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Valor Económico

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Esta é a primeira visita oficial de Cyril Ramaphosa desde que foi eleito Presidente da República, pelo Parlamento da África do Sul, a 15 de Fevereiro deste ano.

Ramaphosa

O Presidente da República da África do Sul, Cyril Ramaphosa, efectua hoje uma visita de trabalho a Angola, a convite do seu homólogo angolano, João Lourenço. De acordo com o programa da visita, citado pela Angop, está previsto um encontro entre os estadistas dos dois países no Palácio da Cidade Alta, por volta do meio-dia. Ramaphosa deixa a capital angolana ainda na sexta-feira.

Esta é a primeira visita oficial de Cyril Ramaphosa desde que foi eleito Presidente da República, pelo Parlamento da África do Sul, a 15 de Fevereiro deste ano, em substituição de Jacob Zuma. Angola e África do Sul são as maiores economias e potências militares na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Por isso, têm sobre si a responsabilidade da integração económica, preservação da paz, segurança e estabilidade na região. Os dois países têm como instrumentos jurídicos de trabalho, entre outros, um Acordo Geral de Cooperação Económica, Científica e Técnico-Cultural, assinado em Abril de 1998, e o Acordo para o Estabelecimento da Comissão de Cooperação Bilateral, rubricado em Novembro de 2000. Cyril Ramaphosa deve se deslocar também à Namíbia, onde mantém um encontro com o Presidente Hage Geingob.

A Namíbia é o país que assume a presidência rotativa da SADC, após o mandato da África do Sul. No prosseguimento do seu périplo, Cyril Ramaphosa desloca-se amanhã a Gaberone, Botswana, país que alberga o secretariado da SADC.

Em Gaberone, o Chefe de Estado sul-africano e o homólogo tswanês, Seretse Khama Ian Khama, analisarão questões-chave referentes à vida dos países que compõem a região austral de África. O Presidente sul-africano faz-se acompanhar da ministra da Defesa e Veteranos da Pátria, Nosiviwe Mapisa- Nqakula.

Chefe da diplomacia francesa deverá ser recebido, em audiência, pelo Presidente da República, João Lourenço.

ministro França Negócios Estrangeiros

Em Luanda, onde se encontra desde a madrugada desta quinta-feira, para uma visita de trabalho de 24 horas, Jean-Yves Le Drian deverá manter um encontro com o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto.

As duas entidades, de acordo com a agenda de trabalho programada, citada pela Angop, irão presidir as conversações entre delegações multissectoriais da República de Angola e de França, ao que se segue a assinatura de três instrumentos jurídicos.

Trata-se de um acordo no domínio da Agricultura, acordo relativo aos serviços aéreos e um protocolo de Entendimento entre o Ministério da Hotelaria e Turismo de Angola e o Ministério da Europa e dos Negócios Estrangeiros da República Francesa.

No período da tarde, o chefe da diplomacia francesa será recebido, em audiência, pelo Presidente da República, João Lourenço. As relações diplomáticas entre Angola e a França estabeleceram-se em Fevereiro de 1976, depois dos franceses reconheceram a independência de Angola, mas apenas em 1982 se criam as bases para o reforço da cooperação bilateral, com a assinatura do Acordo Geral de Cooperação.

A cooperação entre os dois Estados desenvolve-se nas áreas da saúde, águas, saneamento básico, ensino superior, formação de quadros, ciência e tecnologia. No domínio empresarial, destaca-se o sector dos petróleos, transportes, comércio, indústria e telecomunicações.

O Banco Nacional de Angola (BNA) vendeu 945 milhões aos bancos comerciais no primeiro mês de 2018, o que representou um aumento de 15,90% face a Dezembro de 2017.

Dólares2

A informação consta de uma nota de imprensa produzida no final da reunião mensal do Comité de Política Monetária (CPM) do BNA, ocorrida nesta quarta-feira, 28, onde se esclarece ainda que em resultado dos leilões organizados durante o mês de Janeiro de 2018, “o Euro e o Dólar dos Estados Unidos valorizaram 39,50% e 24,88%, respectivamente, face à moeda nacional”.

