Inflação continua em quebra
A taxa de inflação voltou a descer em Março, pelo terceiro mês consecutivo, fixando-se agora ligeiramente acima dos 36,5%, uma quebra de quase dois pontos percentuais face a Fevereiro.
De acordo com o relatório mensal do Instituto Nacional de Estatística (INE), sobre o comportamento da inflação, os preços subiram de Fevereiro para Março 1,91%, em termos nacionais, contra os 2,30% e 2,25% dos dois meses anteriores e já metade dos quase 4% de Julho.
Entre Janeiro e Dezembro de 2016 (12 meses) os preços subiram praticamente 42%, segundo os relatórios anteriores do INE com o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN). Nos últimos 12 meses, até Março, a inflação acumulada desceu para 36,52%, níveis semelhantes aos de Agosto do ano passado.
A subida de preços face a Fevereiro foi influenciada sobretudo pelo sector do “Vestuário e Calçado”, com 3,63%, mas com o INE a destacar também os aumentos dos preços nas classes “Bens e Serviços Diversos”, com 3,35%, “Bebidas Alcoólicas e Tabaco”, com 3,08%, e “Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção”, com 2,65%.
Apesar desta quebra, o valor da inflação a um ano está ainda muito acima da previsão de 15,8% para o período entre Janeiro e Dezembro que o Governo inscreveu no Orçamento Geral do Estado de 2017.
Desde Setembro de 2014 que a inflação no país não para de aumentar, acompanhando o agravamento da crise económica, financeira e cambial decorrente da quebra na cotação internacional do barril de petróleo bruto, o que fez disparar o custo nomeadamente dos alimentos.
As subidas de preços no último mês foram lideradas pelo Kwanza-Norte (2,59%), Luanda (2,24%), Lunda-Norte (2,08%) e Uíge (1,90%), enquanto na posição oposta figuraram o Bié (1,07%), Huíla (1,10%), Huambo (1,40%) e Cabinda (1,50%).
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