' adotada pelo FSDEA. Por este motivo, prevemos o aumento contínuo do valor deste tipo de aplicação ao longo do ano em curso", sustenta José Filomeno dos Santos.