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Valor Económico

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DISTINÇÃO. Investidora norte-americana foi distinguida este ano como a mulher que maior investimento aplicou em fundos de capital de risco, em todo o mundo, tendo-se posicionado em sexto lugar na classificação geral de um ranking da Forbes sobre a matéria.

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Ex-analista de títulos da Wall Street e actualmente sócia da firma de capital de risco Kleiner Perkins Caufield & Byers, Mary Meeker foi distinguida pela revista Forbes como a maior investidora de risco do mundo em 2018, ocupando o 6.º lugar no ‘ranking’ ‘Lista Midas’.

A distinção de Mary Meeker é justificada pela Forbes pela “lucidez” que teve na aposta que efectuou em empresas como a Airbnb, o site de comércio chinês JD.com, Slack, Spotify ou ainda no Facebook.

Mas a investidora norte-americana tem estado a demonstrar também valências noutras áreas. Desde que o maior sócio da Kleiner, John Doerr, deixou de ser responsável pelos novos fundos da empresa, Meeker assumiu mais uma responsabilidade e ajuda a liderar a equipa de capital digital, que se foca em empresas de internet em crescimento.

Distinguida em 2014 como a 77.ª mulher mais poderosa do mundo, também pela Forbes, Mary Meeker tornou-se, pela primeira vez, a maior investidora de risco do planeta, em 2016, lugar antes pertencente a Jenny Lee, da GGV Capital, que ocupou o 10.º lugar em 2015.

A ‘lista Midas’, produzida com a participação da True Bridge Capital Partners, enumera os investidores de risco com base no número e volume de negócios ao longo dos últimos cinco anos, sendo que os mais ousados, ainda que em estágio inicial, têm maior peso. O ‘ranking’ considera apenas a abertura de capitais de mais de 200 milhões de dólares.

VETERANAS PERSISTEM

O ‘ranking’ da Forbes destaca, porém, outras individualidades femininas como é o caso de Rebecca Lynn, que aparece como a segunda mulher que mais investiu em fundos de capitais de riscos. Apesar deste resultado, a co-fundadora e sócia da Canvas Ventures aperece na 31.ª na classificacão geral, muito abaixo de Mary Meeker.

Todavia, Rebecca Lynn ‘saltou’ 13 posições na lista em relação ao ano passado, graças, em parte, ao facto de ter conseguido levantar o seu segundo financiamento, de 300 milhões de dólares, na segunda metade de 2016.

Consta que a empresa que dirige, a Canvas, utilizou o fundo para investir em ‘startups’ como a Eden Technology Services, a plataforma de mentoria Everwise e a Luminar Technologies, uma fabricante de sensores Lidar que se tornou conhecida este ano.

Destaca-se também que Rebecca Lynn já participou de negócios-chave, como o IPO de 2015 da Lending Club e a venda da Future Advisor, que foi adquirida pela Black Rock por 150 milhões de dólares em 2015.

A próxima investidora no ‘ranking’, Miura-Ko, do Floodgate Fund, também é fundadora da All Raise. Natural de Palo Alto, na Califórnia, investiu no fabrico de ‘softwares’ de máquinas de inteligência artificial Ayasdi e Xamarin, que a Microsoft adquiriu em Fevereiro de 2016 por mais de 400 milhões de dólares.

Outra mulher de destaque é Beth Seidenberg, da Kleiner Perkins, que voltou para a lista por ter liderado negócios como o da Flexus Biosciences, que foi adquirida em 2015 por 1,25 mil milhões de dólares, e a empresa de biotecnologia para doenças raras True North Therapeutics, que foi vendida para a Bioverativ por cerca de 400 milhões de dólares no ano passado. Treze anos depois de entrar na Kleiner Perkins, a especialista em biotecnologia incubou oito empresas e actua no conselho de directores de outras 12.

Constam ainda da lista outras mulheres investidoras de risco, no entanto, já veteranas do ‘ranking’. Destas, destacam-se Jenny Lee, fundadora e sócia da GGV Capital (74.ª); Kirsten Green, fundadora e sócia da Forerunner Ventures (77.ª); e Theresia Gouw, sócia da Aspect Ventures, que se posicinou no 89.ª lugar.

