ZUNGUEIRA
BRÁULIO MOHAMMED SANDA MARTINS, PRESIDENTE DA CÂMARA ANGOLA-EAU

“Para não irmos pelo caminho da África do Sul e termos um povo xenófobo, temos que saber diversificar a economia”

Defende a necessidade de o país criar projectos exactos e direccionados para serem apresentados aos investidores e entende ser importante a diversificação da economia, sob pena de se criarem sentimentos xenófobos que podem explodir em 10 anos. Bráulio Martins critica as oportunidades concedidas a estrangeiros em detrimento dos angolanos nos negócios e sugere a aposta na formação dos jovens mais desfavorecidos.

“Para não irmos pelo  caminho da África do Sul e termos um povo  xenófobo, temos que saber diversificar a economia”

A Câmara foi criada em 2019. Passado sete anos, qual é a avaliação que faz em termos do cumprimento dos objectivos? 

A avaliação que faço do nosso trabalho que foi feito nos últimos sete anos, é um balanço positivo. Olhando para aquilo que tem acontecido nos últimos anos, as trocas comerciais com Portugal e a China lideravam. Nós fizemos três segmentos promovemos Angola intensivamente, tivemos a assinatura de vários instrumentos jurídicos cujo objectivo era abrir portas para que houvesse esse diálogo entre os empresários de ambos os países. Em termos de membros, crescemos muito. Temos 75 membros de vários sectores, temos empresas públicas e empresas privadas, temos mais empresas privadas do que empresas públicas. Os membros querem fazer negócios, querem fazer dinheiro. Mas é necessário primeiro perceber a história, o facto histórico entre Angola e os Emirados Árabes Unidos, é uma relação nova comparando aos Estados Unidos, China, Portugal e o Brasil. 


Estas 75 empresas são dos dois países?

Não, não, estamos a falar só do lado de Angola, duas das quais públicas, no caso, a Endiama e a Sodiam. Do lado dos Emirados, temos 10 empresas que são membros e temos 12 empresas nos Emirados. Ou seja, que estão em Dubai, Abu Dhabi e Sharjah. Sim, a Endiama e a Sodiam. 


As empresas públicas que estão na câmara é pelo sector de atividade em que actuam?

Sim, Angola exporta 75% dos diamantes para os Emirados, via Sodiam, porque a Sodiam e a Endiama têm projectos. Esses projectos precisam ser comunicados e o elo de comunicação mais efectivo são as câmaras. A câmara é uma instituição privada cujo objectivo é promover o negócio dos seus membros. Nós penetramos onde os empresários normais não conseguem penetrar, porque temos parcerias com instituições. 

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