Kwanza fraco, produtos mais caros
Com o kwanza mais fraco, o aumento do preço dos produtos é das consequências mais imediatas, porque o país importa grande parte do que consome entre bens e serviços.
Com a valorização do dólar, estes produtos ficam mais caros na moeda nacional. Este é um caso que, para o economista Lopes Paulo, se resolve com a “melhoria da oferta [de divisa] ” e “contenção dos especuladores” pela instituição reguladora agora controlada pelo jurista Valter Filipe Duarte da Silva. “Por enquanto, não se pode atribuir as alterações à comercialização do dólar numa política consistente, porque as pessoas continuam a ter dificuldades em adquirir divisas”, disse Lopes Paulo, em declarações recentes ao Nova Gazeta.
O gestor bancário Filipe Lemos, por seu turno, faz coro com as justificações do ex ‘patrão’ do BNA, José Pedro Morais. Ao VALOR, aponta a “demanda pelas divisas” como factor das oscilações cambiais. “A desvalorização da moeda nacional face às principais divisas resulta da pressão exercida sobre as reservas cambiais, ou seja, a demanda pelas divisas tem superado em muito as disponibilidades e (…), quando a procura de um bem ou serviço é maior do que a oferta, o preço aumenta”, explica o administrador do Banco Pungo Andongo.
O banco central, ao desvalorizar sucessivas vezes o kwanza, procura o equilíbrio ou estabilidade cambial, entende Filipe Lemos. “Um dos principais efeitos desta operação é a diminuição da pressão sobre as cambiais, pois importa-se menos, viaja-se pouco, etc.”, defende o bancário.
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