A presidente da AGA reconhece a possibilidade de terem dificuldade de agregar na associação diversas especialidades da gestão. A associação surge sobretudo para dar formação a gestores que saem das universidades ou que já exercem a profissão. Ana Mufaya admite que o combate à corrupção representa um desafio acrescido, mas garante que não farão do assunto um dos temas principais das formações em agenda.

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Quais foram as motivações da criação da Associação dos Gestores de Angola (AGA)?

A AGA é uma organização sem fins lucrativos, criada a 16 de Setembro de 2016. Muito nova ainda e tem como finalidade contribuir para o progresso dos gestores e administradores, estimulando os esforços dos associados nos domínios científico, profissional e social. Seguirá vários fins, sendo o primordial a formação e capacitação dos gestores para que melhor se insiram no mercado e prestem um trabalho de maior relevância no que toca à gestão, tanto pública como privada. Tendo em conta as debilidades que se vêem verificando, os mentores acharam por bem criar uma associação e com ela poder capacitar, organizar, congregar e ir trocando informações. A principal debilidade dos gestores é não haver uma formação posterior à da académica, o que torna, de certa forma, o gestor débil. Colocam-se pessoas que não são gestores para determinados cargos o que, de certa forma, vai debilitando o trabalho.

Quais são os principais objectivos para este primeiro mandato de cinco anos?

Em primeiro lugar, a organização. Se queremos ser uma boa associação, temos de estar, antes, organizados. Estamos em fase de organização, regularização jurídica para a implementação dos estatutos e tratamento dos regulamentos internos. Toda uma fase preliminar de organização para dar uma imagem verdadeira daquilo que queremos que seja a AGA. Em segundo lugar, uma campanha de admissão de membros para que adiram. A AGA é constituída por todos os gestores na generalidade. Gestores de recursos humanos, bancários e ou de empresas. Será necessário ter um regulamento interno. Estamos também a elaborar o nosso programa de acção e o plano estratégico que se vai reger até 2030. Para este ano, temos também previstas deslocações a várias províncias para que possamos instalar a nossa organização em todo o país.

Já têm muitos associados?

Temos um ano, a apresentação pública aconteceu em Março de 2017. Estamos num período de organização da própria associação. Os órgãos sociais foram eleitos em Dezembro de 2017, o que significa que só temos ainda quatro meses de actividade que é muito pouco. Encontramo-nos no verdadeiro cruzeiro para a organização no sentido de implementar os objectivos da AGA.

Quando é que se pode concluir que estamos em presença de um bom gestor?

Quando tem uma formação em gestão, em primeiro lugar, mas a AGA não integra só gestores, mas também administradores e todas as pessoas que tenham conhecimentos de administração ou que administrem uma empresa por mais de cinco anos. Para todos estes segmentos, é necessário, em função da capacidade de cada um, dar uma formação. Para aqueles que saem da escola, dotar-lhes de uma formação prática para que possam desempenhar bem a sua vocação de gestor e a profissão para a qual se formaram. Para aqueles que sejam administradores sem função também tentar dar-lhes uma qualificação.

Quais são os grandes desafios dos gestores, considerando o actual momento da crise?

Julgamos que os maiores desafios são a idoneidade, clareza e correcção dos seus actos. Deve ter actos que façam com que a empresa ou instituição a que está ligado prospere, demonstrando com trabalho do dia-a-dia lisura, principalmente.

Não considera os desafios financeiros, sobretudo para o caso actual de Angola?

Faz parte da gestão enfrentar esta crise e encontrar formas e mecanismos de melhorar e fazer com que esta crise seja debelada. Um bom gestor tem de ter esta consciência. É dos maiores desafios que um gestor deve ter.

Muitos gestores apontam a falta de recursos humanos como uma das principais dificuldades em Angola. Tem o mesmo posicionamento?

