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Para o fim do acordo

EUA pressiona OPEP com sanções ao Irão

PETRÓLEO. Sanções às exportações iranianas aumentam os preços do crude, contrariando a vontade dos EUA, mas estimula o fim do acordo de corte na oferta entre a OPEP, Rússia e outros produtores que será, no fundo, o objectivo de Trump.

EUA pressiona OPEP  com sanções ao Irão

 

O petróleo, para a entrega em Junho, chegou a ser negociado a 74 dólares o barril, o maior preço desde Novembro, como resultado do anúncio dos EUA de aumentar as sanções contra as exportações iranianas.

O impacto da decisão política norte-americana é, no entanto, contrário à manifesta intenção de ter o preço do petróleo controlado. Donald Trump já criticou, por inúmeras vezes, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) pela tendência de aumento do preço que se regista desde o princípio do ano como resultado do acordo de corte de 1,2 milhões de barris/dia em vigor desde Janeiro.

O presidente norte-americano acredita que a Arábia Saudita e os parceiros da OPEP vão trabalhar para não apenas compensar as exportações do Irão, mas para manter a oferta a níveis que provoquem o aumento descontrolado do preço.

A decisão dos EUA e a crença de Donald Trump estão a ser entendidas como sinais do fim do acordo entre a OPEP, a Rússia e outros produtores que, em Junho, se reúnem para decidir sobre a manutenção ou não do acordo.

Em Novembro, os EUA voltaram a impor sanções às exportações de petróleo iraniano. Mas concederam isenções aos oito principais compradores do Irão: China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Turquia, Itália e Grécia. Todos eles estão permitidos a importar quantidades limitadas por seis meses, situação que se deverá inverter a partir de 2 de maio.

Os 74 dólares representam um adicional de seis dólares face aos 68 dólares por barril, considerados na elaboração do Orçamento Geral do Estado angolano e que agora deve ser revisto com o barril a ser projectado a 55 dólares.