A RESSACA DO JOGO
A ressaca do chamado jogo da cobardia — como classificámos o amistoso entre Angola e Argentina, pela falta de coragem do Governo em assumir o risco político da decisão — ganhou esta semana um novo capítulo.
Dez dias após o encontro, surgiu o anúncio de que Lionel Messi decidiu doar à UNICEF África os milhões que recebeu pelo amistoso. A notícia caiu como uma derradeira bofetada simbólica num país que ainda digeria a polémica em torno do jogo.
Apesar do tempo decorrido, a ressaca teimava em não passar. Nem mesmo a realização da Cimeira África–Europa, que tantos recursos mobilizou, contribuiu para aliviar o mal-estar. Pelo contrário, os mais exigentes já somavam mentalmente quanto terá custado ao Estado angolano esta conferência e que benefícios concretos ela traria ao continente e a Angola em particular.
Questionava-se igualmente o impacto de parar praticamente por dois dias a cidade de Luanda, num país onde quase todas as grandes decisões passam pela capital. Tudo isso num ano em que o Governo já interrompeu pelo menos sete dias de trabalho devido às cerimónias e condecorações ligadas aos 50 anos de Independência, eventos que obrigaram à presença de todo o Executivo.
Um desses dias de ‘produção zero’ foi precisamente o dia do amistoso histórico, marcado pela tolerância de ponto decretada pelo Governo Provincial de Luanda.
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