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Valor Económico

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A situação está a ser acautelada pelo Ministério das Finanças, o Banco Nacional de Angola (BNA) e o Banco de Poupança e Crédito (BPC), segundo o Governo.

estudantes angolanos

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) informou, em comunicado, divulgado, nesta sexta-feira, 20, que o Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE) está a trabalhar para a regularização imediata do pagamento dos subsídios de bolsas de estudo aos estudantes no exterior do país.

A informação surge em reacção a notícias divulgadas em alguns órgãos de imprensa e nas redes sociais relativamente às dificuldades financeiras enfrentadas pelos estudantes bolseiros angolanos no exterior.

O MESCTI avança que a actual situação decorre da crise económica e financeira que o país atravessa e escassez de divisa, razão pela qual o INAGBE está a envidar esforços, em articulação com os parceiros directos em matéria de transferências de valores.

O órgão avança, por outro lado, que a situação está a ser acautelada pelo Ministério das Finanças, o Banco Nacional de Angola (BNA) e o Banco de Poupança e Crédito (BPC), reafirmando o seu empenho em solucionar rapidamente este problema.

Relativamente aos estudantes bolseiros na Universidade da Beira Interior, na Covihã, o sector de Apoio aos Estudantes em Portugal, tem mantido um contacto directo no sentido de honrar os compromissos no âmbito das bolsas de estudo, detalha o comunicado da entidade.

O INAGBE tem programada uma vídeo conferência via Web com os estudantes para ouvir as suas inquietações e elucidá-los sobre a crise financeira que o país enfrenta e sobretudo o que o MESCTI tem feito para cumprir com as suas obrigações.

Em Maio último, a ministra Maria do Rosário Sambo havia anunciado a suspensão temporária da atribuição de novas bolsas de estudos externas no ano lectivo 2018 devido às dificuldades financeiras resultantes da crise económica do país.

O INAGBE tem estudantes em 29 países, estando sob controlo 5.598 bolseiros externos, dos 30.308 estudantes angolanos que beneficiam de bolsas. O país com maior número de bolseiros é Cuba, com 2.556 estudantes, seguido da Rússia e depois a Argélia

A medida estipula que o crédito adicional em causa "deve ser atribuído faseadamente, em função das necessidades de pagamento".

investimento público

O Presidente da República, João Lourenço, aprovou, através de um decreto de 13 de Julho, um crédito adicional ao Orçamento Geral de Estado (OGE) de 123.576 milhões de kwanzas, para reforço das despesas inscritas no Programa de Investimento Público (PIP).

A medida, segundo o diploma, visa "suportar as despesas relacionadas com a conclusão e inscrição" no PIP de obras dos ministérios da Construção e Obras Públicas, da Energia e Águas, do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, do Ordenamento do Território e Habitação, e da Saúde.

O documento, que não adianta que obras serão incluídas no PIP deste ano, estipula, no entanto, que o crédito adicional em causa "deve ser atribuído faseadamente, em função das necessidades de pagamento e após esgotadas todas as verbas atribuídas inicialmente". No OGE em vigor, aprovado em Fevereiro, o Governo inscreveu uma dotação global de 179.055 milhões de kwanzas com os projectos PIP, nomeadamente a reabilitação de dezenas de quilómetros de estrada.

Entre Janeiro e Junho de 2018 os bancos comerciais compraram ao banco central praticamente 5.750 milhões de euros em leilões semanais de divisas, contrastando com os 6.837 milhões de euros do primeiro semestre de 2017.

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O Banco Nacional de Angola (BNA) vendeu aos bancos comerciais 31,5 milhões de euros por dia nos seis primeiros meses deste ano, resultando uma quebra homóloga de 16%.

De acordo com dados do BNA, citados pela Lusa, entre Janeiro e Junho de 2018 os bancos comerciais compraram ao banco central praticamente 5.750 milhões de euros em leilões semanais de divisas, contrastando com os 6.837 milhões de euros do primeiro semestre de 2017.

