Valor Económico

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O Presidente da República partiu na manhã desta terça-feira (21) para Berlim, Alemanha, onde efectuará, uma oficial de dois dias.

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De acordo com nota da Casa Civil do Presidente da República, durante a visita, João Lourenço vai ser recebido pela chanceler alemã, Ângela Merkel, e assistirá à abertura do 7.º Fórum Económico Angola-Alemanha.

O volume de negócio entre os dois países ronda os 500 milhões de euros por ano, essencialmente com exportação de petróleo angolano a Alemanha.

O Presidente da República exonerou, em Luanda, o vice-governador do Huambo para os Serviços Técnicos e Infra-Estruturas, Calunga Francisco Zagi Quissanga, nomeado para o cargo em Outubro de 2017.

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Num outro Decreto, João Lourenço nomeou Leonardo Severino Sapalo (na foto), para o cargo de vice-governador da província para o substituir.

O Presidente da República exonerou ainda António de Lemos do cargo de presidente do conselho de administração da Sociedade de Desenvolvimento da Zona Económica Especial Luanda/Bengo, E.P., tendo nomeado para a sua substituição António Henriques da Silva.

CONFERÊNCIA. Intervenção da classe na gestão dos recursos naturais pode rapidamente contribuir para a melhoria das condições de vida das comunidades da região da SADC, segundo o presidente Filipe Nyusi.

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O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, desafiou os advogados dos países membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês) a associarem-se aos desafios governamentais para garantir “uma gestão responsável e transparente” dos recursos naturais, na região.

O estadista, que lançou o desafio durante a cerimónia de abertura da 19ª Conferência Anual dos advogados dos países membros da SADC, defendeu que a efectivação desse desafio iria contribuir para o alcance da justiça social através da melhoria das condições de vida das comunidades da região. O encontro decorreu a 16 e 17 de Agosto, em Maputo, Moçambique, e contou com a participação de advogados e representantes de escritórios de 15 países da SADC, incluindo de Angola, através da Ordem dos Advogados de Angola (OAA). Fizeram também parte da lista países como Botsuana, República Democrática do Congo, Lesotho, Malawi, Madagáscar, Maurícias, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Zâmbia, entre outros da região.

A conferência serviu igualmente de plataforma para que os profissionais pudessem reflectir sobre as conquistas já alcançadas e os desafios que afectam a advocacia, segundo o bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique, Flávio Valente, citado pela imprensa local.

Os temas debatidos foram seleccionados, segundo ainda Flávio Valente, tendo em consideração o processo de integração das economias dos países da SADC que, defende, precisam de soluções jurídicas que estejam igualmente integradas.

O momento teria sido mais do que oportuno, para que o presidente Filipe Nyusi lembrasse aos participantes que grande parte dos países da região continua a usar modelos de justiça herdados dos regimes coloniais, o que, na sua opinião, não responde às necessidades de justiça das comunidades actuais.

Subordinada ao tema ‘promovendo uma política legal inclusiva para assegurar um desenvolvimento socioeconómico sustentável da região da SADC’, a conferência juntou mais de 200 profissionais da área.

TECNOLOGIAS. ‘Freelancers’, trabalhadores independentes e autónomos fazem parte de uma nova tendência de trabalho, potencializada pela tecnologia, a gigeconomy.

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As mudanças tecnológicas têm- se reflectido em aspectos fundamentais na sociedade. As redes sociais, por exemplo, alteraram a forma como as pessoas se relacionam e consomem notícias. Muitas empresas e plataformas estão, igualmente, a mudar profundamente a maneira de trabalhar.

Aplicativos de transportes, como a Uber – que recentemente comemorou 10 biliões de corridas – e Cabify, são bons exemplos. As duas plataformas permitem que motoristas trabalhem nos horários que preferirem, sem ter um vínculo contratual com as gestoras. A GetNinjas é um caso semelhante. Em vez de motoristas, oferece prestadores de serviços de todos os tipos.

Já há um nome para a situação social na qual boa parte das pessoas têm um vínculo de trabalho desse tipo: é a “gigeconomy”. Também é possível pensar nela como a economia ‘da procura’.

Alguém precisa de um serviço que um terceiro presta, faz o acesso a uma plataforma apropriada (upwork, trampos.co, freelancer.com ou GetNinjas, entre muitas outras), lança um pedido e pronto: tem um trabalho para fazer.

De acordo com pesquisas da McKinsey, até 33% dos europeus e norte-americanos já fazem algum tipo de trabalho independente para aumentar os seus rendimentos. Números da Ali Research prevêem que 400 milhões de chineses possam estar empregados de forma autónoma até 2036.

A tendência é que ‘gigeconomy’ comece a aparecer com uma frequência cada vez maior, ao lado de termos como indústria 4.0, quarta revolução industrial.

