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Valor Económico

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Angola, através de peritos do Ministério das Finanças e do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), participa desde terça-feira (10) em Abuja, Nigéria, na 25.ª reunião anual geral, e de aniversário, do Banco Africano de Exportação e Importação (Afreximbank).

Nigéria

Pelo Ministério das Finanças participa no encontro o director de intercâmbio e chefe de departamento de projectos, Manuel Pedro, enquanto pelo BDA a administradora Ana Maria Campos representa a instituição.

A reunião está a reflectir sobre as conquistas dos 25 anos de promoção do comércio em África e como moldar o futuro do comércio para transformar o continente nos próximos 25 anos.

Estão a ser realizados seminários para abordar a transformação futura do comércio e do desenvolvimento económico no continente, incluindo o impacto do recém Acordo Continental de Livre Comércio da África.

Essas discussões, segundo especialistas, ajudarão o futuro papel do Banco na vanguarda da aceleração do crescimento do comércio em África.

A organização da Filda não avança dados sobre balanço do primeiro dia.

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A Feira Internacional de Luanda, que cumpre hoje o segundo dia, é marcada pela redução de visitantes. Se no primeiro dia o estacionamento de viaturas era quase impossível, hoje já regista uma melhoria.

Mas no interior do único pavilhão que ‘absorve’ o grosso de empresas expositoras, há muitas reclamações, sendo que era suposto haver um ‘ambiente melhor’ no recinto. “Penso que a Filda está bem na ZEE, mas é preciso melhorar no domínio da climatização do interior dos pavilhões”, reclama o visitante Zé Óscar.

O calor que ‘arrasa’ a Filda, no seu interior, se fosse por altura do verão teria motivado desmaios de feirantes, admite o também empresário. Opinião também partilhada pela responsável da área de marketing da SGS Angola, acrescentando que para além “da feira estar muito quente”, praticamente alguns expositores foram apanhados com ‘as calças na mão’, portanto, desprevenidos.

“Foi tudo feito por cima da hora, daí muitos expositores até a esta altura estarem a lutar para montar os seus stands”, revelou a funcionária da SGS. A Filda entra amanhã no terceiro dia, aguardando-se a ‘abertura do país para o mundo’. Será o dia de Angola na feira, onde devem ser apresentados, para além do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), vários cenários susceptíveis de ‘provocar’ investimento interno e externo.

O seguro multirriscos habitação obrigatório para as centralidades, que foi anunciado há cerca de dois anos, ainda não começou a ser praticado, estando numa fase de estruturação.

cacuaco

A informação foi avançada, em exclusivo ao VALOR, pela secretária do Estado do Ordenamento do Território, Ângela Mingas, durante a 34ª edição da Feira Internacional de Luanda.

Ângela Mingas informou que o seguro está a “decorrer, mas que esses projectos não se concretizam imediatamente.

Há várias fases ainda a trabalhar. Ainda não existe como um seguro aplicável ao cidadão” O seguro, obrigatório aos residentes nas diferentes centralidades, também não começou ainda a ser comercializado pelas seguradoras, confirmou a secretária de Estado.

O projecto foi lançado e apreciado favoravelmente numa reunião da comissão económica em 2016.

O seguro prevê assegurar a reparação de danos relacionados com incêndios, inundações, problemas eléctricos, com a possibilidade de haver indemnizações por furto ou roubo, entre outros aspectos.

O presidente de direcção da Associação da Indústria Cimenteira de Angola (AICA) garantiu, nesta terça-feira, ao VALOR, que Angola está preparada para ‘assaltar’ outros mercados, sobretudo de países africanos, para a comercialização de cimento.

Cimento angolano

Manuel da Silva Pacavira Júnior, abordado na 34ª edição da Filda, onde a AICA se estreia, indicou que está assegurada a cobertura do mercado interno, referindo que “o resto é consolidar a produção para exportar sobretudo para os países limítrofes, como República Democrática do Congo, Zâmbia, Congo e a Namíbia”.

Sem entrar em detalhes, o responsável da AICA referiu que as cinco cimenteiras existentes, sendo duas em Luanda (Cimangola e CIF), uma no Kwanza Sul (FCKS) e duas em Benguela (Cecil e Cimenfort) têm capacidade suficiente para atender as exigências internas e externas. As cinco ‘cimenteiras’, em pleno funcionamento, podem produzir mais de sete milhões de toneladas de cimento por ano.

Entretanto, dados a que o VALOR teve acesso reportam um abrandamento significativo da produção nos últimos quatro anos. Em 2014, as fábricas produziram 4.917.454 toneladas para em 2015 colocarem no mercado a maior produção do quadriénio: 5.198.353 toneladas. Mas a partir de 2016 a produção caiu para 3.874.630 toneladas e 2.632.389 toneladas em 2017.

Este ano pode não fugir a regra já que até Junho último foram produzidas 1.308.496 toneladas. O presidente da AICA que também é executivo na Cimangola justifica que a crise financeira também afecta o sector dos materiais de construção, havendo uma drástica redução na procura.

A redução da importação de cimento é um exemplo a seguir nos outros domínios como disse recentemente ao VALOR o presidente da Associação Industrial Angolana (AIA) José Severino.

Para ele, “o exemplo do cimento devia ser continuado em outros sectores”, para reduzir a vergonhosa dependência do país do estrangeiro em produtos que podem ser fabricados em Angola. A Feira Internacional de Luanda, cumpre amanhã o seu segundo dia com atracções nos diferentes sectores que vão desde as telecomunicações, agricultura, transportes, comércio, a indústria, serviços e agricultura.

O banco de investimento Morgan Stanley (MS), operador global de serviços financeiros, prevê uma subida do preço do barril do Brent para 85 dólares, em resultado das ameaças feitas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump aos países importadores de petróleo iraniano.

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Com base nos cálculos da Morgan Stanley, a produção de petróleo no Irão deverá sofrer uma quebra de 1,1 milhão de barris por dia, na mesma projecção em que os peritos da MS colocam Angola e a Líbia, que deveram igualmente ver reduzido os seus volumes de produção.

A instituição, sediada nos EUA, calcula que a subida do preço do petróleo deverá elevar, em 7,5 dólares, a cotação que já estava perspectivada. As contas do MS incluem já expectativas de aumento da produção na Arábia Saudita, Rússia, Emirados Arábes Unidos e Kuwait.

O banco considera que esses acréscimos não serão suficientes para satisfazer uma procura “robusta”, que, diariamente, estará 600 mil barris acima da oferta.