BALANÇO. Mandato de Emmerson Mnangagua à frente do Zimbábue marcado com quadro económico difícil, similares aos da era Mugabe. Falta de recursos em moedas estrangeiras e medicamentos nos hospitais integram cabaz de necessidades imediata para o país e famílias. País tem outra moeda há dois anos. Persistem as dificuldades económicas no Zimbábue deixadas pelo destituído presidente Um ano depois da saída de Robert Mugabe, agravaram-se as necessidades com moedas estrangeiras e materiais de apoio hospitalar, como medicamentos. Estas dificuldades constavam do programa de governo do sucessor de Robert Mugabe, o presidente Emmerson Mnangagwa, que prometeu, entre outros, tornar um ‘dólar’ zimbabuano mais forte e captar biliões de dólares em investimentos. Indicado pela ZANU-PF, Emmerson Mnangagwa também garantiu “valorizar a liberdade de expressão”, assim como buscar o “reengajamento com o Ocidente”. Passados 12 meses, Mnangagua é desafiado pela conjuntura económica local, o que está a pressionar o cumprimento das promessas de início de mandato. A economia continua a cair. E há quem descreva a situação como a pior dos últimos 10 anos, havendo no seio da população o medo de que a situação possa atingir os níveis observados em 2008 e 2009, quando o Zimbábue registou uma inflação de mais de um milhão por cento. De acordo com observadores, e o que escreve a imprensa local, a escassez de moeda estrangeira tornou-se no principal problema do país. O governo não tem dinheiro e os bancos também não estão a disponibilizar divisas para financiar a factura de importação de bens essenciais. No entanto, os problemas económicos e financeiros começaram há dois anos, quando o país introduziu, no mercado, as conhecidas ´notas de obrigações’, uma moeda local com um valor semelhante ao dólar americano, mas que de nada vale fora do território zimbabueano. Emitidas pelo banco central zimbabuanos, economistas consideraram que as também designadas “bond notes” acabaram por aumentar ainda mais a inflação. À semelhança do passado, a oposição que protesta nas ruas, reivindicando vitória eleitoral, foi reprimida, numa acção policial que resultou em três mortes e 10 feridos. Muita gente passou a ser julgada e condenada com base na acusação de “insulto” contra as instituições públicas ou o presidente. Euforia durou 1 ano Depois de em 21 de Novembro terem festejados a saída de Robert Mugabe da presidência, zimbabuanos revivem o drama da difícil situação económica. Observadores compararam os festejos da saída de Mugabe à proclamação da independência daquele país da realeza britânica. Mas, um ano depois, o otimismo do Zimbábue diminuiu. A situação económica e social degradou-se em níveis mais profundos do que na gestão de Mugabe. O atual governo diz que a “reforma leva tempo” e pede “paciência”. Uma economia “já arruinada foi ainda mais devastada pela nova inflação”, destacou, por exemplo, o Washignton Post. A aproximação com o Ocidente, que evitou o Zimbábue por décadas e atrasou o investimento e o crescimento de empregos, tem sido hesitante. Descontentamento Nas ruas de Harare, já são visíveis grupos de cidadão descontentes com intenção de se manifestar. Temba Mlandeli, engenheiro na capital do Zimbábue, Harare, exalava otimismo numa entrevista antes da eleição. Hoje, Mlandeli perdeu essa optimismo. “Para ser sincero, não é exactamente o que eu esperava”, disse, citado pela imprensa local, balaceando os 12 meses da gestão de Mnangagwa.
Valor Económico
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PCA do organismo considera não haver ainda no país níveis de aforro que suportem exigência de processos de privatização. E junta, entre os desafios, a estabilidade macroeconómica como variável determinante para captar quem tem dinheiro ao programa de privatizações.
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