Em 2018, o pico das vendas de divisas pelo BNA atingiu-se em Maio, com 1.537 milhões de euros, e em Junho, com 1.389 milhões de euros.

Entre 09 de Janeiro e 04 de Julho, o kwanza acumulou uma depreciação de praticamente 37% face ao euro, decorrendo da aplicação do regime flutuante cambial, em que as taxas de câmbio passaram a ser formadas em função das licitações feitas pelos bancos comerciais em leilões.

O Governo angolano rubricou, esta quinta-feira, em Luanda, um acordo financeiro com o Banco Mundial (BM), avaliado em 280 milhões de dólares, montante adicional para apoiar a segunda parte do Projecto de Desenvolvimento Institucional do Sector da Água (PDISA2) e do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial.

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Assinado pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, pela parte angolana, e pelo representante do Banco Mundial em Angola e São Tomé e Príncipe, Oliver Lambertor, os dois acordos de financiamento, segundo o Governo, “vão dar um contributo importante à economia angolana, no momento em que existem grandes desafios para a diversificação da economia, estando enquadrados no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN)/2018-2022”.

O projecto da Agricultura comercial faz parte de um programa amplo que também tem financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento na ordem de 100 milhões de dólares, segundo as explicações do ministro Archer Mangueira.

Para o representante do BM o financiamento adicional, no valor de 150 milhões de dólares, do PDISA2 irá contribuir no aumento da cobertura do serviço de abastecimento de água em nove cidades do país, nomeadamente Lubango, Ndalatando, Dundo, Luena, Moçamedes, Kuito, Huambo, Malange e Uíge.

O valor, acrescentou, permitirá igualmente reforçar a capacidade institucional das empresas provinciais de Água e Saneamento, Direcção Nacional de Água, Instituto Regulador dos Serviços de Electricidade e de Água e do Instituto Nacional de Recursos Hídricos de Angola.

Em relação ao PDISA2, fez saber que irá beneficiar cerca de 1,2 milhões de pessoas nessas nove cidades, com serviços públicos de ligação de água domiciliária.

O Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial, no valor de 130 milhões de dólares, irá contribuir para o aumento da produtividade e o acesso ao mercado dos beneficiários elegíveis ao longo de dois corredores rodoviários criados.

Os dois corredores integram nomeadamente as províncias de Luanda, Bengo, Kwanza Norte e Malange, por um lado e, por outro, Luanda, Bengo, Kwanza-Sul, Huambo, Norte da Huila, que ligam a principal área agrícola do planalto central aos mais importantes mercados urbanos de Luanda.

FORTUNA. Um ‘ranking’ recentemente elaborado pela Love Money, citado pelo site ‘Dinheiro Vivo’, lista os homens de negócios que, nos últimos dois séculos, conseguiram acumular grandes fortunas, nas tecnologias, petróleos, imobiliário, investimentos diversos e comércio. Alguns foram detentores de patrimónios que hoje valeriam mais de 450 mil milhões de euros.

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1810 - Stephen Girard

Nascido em Bordeaux, França, em 1750, é filho de um capitão, que se mudou para a Filadélfia, EUA, onde se estabeleceu como comerciante. Acumulou uma grande fortuna ao importar e exportar a maioria dos produtos que circulavam pela cidade. Em 1811, fundou um banco, instituição a qual foi a principal credora do governo dos EUA durante a guerra de 1812, o que catapultou o património a valores que rondariam 110 mil milhões de euros. Quando faleceu, em 1831, a maior parte da sua fortuna foi usada em causas solidárias.

1830 - Nathan Mayer Rothschild

Nasceu em Frankfurt, na Alemanha, em 1777, tendo-se transferido, mais tarde, para Inglaterra onde fundou negócios na área financeira e têxtil. Quando faleceu em 1836, Rothschild tinha uma fortuna acumulada na ordem dos 343 mil milhões de euros.