Não penso assim porque, desde a independência, já se formaram milhares de quadros angolanos. Não é muito verdade dizer que não há quadros capazes em Angola. Talvez esteaja a faltar oportunidades, talvez não estejam colocados nos lugares certos, mas que o Governo já formou muitos quadros é uma verdade que não se pode negar.

Mas também discorda da necessidade de importar técnicos para determinadas áreas?

Pelo número de angolanos que já estão formados, somos capazes de exercer qualquer função dentro do país. Se já é possível exercer fora do país, há angolanos bem colocados no contexto internacional, como dizer que não há quadros angolanos que possam dar o melhor contributo para o país. Existem estes quadros em Angola. No caso da gestão, temos muitos bons gestores. O Governo já se empenhou bastante na formação de gestores no país e no exterior.

Mas também se importam gestores?

A nossa aposta na formação é mesmo para reduzir esta dependência do exterior. No entanto, o mercado é livre, as empresas são livres de contratar. Se têm capacidade e as leis lhes permitem, cada um aplica a política de emprego que bem entender. Mas queremos apostar na formação do gestor angolano para que tenha uma melhor inserção no mercado de trabalho.

Não concorda com o princípio de que cada mercado é um mercado e que um bom gestor nos EUA pode não ter sucesso em Angola?

Acredito que haja características específicas em função da realidade de cada país, mas gestão é gestão em qualquer parte do mundo. Os cursos são similares e não acredito que haja alguma disparidade de formação e grandes diferenças entre os gestores angolanos e de outras partes do mundo. Há muitos gestores estrangeiros a gerir empresas angolanas e, muito sinceramente, não conheço comportamentos deles. Mas as pessoas devem ter uma adaptação, ainda que mínima, em relação à realidade de cada país porque há características próprias. Qualquer pessoa, quando se desloca, a primeira coisa que deve fazer é adaptar-se ao local onde vai trabalhar. É fundamental para que se possa inserir. Qualquer gestor, venha de onde vier, tem de conhecer, minimamente, os hábitos, costumes e ambiente para poder funcionar.

Combater a corrupção é um desafio acrescido para os gestores ou nem por isso?

A adaptação dos gestores deve ser no sentido de não participar destas práticas, tendo uma postura idónea. Se queremos que o nosso país tenha o rumo que desejamos, caberá a cada um de nós limitar a prática destes actos. É uma matéria de educação constante e contínua.

A AGA pensa ter a temática corrupção nas prioridades das suas formações?

Não. A AGA não trata de assuntos de corrupção. O objectivo da AGA não é imiscuir-se nestes assuntos. Temos objectivos bem traçados que é a formação e a capacitação e é com formação e capacitação que se vai mudando o comportamento das pessoas porque a corrupção não é instituição em Angola. Pode ser prática em alguns casos, mas não é uma instituição que deva ser objecto de estudo.

Não está a pôr-se à parte de um dos principais desafios da gestão, considerando os níveis altos de corrupção?

Estou a dizer que não vamos ter como uma disciplina, mas a corrupção é um assunto do mundo e a sensibilização que se vai fazendo, a prática que se quer ter no futuro, e que já vem sendo um facto, vai fazer com que as pessoas tomem consciência e tenham outro comportamento. Não precisa de ser uma disciplina curricular dos cursos.

Disse ser intenção da AGA juntar todos os gestores, independentemente da especialidade. Há a possibilidade de determinada especialidade não se rever na AGA e apostar numa associação independente?

Vamos fazer tudo para que isso não aconteça. Criámos uma área de especialidades, não vamos trabalhar todos em conjunto porque cada uma tem a sua especificidade. Assim todos podem sentir-se congregados.

Mas considera justa esta preocupação?

Tem alguma razão. Cada um tem a sua área, mas sou dos que acredita que a união faz a força. Se estivermos congregados em torno de um objectivo comum, independentemente das nossas especialidades, temos mais possibilidade de vencer. Mas não nos podemos esquecer que o Estado prevê a livre associação das pessoas, é um direito garantido pela Constituição. É possível que determinada especialidade decida criar a sua associação, mas vamos trabalhar para a união porque a intenção é, num curto espaço de tempo, transformar-se numa Ordem e, de certeza, não haverá a possibilidade de se criar uma Ordem para cada especialidade. Temos de estar unidos para que haja reconhecimento da classe.

