IMPORTAÇÃO DE PARTES DE FRANGO

Gestor vê medida a dar lugar a monopólio e oligopólios

A decisão do Ministério da Agricultura de suspender a importação de asinhas e coxas de frango, bem como será, é “precipitada” e poderá dar lugar a “monopólio/oligopólio na produção, assim como na importação, que terão de retomar”.

Gestor vê medida a dar lugar a monopólio e oligopólios

Esta é, pelo menos, a percepção de Hugo Moutinho, director-geral da Accord Group, gestora da rede Kero.  “O aparelho produtivo do País não está preparado para tal medida”, defende, acrescentando nas consequências esperadas “a curto e médio prazo, a subida dos preços” e escassez de produtos.

“Uma que irá prejudicar a economia de mercado, a concorrência e, sobretudo, o consumidor num dos artigos mais emblemáticos da cesta básica”.

Segundo o Ministério da Agricultura e Florestas, através do Instituto dos Serviços de Veterinária, a partir de 15 de Março de 2025 deixam de ser emitidas licenças para a importação de miudezas, fígado, dobrada, rins, coração e pulmões de carne bovina, bem como de asas de peru, galinha, pato, moela, coração, dorso, pescoço e fígado de aves. E ainda produtos de origem suína, como cabeça, orelhas, focinho, rabinho, fígado, coração e miudezas, também estão abrangidos pela medida.

Já a partir de 31 de julho passam a estar proibidas a importação de rabinho de bovino, cabeça de bovino, coxas de galinha rija, coxas de peru, coxinhas e pescoços de porco. O governo justifica a medida com as supostas condições para a produção local desses produtos.