Valdimiro Dias

Valdimiro Dias

SAÚDE. Grupo farmacêutico possui uma rede de 12 farmácias, nove das quais em Luanda e, este ano, pretende expandir-se para mais províncias. Facturação atingiu os 12 mil milhões de kwanzas em 2017, mas o seu responsável, Moniz Silva, não esconde as dificuldades.

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A rede de farmácias MS Farmácias, do grupo empresarial Moniz Silva, registou, em 2017, um crescimento de vendas de cerca 9%, para os 12 mil milhões de kwanzas.

Os números foram revelados em exclusivo ao VE, pelo director-geral do grupo, José Moniz Silva, que coloca o crescimento do seu negócio “acima do registado pelo mercado geral farmacêutico angolano no mesmo período”.

O grupo calcula que detém cerca de 15% de quota de mercado farmacêutico e, para este ano, Moniz Silva prevê uma expansão da rede de farmácias para mais províncias, além das que já possui em Luanda, Benguela, Huambo e Huíla. O líder do grupo entende que a população angolana “exige uma maior proximidade dos actores de retalho na área farmacêutica”, embora considere que o índice ‘per capita’ de gastos em saúde “é ainda relativamente modesto”.

Além de se estender a mais províncias, o grupo pretende ainda crescer fora do centro de Luanda onde ainda não marca presença, estando prevista, durante este ano, a abertura de farmácias em Viana, com o investimento médio por unidade a rondar os 500 mil dólares. “Os custos repartem-se em aproximadamente 100 mil para obras, cerca de 150 mil em mobiliário, mais 200 mil para a mercadoria e os custos de arranque de 50 mil”, precisa.

Moniz Silva está convencido de que o negócio “exige paciência e muito rigor” para garantir o ‘breakeven’ (receitas iguais aos custos) de maneira muito lenta e admite ter um risco financeiro elevado, devido à desvalorização da moeda.

Mercado absorve 500 milhões

Angola tem uma rede de 993 farmácias, o que resulta numa média de uma farmácia para cada 24,5 mil habitantes. Luanda detém 92% do mercado, ou seja, 914 estabelecimentos o que espelha uma distribuição geográfica “bastante desigual, um factor importante que se explica na diferença do poder aquisitivo entre as províncias ou cidades”, reconhece Moniz Silva.

O empresário considera que o sector farmacêutico continua “bastante fragmentado e desorganizado, com predominância para as farmácias de bairro sem grandes condições e o restante são empresários individuais ou pertencem a redes”. A facturação estimada ronda os 500 milhões de dólares anuais, o que para Moniz Silva representa “um potencial de crescimento elevado”, mas que “carece de regulamentação”.

“Agora só as companhias mais bem preparadas e estruturadas como a MS poderão vencer num mercado em que o crédito está mais difícil e os custos de crescimento são elevadíssimos, a nível logístico, devido à dimensão do país e ao custo imobiliário elevado” perspectiva Moniz Silva. O grupo é detentor de 12 farmácias, nove das quais em Luanda.

RETROSPECTIVA. Economicamente, o continente ficou marcado, em 2017, pelo crescimento dos negócios, pela crise monetária e pelo lançamento de megaprojetos de infra-estruturas. Mas as guerras políticas e as crises humanas continuam afectar África, num ano que ficou marcado pela queda do histórico Robert Mugabe.

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Gâmbia

Yahya Jammeh parte para o exilio

O ex-presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, que provocou uma crise eleitoral ao não reconhecer a vitória do adversário, Adama Barrow, foi obrigado por uma força militar da Comunidade de Económica da África Ocidental a deixar o país e a aceitar o exílio na Guiné-Equatorial. Corre o risco de ser judicialmente perseguido pelas arbitrariedades cometidas ao longo da liderança de 22 anos que governou com mão-de-ferro naquela nação da Africa Ocidental.