1840 - John Jacob Astor

Foi o primeiro norte-americano a atingir a escala de multimilionário. Nasceu em Walldorf, Alemanha, em 1763, e emigrou para os EUA com apenas 21 anos. Começou no comércio de peles, tendo criado um monopólio, até chgegar ao imobiliário. Tinha um património líquido hoje avaliado em 126 mil milhões de euros Quando faleceu, em 1831, a maior parte da sua fortuna foi usada em causas solidárias.

1850 - Cornelius Vanderbilt

Nasceu em Staten Island, Nova Iorque, em 1794. Abandonou a escola aos 11 anos e dedicou-se à construção naval, tendo tornado o barco a vapor a expansão do seu negócio. Em 1850, já era o mais rico no mundo. Em 1863, comprou uma rota ferroviária em Nova Iorque e fundou uma das primeiras mega-corporações da América. Faleceu em 1877, deixando uma fortuna de aproximadamente 128 mil milhões de euros ao filho mais velho, William Henry Vanderbilt.

1890 - John D. Rockefeller

Natural de Nova Iorque, nascido em 1839, foi um dos fundadores da Standard Oil, em 1870, tendo passado a controlar 90% de todo o petróleo refinado dos EUA. Na década de 1890, o barão do petróleo expandiu os negócios para o minério de ferro e gás natural, tendo tido uma enorme influência também sobre a indústria ferroviária. Manteve o seu estatuto de mais rico do mundo até à sua morte, em 1937. Rockfeller doou mais de 470 milhões de euros.

1900 - Andrew Carnegie

Nasceu em Dunfermline, Escócia, em 1835. A história deste industrial surge hoje como tendo sido um dos principais responsáveis pela expansão da indústria siderúrgica nos EUA, tendo situado o seu património líquido nuns incríveis 305 mil milhões de euros. Andrew Carnegie faleceu em 1919 e doou 90% da sua fortuna, ainda em vida.

1940 - Henry Ford

Nascido a 1863, o fundador da marca Ford Motor Company, que revolucionou o fabrico automóvel, já foi a pessoa mais rica do mundo. Em 1947, ano em que faleceu, a marca que havia fundado valia qualquer coisa como 171 mil milhões de euros.

1950 - J. Paul Getty

Natural de Minneapolis, EUA, em 1892, investiu no petróleo com apenas 20 anos. Criou um império a partir de 1950, quando se expandiu para o Médio Oriente e, em 1957, era o mais rico do mundo. Manteve o controlo sobre a indústria petrolífera. Em 1973, recusou pagar um resgate para libertar o neto, que havia sido sequestrado em Roma. Quando faleceu em 1976, a fortuna já era de 22,6 mil milhões de euros.

1980 - Yoshiaki Tsutsumi

Chegou a ser a pessoa mais rica do mundo nos anos 1980, tendo ocupado o topo da lista de riqueza da Forbes, durante três anos consecutivos. Em 1987, tinha uma fortuna avaliada em 37 mil milhões de euros.

1990 - Bill Gates

Fundador da Microsoft, Bill Gates ocupou o primeiro lugar da lista da Forbes, em 1995, mantendo-se, ainda hoje, nos lugares cimeiros do ‘ranking’ que classifica anualmente os homens mais ricos do mundo. Em 1995, o magnata da tecnologia valia qualquer coisa como 11 mil milhões de euros.

2000 - Warren Buffett

Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway, uma companhia que supervisiona e gere uma série de empresas subsidiárias, chegou a acumular 53,2 mil milhões de euros, o que o tornou na pessoa mais rica do mundo.

2010 - Jeff Bezos (na foto)

O fundador da Amazon é actualmente a pessoa mais rica do mundo. O director executivo do grupo, que foi fundado no ano de 1994, em Seattle, EUA, tem uma fortuna acumulada na ordem dos 142 mil milhões de dólares, segundo o mais recente relatório da Bloomberg, divulgado na semana passada. A maioria deste património é proveniente da participação que Bezos tem na empresa que fundou.