As autarquias vão exigir que muitos profissionais deixem as cidades. Existe essa preparação no seio dos profissionais?

Se não estão preparados, vão se preparando porque a própria necessidade nos vai levar a esta situação. Luanda não consegue enquadrar-nos todos. Quem quiser uma oportunidade de trabalho e contribuir para o país vai dar o contributo onde lhe for possível. É nos municípios onde haverá esta possibilidade de mostrarem o que valemos. Vai depender da visão e da força de vontade de cada gestor.

Há uma corrente a perspectivar muitos gestores a envolverem-se em escândalos, sobretudo financeiros, na primeira fase das autarquias, devido à suposta pouca experiência. Concorda?

Não. Pode haver desvios, como sempre aconteceu, mas são questões muito pessoais. E, embora ainda não haja autarquias, esse exercício já vem sendo feito. As eleições serão apenas uma modalidade de nos organizar. Os deslizes vão continuar a acontecer, este não é um caso particular do país. É assim no mundo e com Angola não pode ser diferente.

Como analisa o conflito geracional entre os profissionais, com destaque para os gestores?

Nunca testemunhei casos concretos por isso não consigo comentar. No entanto, os conhecimentos são conhecimentos, uma vez adquiridos ficam para o resto da vida. O que os mais jovens têm de fazer é ter a humildade de aprender com os mais velhos porque são mesmo mais velhos, tiveram este tempo para aprender e os mais jovens também precisam deste tempo. A substituição é natural porque os mais velhos vão passar para a reforma.

E quais serão as maiores dificuldades?

As próprias dificuldades do país. Estamos inseridos no contexto e a situação é muito difícil, mas não queremos olhar para as dificuldades. Vamos tentar realizar e ver aonde vamos chegar.

Concorda ou discorda com as opiniões de que as empresas geridas por mulheres têm mais possibilidade de sucesso e ainda que haja sectores específicos para as mulheres?

Acredito na capacidade do individuo, nas suas possibilidades de conseguir orientar e se relacionar com as pessoas. O carácter das pessoas também conta muito, não se trata de uma questão de liderança de homens ou de mulheres. Igualmente penso não existirem sectores para homens e ou para mulheres. As capacidades são iguais.

 

NOVA LEGISLAÇÃO. Com a presente proposta de lei, Governo pretende fazer algumas alterações pontuais, para tornar mais célere o processo de promoção, captação e tramitação de investimentos privados.

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Os deputados vão discutir, na próxima quinta-feira, a nova proposta da Lei do Investimento Privado (LIP), um instrumento que pretende vir a “estimular o desempenho dos agentes económicos”.

O debate foi agendado na reunião dos presidentes dos grupos parlamentares, orientado pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

A proposta de LIP, por iniciativa do Governo, “decorre da necessidade da evolução da própria dinâmica do modelo económico que está suportado pelo papel relevante que deve ter o investimento privado nacional”, defende o presidente da Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional, Diógenes de Oliveira.

De acordo com o deputado, o Executivo pretende fazer algumas alterações pontuais, para tornar mais célere o processo de promoção, captação e tramitação de investimentos privados.

A PROPOSTA POR DENTRO

Numa breve análise, elaborada pelo escritório de advogados MLGTS Legal Circle, destaca-se que o novo diploma se “aplicará a projectos de investimento privado de qualquer montante, contrariamente à anterior LIP, que faz depender a aplicação a um montante mínimo de investimento interno”.

A LIP estabelece que o regime de investimento privado aplicável à exploração petrolífera, às minas e às instituições financeiras deve ser estabelecido em diploma específico.

Os analistas da MLGTS Legal Circle alertam, no entanto, que, ao abrigo da nova proposta de lei, também o subsistema de ensino superior e o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação serão alvo de regulamentação especial.