África

Maior crise humana em 70 anos

África enfrenta a maior crise humana desde 1945, com mais de 20 milhões de pessoas a morrerem de fome em três países, Sudão do Sul, Somália e Nigéria, segundo o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas que estimou em cerca de 5,6 mil milhões de dólares o custo de intervenção das Nações Unidas. África Países na lista negra da UE Países como a Tunísia e a Namíbia foram considerados ‘paraísos fiscais’ e colocados numa lista negra pela União Europeia (UE), anunciada, em Dezembro Segundo a UE, os países da referida lista (17) perderiam os financiamentos da União, além de se tornarem objecto de várias outras medidas.

Aliko Dangote

Mais rico de olho na Europa

A liko Dangote, o homem mais rico de África, anunciou um plano de investir entre 20 e 50 mil milhões de dólares nos EUA e na Europa até 2025, em sectores como energias renováveis e produtos petroquímicos. O magnata nigeriano, de 60 anos, fixou 2020 como data para avançar, pela primeira vez, para as duas geografias. Em 2017, Dangote esteve ainda envolvido num conflito pela disputa de uma mina na Nigéria, com um concorrente da indústria cimenteira nigeriana.

África

Eleições em quatro países

Quatro dos países do continente realizaram eleições: Angola Ruanda, Quénia e Libéria. No Ruanda, Paul Kagame foi reeleito com 98% dos votos e vai ficar mais sete anos à frente do país que lidera desde que o grupo rebelde tutsis, a Frente Patriótica Ruandesa, tomou a capital, Kigali, em 1994, derrubando o governo extremista hútu, responsável pelo genocídio que vitimou cerca de 800 mil pessoas. No Quénia, Uhuru Kenyatta venceu com 98,26% dos votos, numa consulta boicotada pelo principal opositor, Raila Odinga. Na Libéria, George Weah foi o vencedor, mas teve de esperar pela segunda volta em que conseguiu 61,5% dos votos. O antigo futebolista, de 51 anos, sucede a Ellen Johnson-Sirleaf que foi a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe de Estado num país africano e, em 2011, foi Nobel da Paz.

Cimeira África Europa 2017

Europa promete investir 44 biliões

Sob o lema ‘Investir na juventude para um futuro sustentável’, a cimeira África-Europa juntou cinco mil participantes de 55 países africanos e de 28 europeus. Abordou questões como “o futuro das relações UA-UE”, bem como “as parcerias nos domínios da paz e segurança”, “governação, democracia e direitos humanos”. Os chefes de Estado e de governo assumiram a responsabilidade de se mudar o paradigma habitual dos discursos e “incitar” a Europa a canalizar para África, até 2020, um investimento de 44 mil milhões de euros, e num prazo mais alargado (30 anos), cerca de 200 mil milhões de euros.

Na RDC

Joseph Kabila contestado

A decisão tomada por Joseph Kabila de permanecer no poder até Abril de 2018, após o fim do seu mandato, tem desencadeado uma escalada da tensão política e social na República Democrática do Congo, com confrontos entre as forças de segurança e manifestantes descontentes. O segundo e último mandato de Kabila, de acordo com a Constituição, terminou a 20 de Dezembro de 2016. As Nações Unidas denunciaram o uso de uma “força excessiva”, contra os contestários congoleses.

Líbia

Migrantes africanos vendidos como escravos

Através da CNN, o mundo tomou conhecimento de que, em várias cidades da Líbia, foram comercializados migrantes pelos traficantes. Cada um custou 400 dólares. Saídos de países da África subsariana, foram forçados a permanecer em locais fechados, sem água ou alimentação, até serem vendidos. As vítimas são atraídas pela ânsia de chegar à Europa. Muitos são soltos em troca de pagamento de um resgate. Apesar de ter chocado o mundo nada prova que tenha sido combatido definitivamente.