Riscos da gigeconomy

No entanto, existe um risco elevado atribuído a este trabalho. O de os trabalhadores não estarem enquadrados na segurança social e não beneficiarem de outros direitos como o 13.º salário eférias remuneradas, por exemplo. É uma realidade que os estudantes do fenómeno consideram merecer atenção.

Em contrapartida, a ‘gigeconomy’ não apresenta riscos apenas para os trabalhadores. Também para as economias dos países, sobretudo para as receitas provenientes das contribuições sociais dos trabalhadores. A previdência social está intimamente ligada ao regime de contratação formal. Uma queda nesse tipo de contratação significa que a forma como os trabalhadores contribuem para a previdência também poderá mudar.

É fácil imaginar o impacto disso: um risco para as reformas das gerações futuras. Isso significa que, conforme a ‘gigeconomy’ se consolida como uma tendência, pode mudar bastante outros aspectos sociais. A ideia de uma expansão da ‘gigeconomy’ pode causar alguma insegurança. Afinal, muda aspectos fundamentais e muito tradicionais de nossa sociedade. No entanto, também traz uma série de oportunidades. *com UDACITY

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO. Multinacional está a analisar a intenção, pensando na diversificação de projectos empresariais. Essencial, segundo a companhia, vai ser “melhorar todos os recursos tecnológicos existentes”.

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A multinacional chinesa de tecnologias Huawei está a analisar o aumento do investimento em Angola, também com a diversificação de projectos empresariais, tendo o vice-presidente da empresa, Ping Guo, salientado o “potencial” de crescimento do país.

A intenção foi expressa por Ping Guo num encontro com o Presidente João Lourenço, em que lhe indicou a vontade de a multinacional chinesa reforçar o investimento em Angola nos vários domínios das tecnologias de informação e no fornecimento de soluções tecnológicas nas áreas económica e social.

Ping Guo não avançou especificamente onde a empresa pretende investir, mas indicou que há “várias propostas bem desenhadas” para o mercado angolano, estando em curso um estudo para “melhorar a Angola do futuro”.

O director-geral da Huawei em Angola, Ryan Li, que integrou a delegação, disse que, nesta fase, o essencial vai ser melhorar todos os recursos tecnológicos existentes em Angola e optimizá-los para um futuro melhor nos vários sectores da vida.

O mercado angolano tem grande margem para crescer. A nossa tarefa deve ser agora a de ver como vamos melhorar este processo”, disse Ryan Li, que entende que, a cumprir estes passos, vai ser possível melhorar o mercado no que a soluções diz respeito.

Ryan Li adiantou que a multinacional chinesa projecta a construção, em Angola, de um centro de referência de pesquisa e desenvolvimento. A Huawei é a fornecedora da rede de transmissão de Angola e detentora de aplicativos e soluções tecnológicas inovadoras para a saúde, educação e agricultura.

“Temos de olhar para este conjunto de soluções e ver o que podemos fazer juntos para irmos melhorando os serviços que prestamos aos cidadãos”, sublinhou, por sua vez, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação.

José Carvalho da Rocha, que acompanhou o vice-presidente da Huawei à audiência com o chefe de Estado, assinalou que aquela empresa continua a manifestar o grande interesse em continuar a trabalhar no mercado nacional, onde tem apresentado as soluções. “O que vamos fazer agora é colocar as nossas equipas técnicas a trabalhar e a identificar o que devemos fazer, além do que já temos estado a fazer com a Huawei”, disse.

Relativamente a uma possível instalação no país de um centro de referência tecnológico para a montagem de ‘smartphones’ (telemóveis ‘inteligentes’), computadores e equipamentos, José Carvalho da Rocha disse que nada ainda foi avançado e que todas as propostas e intenções apresentadas pela Huawei vão ser discutidas ao longo desta semana.

A Huawei Technologies, que tem mais de uma centena de filiais em todo o mundo, é uma empresa multinacional de equipamentos para redes e telecomunicações com sede na cidade de Shenzhen, localizada na província de Guangdong, na China. É fornecedora de equipamentos para redes e telecomunicações do mundo.

Em Novembro de 2017, a multinacional chinesa lançou o programa ‘Huawei Academia’ na Universidade Católica de Angola, com o propósito de ajudar os estudantes a iniciar uma carreira, preparando-os para o mercado de trabalho.

Os jovens na academia vão beneficiar numa primeira fase de cursos básicos para iniciantes (Hiper e Wer). A academia criada pela multinacional chinesa, dará acesso a todos os estudantes, independentemente da sua formação de base e do curso em que estejam a frequentar.

A formação tem permitido aos jovens desenvolverem o conhecimento e habilidades no sector das tecnologias de informação e comunicação e dotá-los de certificação da Huawei mundialmente reconhecida.