Na nova proposta da LIP, os investidores podem também, segundo a equipa da MLGTS Legal Circle, optar por realizar operações de investimento interno, externo ou misto, uma nova modalidade que combina operações de investimento interno e externo.

Por outro lado, no novo diploma, deixa de existir a obrigação de participação angolana no capital social e na gestão dos projectos tais como a hotelaria e turismo, transportes e logística, telecomunicações e tecnologias de informação e comunicação social.

Nos termos da LIP, a atribuição de incentivos, de natureza fiscal ou outra, depende dos valores do investimento, nomeadamente um milhão de dólares no caso de ser externo, e da sua localização. Ao contrário, a proposta de LIP faz depender a atribuição de incentivos dos sectores de actividade em que o investimento se enquadre e das zonas de desenvolvimento estabelecidas pelo próprio diploma. Os sectores prioritários, referidos na proposta de LIP são alimentação, agro-indústria, recursos florestais; têxteis, vestuário, calçado, hotelaria, turismo e lazer.

A lista integra ainda as infra-estruturas da construção e obras públicas, telecomunicações, tecnologias de informação, energia, águas, educação, formação, investigação e saúde.

Já as zonas de desenvolvimento estão divididas. A zona A é composta por Luanda e Namibe e os municípios-sede de Benguela, Huíla e Lobito. A zona B é integrada por Cabinda, Bié, Huambo, Bengo, Kwanza-Norte, Kwanza-Sul, Malanje, Namibe, Uíge e restantes municípios de Benguela e Huíla. Há ainda a zona C que contempla as Lundas Norte e Sul, Moxico, Cunene, Zaire e Kuando-Kubango.

O ministro nigerino dos Negócios estrangeiros, Ibrahim Yacouba, apresentou nesta quarta-feira (11) a sua carta de demissão ao Primeiro-ministro, e anunciou a retirada do seu partido da Maioria presidencial.

Presidente Niger

Antigo candidato à última eleição presidencial de 2016, Ibrahim Yacouba é presidente do partido MPN-KIISHIN Kassa, que há algumas semanas não concordou com a reforma do código eleitoral.Na altura, o MPN-KIISHIN Kassa considerou que o novo texto não garantira eleições livres e transparentes.

Quarta-feira 11, o Primeiro-ministro transmitiu ao agora antigo chefe da diplomacia, o recado do Presidente da República (na foto), pedindo a sua demissão.

“Escrevi e entreguei a minha carta de demissão e de anúncio da retirada do nosso partido da Maioria presidencial”, anunciou Ibrahim, na sua conta Twitter.

Seguir-se-ão, evidentemente, as demissões dos ministros, membros do partido MPN-KIISHIN Kassa, disse. Ibrahim Yacouba foi candidato presidencial, em 2016, tendo-se posicionado no quinto lugar, atrás dos veteranos políticos Hama Amadou, Seini Oumarou e Mahamane Ousmane.

Autoridades argelinas descartam a possibilidade de haver qualquer sobrevivente.

acidente avião Argélia

O acidente aéreo ocorrido nesta quarta-feira (11), depois da sua descolagem da base militar de Boufarik, próximo de Blida, provocou 257 mortos, anunciou o ministro argelino da Defesa, Ahmed Gaïd Salah.

“Trata-se da pior catástrofe aérea que o país jamais viveu, e da quarta mais mortífera do mundo”, disse o ministro da Defesa, que descartou a possibilidade de qualquer sobrevivente.

O avião militar, um Iliouchine 76, despenhou-se quarta-feira às 7h50 (6h50 GMT), pouco depois da descolagem do perímetro da base aérea de Boufarik (Blida), Argélia.

A imprensa local falava em centenas de militares a bordo, mas um primeiro balanço oficial publicado as 11h20 (GMT), publicado pelo Ministério argelino da Defesa e retomado pela AFP, reporta a morte de 257 pessoas, incluindo os 10 membros da tripulação, passageiros, maioritariamente pessoal do Exercito nacional popular e membros das suas famílias.

Um fotógrafo da AFP presente no local às 12h GMT, informou que as chamas já foram neutralizadas.