O CPM decidiu também manter as taxas de juro das facilidades permanentes de cedência e absorção de liquidez em 20% e 0%, respectivamente, assim como manteve o coeficiente de reservas obrigatórias dos bancos comerciais em 21%.

Por outro lado, o banco central decidiu nesta quarta-feira manter, pelo terceiro mês consecutivo, a taxa básica de juro a 18% /ano, depois de analisado os principais indicadores macroeconómicos, como a taxa de inflação.

Em finais de Novembro de 2017, o BNA viu-se obrigado a aumentar a taxa básica de juros de 16% para 18%, medida tomada para controlar a subida da inflação acumulada, numa altura em que os registos actuais indicarem que o IPCN (Índice de Preços do Consumidor Nacional), que inclui todas as províncias, registou uma variação mensal de 1,47% (-0,78 p.p.) e de 22,72% nos últimos 12 meses (-0,95 p.p.).

O CPM decidiu, igualmente, manter as taxas de juro das facilidades permanentes de cedência e absorção de liquidez em 20% e 0%, respectivamente, assim como manteve o coeficiente de reservas obrigatórias dos bancos comerciais em 21%.

Direcção da empresa confirma registo de em prejuízos que se resume na destruição de equipamentos e matérias-primas, mas assegura que não houve feridos nem vítimas mortais.

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O incêndio que deflagrou na manhã de hoje na base logística da Sonils, na Boavista, Luanda, já está sob controlo, mas as causas do incidente continuam por se esclarecer, informou, em comunicado, a direcção da empresa, no final da tarde desta quarta-feira.

O incêndio, segundo a nota, teve início às 8h30 nas instalações da AES - Angola Environmental Serviços, dentro da base logística da Sonils, e não na Schlumberger Angola como inicialmente estava a ser noticiado por alguns meios de comunicação social.

“A ocorrência, apesar da sua gravidade e de ter resultado em prejuízos na destruição de equipamentos e matérias-primas, não põe em causa o normal funcionamento da base logística da Sonils”, garante a direcção da empresa, acrescentando que a situação “foi controlada de forma rápida e organizada, sem registo de feridos ou vítimas mortais a lamentar”. A direcção da Sonils promete, no entanto, avançar mais dados sobre o ocorrido em breve.

 

Em 2016, a dívida da petrolíra estatal era de 9,8 mil milhões de dólares, mas reduziu em 2017 para 4,8 milhões de dólares

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A petrolífera nacional Sonangol possui uma dívida com o Estado angolano avaliada em 1,3 mil milhões de dólares devido ao não pagamento de impostos, revelou, em conferência de imprensa, realizada hoje, em Luanda, o presidente da companhia, Carlos Saturnino.

Para amortizar o montante em causa, a Sonangol tem estado a pagar mensalmente ao Estado angolano 45 milhões de dólares, sendo que, segundo Carlos Saturnino, a empresa terá já pago, em 2017, todos os atrasados relacionados com os impostos ligados ao IRT e outras despesas para-fiscais.

Em 2016, a dívida da Sonangol era de 9,8 mil milhões de dólares (incluía pagamentos a fornecedores e impostos), mas reduziu em 2017 para 4,8 milhões de dólares, fruto da disponibilidade injectada pelo Estado.

A nova administração da petrolífera, liderada por Carlos Saturnino, nomeado em Novembro de 2017, pelo Presidente da República, João Lourenço, encontrou a companhia com sérias debilidades de gestão. A anterior administração de Isabel dos Santos, segundo Carlos Saturnino, enveredou por práticas "não recomendáveis pelos manuais modernos de gestão, ao fazer contratos que beneficiavam as empresas e os membros do conselho, gerando conflito de interesses".

Quando assumiu a Sonangol, o novo PCA disse ter priorizado a realização de um diagnóstico do estado real da empresa, pelo que agora trabalha na reestruturação da companhia e no resgate da imagem da concessionária nacional junto dos parceiros internacionais.