África do Sul

Tribunal pede destituição de Zuma

O Tribunal Constitucional sul-africano criticou o parlamento do país por não ter pedido contas ao presidente Jacob Zuma sobre a renovação da residência pessoal usando dinheiros públicos. O juiz Chris Jafta explica que “a Assembleia apenas debateu e votou a moção de censura do presidente e não fez qualquer investigação à violação da Constituição que estava na base da moção.” Jacob Zuma deixou a presidência do ANC em Dezembro. Em vitória apertada, o vice-presidente e empresário milionário, Cyril Ramaphosa, foi eleito novo líder do partido no poder no país desde 1994.

Zimbábue

Novo presidente e queda de Mugabe

O Emmerson Mnangagwa foi empossado presidente do Zimbábue, fruto de um golpe de Estado militar que levou à demissão do antigo presidente, Robert Mugabe, depois de 37 anos no poder. O novo presidente é visto como salvador da pátria, mas está longe de ter uma tarefa fácil. A sua prioridade passa por recuperar a economia do país, que se encontra de rastos, com uma inflação crescente e cerca de 90% da população activa no desemprego.

Concluir a reabilitação dos aeroportos ‘Joaquim Kapango’, no Bié, e ‘Maria Mambo Café’, em Cabinda, constam das principais prioridades da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos Navegação Aérea (ENANA) para 2018, segundo o presidente do seu conselho de administração, Manuel Ceita.

Manuel Ceitas

Integram também nos objectivos a melhoria dos resultados operacionais e das condições técnicas, sobretudo a manutenção dos meios e equipamentos, tarefas que deverão ser acompanhadas de acções de formação.

Os dois aeroportos estão a ser ampliados, modernizados e equipados com tecnologia de ponta e terão mais áreas destinadas a agências de viagem, restaurantes, hotéis, ‘rent-a-car’, entre outros negócios.

As obras de ampliação e modernização do aeroporto ‘Maria Mambo Café’ iniciaram-se em Dezembro de 2016, sob a responsabilidade da ‘China Railway Construction Corporation e estão orçadas em 185 milhões de dólares. A previsão é de estarem concluídas este trimestre.

O projecto prevê o aumento das margens de segurança da pista de 75 metros para 150 para cada lado do eixo da pista, ficando livre de obstáculos para voos. A extensão da pista será de 3.400 metros de comprimento e 60 de largura.

Para o ‘Joaquim Kapango’, está prevista uma nova aerogare, com capacidade para 300 passageiros, além da construção do terminal de passageiros, do edifício de operações e da torre de controlo com 4.500 metros quadrados, assim como a recuperação do edifício de passageiros e a central eléctrica.

As obras estão orçadas em 185 milhões de dólares e contemplam ainda a área de acesso ao aeroporto, o parque de estacionamento e o terminal de cargas. Com a conclusão das duas infra-estruturas aeroportuárias, Angola passa a ter 18 aeroportos reabilitados nos últimos 15 anos.

No entanto, sem avançar dados, Manuel Ceita fez um balanço pouco animador do ano que terminou por causa dos resultados.

Já em 2016, registaram-se quebras de 28% no movimento de aviões, enquanto o número de passageiros diminuiu cerca de 11%. Acentuaram-se ainda quebras na carga transportada, cerca de 19%, além de 13% nos serviços postais.

Nos últimos 10 anos, os aeroportos nacionais registaram um tráfego acumulado de 984.174 movimentos de aeronaves e o número de passageiros chegou aos 30 milhões, numa média anual de três milhões.

RETROSPECTIVA. Alteração na estrutura directiva, novos contratos e desentendimentos marcaram agenda da petrolífera, enquanto na TAAG, a saída da Emirates é o destaque de um ano, em que se sentiu forte agitação nas telecomunicações e nos cimentos.

