APPLE GARANTE QUE JÁ LANÇOU CORRECÇÕES

Macs, iPhones e iPads afectados por falhas em processadores

FRAGILIDADE. Apple admitiu que os seus computadores e telefones estão na lista de dispositivos afectados por uma vulnerabilidade nos processadores Intel e ARM. A instituição aconselha a instalação de aplicações apenas de fontes fidedignas.

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A Apple, fabricante dos computadores Mac, Iphones e iPads, admitiu, na sexta-feira, que os seus computadores estão na lista de dispositivos afectados por uma vulnerabilidade dos processadores Intel e ARM, que os podem deixar à mercê de ‘hackers’.

Para evitar problemas de maior, a empresa aconselhou os clientes a fazerem ‘download’ apenas de sites fidedignos, depois de as falhas de segurança conhecidas como Spectre e Meltdown terem sido conhecidas na última quarta-feira.

“Investigadores de segurança descobriram recentemente problemas de segurança conhecidos por dois nomes, Meltdown e Spectre. Estes problemas aplicam-se a todos os processadores modernos e afectam quase todos os computadores e sistemas operativos. Todos os sistemas Mac e iOS são afectados”, escreve a marca em comunicado.

No entanto, a Apple salienta que a falha só pode ser explorada por ‘hackers’ caso seja feita a instalação de um ‘software’, daí o conselho para que os utilizadores só instalem aplicações de fontes fidedignas.

Até sexta-feira, não se conhecia qualquer ataque que tenha utilizado estas falhas nos processadores Intel e ARM, mas, segundo o JN, há empresas, como a Microsoft, que estão a trabalhar para fornecer correcções do erro aos clientes.

A Apple revela que já lançou correcções contra o Meltdown no iOS 11.2, Mac OS 10.13.2 e tv OS 11.2, que ajudarão os clientes a protegerem-se de um eventual ataque. O Apple Watch não é afectado pelo problema, revela a empresa no seu blog oficial.

Falhas nos processadores

Os processadores construídos nos últimos 10 anos pela empresa norte-americana Intel têm uma falha de concepção comprometedora para a segurança dos computadores que equipam, revelou o site britânico ‘The Register’.

“É um problema muito grave por duas razões: porque envolve o material, o que complica as coisas, e porque pode permitir (um terceiro) assumir o controlo do computador”, disse Gérôme Billois, técnico em segurança informática na empresa ‘Wavestone’, à agência AFP.

A Intel, que ainda não reagiu oficialmente ao caso, já teria dado instruções a várias empresas para que estas pudessem desenvolver correcções. Estas correcções estão em progresso para os sistemas Linux, Apple e Windows.

No final de 2016, a Intel já tinha sido confrontada com outra falha de um dos seus produtos, mas de menor dimensão e não generalizada.