Presidente anuncia 2,9 mil milhões de euros para estimular a economia
O governo sul-africano vai realocar 50 mil milhões de rands (2,9 mil milhões de euros) do actual orçamento de Estado para impulsionar o crescimento da economia, anunciou hoje (sexta-feira) o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

O chefe de Estado sul-africano sublinhou que as medidas anunciadas hoje “vão beneficiar as mulheres, os jovens e as pequenas e médias empresas”, mas advertiu que o “governo não tem condições no actual ano fiscal de aumentar a despesa pública ou de contrair novos empréstimos”.
“Temos por isso que priorizar áreas do nosso orçamento e a nossa despesa”, disse Ramaphosa na conferência de imprensa, em Pretória, transmitida pela televisão pública.
O presidente sul-africano afirmou ainda que “o objectivo do plano de recuperação é rever a prioridade dos gastos públicos para serem aplicados em actividades com maior impacto económico”. Ramaphosa disse que o governo identificou a agricultura e a actividade económica em zonas urbanas periféricas e rurais como prioritárias para a intervenção hoje anunciada.
Na agricultura, o chefe de Estado disse que “o governo vai criar um milhão de empregos até 2030; dar apoio a agricultores emergentes negros e subsidiar a exportação das principais culturas agrícolas”. Ramaphosa disse ainda que nomeou um painel de 10 especialistas que irá aconselhar o governo na implementação da reforma agrária e redistribuição da terra, processo liderado pelo vice-presidente David Mabuza.
No sector da saúde, o chefe de Estado disse que “o governo vai disponibilizar financiamento para a compra de camas hospitalares e lençóis, e o Ministério da Saúde vai preencher os 2.200 postos de trabalho actualmente vagos”.
O Presidente acrescentou que o governo vai criar também um fundo de investimentos em infra-estruturas no valor 400 mil milhões de rands (23,5 mil milhões de euros). Ramaphosa disse acreditar que as medidas hoje anunciadas irão ajudar na recuperação da economia do país.
A odisseia do PR: Entre Cimeiras e Contradições