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A Sonangol e a TAAG destacam-se entre os protagonistas empresariais do ano, mas as cimenteiras, a distribuição e as telecomunicações também estiveram agitadas. Tal como nos anos anteriores, a Sonangol, que o Presidente da República, João Lourenço, chegou a designar como a “galinha de ovos de ouro”, concentra as atenções por o petróleo ser o motor da economia. Assim destacam-se as mudanças operadas em Novembro na liderança da empresa, com a saída de Isabel dos Santos, na função de PCA, substituída por Carlos Saturnino, precisamente o homem que tinha sido exonerado, pela empresária, no ano passado, de CEO da Sonangol Pesquisa e Produção.

Na base do afastamento da filha de José Eduardo dos Santos, estariam as recomendações do grupo técnico criado pelo Presidente da República para avaliar as preocupações apresentadas pelas petrolíferas e reveladas num encontro com João Lourenço. A par disto, as petrolíferas condicionam a continuidade dos investimentos, caso houvesse uma redução da parte que o Estado no direito do petróleo destinado ao lucro, cuja percentagem varia com base na taxa de rentabilidade interna. Um dossier que, entretanto, transita para o próximo ano. Isabel dos Santos contesta qualquer ligação do seu afastamento da Sonangol às conclusões do grupo de trabalho.

Outro destaque é a dívida acumulada da petrolifera estatal, em mais de dois mil milhões de dólares, para com os grupos empreiteiros que exploram os blocos em que a Sonangol actua como investidora. A empresa admite que se ressentiu da “baixa drástica no preço de petróleo”. No entanto, depois de exonerada, Isabel dos Santos revela que deixou aprovada uma linha de financiamento junto de bancos internacionais para o pagamento da dívida.

Bem perto do final do ano, a Sonangol rubrica um contrato de gestão da Refinaria de Luanda, a única do país, com a multinacioal italiana ENI, cujo acordo prevê a duplicação da capacidade de processamento de derivados de petróleos e a formação de trabalhadores.

Acordos polémicos

O recente acordo com a Total para a distribuição merece também destaque, acompanhado pelo alerta de Isabel dos Santos sobre eventuais reduções nos lucros da Sonangol Distribuição com a assinatura do contrato. A antiga PCA da Sonangol acusa a petrolífera francesa de pretender ficar com os postos mais lucrativos. O acordo com a petrolífera resulta também na exploração no bloco 48 e no alargamento das operações no bloco 17, o mais produtivo do país.

Por outro lado, a British Petroleum (BP) anuncia perdas na ordem dos 750 milhões de dólares nos últimos dois anos só em Angola, na sequência de um investimento nos blocos 19 e 29 que se manifestaram “economicamente insustentáveis”. Porém, a companhia britânica manifesta-se firme na intenção de continuar com os investimentos.

Nova operadora

Novas perspectivas são abertas nas telecomunicações com o anúncio de um concurso público internacional para um quarto operador, incluindo a rede fixa, móvel e de televisão por subscrição, integrando o Estado a estrutura accionista com 45% do capital. Torna-se público que a reestruturação da Angola Telecom “não está a ser um processo fácil”. Parte das acções da Movicel é adquirida por uma empresa de capitais russos, mas a parte angolana mantém-se como accionista maioritária.

Emirates abandona TAAG

A TAAG volta a ser gerida por uma comissão de gestão depois da Emirates, em Julho, dar um fim ao contrato de concessão na gestão da companhia nacional, alegando “dificuldades prolongadas” no repatriamento das receitas das vendas. A transportadora também reduz de cinco para três o número de frequências semanais para Luanda, via Dubai. Em Maio, o então PCA da TAAG, Peter Hill, terá sido persuadido a reconsiderar a ideia de abandonar a gestão da transportadora aérea nacional. Para trás, ficam os resultados alcançados com destaque para o corte dos prejuízos operacionais da transportadora pública em 97,1%, para os cinco milhões de dólares, em 2016, face ao ano anterior. A TAAG chega a ser galardoada com o prémio ‘Feather’ do Aeroporto Internacional da Cidade do Cabo, atribuído pela companhia de aeroportos da África do Sul (ACSA), tendo concorrido com companhias aéreas como a Singapore e Turkish Airlines. Ainda na aviação, duas companhias viram suspensas as licenças de voo pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC) a Guicango e Air 26.

Diamantes a brilhar

O negócio dos diamantes também esteve agitado. Além da exoneração do então conselho de administração, liderado por Carlos Sumbula (substituído por Ganga Júnior), o destaque vai para a saída da Sodiam da sociedade que controla a ‘holding’do grupo ‘De Grisogono’, a joalharia de luxo suíça detida por Isabel dos Santos e pelo marido, Sindika Dokolo.

ENDE: dívida em alta

A dívida global dos clientes à Empresa Nacional de Distribuição de Energia (ENDE) é avaliada em mais de 81 mil milhões de kwanzas, com Luanda a representar metade deste montante, revela ao VE o director comercial da empresa pública, Marcos Balanga. A dívida vem sendo acumulada desde 2002, com o último balanço, em Setembro desse ano, a assinalar um montante superior a 81.281 mil milhões, com tendência crescente. O valor cresce dois dígitos por mês desde a última actualização do tarifário da electricidade.

Cimentos param e retomam

O preço do cimento nos últimos meses conhece uma subida substancial, devido à paralisação de duas unidades fabris concorrentes da Cimangola, a China International Fund (CIF), no Bom Jesus, em Luanda, e a Fábrica de Cimento do Kwanza-Sul (FCKS). A falta de ‘heavy fuel oil’ (HFO), combustível utilizado para a produção do clinquer, é a principal causa. A situação, no entanto, é ultrapassada com a retoma de fornecimento pela Refinaria de Luanda.

Os altos e o baixo

O Candando, com a abertura de dois novos supermercados em Luanda, e a Top Brands Angola (TBA), com as lojas Worten Zippy, Mo, Sport Zone, Chicco e Swatch, são os maiores investimentos na distribuição. Por outro lado, a venda de automóveis regista quebras de 90% comparativamente aos números de 2014.

TELEVISÃO. Aumento da inflação e a desvalorização do kwanza são os motivos evocados pela DStv para aumentar o preço dos pacotes. A empresa garante que a medida é “inevitável” e promete fazer mais investimentos.

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A DStv Angola vai aumentar, no primeiro trimestre de 2018, o tarifário dos vários pacotes de serviço de televisão, antecipou o director-geral da empresa, Eduardo Continentino, que justifica a decisão com as “perdas cambiais e a inflação”.

Continentino, que não adiantou as percentagens dos ajustes, defendeu os aumentos como “inevitáveis” e concorrentes para a “sustentabilidade da empresa”, considerando o facto de os pagamentos de conteúdos serem realizados em moeda estrangeira, principalmente em dólares e euros.

Este ano, a empresa expandiu a comercialização de serviços com a abertura de 10 lojas que resultaram de um investimento aproximado de um milhão de dólares, o que permitiu a duplicação das agências para 20 unidades em todo o país.

Sobre a carteira de clientes, o director-geral da DStv declara ter havido algum crescimento este ano, em contraponto a 2016 que “foi um ano ruim” em termos de receitas. Para 2018, a perspectiva é de um “ambiente melhor de negócios”, o que deve permitir mais investimentos, estando já considerada a inauguração de três lojas, no primeiro trimestre, e a abertura de outras três durante o ano.

Luanda detém 60% dos clientes da empresa e a província é responsável por 70% da facturação que o gestor entende ser o reflexo da “divisão natural do país”. Eduardo Continentino recusou-se, no entanto, a revelar os números dessa facturação. A DStv, garante o seu responsável, continua a negociar com a SIC, mas nada está garantido quanto ao regresso do canal informativo daquela estação portuguesa. A empresa continua à procura de parceiros que possam desenvolver conteúdos com a “qualidade desejada” e que estejam dispostos a receber em kwanzas.